“Cartografia Básica: Orientação e Fusos Horários no Ensino Médio”
A elaboração deste plano de aula visa proporcionar um conhecido e profundo entendimento sobre a cartografia básica, enfatizando as orientações por meio do sol, bússola, fusos horários e os movimentos da Terra. Integrando conceitos teóricos com atividades práticas, buscamos formar a consciência crítica e reflexiva dos alunos. O foco no tema da cartografia também destaca a importância da localização e orientação no espaço, habilidades fundamentais para a cidadania e atuação social.
Neste sentido, o plano foi estruturado seguindo diretrizes da BNCC, específicas para o 3º ano do Ensino Médio, garantindo que os estudantes desenvolvam habilidades cognitivo-discursivas que favoreçam a análise crítica e a produção de conhecimentos cartográficos. O conhecimento adquirido nesse tema será essencial não apenas no contexto acadêmico, mas também em situações cotidianas em que a leitura do espaço e do tempo se faz necessária.
Tema: Cartografia Básica: Orientações e Fusos Horários
Duração: 50 min
Etapa: Ensino Médio
Sub-etapa: 3º Ano Médio
Faixa Etária: 17 a 18 anos
Objetivo Geral:
Desenvolver o conhecimento sobre cartografia básica, enfocando as técnicas de orientação (pelo sol e bússola), compreensão dos fusos horários e os movimentos da Terra, permitindo que os alunos se tornem cidadãos mais conscientes em suas relações com o espaço geográfico.
Objetivos Específicos:
– Caracterizar e explicar os conceitos de orientação pelo sol e pela bússola.
– Compreender o sistema de fusos horários e suas aplicações práticas.
– Identificar e descrever os movimentos da Terra e suas implicações sobre o tempo e as estações.
– Estimular o desenvolvimento do pensamento crítico ao analisar e discutir a importância da cartografia no cotidiano.
Habilidades BNCC:
(EM13CHS106) Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica, diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais.
(EM13CHS201) Analisar e caracterizar as dinâmicas das populações, das mercadorias e do capital nos diversos continentes, com destaque para a mobilidade e a fixação de pessoas, em função de eventos naturais, políticos, sociais.
(EM13CHS305) Analisar e discutir o papel e as competências legais dos organismos nacionais e internacionais de regulação, controle e fiscalização ambiental.
(EM13CHS202) Analisar e avaliar os impactos das tecnologias na estruturação e nas dinâmicas de grupos, povos e sociedades contemporâneas.
Materiais Necessários:
– Mapas mundiais e localizados.
– Demonstração de bússolas.
– Material para maquetes (papel, canetinha, régua, tesoura).
– Fichas e gráficos sobre fusos horários.
– Recursos audiovisuais para apresentação de vídeos relacionados aos movimentos da Terra.
Situações Problema:
Como se orienta uma pessoa perdida em um lugar desconhecido sem tecnologia? Por que é importante entender os fusos horários ao viajar para outro país? Esses questionamentos motivam a reflexão sobre a cartografia.
Contextualização:
A cartografia é uma das formas mais antigas de expressar informações sobre o espaço geográfico. No mundo contemporâneo, onde a mobilidade é uma constante, compreender a orientação e os fusos horários é fundamental. Além disso, os movimentos da Terra, que determinam o dia e a noite, são aspectos cruciais para entender nosso planeta no contexto dos ciclos naturais e temporais.
Desenvolvimento:
Iniciaremos a aula apresentando um vídeo curto sobre a história da cartografia e a importância da orientação. Em seguida, explicaremos a orientação pelo sol e a bússola, com demonstrações práticas. Depois, abordaremos os fusos horários, apresentando situações como a diferença de horários em diferentes partes do mundo.
A etapa final consistirá na identificação dos movimentos da Terra, enfatizando como ocorrem o movimento de rotação e translação, e suas consequências para as estações do ano e variação da luz solar.
Atividades sugeridas:
Atividade 1: Orientação pelo Sol
Objetivo: Compreender como utilizar o sol como uma ferramenta de orientação.
Descrição: Em um espaço externo, os alunos poderão observar a posição do sol e, através de suas sombras, determinar os pontos cardeais.
Instruções: Após a explicação teórica, divida os alunos em grupos e oriente-os a formatar um “reloginho” com a sombra, ilustrando os pontos cardeais.
Materiais: Fitas adesivas, papel, canetas.
Adaptação: Para alunos com dificuldades motoras, podem ser utilizados protótipos em maquetes.
Atividade 2: A Bússola e Seus Usos
Objetivo: Demonstrar a aplicação prática da bússola.
Descrição: Os alunos receberão bússolas e deverão seguir instruções num terreno aberto, identificando direção e deslocamento.
