“Composição Híbrida: Arte e Geolocalização para o 8º Ano”
Neste plano de aula, abordaremos a temática da composição híbrida utilizando imagens de geolocalização como ponto de partida para uma expressão artística inovadora e criativa. O objetivo é possibilitar que os alunos do 8º ano explorem a intersecção entre arte e tecnologia, desenvolvendo suas habilidades artísticas por meio da utilização de recursos digitais e manuais. Esta aula se destina ao Ensino Fundamental 2, especificamente para estudantes com 14 anos, que estão em uma fase de grande criatividade e busca de identidade.
A proposta envolve a análise e criação de obras que mesclam diferentes técnicas e mídias, o que enriquecerá a experiência dos alunos, ampliando sua compreensão sobre a arte contemporânea e a relação com o espaço e a localidade. Os alunos serão estimulados a refletir sobre como a geolocalização pode influenciar suas produções artísticas e como ela pode conectar diferentes realidades.
Tema: Composição Híbrida com Geolocalização
Duração: 120 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 8º Ano
Faixa Etária: 14 anos
Objetivo Geral:
Desenvolver a habilidade de criação artística dos alunos através da composição híbrida, utilizando imagens de geolocalização como base, promovendo uma reflexão sobre a interação entre arte, espaço e tecnologia.
Objetivos Específicos:
– Analisar diferentes imagens de geolocalização e suas composições.
– Criar uma obra artística que mescle técnicas digitais e manuais, a partir das imagens estudadas.
– Refletir sobre a importância do espaço na arte contemporânea.
– Desenvolver habilidades de trabalho em grupo, promovendo a colaboração e o diálogo.
Habilidades BNCC:
– (EF69AR01) Pesquisar, apreciar e analisar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, ampliando a experiência com diferentes contextos e práticas artístico-visuais.
– (EF69AR04) Analisar os elementos constitutivos das artes visuais na apreciação de diferentes produções artísticas.
– (EF69AR06) Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em temas ou interesses artísticos.
– (EF69AR07) Dialogar com princípios conceituais, proposições temáticas e processos de criação nas suas produções visuais.
Materiais Necessários:
– Computadores ou tablets com acesso à internet.
– Projetor multimídia.
– Impressoras (se disponíveis, para imprimir imagens de geolocalização).
– Materiais de arte (papel, tintas, pincéis, lápis, tesouras, colas, etc.).
– Software de edição de imagem (opcional).
– Impressões de diferentes geolocalizações e imagens urbanas ou naturais.
Situações Problema:
– Como a geolocalização pode ser utilizada para expressar ideias artísticas?
– De que forma elementos digitais e manuais podem ser integrados em uma única obra?
– Quais as influências do local e do espaço na arte contemporânea?
Contextualização:
A geolocalização é uma ferramenta presente em diversas aplicações, como mapas digitais e redes sociais, e permite aos usuários situar-se no espaço de maneira eficiente. Ao mesmo tempo, traz uma nova perspectiva à criação artística, possibilitando que artistas e estudantes explorem a interação entre realidade e representação através de suas obras. O uso do digital na arte contemporânea também demonstra como diferentes meios podem se complementar, tornando a experiência estúdio mais rica e acessível.
Desenvolvimento:
1. Abertura da Aula (15 minutos)
– Apresentação do tema e do objetivo da aula.
– Discussão sobre o conceito de geolocalização e sua relevância na arte contemporânea.
– Exibição de exemplos de obras artísticas que utilizam imagens de geolocalização.
2. Discussão e Análise (30 minutos)
– Dividir a turma em grupos e fornecer a cada grupo uma seleção de imagens de geolocalização.
– Os alunos devem discutir em grupos como as imagens podem ser interpretadas artisticamente e quais elementos visuais podem ser destacados.
3. Criação Artística (60 minutos)
– Orientar os alunos na criação de suas obras, utilizando as imagens discutidas. Eles podem optar por criar uma composição híbrida onde misturam elementos digitais e manuais.
– Incentivar a experimentação com diferentes materiais e técnicas.
– Circulação na sala para apoiar e orientar os grupos.
