Plano de Aula: Primavera (Educação Infantil) – Bebês – 0 a 1 ano e 6 meses
A primavera é a estação que simboliza renascimento, renovação e a beleza da natureza. É um período em que as flores florescem, as árvores ganham novas folhas e a vida se renova ao nosso redor. Para os bebês, essa época do ano é uma oportunidade perfeita para explorar as cores vibrantes, os sons da natureza e os novos cheiros que surgem no ambiente. Este plano de aula foi elaborado para proporcionar experiências significativas através da interação, exploração e desenvolvimento sensorial dos pequenos, respeitando os princípios da educação infantil e colaborando para o pleno desenvolvimento dos bebês.
Neste plano, abordaremos os cinco campos de experiência que perpassam as práticas pedagógicas com bebês, utilizando a estação da primavera como tema central. A proposta é proporcionar atividades lúdicas e criativas que estimulem o aprendizado e a socialização, promovendo a compreensão do ambiente ao redor e a valorização da natureza, além de fortalecer vínculos afetivos entre as crianças e os educadores.
Tema: Primavera
Duração: 6 Dias
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 0 a 1 ano e 6 meses
Objetivo Geral:
Proporcionar uma experiência rica em estímulos sensoriais relacionados à primavera, promovendo o desenvolvimento integral dos bebês por meio da exploração, interação e socialização com o ambiente e com os outros.
Objetivos Específicos:
– Criar momentos de interação e socialização entre os bebês e os educadores.
– Estimular a exploração de diferentes texturas, cores, sons e aromas da primavera.
– Promover o desenvolvimento da expressão corporal e da comunicação através de gestos e balbucios.
– Fomentar a curiosidade e a observação do mundo natural ao redor.
Habilidades BNCC:
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI01EO01) Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
(EI01EO03) Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos, brinquedos.
(EI01EO04) Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.
(EI01CG02) Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores e desafiantes.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI01TS01) Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.
(EI01TS02) Traçar marcas gráficas, em diferentes suportes, usando instrumentos riscantes e tintas.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI01EF03) Demonstrar interesse ao ouvir histórias lidas ou contadas, observando ilustrações e os movimentos de leitura do adulto-leitor.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES”
(EI01ET01) Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).
(EI01ET03) Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo descobertas.
Materiais Necessários:
– Flores de papel ou de tecido (para explorar cores e texturas)
– Brinquedos que imitam sons da natureza (como pássaros cantando)
– Tintas atóxicas e papéis variados
– Almofadas ou tapetes para atividades de movimento
– Livros infantis com ilustrações coloridas sobre primavera
– Materiais de diferentes texturas (como algodão, papel celofane, folhas secas, etc.)
Situações Problema:
– Como as flores e as folhas mudam com a chegada da primavera?
– Quais sons podemos ouvir na primavera?
– Como as cores da primavera nos fazem sentir?
Contextualização:
A primavera é uma estação que estimula a interação dos bebês com o meio ambiente, trazendo novas experiencias sensoriais e afetivas. Durante essa época, as crianças podem observar a natureza se transformando, o que gera curiosidade e um senso de pertencimento. Por meio de atividades lúdicas e interativas, será possível aprofundar o conhecimento dos pequenos sobre o mundo em que vivem, estimulando tanto o desenvolvimento emocional quanto cognitivo.
Desenvolvimento:
– Dia 1: Exploração das Flores
Atividade: Propor que os bebês toquem, sintam e explorem flores de papel ou tecido. Falar sobre as cores e texturas, permitindo que eles interajam e conheçam as flores. O educador deve auxiliá-los a observar e comentar sobre as formas e cores das flores, estimulando o uso de gestos e balbucios.
– Dia 2: Sons da Primavera
Atividade: Com brinquedos que imitam sons da natureza, como cantar de pássaros, realizar uma atividade de escuta ativa, permitindo que os bebês imitem os sons. O educador pode apresentar livros que tragam histórias sobre a primavera, incentivando a exploração dos sons naturais.
– Dia 3: Movimento e Dança
Atividade: Promover um momento de dança com as músicas referentes à primavera. O educador deve incentivar os bebês a se movimentarem livremente, experimentar a sensação do corpo se movimentando, e dar ênfase a expressões corporais, utilizando panos coloridos para acentuar o movimento.
