Plano de Aula: nem tudo é materia (Ensino Fundamental 2) – 6º Ano

Este plano de aula está estruturado para o 6º ano do Ensino Fundamental, abordando o tema “Nem tudo é matéria”. A proposta é estimular a reflexão sobre a natureza das coisas e aquilo que pode ser considerado como realidade, questionando a materialidade e promovendo uma análise crítica acerca da percepção do mundo que nos cerca. Através de discussões, atividades práticas e produções textuais, busca-se que os alunos desenvolvam habilidades de análise, escrita e argumentação.

Tema: Nem tudo é matéria
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 6º Ano
Faixa Etária: 10 a 13 anos

Objetivo Geral:

Fomentar um espaço de reflexão sobre conceitos que envolvem o que compõe nosso entendimento da realidade, incentivando os alunos a discutirem sobre o que é material e imaterial, perpassando questões de filosofia, ciência, e cultura.

Objetivos Específicos:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

– Promover a discussão sobre a definição de matéria e não-matéria.
– Estimular a análise crítica de textos e outros produtos culturais sobre a temática abordada.
– Fomentar a produção escrita dos alunos, oferecendo-lhes a oportunidade de expressar suas opiniões sobre o tema.

Habilidades BNCC:

– (EF06LP01) Reconhecer a impossibilidade de uma neutralidade absoluta no relato de fatos e identificar diferentes graus de parcialidade/imparcialidade dados pelo recorte feito e pelos efeitos de sentido advindos de escolhas feitas pelo autor, de forma a poder desenvolver uma atitude crítica frente aos textos.
– (EF06LP12) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão referencial (nome e pronomes), recursos semânticos de sinonímia, antonímia e homonímia e mecanismos de representação de diferentes vozes (discurso direto e indireto).

Materiais Necessários:

– Lousa e giz
– Impressos com textos sobre o tema (artigos, contos, imagens)
– Cadernos e canetas
– Recursos audiovisuais (se possível) para complementação de informações

Situações Problema:

– O que compõe a realidade que conseguimos perceber?
– Existem coisas que não conseguimos tocar, mas que são reais? Como sabemos que existem?

Contextualização:

Nas sociedades contemporâneas, frequentemente dialoga-se sobre a materialidade das coisas. Contudo, a filosofia questiona se tudo que existe pode ser considerado matéria. Este plano propõe desvendar esses conceitos e as percepções que temos da realidade ao nosso redor.

Desenvolvimento:

1. A atividade inicial consiste em uma roda de conversa em que os alunos refletem sobre as perguntas propostas na situação problema.
2. Em seguida, os alunos serão divididos em grupos. Cada grupo receberá um texto diferente sobre o tema, com o objetivo de analisar a relação entre o material e o imaterial.
3. Após a leitura dos textos, cada grupo deve identificar a mensagem central e discutir as implicações do que foi lido.
4. A discussão será conduzida para identificar elementos que constituem o que chamamos de “realidade”.

Atividades sugeridas:

Dia 1: Introdução ao Tema
Objetivo: Definir materialidade.
Descrição: Realizar a roda de conversa.
Instruções: Perguntar aos alunos o que eles consideram como “matéria”. Gerar uma lista no quadro.
Materiais: Quadro e giz.
Dia 2: Leituras e Análises de Textos
Objetivo: Analisar a relação entre ideias de material e imaterial.
Descrição: Dividir a turma em grupos e distribuir textos.
Instruções: Cada grupo deve ler, discutir e apresentar a sua interpretação.
Materiais: Textos impressos.
Dia 3: Produção de Texto
Objetivo: Expressar opiniões sobre a discussão.
Descrição: Os alunos devem escrever um texto argumentativo sobre se algo que não é material pode ser considerado “real”.
Instruções: Revisar a estrutura do texto argumentativo antes da produção.
Materiais: Cadernos e canetas.
Dia 4: Comunicação dos Resultados
Objetivo: Compartilhar as produções.
Descrição: Apresentar oralmente os textos para a turma.
Instruções: Reservar um tempo para cada grupo apresentar suas conclusões.
Materiais: Quadro e giz para anotações.
Dia 5: Reflexão Final
Objetivo: Reforçar os conceitos aprendidos.
Descrição: Criação de uma lista de ideias principais discutidas ao longo da semana.
Instruções: Os alunos contribuem com suas reflexões em forma de pontos.
Materiais: Quadro para anotações.

Discussão em Grupo:

Ao final das atividades, é fundamental promover um espaço aberto para que os alunos possam discutir sobre as diferentes perspectivas que surgiram em suas pesquisas e produções. Questões como: “Qual a importância de entender o que não é material?” e “Podemos confiar no que não vemos?” podem enriquecer as reflexões.

Perguntas:

– O que nós consideramos “real”?
– Como podemos compreender o que não podemos tocar ou ver?
– Você acha que o conhecimento é algo material? Por quê?

Avaliação:

A avaliação será feita de forma contínua, por meio da participação nas discussões, na análise dos textos e na produção escrita. Ao final, um rubrica pode ser utilizada para avaliar a clareza, coesão e relevância dos argumentos apresentados nos textos dos alunos.

Encerramento:

Finalizar a aula reforçando que a percepção sobre o mundo é multifacetada e que existe um amplo espaço para diálogos sobre o que entendemos como realidade. Os alunos são incentivados a manter a curiosidade e a dúvida como parte do aprendizado.

