Plano de Aula: flutua ou afunda (Educacao Infantil) – bebes
O presente plano de aula tem como foco o tema “flutua ou afunda”, que proporciona uma experiência rica e estimulante para bebês na faixa etária de 3 a 4 anos. Por meio de atividades práticas, as crianças serão introduzidas a conceitos fundamentais de física e percepção espacial, ao mesmo tempo em que experimentam sensações e emoções em um ambiente seguro e acolhedor. Este plano busca, portanto, oferecer oportunidades para o desenvolvimento de habilidades sociais, motoras e de comunicação, fortalecendo o convívio entre as crianças e promovendo a *curiosidade*.
A ludicidade é um elemento essencial nesta etapa do desenvolvimento infantil. As atividades propostas para o tema “flutua ou afunda” visam incentivar a exploração através da manipulação de diferentes objetos e materiais, permitindo que os pequenos descubram as propriedades desses elementos ao interagir com eles. Essa abordagem prática e sensorial possibilita que crianças compreendam conceitos básicos de ciência de maneira divertida e envolvente.
Tema: Flutua ou Afunda
Duração: 40 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 3 a 4 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar experiências de exploração e descoberta através da atividade de flutuação e afundamento, estimulando a curiosidade e a interação social entre as crianças.
Objetivos Específicos:
– Fomentar a comunicação e interação entre as crianças durante as atividades.
– Explorar os conceitos de flutuação e afundamento de maneira lúdica.
– Estimular a percepção sensorial através da manipulação de objetos.
Habilidades BNCC:
– (EI01EO01) Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
– (EI01EO02) Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais participa.
– (EI01ET02) Explorar relações de causa e efeito (transbordar, tingir, misturar, mover e remover etc.) na interação com o mundo físico.
– (EI01ET03) Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo descobertas.
Materiais Necessários:
– Bacias ou recipientes grandes com água.
– Objetos variados para testes de flutuação (por exemplo: bolinhas de plástico, pedaços de madeira, tampinhas de garrafa, pedras pequenas, brinquedos de borracha).
– Toalhas para secar as crianças após as atividades.
– Espelhos.
– Papel e canetas coloridas (opcional).
Situações Problema:
– O que acontece com diferentes objetos quando colocamos na água? Eles afundam ou flutuam?
– Como nossos corpos se comportam na água?
Contextualização:
As atividades serão realizadas em um espaço seguro e acolhedor, onde os envolvidos possam se movimentar livremente. A água se torna um elemento central, proporcionando experiências únicas que envolvem tanto o tato quanto a visualização dos fenômenos naturais. A identificação dos objetos que flutuam e que afundam, além de promover a curiosidade, será um incentivo para a *descoberta* da relação entre os objetos e suas propriedades físicas.
Desenvolvimento:
– Iniciar com um *momento de acolhimento*, onde as crianças serão convidadas a se sentar em círculo e, juntos, observar o que há nas bacias. Perguntar se já viram algum objeto que flutua ou afunda, estimulando a participação de todos.
– Propor um desafio: cada criança poderá experimentar colocando um objeto na água e observar o resultado. Caso alguma criança fique apenas observando inicialmente, incentivar que explore também; o foco deve ser sempre o *convívio* e a interação.
– As crianças podem interagir, comentar sobre os objetos, e se um peixe que não nada (sugestão lúdica de interpretação!) afunda, uma bolha de ar (fingida) flutua. Esse momento deve ser contínuo, onde cada um pode falar e relatar suas percepções.
Atividades sugeridas:
1. Exploração dos objetos na água:
– Objetivo: Conduzir a experiência de flutuação e afundamento.
– Descrição: Uma a uma, as crianças colocarão os objetos na água e observarão o que acontece (se flutua ou afunda).
– Instruções: O professor deve estimular a *curiosidade*, e as perguntas devem ser direcionadas a elas. Após a exploração, cada criança será convidada a falar sobre suas observações.
– Materiais: Bacia com água, objetos para teste.
2. Dança da Água:
– Objetivo: Promover movimento e interação corporal.
– Descrição: Após a exploração, colocar uma música leve e estimular as crianças a dançarem, imitando movimentos de objetos que flutuam e afundam.
– Instruções: O educador pode demonstrar movimentos com os braços e pernas e convidar as crianças a imitá-los.
– Materiais: Música.
3. Criação de um mural aquático (opcional):
– Objetivo: Estimular a expressão artística.
– Descrição: Propor que as crianças desenhem algo que viram durante as atividades na água.
– Instruções: Fornecer papel e canetas e observar o que cada uma deseja representar.
– Materiais: Papel e canetas coloridas.
Discussão em Grupo:
Após as atividades, realizar uma roda de conversa onde as crianças podem compartilhar suas experiências, refletindo sobre o aprendizado de maneira compartilhada e participativa.
Perguntas:
– O que vocês acham que acontece com o que afunda?
– Por que algumas coisas flutuam e outras não?