– Dia 4: Pintura com Tintas Naturais
Atividade: Criar uma atividade de pintura utilizando tintas atóxicas e papéis variados, onde os bebês possam traçar marcas gráficas inspiradas em elementos da primavera, como flores e folhas. O educador deve observar o envolvimento dos pequenos e incentivá-los a nomear as cores utilizadas.
– Dia 5: Como é a Primavera?
Atividade: Leituras de histórias sobre a primavera, onde o educador pode mostrar livros ilustrados, e incentivar os bebês a indicar e apontar os elementos que têm nas ilustrações. Será uma oportunidade de trabalhar a escuta, a atenção e a emoção, promovendo um ambiente acolhedor e de interação.
– Dia 6: Mapa Sensorial da Primavera
Atividade: Criar um mapa sensorial da primavera onde os bebês precisam explorar as diferentes texturas (algodão, folhas secas, papel celofane, etc.). O educador deve guiá-los em uma experiência sensorial, permitindo que eles manuseiem e experimentem os diferentes materiais, relacionando com o que é visto na primavera.
Atividades sugeridas:
Além das atividades mencionadas, atividades complementares devem ser pensadas para reforçar o aprendizado, como a criação de um mural coletivo utilizando objetos da natureza encontrados durante passeios ou momentâneas explorações ao ar livre. Essas atividades devem ser bem guiadas e permitir a participação ativa dos bebês, sempre valorizando o que cada um pode trazer de experiência para o grupo.
Discussão em Grupo:
Realizar momentos de conversa e reflexão sobre as experiências da semana. Perguntas como “O que mais você gostou de fazer sobre a primavera?” e “Como as flores nos fazem sentir?” podem ser levantadas, incentivando os bebês a expressarem seus sentimentos e experiências.
Perguntas:
– O que você viu hoje no nosso passeio?
– Como é o cheiro das flores?
– O que você sente quando dança?
Avaliação:
A avaliação será contínua e observacional, focando na interação, exploração e expressões dos bebês. O educador deve observar como cada criança se comunica e interage, registrando os avanços nas competências desenvolvidas ao longo da semana.
Encerramento:
Concluir a semana de atividades com uma roda de conversas onde serão revisadas as experiências vividas. O educador pode solicitar que os bebês façam uma pintura final representando a primavera, unindo todas as cores e sensações vivenciadas.
Dicas:
– Mantenha um ambiente acolhedor e seguro para que os bebês se sintam confortáveis durante as atividades.
– Utilize músicas alegres e sons da natureza para criar um ambiente divertido e envolvente.
– Esteja atento às necessidades individuais e respeite o ritmo de cada criança, adaptando as atividades conforme necessário.
Texto sobre o tema:
A primavera é um dos momentos mais belos do ciclo natural, representando a renovação e a vida em suas mais diversas nuances. É uma época em que a natureza se torna palco de um espetáculo visual que desperta emoções, fazendo cada um de nós valorizar ainda mais o que está ao nosso redor. No contexto educativo, especialmente na educação infantil, a primavera proporciona uma vasta gama de experiências sensoriais que podem ser perfeitamente exploradas. Os bebês, em sua curiosidade nata, estão sempre dispostos a aprender e a conhecer o mundo que os cerca. Incorporar a primavera ao currículo se traduz em criar momentos únicos de interação, onde as experiências podem ser vividas e não apenas observadas.
Com a chegada dessa estação, as flores desabrocham e a diversidade de cores se espalha ao nosso redor. É um convite à descoberta das texturas, aromas e sons que vêm junto com a chegada. Para os educadores que trabalham com bebês, essa é uma oportunidade valiosa de promover o desenvolvimento integral das crianças através de atividades que envolvem o próprio corpo e suas expressões. Os sons das folhas, os cheiros das flores, o calor do sol e a brisa fresca se unem em uma sinfonia de sensações que enriquecem a experiência de aprendizagem e estreitam os vínculos afetivos entre educadores e os pequenos.
Nesse sentido, a proposta de atividades deve ser desenvolvida com atenção aos princípios que regem a educação infantil. A observação, a exploração e a troca de experiências são fundamentais para que as crianças se sintam pertencentes a esse ambiente. Criar um espaço onde o bebê possa atuar ativamente é fundamental, permitindo que ele compreenda seu papel no mundo e nas relações ao seu redor, desenvolvendo sua autonomia e autoconhecimento. As maneiras como as crianças se comunicam, exploram e interagem com o seu ambiente refletem a importância da primavera como um marco para o desenvolvimento emocional e social.