4. Exposição e Discussão das Obras (15 minutos)
– Cada grupo apresenta suas obras para a turma e discute o processo criativo, as decisões artísticas e as interpretações relacionadas à geolocalização.
– Reflexão sobre o que aprenderam e como a geolocalização impactou suas obras.
Atividades sugeridas:
– Atividade 1: Pesquisa e Seleção de Imagens
– Objetivo: Aprofundar o conhecimento sobre geolocalização e sua representação artística.
– Descrição: Pesquisar diferentes ferramentas de geolocalização e selecionar três imagens que consideram inspiradoras para sua obra.
– Materiais: Computadores, acesso à internet.
– Adaptação: Alunos que têm dificuldade em pesquisa podem receber imagens previamente selecionadas.
– Atividade 2: Criação da Composição Híbrida
– Objetivo: Criar uma obra que combine técnicas digitais e manuais.
– Descrição: Utilizar os materiais disponíveis para desenvolver uma composição artesanal inspirada nas imagens coletadas.
– Materiais: Papel, tintas, impressões das imagens.
– Adaptação: Para alunos com dificuldade motora, proporcionar ferramentas que permitam uma fácil manipulação dos materiais.
– Atividade 3: Reflexão e Análise Crítica
– Objetivo: Promover a discussão sobre a influência do espaço na obra de arte.
– Descrição: Após as apresentações, realizar um debate sobre as obras e o que elas representam em relação ao espaço geográfico utilizado.
– Materiais: Notas de apoio com perguntas guiadas para discussão.
– Adaptação: Alunos com dificuldades de fala podem apresentar suas obras utilizando cartazes explicativos.
Discussão em Grupo:
– Como a geolocalização afeta nossa percepção do espaço?
– Quais técnicas ajudaram a transmitir a mensagem da obra?
– Existe uma diferença entre criar digitalmente e manualmente?
Perguntas:
– O que inspirou suas escolhas artísticas?
– Como você conectou a data da geolocalização com suas experiências pessoais?
– De que maneira você acredita que a sua obra poderia inspirar outras pessoas?
Avaliação:
– A avaliação será baseada na participação dos alunos nas atividades, na qualidade estética das obras criadas e na capacidade de argumentação durante a apresentação.
– O professor observará a colaboração em grupo e a aplicação de conceitos discutidos no decorrer da aula.
Encerramento:
Finalizar a aula discutindo a importância da arte como forma de expressão das identidades e dos espaços contemporâneos, refletindo sobre como a tecnologia pode ampliar as possibilidades criativas.
Dicas:
– Incentivar a exploração de diferentes técnicas artísticas.
– Fornecer referências visuais durante a aula para auxiliar na construção das obras.
– Estimular a troca de feedbacks entre os alunos após a apresentação das obras.
Texto sobre o tema:
A arte contemporânea se caracteriza pela sua diversidade de formas e expressões, frequentemente integra aspectos da tecnologia e do cotidiano. A utilização de geolocalização na arte é particularmente relevante no contexto atual, onde as realidades digitais e físicas se entrelaçam. Essa intersecção possibilita uma nova compreensão do lugar, da identidade e da memória. As obras que utilizam elementos de geolocalização não apenas representam um local, mas também falam sobre as interações e relações que ali se formam. Os artistas contemporâneos exploram esses conceitos, utilizando a arte para refletir sobre questões sociais, ambientais e pessoais que emergem dos lugares que habitamos.
O processo criativo na arte híbrida, que combina elementos tradicionais e digitais, também possibilita uma reinterpretação do espaço, onde o físico passa a dialogar com o digital, criando um híbrido onde a realidade é exposta de maneira complexa. Essa camada extra de criação e reflexão no espaço artístico amplia a experiência do espectador e, ao mesmo tempo, provoca mensagens que falam de experiencias pessoais e coletivas.
Ao trabalharmos com composições híbridas, apoiamos a construção de um repertório musical que integra novas tecnologias, sem perder de vista as tradições e os contextos da arte. Os jovens artistas que exploram essas possibilidades se tornam mais críticas, capazes de dialogar com diferentes linguagens e de produzir obras que se relacionam com o mundo ao seu redor. Para tanto, é fundamental que o educador crie espaços de diálogo, experimentação e produção onde as vozes dos alunos possam ser ouvidas e respeitadas.
