“Transformação e Diversidade: Aula Lúdica da Largartinha e Borboleta”
A elaboração deste plano de aula é dedicada a trabalhar a história da largartinha e a borboleta, resgatando a importância das transformações e do respeito às diferenças. A proposta é engajar as crianças em atividades lúdicas que não só narrem a história, mas que também permitam que elas explorem seus próprios movimentos, expressões e interações, promovendo o desenvolvimento integral que é tão essencial nessa faixa etária.
A interação e as brincadeiras são fundamentais no aprendizado infantil, pois, além de estimularem a criatividade, trazem à tona a necessidade de identificação com o mundo ao redor. Através dessa história colorida e cheia de significados, as crianças serão incentivadas a explorar suas emoções e a desenvolver o cuidado e a solidariedade nas relações interpessoais, competências importantes para a convivência social.
Tema: História da largartinha e a borboleta
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 3 anos de idade
Objetivo Geral:
Fomentar o desenvolvimento social e emocional das crianças e estimular a exploração do movimento através da narração da história da largartinha e da borboleta.
Objetivos Específicos:
– Desenvolver a capacidade de comunicação e a expressão verbal ao dialogar sobre a história.
– Estimular a criatividade e a imaginação através de atividades lúdicas de interpretação.
– Promover a interação e o cuidado nas brincadeiras em grupo.
– Incentivar o reconhecimento da transformação e das diferenças entre os seres.
Habilidades BNCC:
– Campo de Experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
(EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.
(EI02EO05) Perceber que as pessoas têm características físicas diferentes, respeitando essas diferenças.
– Campo de Experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI02CG03) Explorar formas de deslocamento no espaço (pular, saltar, dançar), combinando movimentos e seguindo orientações.
– Campo de Experiências “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI02TS01) Criar sons com materiais, objetos e instrumentos musicais, para acompanhar diversos ritmos de música.
– Campo de Experiências “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e opiniões.
(EI02EF04) Formular e responder perguntas sobre fatos da história narrada, identificando cenários, personagens e principais acontecimentos.
Materiais Necessários:
– Livros ilustrados sobre a história da largartinha e da borboleta
– Materiais para atividades artísticas (papel colorido, cola, tesouras infantis, tintas, pincéis)
– Instrumentos musicais simples (pandeiros, tamborins)
– Espaço amplo para movimentação e brincadeiras
Situações Problema:
– Como a largartinha se sentia antes de se transformar em borboleta?
– O que muda na vida dela após a transformação?
– O que podemos aprender com as diferenças entre os seres?
Contextualização:
A história da largartinha e da borboleta é uma narrativa rica em ensinamentos sobre transformação, autoconfiança e crescimento. Por meio deste conto, as crianças têm a oportunidade de se identificar com o processo de evolução, entendendo que todos podem mudar e se desenvolver de maneiras surpreendentes. Além disso, elas também começam a perceber que, assim como na natureza, as diferenças entre as pessoas merecem compreensão e respeito.
Desenvolvimento:
Iniciaremos a aula com a leitura da história da largartinha e da borboleta, onde o professor deve fazer uso de expressões faciais e variações de tom de voz para trazer emoção à narrativa. Após a leitura, será aberto um espaço para que as crianças compartilhem suas impressões sobre a história. Que sentimentos elas acreditam que a largartinha sentiu em diferentes momentos? Como se sentem em relação às suas próprias transformações?
Em seguida, passaremos à parte prática. As crianças serão convidadas a brincar de largartinha e borboleta. Em grupo, eles podem criar movimentos imitando a larva rastejante e a borboleta que voa. Promova a musicarão ao som de músicas que falem sobre transformações. A ideia é que, enquanto “voam”, as crianças expressem como se sentem: felizes, livre, etc.
Atividades sugeridas:
1. Contando a História de Forma Interativa
– Objetivo: Estimular a comunicação e a escuta.
– Descrição: O professor conta a história, fazendo pausas para que as crianças possam relatar o que acham que vai acontecer a seguir.
– Instruções: Utilize um livro ilustrado e aponte as imagens, incentivando as crianças a descreverem o que veem enquanto narra.
2. Dança da Largartinha
– Objetivo: Explorar formas de movimentação e coordenação.