Instruções: Criar uma mini trilha onde os alunos, em dupla, devem encontrar um “tesouro”.
Materiais: Bússolas, golpeiros de papel com instruções.
Adaptação: Para alunos que não consigam visitar o espaço externo, simulações em sala com mapas.
Atividade 3: Entendendo os Fusos Horários
Objetivo: Explorar o conceito de fusos horários.
Descrição: Os alunos criarão um gráfico demonstrando as diferenças de horários em diferentes locais, principalmente durante as mudanças de horário de verão.
Instruções: Dividir a turma em grupo e cada grupo deve apresentar um fuso horário específico, com as implicações cultural e econômica.
Materiais: Gráficos impressos.
Adaptação: Para alunos com dificuldades visuais, forneça gráficos em áudio.
Atividade 4: Movimentos da Terra em Maquete
Objetivo: Representar graficamente os movimentos da Terra.
Descrição: Os alunos trabalharão em grupos para criar uma maquete que mostre os movimentos de rotação e translação da Terra.
Instruções: Cada grupo deverá apresentar um esquema que explique como isso afeta o clima e as estações do ano.
Materiais: Materiais recicláveis, cartolina, tintas.
Adaptação: Permitir que os grupos utilizem recursos digitais para criar representações para alunos que têm dificuldades motoras.
Atividade 5: Debate sobre Cartografia e Tecnologia
Objetivo: Criar um espaço para diálogo crítico.
Descrição: Após as atividades práticas, realizar uma roda de conversa sobre a importância da cartografia em tempos de tecnologia avançada.
Instruções: Dividir os alunos em grupos para discutir e elaborar pequenas apresentações sobre como utilizam tecnologia para navegação e seu impacto na percepção de espaço.
Materiais: Flip chart para anotações.
Adaptação: Utilizar tecnologias assistivas para alunos com dificuldades auditivas.
Discussão em Grupo:
Promover uma discussão sobre como os conceitos abordados se aplicam em situações do cotidiano. Os alunos podem compartilhar experiências pessoais de viagens ou de desafios que enfrentaram devido à falta de orientação.
Perguntas:
– O que você considera mais útil: saber se orientar pelo sol ou pela bússola?
– Como a compreensão dos fusos horários influencia nossas viagens?
– Que outros métodos de orientação você conhece além dos discutidos?
Avaliação:
Os alunos serão avaliados pela participação nas atividades em grupo, empenho nas discussões, e pela apresentação final sobre os temas trabalhados. A avaliação formativa permitirá ajustes contínuos para atender às necessidades de aprendizado de cada estudante.
Encerramento:
Finalizar a aula reforçando a importância da cartografia no dia a dia e como esses conhecimentos podem influenciar no entendimento do mundo ao nosso redor. Propor aos alunos a construção de um mapa mental do que aprenderam durante a aula.
Dicas:
– Utilize recursos audiovisuais para tornar a aprendizagem mais dinâmica.
– Promova um ambiente de indagação e questionamento.
– Estimule a colaboração entre os alunos, buscando um aprendizado coletivo.
Texto sobre o tema:
A cartografia é uma arte e uma ciência, essencial para a compreensão do espaço geográfico e sua representação. O estudo básico da cartografia é fundamental, pois permite que os indivíduos encontrem seu lugar no mundo e entendam como se relacionam com ele. Compreender a orientação pelo sol e pela bússola não é apenas uma habilidade prática; é um conhecimento que enriquece a capacidade de cada pessoa de se movimentar e de agir dentro de contextos diversos, sejam eles culturais, sociais ou econômicos.
A importância dos fusos horários surge com a necessidade de coordenar atividades em um mundo cada vez mais globalizado. Viajar entre países, por exemplo, demanda que conheçamos não apenas a diferença de horas, mas também como essa variação impacta o nosso dia a dia, a maneira como vivemos e nos comunicamos. A compreensão dos movimentos da Terra, por outro lado, nos conecta ao ritmo natural do planeta. Saber como a rotação da Terra provoca o dia e a noite, e como a translação causa as diferentes estações do ano são fundamentos essenciais na formação de uma consciência ambiental crítica.
Esses temas, além de serem fundamentais, são ricas oportunidades para desenvolver um pensamento crítico nos estudantes. Autoconhecimento e empatia em relação ao espaço são habilidades que vão além do conteúdo, cultivando cidadãos mais preparados para interagir com a sociedade, a tecnologia, e a natureza de maneira consciente e responsável. A cartografia entrega ferramentas que os alunos podem utilizar em suas vidas diárias, fortalecendo sua autonomia e capacidade de análise crítica em situações reais.
