“Desenvolvendo Comunicação e Postura em Crianças de 2 a 6 Anos”

O plano de aula que apresentaremos a seguir visa promover o desenvolvimento das crianças pequenas na faixa etária de 2 a 6 anos, focando em brincadeiras de imitação e comunicação verbal, além de um aspecto fundamental: aprender a sentar-se de forma adequada. As atividades propostas são adaptadas para incluir crianças não verbais, respeitando seu ritmo e suas particularidades. Trabalhar a comunicação, mesmo que através de gestos e mímicas, é vital para o desenvolvimento dessas crianças, possibilitando a expressão de sentimentos e ideias de maneira lúdica e envolvente.

Através de jogos e atividades interativas, buscamos criar um ambiente que estimule a interação social e emocional, fundamental nesta fase do desenvolvimento. As brincadeiras de imitação também são essenciais para a construção das habilidades sociais e para a ampliação da capacidade de comunicação das crianças. As ações e interações propostas serão sustentadas por uma abordagem respeitosa, que valoriza as singularidades de cada criança, criando um espaço seguro onde todas possam expressar-se livremente.

Tema: Brincadeira de imitação e comunicação verbal incluindo aprender a sentar-se
Duração: 30 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 2 a 6 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Estimular a comunicação verbal e não verbal nas crianças por meio de brincadeiras de imitação, promovendo a interação social e o aprendizado da postura adequada ao sentar-se.

Objetivos Específicos:

– Favorecer a interação entre as crianças por meio de brincadeiras que envolvem imitação e expressão corporal.
– Desenvolver habilidades comunicativas, tanto verbais quanto não verbais, reconhecendo a importância da expressão de sentimentos e ideias.
– Ensinar a postura correta ao sentar-se, utilizando jogos e atividades lúdicas que promovam a consciência corporal.

Habilidades BNCC:

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
(EI03EO04) Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro, música.
(EI03CG03) Criar movimentos, gestos, olhares e mímicas em brincadeiras, jogos e atividades artísticas como dança, teatro e música.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita (escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras formas de expressão.

Materiais Necessários:

– Colchonetes ou almofadas para a atividade de sentar-se.
– Bonecos ou fantoches para a brincadeira de imitação.
– Música infantil para estimular o movimento e a dança.
– Espaço amplo onde as crianças possam se movimentar livremente.
– Cartões com imagens de ações ou expressões faciais (opcional para crianças não verbais).

Situações Problema:

– Como comunicar um desejo ou uma sensação sem usar palavras?
– Como descrever o que se sente quando se senta de forma correta?
– O que acontece quando não imito uma ação que alguém fez?

Contextualização:

Neste plano de aula, pretendemos trabalhá-lo através de situações simples do dia a dia das crianças, como sentar para brincar ou imitar uma dança. O foco está na imitação, que serve não somente para o desenvolvimento da linguagem, mas também para o fortalecimento de vínculos sociais. As crianças poderão observar e replicar comportamentos, ampliando suas referências sociais e comunicativas.

Desenvolvimento:

1. Introdução ao Tema (5 minutos): O professor explica brevemente o que fará na aula, incentivando os alunos a participar e a expressar o que sentem sobre o ato de imitar e de sentar. Pode-se usar um boneco ou fantoche para exemplificar as posturas e expressões.

2. Atividade de Imitar Gestos (10 minutos): O professor convida as crianças a formar um círculo e inicia a brincadeira de imitar. Ele realiza um gesto ou uma expressão facial, e as crianças devem replicar. Para as crianças não verbais, a imitação pode ser orientada por movimentação e gestos mais amplos.

3. Dança Conceitual (10 minutos): Com música divertida, as crianças são convidadas a dançar livremente, incorporando os movimentos que praticaram na atividade anterior. O professor deve observar e incentivar a expressão através de movimentos que representem como elas estão se sentindo.

4. Aprendendo a Sentar (5 minutos): Usando colchonetes ou almofadas, o professor ensina como sentar de maneira correta, enfatizando a importância do autocuidado em relação ao próprio corpo. Pode-se fazer um jogo onde as crianças devem se sentar em diferentes posições a cada comando, promovendo o aprendizado de maneira divertida.