Dicas:

– Estimular a curiosidade dos alunos sobre o tema, usando exemplos do dia a dia que não sejam materiais.
– Se possível, utilizar recursos audiovisuais para tornar as aulas mais dinâmicas.
– Ajude os alunos a conectarem o conteúdo com outras disciplinas, como ciência e filosofia.

Texto sobre o tema:

A reflexão sobre o que é material e o que não é nos leva a questionar a nossa própria existência. A maior parte da realidade palpável e visível é composta por matéria – coisas que vemos, tocamos e experimentamos. No entanto, a filosofia e a ciência trazem à tona o conceito do imaterial, que abrange pensamentos, sonhos, sentimentos e até mesmo ideais. O que é real, então? Os cientistas dizem que tudo que existe é composto de átomos, mas o que são os pensamentos? Eles não têm uma forma física, mas seus efeitos certamente são reais. As discussões em torno do material e do imaterial revelam a complexidade do mundo e da experiência humana.

Por exemplo, uma ideia que pode transformar uma sociedade não existe fisicamente, mas gera mudanças que impactam vidas. Esse diálogo entre o visível e o invisível nos encoraja a reavaliar o nosso entendimento sobre a realidade. Devemos também considerar as diferentes perspectivas e experiências que moldam a nossa visão. O que pode ser considerado irreal para um pode ser a essência da vida para outro. Assim, reconhecer as múltiplas camadas da nossa realidade é essencial para um maior entendimento de nós mesmos e do mundo que nos cerca.

Desdobramentos do plano:

O plano pode se desdobrar em diferentes direções, dependendo das discussões que surgirem nas aulas. Os alunos podem ser incentivados a explorar mais sobre a filosofia por trás da materialidade, diversificando as disciplinas envolvidas, como história e artes. Uma abordagem interessante pode ser a criação de projetos que utilizem tanto a expressão artística quanto a científica para contar histórias que representem diferentes visões de realidade. Além disso, o envolvimento em debates ou a criação de um blog da turma sobre o tema pode fomentar a participação ativa e crítica dos alunos. Isso os ajudaria a construir um repertório original e a pensar criticamente sobre as questões sociais contemporâneas que interagem com o que entendemos por material e imaterial.

Outra possibilidade seria envolver os alunos em uma pesquisa maior, onde eles poderiam entrevistar pessoas que possam dar uma nova perspectiva sobre o assunto, como artistas, cientistas ou filósofos. Com isso, poderão explorar o tema de maneira mais abrangente, promovendo uma conexão com a comunidade ao seu redor. Incentivar visitas a exposições de arte que dialoguem com o tema ou palestras que falem sobre o significado do que é intangível em nossas vidas também poderia enriquecer o aprendizado.

Orientações finais sobre o plano:

É importante que o professor se sinta à vontade para adaptar o plano às necessidades da turma. Cada grupo de alunos pode responder de maneira diferente ao tema e às atividades propostas. O foco deve ser a reflexão crítica, e os alunos devem ser estimulados a questionar e explorar suas próprias percepções. Incentivar a autonomia e a criatividade na produção do texto é essencial. Além disso, o diálogo constante entre professor e alunos pode trazer novos insights e redirecionar as atividades conforme necessário. O uso de recursos midiáticos para facilitar o entendimento dos alunos sobre os conceitos abordados também deve ser encorajado, garantindo que a aprendizagem ocorra de forma mais abrangente e envolvente.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Jogos de Perguntas e Respostas: Crie um jogo de perguntas e respostas onde os alunos devem adivinhar se a palavra apresentada é material ou imaterial.
Objetivo: Estimular a reflexão sobre o conceito de matéria.
Materiais: Cartões com palavras.
Instruções: Os alunos devem explicar por que consideram a palavra como material ou imaterial.

2. Teatro de Sombras: Os alunos criam personagens e histórias que explorem a diferença entre o material e o imaterial utilizando sombras.
Objetivo: Explorar a noção de presença e ausência.
Materiais: Lanternas e papel para criar as silhuetas.
Instruções: Apresentar as histórias para a turma.

3. Caça ao Tesouro Filosófico: Organize uma caça ao tesouro onde as pistas são frases que fazem os alunos pensar sobre o que é realidade.
Objetivo: Reflexão sobre o conceito de existência.
Materiais: Pistas escritas.
Instruções: As pistas levam a reflexões e à descoberta do que se considera real.

4. Construindo uma Escultura: A partir de materiais recicláveis, os alunos devem criar uma escultura que represente a ideia de algo imaterial, como amor ou amizade.
Objetivo: Facilitar o pensamento crítico e a criatividade.
Materiais: Itens recicláveis.
Instruções: Cada grupo apresentará sua escultura explicando a ideia por trás dela.

5. Debate ao Ar Livre: Realize um debate sobre o tema em um ambiente externo, onde os alunos poderão expressar suas ideias livremente sob a luz do sol.
Objetivo: Promover a expressão verbal e argumentativa.
Materiais: Cadeiras ou toalhas para sentar.
Instruções: Estabelecer regras para o debate e incentivar um debate respeitoso.

Esse plano visa criar um espaço de aprendizado colaborativo e significativo, onde os alunos possam olhar além do que é tangível e explorar sua própria capacidade de entendimento e interpretação do mundo.

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