“Aprendendo ‘Em Cima’ e ‘Embaixo’: Atividades Lúdicas para Crianças”

A educação infantil é essencial para o desenvolvimento integral das crianças e o aprendizado de conceitos básicos, como as noções de espaço, é fundamental nesta etapa. O plano de aula que apresentaremos tem como foco o conceito de em cima e embaixo, destacando a importância dessa atividade na compreensão espacial, além de promover a interação e o envolvimento entre as crianças. Vamos trabalhar de forma lúdica e dinâmica, utilizando experiências práticas que estimulem não apenas o entendimento conceitual, mas também a expressão e a socialização.

Com essa abordagem, espera-se que os alunos consigam internalizar os conceitos de posição relativa e, ao mesmo tempo, desenvolver habilidades sociais e emocionais, reconhecendo seu espaço e o dos outros ao seu redor. Este plano tem a intenção de ser um guia prático e acessível para educadores que desejam implementar atividades que favoreçam a aprendizagem significativa em crianças pequenas.

Tema: Embaixo e em cima
Duração: 20 min
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 4 e 5 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover o entendimento das noções de em cima e embaixo por meio de brincadeiras, dinâmicas e atividades que estimulem a exploração do espaço, a socialização e a expressão das crianças.

Objetivos Específicos:

– Desenvolver a percepção espacial das crianças em relação a em cima e embaixo.
– Estimular a linguagem oral para que as crianças consigam expressar suas ideias e sentimentos sobre as atividades.
– Fomentar a interação social e a empatia entre os alunos durante a execução das atividades.

Habilidades BNCC:

– (EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
– (EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
– (EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras.
– (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral.
– (EI03ET01) Estabelecer relações de comparação entre objetos, observando suas propriedades.

Materiais Necessários:

– Caixas de diferentes tamanhos.
– Brinquedos diversos (ex: bolas, bonecos, carros).
– Cartolina e canetinhas.
– Corda ou fita adesiva para demarcar os limites das atividades.
– Livros ilustrados com temas relacionados a espaços e posições.

Situações Problema:

– “Como podemos colocar este brinquedo em cima da mesa?”
– “O que acontece se colocarmos a bola embaixo da cadeira?”
– “Como você se sente quando está em cima da cama ou embaixo da mesa?”

Contextualização:

As crianças precisam entender e diferenciar os conceitos de em cima e embaixo nas suas interações diárias. Utilizar objetos familiares e contextos do cotidiano ajuda a moldar esse aprendizado. Brincadeiras e dinâmicas em grupo são estratégias eficientes para que os estudantes explorem e compreendam essas noções, além de contribuir para a formação de vínculos sociais.

Desenvolvimento:

1. Início da Aula (5 min): Iniciar a aula em círculo, apresentando os conceitos de em cima e embaixo. Mostrar um objeto (ex: uma bola) e perguntar onde ela está. Misturar exemplos usando materiais do dia a dia, permitindo que as crianças reajam e interajam com a proposta.

2. Atividade de Exploração (10 min):
Jogo do “Em Cima e Embaixo”: Montar duas estações com caixas. Ao som de uma música animada, as crianças devem dançar livremente. Quando a música parar, devem correr para a estação mais próxima e colocar um brinquedo em cima da caixa ou embaixo dela, conforme a instrução do professor. Este jogo reforça a percepção espacial e a atividade física.

3. Atividade de Criação (5 min):
Desenho Criativo: Após o jogo, distribuir folhas de cartolina e canetinhas para as crianças. Pedir que desenhem algo que esteja em cima e algo que esteja embaixo. Elas devem apresentar o desenho para o grupo e explicar suas escolhas, promovendo a comunicação e a reflexão.

Atividades sugeridas:

Atividade 1: “Caça aos Objetos”:
Objetivo: Reconhecer objetos em cima e embaixo em diferentes locais na sala.
Descrição: Criar um mapa da sala de aula com as crianças e pedir que encontrem objetos em posições diferentes.
Instruções: Fornecer pistas e incentivá-las a descrever onde estão os objetos.
Materiais: Mapa, lousa para anotações.

Atividade 2: “Teatro dos Esconderijos”:
Objetivo: Expressar-se através da dramatização.
Descrição: Propor uma encenação onde as crianças devem imitar a posição de objetos em cima e embaixo.
Instruções: Dividir a turma em grupos e incentivá-los a criar pequenas cenas.
Materiais: Espelhos, acessórios para encenação.

Atividade 3: “Caminho Sensorial”:
Objetivo: Criar uma experiência sensorial.
Descrição: Criar um caminho onde as crianças possam passar debaixo de mesas e em cima de almofadas.
Instruções: Assegurar que o espaço esteja seguro e guiá-las durante a atividade.
Materiais: Almofadas, mesas, espaços abertos.

Discussão em Grupo:

Ao final das atividades, promover uma roda de conversa onde as crianças possam compartilhar o que aprenderam e sentiram. Perguntar como se sentiram ao brincar em cima e embaixo e quais foram suas experiências mais legais. Isso ajuda a consolidar o que foi aprendido e promove um ambiente de empatia e comunicação.

Perguntas:

– O que você colocou em cima da mesa?
– Como foi a sensação de estar embaixo da mesa?
– Você consegue nomear outro lugar onde algo pode ficar em cima ou embaixo?

Avaliação:

A avaliação deve ser contínua e observacional. O professor pode observar a participação e o engajamento das crianças durante as atividades, bem como sua capacidade de expressar conceitos e interagir com os colegas. É importante também considerar a habilidade de cada um em comunicar suas ideias e sentimentos.