Atividades sugeridas:

1. Brincadeira do Espelho: O professor faz movimentos que as crianças devem imitar. O objetivo é observar como cada um interpreta os gestos e como conseguem se comunicar através do corpo.
2. Desafio de Expressões: Usar cartões com imagens de expressões faciais e pedir para as crianças reproduzirem as mesmas. Isso pode incluir risos, tristeza, surpresa, entre outros. A atividade pode ser adaptada para crianças que não verbalizam, focando na visualização das imagens.
3. Contação de História com Gestos: Contar uma história simples, utilizando gestos para os personagens (como pular, dormir, dançar). As crianças devem imitar os gestos relacionados à narrativa, estimulando a interação e a compreensão.
4. Pintura Coletiva: Com a proposta de expressar sentimentos através da pintura, as crianças podem criar um mural onde cada uma representa como se sente naquele momento, usando cores e movimentos.
5. Jogos de Roda: As crianças sentam em um círculo e escolhem um movimento ou gesto para repetir em sequência. Isso promove a comunicação não verbal e a interação entre todos os participantes.

Discussão em Grupo:

Ao final das atividades, o professor pode reunir as crianças em um círculo novamente para refletir sobre o que aprenderam, o que gostaram mais de fazer e como se sentiram ao imitar as ações dos colegas. Essa troca de experiências é fundamental para consolidar o aprendizado e favorecer a empatia entre os alunos.

Perguntas:

– O que você gosta de imitar? Por quê?
– Como você se sente quando consegue sentar-se corretamente?
– Que movimento foi mais divertido para imitar?

Avaliação:

A avaliação deve ser feita de maneira contínua e deve observar a participação dos alunos nas atividades propostas, notar se eles conseguem expressar suas ideias e sentimentos, mesmo que de forma não verbal, e também o seu entendimento e assimilação nas práticas da postura ao sentar-se. O professor pode registrar observações sobre a interação social e o comportamento das crianças durante as brincadeiras.

Encerramento:

Finalizar a aula reforçando a importância da comunicação e da imitação como formas de aprender e se expressar. O professor pode agradecer a participação de todos e incentivá-los a continuarem a brincar em casa, praticando os gestos e expressões em suas interações diárias.

Dicas:

– Sempre que possível, adapte as atividades de acordo com o nível de conforto e segurança de cada criança, respeitando o seu tempo e suas limitações.
– Utilize materiais visuais, como cartões e imagens, para ajudar na comunicação com as crianças que não verbalizam.
– A prática constante e a repetição trazem segurança na execução das atividades, então não hesite em revisitar as brincadeiras que tiveram aceitação positiva.

Texto sobre o tema:

Brincadeiras de imitação são extremamente importantes para o desenvolvimento infantil, abrangendo não apenas o aspecto motor, mas também afetivo e de socialização. Nas atividades de imitação, as crianças aprendem a observar o comportamento dos outros e a replicá-lo, facilitando a expressão de sentimentos e a comunicação. Esta prática se torna um ambiente rico em aprendizado social, uma vez que permite que elas compreendam os diferentes modos de agir e reagir nas mais diversas situações.

Além disso, a comunicação não se limita apenas às palavras; ela pode ser transmitida através de gestos, expressões faciais e posturas corporais. Para crianças não verbais, essa é uma oportunidade valiosa de articular suas emoções e interagir com os colegas de maneira significativa. As brincadeiras de imitação proporcionam um espaço onde as crianças podem se sentir seguras e à vontade para experimentar suas habilidades comunicativas, acolhendo as diferentes formas de expressão que todos exibem.

O sentar-se adequadamente é outro aspecto que merece atenção. Ensinar as crianças a se sentarem corretamente não é apenas uma questão de postura, mas uma forma de cuidar do seu corpo e saúde. A prática de sentar-se bem também impacta outros aspectos, como a atenção e concentração nas atividades escolares, fazendo com que a criança se sinta mais à vontade para aprender e brincar. Portanto, integrar a prática da postura correta com jogos e brincadeiras é fundamental para que essa habilidade seja desenvolvida de forma natural e prazerosa.

Desdobramentos do plano:

Ao desenvolver o plano de aula proposto, considera-se a importância de criar um espaço inclusivo. As atividades devem ser planejadas não apenas para atender a crianças que falam, mas também para acolher aquelas que não se comunicam verbalmente. Para isso, incorporar elementos visuais e táteis pode ser uma estratégia eficaz. O uso de fantoches ou desenhos pode facilitar a comunicação e promover a empatia entre crianças com diferentes habilidades.

