“Transformando o Parque Infantil em Espaço de Arte e Aprendizagem”

Este plano de aula foi elaborado com o intuito de potencializar o parque infantil como um espaço enriquecedor onde as crianças podem explorar, criar, e se sensibilizar com a natureza ao seu redor. Focalizando a gestão escolar, o plano deste dia visa integrar atividades artísticas e ambientais, utilizando materiais naturais que estão disponíveis no espaço, potencializando assim o aprendizado sensorial e cognitivo das crianças. Ao transformar o parque em um espaço de aprendizado, espera-se que as crianças tenham experiências significativas de exploração e expressão, exatamente nas fases iniciais de seu desenvolvimento.

O desenvolvimento emocional e social das crianças é igualmente uma das prioridades. Promover o convívio e a interação entre as crianças e os adultos, aliando isso a práticas artísticas, será uma forma de nutrir tanto as habilidades sociais quanto a criatividade. A gestão do parque da creche, neste sentido, precisará ser repensada para que se transforme em um espaço educativo pleno. Neste plano está estruturada uma série de atividades que têm como princípio o respeito, a exploração e o desenvolvimento das crianças.

Tema: Gestão Escolar e a Potencialização do Parque Infantil como Espaço de Criação Artística e Sensibilização Ambiental
Duração: 4 HORAS
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 1 a 3 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover a utilização do parque infantil como um espaço de vinculação entre atividades artísticas e sensibilização ambiental, proporcionando às crianças experiências de criação e exploração que favoreçam seu desenvolvimento emocional, social e cognitivo.

Objetivos Específicos:

– Incentivar o coletivo através da compartilhamento de espaços e materiais.
– Proporcionar a vivência de diferentes texturas e sensações por meio da exploração de materiais naturais.
– Estimular a comunicação e a expressão de sentimentos através da arte.
– Favorecer o desenvolvimento da coordenação motora fina e ampla com atividades propostas.

Habilidades BNCC:

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
(EI02EO03) Compartilhar os objetos e os espaços com crianças da mesma faixa etária e adultos.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI02CG02) Deslocar seu corpo no espaço, orientando-se por noções como em frente, atrás, no alto, embaixo, dentro, fora etc., ao se envolver em brincadeiras e atividades de diferentes naturezas.
(EI02CG05) Desenvolver progressivamente as habilidades manuais, adquirindo controle para desenhar, pintar, rasgar, folhear, entre outros.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI02TS01) Criar sons com materiais, objetos e instrumentos musicais, para acompanhar diversos ritmos de música.
(EI02TS02) Utilizar materiais variados com possibilidades de manipulação (argila, massa de modelar), explorando cores, texturas, superfícies, planos, formas e volumes ao criar objetos tridimensionais.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e opiniões.
(EI02EF06) Criar e contar histórias oralmente, com base em imagens ou temas sugeridos.

Materiais Necessários:

– Materiais naturais (folhas, galhos, pedras, flores).
– Papel reciclado e tintas naturais (à base de frutas e vegetais).
– Instrumentos musicais simples (pandeiros, tambores, maracas).
– Caixa de som (opcional), para tocar músicas ambiente.
– Cadeiras e almofadas para momentos de descanso e diálogo.

Situações Problema:

– Como podemos transformar o parque em um lugar divertido e educativo?
– Quais materiais da natureza podem nos ajudar a criar arte?
– Como dividir e compartilhar os espaços e materiais disponíveis?

Contextualização:

A proposta de utilização do parque infantil contempla a interação das crianças com a natureza, transformando-a em um campo fértil para a _arte e a aprendizagem_. Os parques frequentemente são subutilizados, mas podem ser explorados de forma a enriquecer a experiência pedagógica, possibilitando o envolvimento dos pequenos com diversos materiais, sons e texturas, enquanto promovem a sensibilidade ambiental. Essa abordagem integra o respeito pela natureza, a promoção da saúde e estimulando a criatividade das crianças.

Desenvolvimento:

O desenvolvimento das atividades será orientado de forma a proporcionar momentos de descoberta e expressão. Inicialmente, é importante conduzir uma roda de conversa. Os educadores vão apresentar a proposta do dia, destacando a importância do uso do parque e o que ele pode oferecer. É essencial incentivar as crianças a questionarem e a elaborarem ideias sobre o que gostariam de fazer.

Após isso, segue-se para o parque, onde as crianças são incentivadas a explorar o ambiente, coletando materiais como folhas, galhos e pedras. Parte da atividade está focada em utilizar esses recursos naturais para criar obras artísticas, se utilizando do papel e das tintas naturais. Os educadores devem ser atenciosos com as orientações e ajudar as crianças a manipularem os materiais, oferecendo dicas de como cada item pode ser utilizado em sua arte.