Desdobramentos do plano:
Após a realização desta aula, o próximo passo pode ser a organização de uma exposição com as obras criadas pelos alunos, onde a comunidade escolar pode ser convidada a conhecer os trabalhos e as reflexões que eles geraram. Isso não apenas valoriza o trabalho artístico dos alunos como também promove uma discussão mais ampla sobre o uso da geolocalização na arte contemporânea. As obras podem ser acompanhadas de pequenos textos escritos pelos alunos, explicando suas inspirações, processos criativos e a relação entre suas produções e os conceitos discutidos em aula.
Além disso, o plano pode ser ampliado para incluir visitas a artistas locais que trabalham com mídias híbridas ou mesmo a instituições culturais que abordam a intersecção da arte e tecnologia. Essas experiências podem proporcionar aos alunos um contato direto com artistas, ampliando sua compreensão sobre o campo artístico atual e inspirando novas criações.
Por fim, outra possibilidade de continuidade é a criação de um projeto coletivo que utilize a geolocalização para criar uma obra de arte pública na comunidade. Este projeto poderia envolver a pesquisa de espaços significativos para os alunos e o planejamento de uma composição artística que dialogue com esses locais, promovendo uma experiência de aprendizado que ultrapassa os limites da sala de aula e engaja os alunos em um projeto de intervenção artística.
Orientações finais sobre o plano:
É fundamental que o educador esteja preparado para orientar os alunos durante o desenvolvimento de suas obras. O auxílio no uso de materiais e técnicas específicas garante que todos tenham a oportunidade de expressar suas ideias de maneira criativa e autêntica. A criatividade deve ser estimulada tanto na fase de pesquisa quanto na de produção, incentivando os alunos a experimentarem livremente e a se sentirem confortáveis para explorar novas possibilidades na hora de criar suas obras.
Vale lembrar que a inclusão é um aspecto essencial em ambientes educativos. Proporcionar adaptações para alunos com necessidades especiais ou dificuldades deve ser uma prioridade, assegurando um ambiente de aprendizagem equitativo. Esse cuidado demonstra que a arte pode e deve ser acessível a todos, refletindo a diversidade de experiências que cada aluno traz para o espaço educativo.
Ao final do desenvolvimento dessa proposta, é recomendado realizar um encontro para que os alunos possam compartilhar suas experiências, tanto as dificuldades encontradas quanto as satisfações adquiridas ao longo do processo. Esse momento de feedback coletivo não apenas fortalece laços sociais, mas também amplia a capacidade crítica dos alunos, aprimorando suas habilidades de argumentação e apreciação estética, dimensões fundamentais para o desenvolvimento de artistas conscientes e responsivos ao seu contexto cultural e social.
5 Sugestões Lúdicas sobre este tema:
1. Caça ao Tesouro Artístico: Propor uma atividade em grupo onde os alunos devem encontrar elementos de geolocalização em um mapa local e criar uma arte inspirada na sua localização.
2. Instalação Artística Combinada: Criar uma instalação com diferentes elementos que representam geolocalizações significativas para os alunos, utilizando materiais recicláveis, gráficos e imagens impressas.
3. Arte em Movimento: Realizar sessões onde a geolocalização é representada através de movimentos corporais em dança, transmitindo a ideia de deslocamento e espaço.
4. Desafio Fotográfico: Criar um concurso onde os alunos devem capturar imagens que representem seu cotidiano local, e depois transformá-las em obras de arte misturando técnicas digitais e manuais.
5. Jardim das Artes Híbridas: Criar um mural colaborativo em que cada aluno contribui com uma pequena peça artística que se relaciona com a geolocalização, formando um grande painel que reflete diversas visões sobre o espaço percorrido.
Este plano de aula oferece uma oportunidade rica para os alunos desenvolverem suas habilidades artísticas enquanto exploram a integração da tecnologia e a reflexão sobre o espaço. A arte se torna, assim, uma ferramenta poderosa de expressão e compreensão do mundo que nos rodeia.