Encerramento:

Finalizar a aula com um momento de reflexão, onde as crianças poderão compartilhar o que aprenderam. Incentivar a expressão de sentimentos sobre as atividades realizadas e reforçar a importância do aprendizado sobre as posições espaciais em situações do cotidiano.

Dicas:

– Utilizar recursos visuais, como ilustrações ou animações, para facilitar a compreensão dos conceitos.
– Manter um ambiente acolhedor e seguro, permitindo que as crianças se sintam livres para explorar e brincar.
– Utilizar músicas que abordem os temas de forma divertida para engajar as crianças nas atividades.

Texto sobre o tema:

Entender e diferenciar os conceitos de em cima e embaixo é crucial para o desenvolvimento cognitivo das crianças na faixa etária de 4 a 5 anos. Essas noções espaciais estão presentes em diversas situações do dia a dia, como ao organizar objetos, ao brincar e até mesmo ao interagir com amigos e familiares. Neste contexto, as atividades práticas, que envolvem movimentação e expressão, são fundamentais para a assimilação desse conhecimento.

Brincadeiras e jogos que exploram os conceitos de posição, como “em cima” e “embaixo”, não só ajudam as crianças a aprender, mas também promovem habilidades sociais e emocionais, como a empatia, o trabalho em grupo e a comunicação. Durante essas atividades, os alunos têm a oportunidade de experimentar diferentes posições no espaço, estimulando a formação de suas identidades individuais e coletivas, e desenvolvendo uma consciência mais ampla de sua localização em relação aos outros.

Através do brincar, as crianças se tornam mais aptas a discernir entre as várias posições que encontram, interiorizando a relação entre si e o mundo à sua volta. Dessas experiências, derivam um conjunto de conhecimentos que contribuíra para o crescimento pessoal e social, que se revelará ao longo de suas vidas.

Desdobramentos do plano:

Ampliar o plano de aula para incluir outras noções espaciais pode ser um caminho rico. Por exemplo, integrar conceitos como atrás, na frente, perto e longe, permitirá que as crianças desenvolvam um entendimento mais amplio de seu espaço. Explorar essas noções com jogos e atividades alternativas, como caça ao tesouro ou atividades de arte, fará com que a aprendizagem se torne mais dinâmica e envolvente. Incentivar que os alunos criem suas próprias histórias, desenhando mapas ou cenários que incluam essas direções, pode ser uma maneira eficaz de aprofundar o conhecimento.

Além disso, pode-se promover um dia temático onde os alunos e professores utilizem fantasias que ilustrem os conceitos abordados, unindo o aprendizado ao lúdico. Essa prática pode fomentar um ambiente de colaboração e expressão criativa que vai além das quatro paredes da sala de aula, estendendo-se para a casa e a comunidade, onde os alunos podem compartilhar e ensinar suas famílias.

Por fim, será relevante observar como os alunos se relacionam com os conceitos ensinados em suas brincadeiras cotidianas. Ao fazer isso, o professor poderá identificar os pontos de interesse dos alunos e desenvolver novas atividades que possam ser inseridas no cotidiano da sala de aula, fazendo assim do ensino uma prática contínua e integrada.

Orientações finais sobre o plano:

É imprescindível que o professor se mantenha atento às dinâmicas da sala, proporcionando um ambiente seguro e acolhedor para que as crianças se sintam à vontade para explorar e se expressar. A flexibilidade do plano é fundamental, permitindo adaptações de acordo com a resposta e o engajamento dos alunos. Ao perceber a empolgação ou dificuldade em alguma atividade em particular, é válido repensar a proposta e criar novas abordagens que façam mais sentido para o grupo.

Além disso, o envolvimento da família nesse processo de aprendizado é essencial. Ao enviar orientações ou até mesmo incentivá-los a participar de atividades em casa que conectem os conceitos de em cima e embaixo, fortalecerá o aprendizado e comprometerá a comunidade em torno da educação das crianças.

O mais importante é que as crianças se divirtam enquanto aprendem. A alegria é uma grande facilitadora do aprendizado, e garantir que as crianças estão se divertindo pode ser um dos melhores indicadores de que elas estão realmente absorvendo os conteúdos propostos.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Caça aos Objetos Perdidos: Criar uma atividade onde os alunos devem encontrar objetos escondidos. Cada objeto encontrado pode ser colocado em cima de uma mesa ou embaixo de um sofá, ajudando-os a compreender as posições.

2. Dança dos Espelhos: Durante uma música, as crianças devem se mover conforme as instruções, colocando-se em cima de um tablado improvisado ou embaixo de mesas. O jogo estimula a expressão corporal e a compreensão do espaço.

3. Construindo uma Cidade: Usar caixas e materiais recicláveis para construir uma “cidade”, onde as crianças poderão organizar os edifícios em cima e embaixo, discutindo a localização de cada construção.

4. Histórias Ilustradas: Propor aos alunos que desenhem ou representem uma história que envolva personagens ou objetos que se coloquem em cima e embaixo de diferentes cenários. As histórias podem ser apresentadas em um mural na sala.

5. Brincadeiras de Fantoches: Criar personagens que falem sobre estar em cima da montanha ou embaixo da água. Usar fantoches para contar histórias e convidar as crianças a participarem, imitando as ações dos fantoches enquanto falam sobre suas posições.

Essas atividades são pensadas para serem divertidas e educativas, promovendo o desenvolvimento integral das crianças, respeitando seus interesses e fazendo a conexão entre aprendizado e brincadeira de forma lúdica e significativa.

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