Desdobramentos do plano:
Este plano de aula sobre a primavera pode ser amplamente explorado ao longo do ano, possibilitando um profundo envolvimento dos bebês com a natureza e as mudanças sazonais. Uma vez que os bebês são naturalmente curiosos, criar atividades complementares que envolvam outros aspectos do ciclo da vida, como o outono e o inverno, pode resultar em um entendimento holístico da natureza e de suas transformações. As discussões em grupo podem ser expandidas para incluir os sentimentos e as observações mais subjetivas que os pequenos têm sobre as estações, permitindo que eles desenvolvam um vocabulário emocional mais rico.
Além disso, é importante considerar a participação das famílias nesse processo. Envolver os pais em atividades ao ar livre, como caminhadas na natureza para observar e coletar elementos, pode fortalecer os laços familiares e facilitar a troca de experiências entre o lar e a instituição de ensino. As famílias podem ser incentivadas a desempenhar um papel ativo na documentação das mudanças na natureza ao longo do ano, alimentando a curiosidade e o aprendizado contínuo das crianças e criando um ciclo de aprendizado que promove a rica relação entre o ambiente e os indivíduos.
Por fim, os educadores podem considerar as lições aprendidas com a primavera para moldar suas práticas pedagógicas futuras. Estudar a forma como as crianças se envolveram com as atividades propostas pode revelar insights valiosos sobre suas capacidades e interesses. Dessa forma, o plano de aula não apenas enriquece a experiência imediata dos bebês, mas também se torna um referencial para as práticas educativas que visam um desenvolvimento integral e harmonioso.
Orientações finais sobre o plano:
É fundamental lembrar que o princípio da flexibilidade é essencial ao trabalhar com as crianças. Cada grupo de bebês é único e possui ritmos diferentes de aprendizagem. Adaptar as atividades às necessidades individuais e coletivas é crucial para garantir que todos os alunos possam participar. O papel do educador será sempre o de observar, acompanhar e guiar, permitindo que cada criança encontre sua forma de se expressar e interagir com o mundo ao seu redor.
Incorporar a temática da primavera às atividades pedagógicas almeja não apenas a aquisição de conhecimentos acadêmicos, mas também a formação de cidadãos mais conscientes e respeitosos com a natureza e suas transformações. Essa visão de educação integral vai além dos conteúdos escolares, promovendo um aprendizado significativo e que reverbera na vida social e emocional das crianças. A metodologia escolhida, centrada na exploração e na vivência, favorece o desenvolvimento não só cognitivo, mas também afetivo, sempre respeitando a individualidade e promovendo o convívio saudável e harmonioso entre os pequenos.
Reconhecer e valorizar o momento da aprendizagem dos bebês é fundamental. As interações, as experiências sensoriais e a exploração lúdica de temas como a primavera são oportunidades para que as crianças se sintam seguras e confortáveis para desenvolverem sua identidade, tanto em relação a si mesmas como ao outro. O papel do educador, nesse contexto, é de ser um mediador e facilitador desse aprendizado, possibilitando um ambiente de descobertas e criatividade que irá durar por toda a vida dos pequenos.
4 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Caça ao Tesouro de Primavera: Organizar uma atividade de caça ao tesouro onde as crianças possam procurar diferentes elementos relacionados à primavera (flores, folhas, objetos coloridos). O educador pode criar uma lista simples de itens e estimular os pequenos a explorarem o ambiente.
– Objetivo: Estimular a curiosidade e a observação.
– Materiais: Itens de natureza, pano, cesta para coletar.
– Modo de condução: Permitir que cada bebê explore a área, sempre perto do educador para segurança.
2. Marionetes de Flores: Criar fantoches de flores com papel colorido e palitinhos. Durante a atividade, educador pode estimular as crianças a se expressarem através dos fantoches.
– Objetivo: Desenvolver habilidades de comunicação e criatividade.
– Materiais: Papel colorido, cola, palitos de picolé.
– Modo de condução: Acompanhar cada criança na criação e incentivar pequenas histórias.
3. Caminhada na Natureza: Planejar uma caminhada ao ar livre para observar as mudanças da natureza na primavera, encorajando os bebês a tocarem as folhas e flores.
– Objetivo: Proporcionar uma experiência sensorial e de exploração.
– Materiais: Carrinhos de bebê, toalhas para sentar, lanches saudáveis.
– Modo de condução: Assegurar a segurança enquanto as crianças exploram, observando e comentando sobre as experiências.
