“Contação de Histórias: Criatividade e Emoção na Educação Infantil”

A contação de histórias é uma prática fundamental na Educação Infantil, pois envolve não apenas a transmissão de narrativas, mas também a construção de relações afetivas e cognitivas entre as crianças e o universo literário. Neste plano de aula, abordaremos a contação da história “Monstro Rosa” de Olga de Dios, que leva as crianças a explorar suas emoções e o imaginário infantil. Após a leitura, as crianças irão modelar um monstro em argila, algo que permitirá o desenvolvimento da criatividade e habilidades motoras, e, em seguida, elas poderão pintar suas criações e elaborar narrativas sobre os personagens que inventaram. Essa abordagem integra arte, literatura e expressão de forma lúdica e envolvente.

As atividades propostas neste plano têm como objetivo não apenas o desenvolvimento motor e criativo das crianças, mas também a promoção de habilidades sociais e emocionais. A interação durante a contação e as atividades permitirá que os alunos desenvolvam empatia, aprendam a se expressar e compartilhem suas próprias histórias e sentimentos. O ambiente de aprendizagem será cuidadosamente planejado para acolher as crianças, proporcionando uma experiência rica e prazerosa, alinhada aos princípios da BNCC para a Educação Infantil.

Tema: Contação de Histórias, Modelagem com Argila e Criação de Narrativas
Duração: 3 horas
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 5 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Desenvolver a imaginação, a criatividade e as habilidades motoras das crianças por meio da contação de histórias, modelagem em argila e criação de narrativas.

Objetivos Específicos:

– Estimular a escuta atenta e a imaginação durante a contação de histórias.
– Proporcionar experiências de modelagem com argila, promovendo a coordenação motora.
– Fomentar a expressão artística através da pintura das esculturas.
– Incentivar a criação de narrativas, estimulando a linguagem oral e a criatividade.

Habilidades BNCC:

Campo de Experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
(EI03EO02) Agir de maneira independente, com confiança em suas capacidades, reconhecendo suas conquistas e limitações.
(EI03EO04) Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.

Campo de Experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI03CG05) Coordenar suas habilidades manuais no atendimento adequado a seus interesses e necessidades em situações diversas.

Campo de Experiências “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI03TS02) Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais.

Campo de Experiências “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI03EF04) Recontar histórias ouvidas e planejar coletivamente roteiros de vídeos e de encenações, definindo os contextos, os personagens, a estrutura da história.
(EI03EF06) Produzir suas próprias histórias orais e escritas (escrita espontânea), em situações com função social significativa.

Materiais Necessários:

– Livro “Monstro Rosa” de Olga de Dios
– Argila colorida (várias cores)
– Pincéis e tintas para pintura
– Superfícies para modelagem (mesas ou tapetes)
– Jornal para forrar as mesas
– Pratos descartáveis para paletas de cores
– Papel e lápis para anotações das narrativas

Situações Problema:

– Como podemos fazer um monstro usando argila?
– Quais elementos nosso monstro deve ter para contar a nossa história?
– Como podemos expressar nosso sentimento sobre a história que ouvimos por meio da arte?

Contextualização:

As atividades seguem uma linha do tempo que começa com a escuta de uma história, onde cada criança é incentivada a ter um papel ativo, seja fazendo perguntas ou expressando suas emoções perante a narrativa. Depois, ao modelar um monstro de argila, elas têm a oportunidade de traduzir a história em forma física, uma maneira de transformar a ficção em realidade por meio da arte. Finalmente, a pintura e a criação de narrativas fecham o ciclo, onde cada criança se torna não apenas artista, mas também narradora da sua própria criação.

Desenvolvimento:

Iniciaremos com a contação da história “Monstro Rosa”, levando as crianças a se ambientarem no universo da narrativa. O professor fará a leitura do livro, incentivando a interação e pregunta durante a história, e instigando a imaginação dos alunos com perguntas como “O que você faria se encontrasse um monstro?” ou “Como você descreveria o seu próprio monstro?”. Durante a leitura, as crianças serão encorajadas a expressar suas emoções e a relacioná-las com o personagem.

Após a contação da história, passaremos para a modelagem da argila. As crianças irão escolher a cor que desejam para seu monstro e, com a ajuda do professor, aprenderão a moldar a argila, criando formas, texturas e elementos que compõem suas esculturas. O momento de modelagem é vital para a coordenação motora, pois as crianças usarão as mãos para amassar, moldar e dar forma ao que imaginam.

