“Desenho de Orientação: Aprendizado Lúdico no 1º Ano”
O plano de aula que apresentamos aqui se concentrará no tema Desenho de Orientação, abordando não apenas os conceitos fundamentais relacionados ao espaço e à percepção, mas também promovendo a metodologia, a ludicidade e a diversão no aprendizado. Essa abordagem é essencial para capturar o interesse dos alunos do 1º ano do Ensino Fundamental e para garantir que a aprendizagem ocorra de maneira eficaz e significativa. O intuito é que os alunos se familiarizem com referências de localização, direções e a construção de mapas simples, desenvolvendo habilidades tanto cognitivas quanto de trabalho em grupo.
Tema: Desenho de Orientação
Duração: 40 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 1º Ano
Faixa Etária: 7 anos
Objetivo Geral:
O objetivo geral desta aula é promover a compreensão espacial dos alunos, por meio do desenho de orientações e de mapas simples, desenvolvendo a percepção de direções, posições e a habilidade de representar graficamente os seus ambientes.
Objetivos Específicos:
1. Ensinar os alunos a identificar e desenhar elementos que representam a sua casa, escola e outros locais conhecidos.
2. Proporcionar aos alunos a experiência de construir um mapa simples da sala de aula ou da escola.
3. Desenvolver nas crianças a capacidade de seguir instruções simples e de colaborar com os colegas na construção de um trabalho em grupo.
Habilidades BNCC:
As habilidades desenvolvidas durante esta aula incluem:
– (EF01GE09) Elaborar e utilizar mapas simples para localizar elementos do local de vivência (neste caso, a sala de aula e características do ambiente escolar), considerando referenciais espaciais (frente e atrás, esquerda e direita).
– (EF15AR01) Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais, cultivando a percepção e o imaginário.
– (EF12EF01) Experimentar, fruir e recriar diferentes brincadeiras e jogos da cultura popular, reconhecendo a importância da diversidade de espaços e contextos.
Materiais Necessários:
– Papéis em branco e coloridos.
– Lápis de cor, canetinhas e giz de cera.
– Tesouras sem ponta.
– Cola.
– Régua.
– Exemplos de mapas simples (de cidades, brincadeiras, etc.).
– Objetos da sala (como mesas, cadeiras) que serão representados no desenho/mapa.
Situações Problema:
1. Como podemos representar os lugares que conhecemos?
2. O que é necessário para entendermos melhor onde estamos e como chegamos de um lugar a outro?
3. Quais desenhos podem nos ajudar a lembrar dos caminhos que percorremos todos os dias?
Contextualização:
A aula se inicia com uma breve conversa sobre a importância de saber se orientar no espaço. Os alunos são encorajados a compartilhar experiências sobre os lugares que conhecem, como suas casas e a escola. Por meio dessa interação, o professor ajuda as crianças a entender como as informações geográficas nos ajudam a navegar no mundo.
Desenvolvimento:
1. Introdução (10 minutos): Apresente exemplos visuais de mapas e discorra sobre o que os alunos percebem neles. Pergunte se já viram um mapa, o que ele representa, e quais as direções que aparecem.
2. Atividade de Desenho (15 minutos): Peça aos alunos que desenhem um mapa de suas casas ou da sala de aula. Incentive o uso de cores e a inclusão de objetos conhecidos, como mesas, janelas e portas. Enquanto desenham, circula pela sala ajudando os alunos e incentivando o compartilhamento de ideias.
3. Construindo o Mapa Coletivo (10 minutos): Após a individualização, organize uma atividade em grupo onde cada aluno contribuirá para um grande mapa da escola. Os alunos trabalharão juntos, colaborando na orientação e na representação dos diversos espaços.
4. Discussão e Apresentação (5 minutos): Ao final, cada grupo apresenta seu mapa para a turma, explicando o que desenharam e por quê. Esse momento é fundamental para fomentar a oralidade e a confiança nas apresentações.
Atividades sugeridas:
– Dia 1: Desenho do Mapa Individual
Objetivo: Quebrar o gelo e estimular a criatividade.
Descrição: Cada aluno desenha a planta de sua casa.
Materiais: Papéis brancos, canetinhas, lápis de cor.
Instruções: Explicar o que é um mapa e como cada um deve representar os cômodos da sua casa ou o caminho até a escola.
Adaptação: Para alunos com dificuldade na motricidade fina, o professor pode fornecer figuras que eles podem recortar e colar.