Um outro aspecto relevante é a integração das atividades em outras áreas do conhecimento. A área da arte pode ser intensificada ao criar atividades artísticas que envolvam a pintura e a criação de expressões faciais. O movimento pode proporcionar espaço para danças que não só incentivam a motoricidade, mas também a autoexpressão e o trabalho em equipe. Dessa maneira, cada área do desenvolvimento pode ser contemplada ao longo das aulas, criando um aprendizado mais holístico e multidimensional.

Por fim, a importância de avaliar e refletir sobre as práticas cotidianas em sala de aula é fundamental. O professor deve estar atento aos progressos de cada aluno, buscando formas de adaptar e moldar cada atividade para melhor atender suas necessidades. Fazer isso não apenas promove o engajamento, mas também mostra às crianças que a aprendizagem pode ser uma experiência divertida e enriquecedora.

Orientações finais sobre o plano:

Em relação ao plano de aula apresentado, uma orientação essencial é que o professor mantenha a flexibilidade. Cada criança possui um ritmo único e é vital que as atividades sejam ajustadas conforme as necessidades de cada aluno, principalmente quando lidamos com crianças que não verbalizam. Escutar e observar as interações e os comportamentos de cada um pode oferecer insights valiosos sobre como adaptar as atividades e estabelecer conexões significativas.

Outro ponto a ser destacado é a criação de um ambiente seguro e acolhedor, que estimule a criatividade e a livre expressão das crianças. Pode-se incentivar a autonomia ao permitir que elas escolham alguns gestos ou expressões que gostariam de imitar, ou ainda que participem da criação de novos jogos. Esse sentimento de pertencimento e liderança pode aumentar a motivação e o interesse das crianças pelas atividades propostas.

Por último, manter a comunicação com os pais e responsáveis é crucial. Compartilhar os aprendizados e os progressos das crianças promove um vínculo mais forte entre a escola e a família, ajudando na continuidade das aprendizagens em casa. Incentivar os pais a praticarem atividades de imitação e comunicação em casa pode fortalecer ainda mais essas habilidades, ampliando o aprendizado para além das paredes da sala de aula.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Teatro de Fantoches: Levar fantoches para a sala e incentivar as crianças a criar uma pequena peça, onde podem imitar ações e expressões. Objetivo: Trabalhar a comunicação e a imitação de forma divertida. Materiais: Fantoches, espaço amplo. Execução: Cada criança pode escolher um personagem e criar uma linha de diálogo simples, representando uma pequena história que pode ser compartilhada em grupo.

2. Brincadeira das Estátuas: Ao som de uma música, as crianças dançam livremente e, quando a música parar, devem ficar imóveis como estátuas. Objetivo: Encorajar a consciência corporal e a postura ao sentar-se. Materiais: Música animada. Execução: Ao terminar a música, orientá-las a sentar-se de forma correta. Essa atividade ajuda a incorporar a habilidade da postura assim como a comunicação não verbal.

3. Dança do Selo: Propor que as crianças dancem um tipo de dança onde devem imitar um adulto, que pode variar seu comportamento ao longo da dança (como se agachar, pular). Objetivo: Reforçar a imitação e as posturas corretas. Materiais: Espaço amplo e música. Execução: Cada vez que os movimentos mudam, as crianças devem imitar com precisão, integrando movimento e expressão.

4. Fazendo Caras e Bocas: Criar um jogo onde as crianças precisam fazer caras e expressões que os colegas imitarão. Objetivo: Trabalhar a comunicação não verbal e expressão corporal. Materiais: Espelho opcional. Execução: A cada turno, uma criança faz uma expressão e os demais tentam reproduzir. Pode-se usar espelhos para observação da própria imagem, estimulando a autoexpressão.

5. Pintando Sentimentos: Em uma folha de papel, as crianças podem desenhar cores que acreditam representar como se sentem. Objetivo: Integrar emoções e comunicação a uma apresentação artística. Materiais: Papel, tintas ou lápis de cor. Execução: Após desenhar, os alunos podem compartilhar suas obras e o que representam em seus sentimentos, promovendo diálogo e empatia entre eles.

Com estas atividades, espera-se que as crianças pequenas desenvolvam suas capacidades de comunicação, interação social e autocuidado, sempre respeitando suas individualidades e promovendo um ambiente de aprendizado lúdico e acolhedor.

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