– Descrição: As crianças vão se mover como a largartinha (rastejando) e depois como a borboleta (pulando e dançando).
– Instruções: Crie um espaço amplo e use músicas que remetam à natureza; sugira que cada criança imite a largartinha e depois a borboleta.
3. Artesanato da Borboleta
– Objetivo: Estimular a criatividade e as habilidades manuais.
– Descrição: Utilizar papel colorido para criar borboletas. As crianças podem desenhar, colar e ensinar a outros como fazer.
– Instruções: Forneça os materiais (papéis, tesouras, colas) e demonstre modelos simples, garantindo que todos possam participar e se expressar.
4. Criação de Sons e Músicas
– Objetivo: Trabalhar a coordenação motora e a percepção sonora.
– Descrição: As crianças vão criar sons representando os movimentos da história, como o som das asas da borboleta ou o rastejar da largartinha.
– Instruções: Ofereça instrumentos simples e incentive-as a criar seus próprios ritmos baseados nas emoções da história.
5. Exploração dos Sentimentos
– Objetivo: Fomentar o diálogo e a expressão emocional.
– Descrição: Após algumas atividades, promova um círculo onde as crianças possam compartilhar como se sentiram durante a dança e as atividades artísticas.
– Instruções: Perguntem sobre diferentes sentimentos, por que a história as tocou, e como elas se sentiriam em cada momento da estória.
Discussão em Grupo:
Convide as crianças para um círculo e pergunte sobre as transformações que observaram, tanto na história quanto em suas próprias vidas. Como elas percebem as mudanças? Isso pode incluir uma conversa sobre como cada um é único e especial.
Perguntas:
– O que você achou mais interessante sobre a transformação da largartinha?
– Como você se sente quando muda algo em você mesmo?
– Quais são as diferenças que você vê nas outras crianças?
Avaliação:
A avaliação será contínua e observacional. O professor observará como as crianças interagem durante as atividades, se comunicam e expressam seus sentimentos. A participação, a colaboração nas brincadeiras e o respeito pelas diferenças dos colegas também serão considerados.
Encerramento:
Para encerrar, podemos fazer uma roda onde todos agradecem a liberdade de ser quem são e as diferenças que cada um traz. Ler novamente partes da história e cantar uma canção que remeta à transformação pode ser uma excelente maneira de finalizar a aula, reforçando os conceitos trabalhados.
Dicas:
Utilize elementos visuais para que as crianças possam se sentir parte da história, como fantoches ou fantoches de dedo. Isso pode ajudar a manter o interesse e facilitar a compreensão da história. Além disso, ajuste as atividades baseando-se nas reações e na participação dos alunos, permitindo que se sintam confortáveis e incentivados a se expressar.
Texto sobre o tema:
O processo de transformação que a largartinha vivencia para se tornar uma borboleta é uma metáfora rica que ressoa profundamente com as experiências humanas de crescimento e mudança. Desde o momento em que a larva emerge, sua vida se torna uma jornada de exploração, repleta de desafios e auto-descoberta. As crianças, sendo ainda tão pequenas e em desenvolvimento, podem encontrar nessa história não apenas uma narrativa simples, mas um convite a refletir sobre suas próprias transformações. Ao identificarem-se com a largartinha, elas começam a compreender que a mudança é uma parte natural e necessária da vida.
A relação entre a largartinha e a borboleta também reflete a diversidade presente em nosso mundo. Assim como as borboletas assumem inúmeras formações e cores, cada criança traz consigo particularidades que merecem ser celebradas. O respeito às diferenças físicas e emocionais é uma lição vital que pode ser introduzida neste contexto, ajudando os pequenos a cultivar não apenas a empatia, mas também a solidariedade entre os pares.
Além disso, essa história pode servir como um ponto de partida para discussões mais amplas sobre transformação, crescimento e identidade. A experiência de uma criança que se transforma, da aprendizagem que ocorre através de brincadeiras e interações sociais, é fundamental na formação de uma imagem positiva de si mesma, a qual elas carregarão para toda a vida. À medida que contemplamos a força simbólica da história da largartinha e da borboleta, percebemos que ela pode ser uma ferramenta poderosa no desenvolvimento emocional e social das crianças.