– Dia 2: Criação do Mapa Coletivo
Objetivo: Promover a colaboração e o trabalho em grupo.
Descrição: Usar um papel grande para desenhar um mapa da escola.
Materiais: Papel grande, lápis, régua.
Instruções: Pedir que cada grupo desenhe a parte da escola que lhe foi atribuída.
Adaptação: Destinar um aluno para ser o “escriba”, que ditará aos outros o que desenhar.
– Dia 3: Jogo de Orientação
Objetivo: Praticar a orientação de forma lúdica.
Descrição: Fazer um jogo onde algumas direções são dadas e os alunos precisam encontrar certas partes do mapa.
Materiais: Cópias do mapa criado, post-its.
Instruções: O professor dá direções como “vá até a área do parquinho” e deve-se marcar esse caminho com as setas.
Adaptação: Para alunos com dificuldade motora, permitir que o jogo seja feito em grupos menores para facilitar a colaboração.
– Dia 4: Exercício de Representação dos Trajets
Objetivo: Entender como se movimentar em um espaço.
Descrição: Os alunos desenham os trajetos que fazem na escola, de casa até a escola, ou de um amigo até outro.
Materiais: Papel e lápis.
Instruções: Discutir antes qual é o caminho habitual e como ele pode ser representado.
Adaptação: Para alunos com dificuldades de linguagem, utilizar figuras de orientação.
– Dia 5: Apresentações Finais
Objetivo: Melhorar a habilidade de apresentação oral e de escuta.
Descrição: Cada aluno fala sobre o que desenhou e como funciona o mapa.
Materiais: Mapas individuais e coletivos.
Instruções: Cada aluno deve explicar sua parte do mapa ao grupo.
Adaptação: Para alunos tímidos, permitir que se apresentem em duplas ou grupos maiores.
Discussão em Grupo:
Após as atividades, descubra com os alunos o que aprenderam sobre a forma como se orientam. Pergunte sobre o trabalho em equipe, se gostaram de trabalhar juntos e o que foi mais desafiador durante a atividade.
Perguntas:
1. O que você desenhou no seu mapa?
2. Como as direções ajudam você a encontrar o caminho?
3. O que você gostaria de saber mais sobre mapas e locais?
4. Como foi trabalhar em grupo? O que foi fácil e difícil?
5. Você acha que um mapa pode ajudar a contar histórias? Como?
Avaliação:
A avaliação será contínua, baseada na observação das habilidades de interação entre os alunos, na criatividade demonstrada nos mapas e na capacidade de explicação durante as apresentações. Também será importante avaliar a participação nos trabalhos em grupo e o entendimento do conceito de orientação.
Encerramento:
Finalize a aula recaptulando os conceitos aprendidos sobre desenhar mapas e a importância de se orientar no espaço. Valorize o esforço dos alunos nas atividades e incentive-os a continuarem explorando seus ambientes e criando novos mapas.
Dicas:
– Mantenha sempre um ambiente acolhedor e motivador para que todos os alunos se sintam à vontade de participar.
– Utilize músicas ou histórias relacionadas ao tema que podem estimular a criatividade.
– Considere sempre a inclusão de alunos com dificuldades, proporcionando adaptações que atendam às suas necessidades.
Texto sobre o tema:
A orientação no espaço é uma habilidade essencial que todos desenvolvemos desde a infância, à medida que exploramos nosso ambiente ao nosso redor. O conceito de desenho de orientação mais se refere ao ato de representar graficamente a localização de diferentes elementos e a conexão entre eles. Aprender a se orientar e a desenhar esses elementos é fundamental para o desenvolvimento da linguagem espacial, ajudando as crianças a entender como os diferentes espaços se relacionam. Além disso, esse tipo de atividade cria uma base sólida para habilidades mais complexas, como a leitura de mapas e a geografia no futuro.
Os mapas são ferramentas incríveis para representação e comunicação, permitindo que as crianças não apenas exibam suas habilidades criativas, mas também desenvolvam competências em interpretação visual. Aprender a desenhar um mapa representa, de forma primária, a construção do conhecimento geográfico, uma vez que fornece uma compreensão mais profunda do espaço em que vivem, desde a casa, a escola e o bairro. Com isso, as crianças tornam-se ativas no aprendizado, criando uma conexão pessoal com os lugares e as memórias que cada um deles evoca.