Avaliação:
A avaliação será baseada na participação das crianças nas atividades, na forma como se expressam durante as interações e nas descobertas que fazem. Observar como as crianças interagem entre si e com o ambiente é fundamental para compreender seu desenvolvimento.
Encerramento:
Encerrar a aula agradecendo a participação de todos e reforçando a importância do que foi aprendido. Provocar reflexões sobre como cada um dos objetos se comporta e a dinâmica da água.
Dicas:
Os educadores devem sempre estar preparados para adaptar a atividade conforme a dinâmica do grupo. É importante garantir que todos tenham oportunidades de participação e que o ambiente continue seguro e acolhedor.
Texto sobre o tema:
A exploração dos conceitos de flutuação e afundamento é fundamental para que as crianças desenvolvam uma compreensão básica sobre a física que rege nosso cotidiano. Compreender que alguns objetos flutuam porque são mais leves que a água, enquanto outros afundam, enriquece o conhecimento que as crianças têm sobre o mundo ao seu redor. Isso não apenas aprimora a *curiosidade*, mas também proporciona momentos de alegria, interação e aprendizado significativo.
Neste contexto, o ambiente que se cria durante as atividades de água deve ser descontraído e acolhedor. As crianças precisam sentir-se livres para explorar, fazer perguntas e expressar suas descobertas. Quando incentivamos uma exploração ativa, não apenas ensinamos conteúdos acadêmicos; também promovemos habilidades sociais e emocionais que são essenciais para o desenvolvimento integral dos pequenos.
Por fim, o uso de materiais variados e a integração de diferentes atividades lúdicas possibilitam que cada criança tenha a chance de experimentar de uma maneira pessoal. O educador, por sua vez, atua como mediador, proporcionando orientações e abrindo espaço para que as crianças se sintam parte ativa da construção do seu aprendizado. Assim, o ensino se torna um processo colaborativo, onde todos aprendem, se divertem e se descobrem.
Desdobramentos do plano:
Após a atividade, o professor pode ampliar as discussões sobre água e seu impacto no cotidiano, incluindo questões sobre a preservação e a vida aquática. As crianças podem ser incentivadas a pensar em animais que vivem na água e como eles se comportam, promovendo assim uma conexão com a *natureza*.
Além disso, observações sobre a *física* podem ser expandidas para outros elementos do ambiente, como ar e terra, permitindo uma exploração ainda mais rica e diversificada sobre os fenômenos naturais. Isso não só enriquece o aprendizado, mas também gera uma maior conscientização sobre a importância da natureza em nosso dia a dia.
Ao relacionar essas experiências iniciais com outros conteúdos de forma transversal, o educador forma a base para que, futuramente, as crianças possam compreender conceitos mais complexos com segurança e interesse.
Orientações finais sobre o plano:
É essencial conduzir o plano de aula de forma flexível, adaptando-se às necessidades das crianças e ao fluxo natural da interação. As atividades devem ser vistas como oportunidades de aprendizado, não apenas sobre flutuação e afundamento, mas também sobre interação social e expressão emocional. O professor deve sempre observar e registrar os momentos de descoberta promovidos pelas crianças.
As interações devem ser estimulantes, permitindo que as crianças troquem experiências e construam conhecimento através da *cooperatividade*. Lembrar que o aprendizado se dá de forma lúdica é crucial para que as crianças mantenham o interesse e a motivação a longo prazo.
Em último lugar, a criação de um ambiente seguro e encorajador faz toda a diferença. Ao proporcionar experiências que envolvem o tato, a percepção e a exploração, o educador cria um espaço propício para que as crianças desenvolvam habilidades motoras, sociais e cognitivas, fundamentales para a formação de um *indivíduo* curioso e consciente.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Brincadeira com bolhas: Propor que as crianças assoprem para gerar bolhas de sabão e observem onde elas vão. Objetivo: Estimular a curiosidade sobre fluidez e movimento. Materiais: Solução de bolhas de sabão e canudos.
2. Experiência com areia e água: Em um dia de sol, permitir que as crianças façam montes de areia e experimentem jogar água sobre eles. Objetivo: Observar a interação da água com a areia e discutir sobre *absorção*. Materiais: Areia e água.
3. Caça ao tesouro na água: Colocar objetos pequenos dentro da bacia e permitir que as crianças os “pesquem”. Objetivo: Identificar os objetos pelo toque e discutir suas propriedades. Materiais: Bacia com água, objetos para caça.
4. Exploração de cores e água: Adicionar corante à água e observar como ele se espalha. Objetivo: Compreender como os líquidos se misturam. Materiais: Água, corante líquido.
5. Música das águas: Criar sons com objetos que produzem barulho ao entrar na água. Objetivo: Estimular a percepção auditiva. Materiais: Objetos que possam produzir som e água.
Este plano proporciona um rico espaço para a exploração e aprendizado, promovendo um nível de *envolvimento* que instiga a curiosidade natural das crianças.