Após a modelagem, cada criança poderá pintar seu monstro. Este momento promoverá a criatividade, onde elas irão explorar diferentes combinações de cores e técnicas de pintura. A ideia é que cada escultura represente a visão única que cada criança tem de seu monstro, refletindo suas emoções e pensamentos.

Por fim, as crianças serão convidadas a criar suas próprias narrativas sobre o monstro que criaram. O professor pode auxiliá-las a fazer uma roda de conversa, onde elas compartilham suas histórias. Essa etapa é vital para que as crianças desenvolvam a capacidade de contar histórias, bem como expressar-se oralmente.

Atividades sugeridas:

Atividade 1: Contação de História
Objetivo: Estimular a escuta e expressão de ideias.
Descrição: Ler o livro “Monstro Rosa”, fazendo perguntas e estimulando a participação das crianças.
Instruções: Ler em um tom envolvente, parando para questionar os alunos sobre os sentimentos e ações do personagem.
Materiais: Livro “Monstro Rosa”.

Atividade 2: Modelagem de Monstro
Objetivo: Desenvolver a coordenação motora e a criatividade.
Descrição: As crianças escolherão cores de argila e criarão seu próprio monstro.
Instruções: Dividir a argila e ensinar formas básicas de modelagem, como fazer bolinhas, rolinhos, etc.
Materiais: Argila colorida, mesas para modelagem, jornais para limpeza.

Atividade 3: Pintura do Monstro
Objetivo: Criar liberdade de expressão artística.
Descrição: Pintar as esculturas feitas com argila.
Instruções: Apresentar as tintas e pincéis, encorajando combinações de cores e técnicas.
Materiais: Tintas, pincéis, pratos descartáveis.

Atividade 4: Criação de Narrativas
Objetivo: Incentivar a habilidade de contar histórias.
Descrição: As crianças irão apresentar suas criações e contar a história de cada monstro.
Instruções: Formar um círculo onde cada criança fala sobre seu monstro e a história associada a ele.
Materiais: Papel e lápis para anotações.

Atividade 5: Reflexão em Grupo
Objetivo: Promover a empatia e compreensão.
Descrição: Uma roda de conversa para discutir o que cada criança aprendeu e sentiu durante as atividades.
Instruções: Realizar perguntas simples que incentivem a reflexão e empatia, como “Como você se sentiria se fosse o monstro?”
Materiais: Não são necessários.

Discussão em Grupo:

Propor uma conversa na roda em que as crianças possam compartilhar o que mais gostaram nas atividades. Os alunos podem discutir sobre o que aprenderam com a história e como suas emoções foram refletidas nas modelagens e pinturas.

Perguntas:

– O que você sentiu ao ouvir a história?
– Qual foi a parte mais divertida de modelar com argila?
– Como você descreveria seu monstro para um amigo?
– Que sentimentos você acha que seu monstro pode ter?
– Se o seu monstro pudesse falar, o que ele diria?

Avaliação:

A avaliação será contínua e observacional. O professor observará a participação das crianças durante a contação de histórias, a interação com os colegas nas atividades de modelagem, pintura e narração. Registros fotográficos das atividades e as narrativas produzidas também servirão como ferramentas de avaliação do aprendizado.

Encerramento:

No final da atividade, o professor poderá realizar uma breve síntese de tudo que foi feito, reforçando as aprendizagens dos alunos e o prazer em criar e contar histórias. Em forma de despedida, pode-se realizar uma pequena celebração das criações e compartilhar os sentimentos vividos durante a atividade.

Dicas:

– Crie um ambiente acolhedor durante a contação da história, com almofadas ou tapetes.
– Utilize fantoches ou objetos de cena para tornar a contação mais dinâmica.
– Estimule a liberdade criativa durante a modelagem, permitindo que as crianças explorem suas ideias.
– Incentive a reciprocidade nas narrativas, pedindo que cada criança ouça atentamente às histórias dos colegas.
– Exponha as esculturas em um lugar visível na sala como forma de valorização do trabalho de cada criança.

Texto sobre o tema:

A contação de histórias é uma das práticas mais antigas e significativas da educação, especialmente na infância. Ela não só cativa a atenção dos pequenos, mas também serve como um excelente meio de desenvolvimento emocional e social. Ao ouvir histórias, as crianças são apresentadas a personagens diversos e compreendem diferentes situações, o que ajuda no desenvolvimento da empatia. A obra “Monstro Rosa” dá vida a temas como a amizade e a aceitação, permitindo que os pequenos reflitam sobre suas próprias experiências e sentimentos.