Atividades sugeridas:

1. Exploração do Parque
Objetivo: desenvolver a curiosidade e a percepção sensorial.
Descrição: As crianças serão incentivadas a explorar o parque, tocando e sentindo as diferentes texturas dos materiais naturais.
Instruções para o professor: Orientar as crianças para que descubram itens como folhas de diferentes tamanhos e formatos, e galhos que podem ser usados em criações artísticas.
Materiais: nenhum específico.

2. Artesanato Natural
Objetivo: estimular a criatividade e o uso de materiais naturais.
Descrição: Com os itens coletados, as crianças farão colagens ou pintura em papel.
Instruções para o professor: Disponibilizar tintas naturais e estimular as crianças a criar livremente com os materiais que encontraram. Exibir o que foi produzido ao final da atividade.
Materiais: papel, tintas, materiais naturais.

3. Ritmos e Sons da Natureza
Objetivo: estimular a percepção auditiva e a coordenação motora.
Descrição: Criar sons utilizando elementos do parque, como bambus e folhas.
Instruções para o professor: Estimular a criação de instrumentos com os materiais encontrados e promover uma atividade musical com todos.
Materiais: instrumentos simples, objetos naturais.

4. Histórias ao Ar Livre
Objetivo: desenvolver a linguagem oral e a imaginação.
Descrição: Utilizando os elementos do parque, contar histórias ou criar novas narrativas.
Instruções para o professor: Selecionar um espaço confortável e ler, ou convidar as crianças a contarem suas próprias histórias com base em imagens.
Materiais: livros, almofadas.

Discussão em Grupo:

Um momento de reflexão em grupo é vital ao final do dia. As crianças poderão compartilhar o que mais gostaram de fazer, o que aprenderam e como se sentiram durante as atividades. Essa troca de experiências ajuda a desenvolver a comunicação e afiança a compreensão sobre a importância do coletivo.

Perguntas:

– O que você descobriu no parque hoje?
– Qual material você gostou mais de usar para a sua arte?
– Como podemos cuidar do parque para que ele continue bonito?

Avaliação:

A avaliação do processo deve ser contínua e baseada nas interações e participações das crianças nas atividades. Observe como elas lidam com os materiais, interagem entre si, e como expressam suas ideias e sentimentos. Isso proporciona uma compreensão do desenvolvimento emocional e social das crianças, assim como o engajamento nas atividades propostas.

Encerramento:

Ao final das atividades, é interessante reunir as crianças para um momento de relaxamento e reflexão. Poder falar sobre o que aprenderam e vivenciaram, reforçando a importância do respeito à natureza e da expressão artística. Essa troca poderá ser um fechamento positivo para o dia.

Dicas:

– Utilize sempre materiais que sejam seguros para a faixa etária das crianças, evitando objetos pequenos que possam ser engolidos.
– É válido ter um adulto para cada grupo durante as atividades fora da sala de aula.
– Incentive a exploração livre, permitindo que as crianças façam suas escolhas sobre a utilização dos materiais.

Texto sobre o tema:

A gestão escolar tem evoluído nos últimos anos e, com isso, a importância de ambientes externos nas atividades educacionais foi cada vez mais reconhecida. O espaço do parque infantil pode se tornar um verdadeiro laboratório de experiências sensoriais e criativas, onde as crianças são estimuladas não apenas a brincar, mas a se relacionar com a natureza, a desenvolver a criatividade através da arte e a cultivarem valores do coletivo e do cuidado. Quando uma instituição de educação infantil opta por investir aproveitando o parque como um espaço de aprendizagem, está oferecendo possibilidades ricas e significativas para o desenvolvimento integral dos pequenos.

Considerar o parque como um ambiente de formação e educação é uma chance ímpar de alinhar as práticas pedagógicas com as variáveis ambientais. O contato com a natureza ensina principalmente sobre respeito, cuidado e valorização do que nos cerca. Cada folha coletada, cada som produzido, e cada criação artística realizada são oportunidades para que as crianças sintam a importância de respeitar seu mundo. Esse desenvolvimento da sensibilidade ambiental é um pilar fundamental na formação dessas crianças, que se tornarão os cuidadores do planeta no futuro.