Desdobramentos do plano:
O plano de aula sobre cartografia básica pode ser ampliado em diferentes direções. Primeiro, pode-se abordar a tecnologia GPS e como esta impactou nossa maneira de navegar e compreender nosso espaço. A inserção de aplicativos de navegação como o Google Maps pode levar a uma discussão sobre a evolução da cartografia e seu relacionamento com as novas tecnologias. Além disso, investigar a relação entre cartografia e meio ambiente oferece uma nova camada de entendimento sobre como diferentes representações espaciais podem influenciar políticas de conservação e uso sustentável do território.
Outro desdobramento interessante seria explorar a cartografia social, que se centra em como diferentes grupos de pessoas percebem e utilizam o espaço. Esse tipo de cartografia foca na representação das experiências e percepções de diversos atores sociais, fomentando um debate sobre inclusão e diversidade na forma como a cartografia tradicional e modernizada é apresentada.
Além disso, um aprofundamento na preocupação com a sustentabilidade pode criar conexões valiosas entre cartografia e questões socioambientais. Alunos poderiam desenvolver projetos que mapeassem os recursos naturais locais ou áreas com necessidade de intervenção e preservação, promovendo uma conscientização sobre a relação entre meio ambiente e sociedade. As discussões em sala podem ficar ainda mais ricas ao serem interligadas a aspectos de cidadania e responsabilidade social, ampliando o horizonte dos alunos sobre como podem impactar suas comunidades através do conhecimento cartográfico.
Orientações finais sobre o plano:
As orientações finais para este plano orientam sobre a importância de criar um ambiente de aprendizagem que estimule a curiosidade e a autonomia. O papel do educador é ser um mediador, permitindo que os alunos construam suas próprias percepções sobre a cartografia e sua aplicação no cotidiano. Com a realização das atividades propostas, espera-se que os estudantes não apenas aprendam teoricamente, mas experimentem, explorem e realizem conexões práticas com o conhecimento adquirido.
É fundamental que haja espaço para feedback e autoavaliação, promovendo um ambiente onde as falhas são vistas como oportunidades de aprendizado. Um aspecto crítico é a adaptação das aulas para atender às diferentes necessidades dos alunos. Isso mencionando a importância do diálogo e da inclusão, onde a diversidade de habilidades e técnicas pode criar um enriquecimento formativo incrível.
Por fim, enfatiza-se a necessidade de promover um ensino multidisciplinar, que busca integrar a cartografia a outras áreas do conhecimento. Assim, os alunos podem entender que a geografia, a ciência e as humanidades dialogam entre si de forma contínua, tornando o aprendizado mais significativo e aplicável na realidade dos estudantes.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
Sugestão 1: Jogo de Oriente-se
Objetivo: Ensinar técnicas de orientação.
Descrição: Criar um jogo onde os alunos devem se orientar por uma bússola e procurar objetos escondidos com pistas que envolvem as direções.
Faixa Etária: 17 a 18 anos, em duplas.
Materiais: Bússolas, fitas de marcação.
Sugestão 2: Criação de Mapas
Objetivo: Fomentar habilidades cartográficas.
Descrição: Os alunos criarão mapas que representam seus bairros, incluindo relevância de espaços e trajetos que utilizam no cotidiano.
Faixa Etária: 17 a 18 anos, individual.
Materiais: Papel, canetas coloridas, régua.
Sugestão 3: Filmes e Documentários
Objetivo: Integrar conhecimento teórico e audiovisual.
Descrição: Assistir a um documentário sobre a história da cartografia e discutir como ela evoluiu com a tecnologia.
Faixa Etária: 17 a 18 anos, coletiva.
Materiais: Projetor, acesso a plataformas de streaming.
Sugestão 4: Dinâmica de Fusos Horários
Objetivo: Trabalhar em grupo e aplicar o conhecimento.
Descrição: Em grupos, os alunos devem criar uma tabela de fusos horários do mundo e apresentar a diferença em tempo entre várias cidades.
Faixa Etária: 17 a 18 anos, em grupos de 4.
Materiais: Gráficos impressos, calculadoras.
Sugestão 5: Simulação de Viagem
Objetivo: Entender a logística relacionada à cartografia.
Descrição: Os alunos planejam uma viagem, considerando os fusos horários e a rota a ser seguida, além de possíveis obstáculos na jornada.
Faixa Etária: 17 a 18 anos, em turma.
Materiais: Mapas, dados de tempo, materiais de apresentação.
Esse plano de aula visa não só apresentar os conceitos da cartografia, mas também integrar práticas que tornem o aprendizado significativo e envolvente para os alunos. Com isso, espera-se criar um momento rico de aprendizado, reflexão e desenvolvimento crítico.