Desdobramentos do plano:
Após a aula, o professor pode propor projetos que estimulem a continuidade desse aprendizado. Um diário da transformação poderia ser uma ótima maneira de acompanhar o crescimento emocional e social das crianças ao longo do tempo. Esse diário pode incluir desenhos da largartinha e da borboleta, bem como reflexões sobre como cada criança se sente em relação a sua própria identidade e suas mudanças diárias. Este tipo de atividade os ajudará a se expressar e a compartilhar experiências que vão além do espaço da sala de aula.
Outra forma de desdobramento seria a realização de uma exposição de arte onde as crianças pudessem apresentar suas borboletas e compartilhar como se sentiram ao criar. Os pais poderiam ser convidados a participar, fortalecendo os laços entre a escola e a família e reforçando a ideia de comunidade e apoio mútuo. As crianças podem ter a oportunidade de apresentar suas obras e de expressar verbalmente o que aprenderam, o que pode ser uma experiência empoderadora e gratificante.
Por fim, o professor pode trabalhar com as crianças em um jogo de exploração na natureza. Essa atividade não só proporciona uma experiência de aprendizado ao ar livre, mas também permite que as crianças façam observações sobre as diferentes etapas da vida dos insetos, incentivando a curiosidade e a descoberta. É um modo eficaz de integrar o aprendizado ao ambiente e vivenciar a transformação que ocorre na natureza.
Orientações finais sobre o plano:
Para concretizar o aprendizado, o importante é criar um ambiente de acolhimento onde as crianças possam se sentir seguras para se expressar. As sessões devem ser adequadas para atender as necessidades dessas crianças, garantindo que todos possam participar e contribuir para as discussões e atividades. O professor deve estar atento ao tempo de cada atividade e a dinâmica do grupo, ajustando conforme necessário para manter todos engajados.
As interações sociais são um pilar na Educação Infantil. Portanto, é fundamental que o professor promova situações em que as crianças possam interagir, colaborar e resolver conflitos de forma autônoma, mas com sua orientação. Essa habilidade será valiosa não só naquele momento, mas moldará a maneira como se relacionam no futuro.
Por último, é essencial encorajar as crianças a celebrarem suas próprias diferenças e a se alegrarem com as dos outros. Ao reforçar a mensagem de que cada um é especial e que possui seu próprio modo de ser e de se transformar, estamos formando uma geração mais empática, que consegue olhar para as semelhanças e disparidades com uma nova perspectiva.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Oficina de Máscaras de Borboleta
– Objetivo: Explorar a criatividade e a expressão artística.
– Descrição: As crianças irão criar máscaras de borboleta usando papel colorido e elásticos.
– Materiais: Papel colorido, elásticos, canetinhas, cola e tesouras.
– Condução: O professor deve mostrar como recortar e colar as partes e sugerir que as crianças decorem suas máscaras como quiserem.
2. Parada das Borboletas
– Objetivo: Trabalhar a coordenação motora e a socialização.
– Descrição: Realizar uma “parada” onde as crianças se movimentam como borboletas.
– Materiais: Música animada.
– Condução: Colocar a música e deixar as crianças dançarem e fazerem os movimentos livres enquanto se divertem.
3. Contação de Histórias e Som
– Objetivo: Integrar sons à narrativa.
– Descrição: Usar instrumentos para criar sons que acompanhem a história.
– Materiais: Instrumentos musicais simples.
– Condução: Durante a leitura, o professor pode introduzir os sons no momento certo, e as crianças devem participar ativamente.
4. Caça às Borboletas
– Objetivo: Explorar o espaço e promover movimentação.
– Descrição: Uma brincadeira ao ar livre para “caçar” borboletas de papel pela parque ou pátio.
– Materiais: Borboletas de papel recortadas e espalhadas.
– Condução: O professor deve guiar as crianças e explicar onde encontrar e como devem pegá-las.
5. Quebra-Cabeça da Largartinha e da Borboleta
– Objetivo: Desenvolver o raciocínio lógico.
– Descrição: Montar quebra-cabeças que representem momentos diferentes da história.
– Materiais: Quebra-cabeças de papel ilustrados.
– Condução: Dividir as crianças em grupos e deixá-las trabalhar juntas para completar os quebra-cabeças, discutindo o que cada imagem representa.
Este plano de aula foi elaborado com o objetivo de promover não só o aprendizado efetivo, mas também o desenvolvimento integral