Ademais, é preciso ressaltar que o desenvolvimento da criatividade é uma necessidade intrínseca no período da infância. As atividades propostas no parque fortalecem habilidades como perceber o outro, respeitar o espaço coletivo e desenvolver a imaginação. A arte, seja ela visual, sonora ou performática, é um dos meios mais belos e eficazes de expressão para os pequenos, promovendo tanto a individualidade quanto o vínculo com o grupo.

Desdobramentos do plano:

A potencialização do parque como espaço educativo pode ser um tema gerador de novas atividades ao longo do ano letivo. Após um primeiro contato positivo com a natureza e a arte, uma reflexão sobre o papel come os recursos naturais pode levar a propostas muito mais ricas e integradas. Esses desdobramentos podem incluir a sustentabilidade, com oficinas de plantio ou cuidados com animais, mostrando que as crianças também podem ser agentes ativos na preservação do espaço. Aproveitar para engajar as famílias nesse processo é uma maneira poderosa de expandir o aprendizado fora do ambiente escolar.

Outra possibilidade é a criação de um projeto contínuo, onde as atividades artísticas e ambientais sejam realizadas semanalmente ou mensalmente, proporcionando diferentes temas e explorando novos materiais. Essa abordagem dinâmica atende à curiosidade das crianças, que sempre estarão em busca de novas descobertas e experiências. Uma metodologia onde a repetição é organizada pode ajudar no desenvolvimento da confiança e da exploração, que são fundamentais nessa fase infantil.

Além disso, as interações realizadas no parque devem ser registradas de alguma forma, seja por meio de fotos, desenhos ou relatos. Isso não apenas proporciona um acompanhamento das experiências, mas também serve como uma forma de reflexão coletiva entre educadores, permitindo adaptar as práticas conforme as necessidades e interesses dos alunos, além de defender a importância do registro do caminho coletivo na educação de base.

Orientações finais sobre o plano:

Ao final da implementação deste plano, é fundamental que os educadores reflitam sobre as experiências vividas. O feedback das crianças e observações sobre suas interações no parque podem trazer insights valiosos sobre como cada uma delas percebeu a atividade. Esse diálogo constante entre educadores e crianças fomenta um espaço de aprendizado mais flexível e dinâmico, onde todos podem contribuir para o processo de ensino.

É importante lembrar que a gestão escolar eficiente pode resultar em muitos benefícios para o desenvolvimento dos pequenos. Assim, cultivar práticas que valorizem a exploração e a criatividade deve ser um dos objetivos centrais da educação infantil. Ao permitir que as crianças interajam com a natureza e se expressem artisticamente, estamos nutrindo a formação de jovens mais conscientes e criativos, preparados para os desafios futuros. O papel do professor é fundamental, como um mediador que não só ensina conteúdos, mas também inspira a curiosidade e o cuidado.

E, finalmente, nunca se deve subestimar o poder da arte e do contato com a natureza. É nas pequenas coisas que se constroem as melhores aprendizagens. Incentivar a expressão, a criação e o respeito ao meio ambiente deve ser uma parte do cotidiano escolar. O parque, portanto, deve ser mais do que apenas um espaço recreativo; deve ser um espaço onde as experiências mais significativas possam ser vividas, convidando crianças a explorarem, aprenderem e crescerem em harmonia com o mundo ao seu redor.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Mascarada Natural
Objetivo: Disfarçar-se com elementos naturais.
– Material: folhas, flores, pedaços de galhos.
– Passo a passo: colher elementos naturais e criar fantasias, estimulando a imaginação e o jogo simbólico.

2. Caminhada Sensorial
Objetivo: Sentir e descrever texturas do chão.
– Material: diferentes superfícies (grama, areia).
– Passo a passo: caminhar descalços e descrever as sensações de cada piso encontrado.

3. Piquenique Artístico
Objetivo: Confeccionar produtos artísticos.
– Material: frutas, papel, e tintas.
– Passo a passo: criar pinturas utilizando frutas como carimbo, unindo alimentação com arte.

4. Contação de Histórias ao Ar Livre
Objetivo: Desenvolver a narrativa oral.
– Material: livros ou fantoches.
– Passo a passo: contar histórias usando elementos do ambiente, como árvores ou animais do parque, incentivando a criação de novas narrativas.

5. Musical da Natureza
Objetivo: Criar instrumentos musicais.
– Material: latas vazias, pedras, e objetos recicláveis.
– Passo a passo: confeccionar instrumentos com materiais do parque, terminando com uma apresentação musical em grupo.

Essas propostas buscam explorar diferentes formas de aprendizagem lúdica, que são apropriadas e adaptáveis para crianças de 1 a 3 anos, estimulando suas capacidades criativas e interativas.

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