Aplicando a arte de desenhar orientações, os alunos também são encorajados a trabalharem em equipe, criando um espaço de cooperação, diálogo e expressão em grupo. Essa atividade não só instiga a criatividade, mas também ensina sobre a importância de escutar as ideias dos outros e contribuir com a sua, promovendo um ambiente de aprendizagem colaborativa. Assim, o ato de desenhar um mapa vai além da técnica e passa a ter um significado social e emocional, ajudando as crianças a construírem vínculos com seus colegas, desenvolvendo a empatia e o respeito mútuo nas interações do dia a dia.
Desdobramentos do plano:
Este plano de aula pode ser expandido para incluir uma integração com outras disciplinas, como ciências, onde os alunos podem explorar a biodiversidade de sua escola ou comunidade e, em seguida, representá-la em seus mapas. Essa interconexão entre as disciplinas permite que os alunos vejam a relevância do que aprendem em diferentes contextos.
Outro desdobramento interessante seria a criação de um projeto ambiental em que os alunos possam observar e descrever como seus mapas poderiam ajudar na conservação do ambiente ao redor deles. Incentivar a conscientização através do desenho e da representação gráfica pode promover uma sensibilização para as questões ambientais desde cedo.
A realização de exposições dos mapas e direções elaboradas pelos alunos pode transformar a sala de aula em uma galeria artística. Ao fazê-lo, os alunos poderão compartilhar suas criações não apenas com colegas, mas também com familiares e a comunidade escolar, destacando a importândia do desenho como forma de comunicação e expressão.
Orientações finais sobre o plano:
Ao implementar este plano de aula, o professor deve ter em mente a importância de proporcionar um ambiente seguro e motivador para os alunos, onde todos possam se sentir valorizados e ouvidos. As atividades devem ser ajustadas conforme as necessidades do grupo, atendendo a diferentes estilos de aprendizado. Isso garante que o plano seja inclusivo e acessível a todos.
Além disso, a interação contínua com os alunos, ouvindo suas ideias e experiências, enriquecerá ainda mais as lições. Ao envolver as crianças em discussões abertas sobre o contexto ao qual estão inseridos, o professor não só estimula o aprendizado ativo como solidifica o entendimento sobre o tema, tornando a aprendizagem mais significativa.
Por fim, a avaliação do aprendizado não deve se restringir apenas ao produto final (os mapas), mas deve incluir a observação do progresso do aluno em áreas como trabalho em grupo, comunicação, e criatividade. Um fator essencial para o sucesso do ensino é a adaptação do conteúdo às vivências pessoais dos alunos, promovendo um verdadeiro diálogo entre o conhecimento teórico e a experiência prática.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Jogo da Memória Geográfica: Criar cartões com figuras de lugares conhecidos e seus respectivos desenhos. Os alunos podem jogar em duplas, emparelhando as figuras com os desenhos corretos.
– Objetivo: Desenvolver a memória e o reconhecimento de formas espaciais.
– Materiais: Cartões com figuras e desenhos.
2. Caça ao Tesouro: Organizar uma caça ao tesouro pela escola utilizando mapas desenhados pelos próprios alunos.
– Objetivo: Praticar orientações e trabalhar em equipe.
– Materiais: Mapas fornecidos pelos alunos e pistas a serem seguidas.
3. Desenho Coletivo em Grande Escala: Propor que os alunos desenhem um mapa da sala usando uma toalha de mesa grande como canvas. Todos devem contribuir com desenhos representativos de suas atividades e espaços.
– Objetivo: Construir um senso de comunidade e união.
– Materiais: Toalha de mesa grande, canetões.
4. Histórias de Viagem: Cada aluno cria um pequeno livro onde desenham os lugares que mais gostam de visitar entre casa e escola, incluindo direções e orientações sobre como chegar.
– Objetivo: Trabalhar a relação entre espaços pessoais e a narrativa.
– Materiais: Papéis, lápis, glitter para enfeitar.
5. Mural de Direções: Criar um mural na sala onde os alunos podem colocar setas e sinais de direções, descrevendo como chegar a diferentes lugares da escola ou da comunidade.
– Objetivo: Estimular a colaboração e a comunicação visual.
– Materiais: Cartolina, canetinhas, adesivos para enfeitar.
Esse plano de aula busca não doar apenas o conhecimento teórico, mas também proporciona experiências práticas e lúdicas que podem enriquecer o aprendizado e fomentar a curiosidade das crianças e ajudá-las a se tornarem aprendizes mais ativos e engajados. Com um conteúdo completo e adaptado, temos a certeza de que a exploração do desenho de orientação será um sucesso na sala de aula.