O ato de contar e ouvir histórias envolve a construção de um elo emocional, onde o narrador tem a possibilidade de engajar as crianças na narrativa, fazendo-as se sentir parte da história. Quando as crianças fazem perguntas e expressam suas opiniões sobre a história, estão exercitando sua comunicação e interpretação de mundos, desenvolvendo uma capacidade crítica desde cedo. Além disso, essa prática pode se desdobrar em outras atividades criativas, como a modelagem e pintura, desafiando-as a usar sua imaginação e habilidades motoras para dar forma ao que sentiram e vivenciaram.

As atividades práticas de modelagem e pintura não são apenas divertidas, mas também essenciais para o desenvolvimento motor. Ao trabalhar com argila, as crianças aprimoram sua coordenação e destreza manual, habilidades que são fundamentais para o aprendizado de futuras atividades acadêmicas. Além disso, ao criar seus monstros e contar suas histórias, as crianças exercitam sua criatividade e autoexpressão, aprendendo a contar histórias de diferentes formas e a ver que a arte pode ser uma poderosa ferramenta de comunicação. Esse ciclo de criar, explorar e compartilhar é essencial para a formação de indivíduos mais confiantes e criativos.

Desdobramentos do plano:

Essa proposta de plano de aula pode ser ampliada para incluir não só a contação de histórias e a modelagem, mas também a instalação de um “museu de monstros” na sala de aula. As crianças podem trazer de casa objetos relacionados a suas narrativas, como desenhos adicionais, histórias escritas ou mesmo suas músicas que descrevem os monstros que criaram. Essa prática não só enriquece o ambiente de aprendizagem, mas também fortalece o sentimento de pertencimento e valorização das produções artísticas de cada criança.

Outra possibilidade é interligar essa atividade com explorações culturais, trazendo para a roda de conversa tradições sobre monstros em diferentes culturas. As crianças podem ouvir sobre o folclore, e isso ampliará seu conhecimento sobre a diversidade de narrativas e personagens que existem ao redor do mundo, promovendo o respeito e a valorização de diferentes culturas. O importante é cultivar um ambiente acolhedor onde as histórias, as criações e os sentimentos possam ser discutidos livremente e com a devida valorização.

Por fim, a implementação de dias dedicados às histórias (um “Dia do Monstro”) pode trazer ainda mais entusiasmo ao projeto. Em um dia específico, as crianças podem vir vestidas como seus monstros, fazendo uma pequena paródia do mundo das histórias contadas. Isso não só incentivaria as crianças a se prepararem e se envolverem mais, mas também proporcionaria uma plataforma para que compartilhassem suas narrativas e expressões artísticas em um evento comunitário, fortalecendo assim as relações entre as famílias e a escola.

Orientações finais sobre o plano:

Um plano de aula bem estruturado não apenas proporciona um guia prático, mas também motiva e inspira tanto os educadores quanto os alunos. É fundamental que os educadores se sintam confortáveis e criativos ao aplicar este plano, adaptando-o conforme necessário para atender às necessidades específicas de seus alunos. A flexibilidade é uma parte vital do processo pedagógico, já que cada grupo de crianças pode apresentar dinâmicas e ritmos diferentes de aprendizado.

Além disso, a avaliação deve ser entendida como uma ferramenta de aprendizagem contínua. Ao observar as interações e produções das crianças, o educador pode ajustar as atividades futuras, enriquecendo ainda mais o aprendizado. A autoavaliação também pode ser incentivada nas crianças, fazendo-as refletir sobre o que aprenderam e como se sentiram ao longo do processo, promovendo um aprendizado significativo e consciente.

No encerramento de cada atividade, é importante dedicar um espaço de tempo para a reflexão. Permita que as crianças compartilhem suas experiências, o que sentiram e o que aprenderam. Com isso, garantimos que educar e contar histórias será uma experiência coletiva, onde cada voz e cada sentimento serão respeitados e ouvidos, formando um verdadeiro tecido de relações sociais enriquecidas e fortalecidas na sala de aula.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

Sugestão 1: Teatro de Fantoches de Monstros
Objetivo: Estimular a criatividade e a linguagem oral.
Descrição: As crianças criam fantoches usando meias ou papel e, em pequenos grupos, encenam a história de seus monstros.
Materiais: Meias velhas, papéis coloridos, tesoura, cola e outros materiais de decoração.
Modo de condução: Dividir as crianças em grupos, onde cada uma cria seu fantoche e, em seguida, planeja uma pequena apresentação.

Sugestão 2: Caça ao Monstro
Objetivo: Promover o trabalho em equipe e a escuta ativa.
Descrição: Criar pistas e charadas que levem as crianças a encontrar

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