“Resgate das Brincadeiras Antigas: Aprendizagem e Diversão”
Neste plano de aula, abordaremos com as crianças pequenas, de 5 anos, um tema muito rico e significativo que é o resgate das brincadeiras antigas. A proposta visa não apenas trazer à tona jogos e brincadeiras que foram populares em gerações passadas, mas também promover uma reflexão sobre a importância do brincar nas interações sociais e no desenvolvimento da criatividade infantil. As atividades planejadas para essa semana estão alinhadas com as habilidades da BNCC e buscam desenvolver competências sociais, motoras e cognitivas, imprescindíveis na primeira infância. Ao explorar as brincadeiras que fazem parte da memória afetiva da nossa cultura, estaremos também promovendo o aprecio cultural e o respeito por diferentes modos de vida.
As atividades propostas foram cuidadosamente estruturadas para serem lúdicas, atrativas e promotoras de inúmeras aprendizagens. Ao longo de cinco dias, as crianças terão a oportunidade de vivenciar essas brincadeiras de modo dinâmico e colaborativo, aprendendo mais sobre si mesmas e sobre os outros. Além disso, o trabalho em grupo ajudará a fortalecer o vínculo social, amplificando as relações interpessoais e promovendo a empatia. Ao final da semana, espera-se que os alunos não só tenham se divertido, mas que também tenham desenvolvido habilidades e aprendido sobre a importância do brincar como uma forma de expressão e interação social.
Tema: Resgate das Brincadeiras Antigas
Duração: 5 DIAS
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 5 ANOS
Objetivo Geral:
Promover o resgate de brincadeiras antigas, ajudando as crianças a desenvolverem habilidades de cooperação, empatia e expressão pessoal através do brincar.
Objetivos Específicos:
– Estimular a interação social através de brincadeiras em grupo.
– Desenvolver o autocuidado e o respeito pelas diferenças entre os colegas.
– Integrar a linguagem oral e a expressão artística ao contexto das brincadeiras resgatadas.
– Facilitar a exploração das habilidades motoras nas atividades propostas.
Habilidades BNCC:
– (EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
– (EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
– (EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras.
– (EI03TS02) Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais.
– (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral.
Materiais Necessários:
– Cartolinas coloridas
– Tinta guache e pincéis
– Fitas, cordas e materiais recicláveis
– Brinquedos tradicionais (bola, corda, peteca)
– Livros ilustrados sobre brincadeiras antigas
– Aparelhos de som (caso haja música)
Situações Problema:
– Como as crianças se sentem ao brincar juntas?
– O que aprendemos com as brincadeiras antigas que podemos aplicar nas brincadeiras de hoje?
– Por que é importante lembrar e resgatar brincadeiras de gerações passadas?
Contextualização:
As brincadeiras tradicionais muitas vezes carregam elementos culturais significativos e ajudam as crianças a entenderem suas raízes. No mundo digital em que vivemos, resgatar as brincadeiras de nossa infância pode ser um meio eficaz para fortalecer laços entre as crianças, além de promover habilidades sociais, emocionais e motoras. Ao longo da semana, as crianças poderão vivenciar, criar e até mesmo modificar essas brincadeiras, refletindo suas próprias experiências e trazendo à tona sua criatividade.
Desenvolvimento:
A proposta de atividades será distribuída ao longo de cinco dias, cada um com uma abordagem específica em relação ao resgate das brincadeiras.
Atividades sugeridas:
Dia 1: Apresentação e Exploração
Objetivo: Introduzir o tema com histórias sobre brincadeiras antigas.
Descrição: O professor contará histórias sobre duas ou três brincadeiras que os adultos costumavam jogar quando eram crianças, como “pique-esconde” ou “adoleta”.
Instruções: Após a leitura, solicitar que as crianças compartilhem suas experiências. Preparar uma colagem com desenhos das brincadeiras mencionadas, utilizando cartolinas coloridas e tintas.
Dia 2: Vamos Brincar de Pique-Esconde?
Objetivo: Experimentar a interação social através do “pique-esconde”.
Descrição: Organizar as crianças e explicar as regras do jogo. Designar uma área segura para a brincadeira.
Instruções: Dividir a turma em pequenos grupos e alternar quem conta. Observar as relações que se estabelecem durante o jogo e promover reflexões após a atividade.
Dia 3: Brincadeiras de Roda
Objetivo: Resgatar brincadeiras de roda, como “Sapo não Lava o Pé”.
Descrição: Reunir as crianças em círculo e ensinar a canção e a coreografia da brincadeira.
Instruções: Perceber a importância da cooperação e da sincronia entre as crianças durante a atividade. Discutir como se sentiram ao cantar e dançar juntos.
Dia 4: Hora do Desenho e Criação
Objetivo: Expressar-se criativamente sobre as brincadeiras vivenciadas.
Descrição: As crianças desenharão o que mais gostaram nas brincadeiras da semana.
Instruções: Os desenhos serão colados em um mural coletivo, e cada aluno poderá contar a sua história por trás do desenho, promovendo a comunicação.
Dia 5: Festa das Brincadeiras
Objetivo: Integrar todas as brincadeiras aprendidas em uma festa.
Descrição: Organizar diferentes estações com as brincadeiras aprendidas durante a semana.
Instruções: As crianças trocarão de estação a cada 15 minutos, replicando as brincadeiras e compartilhando suas experiências.
Discussão em Grupo:
Após cada atividade, promover um momento de reflexão. Perguntar:
– Como se sentiram nas brincadeiras?
– O que aprenderam com os colegas durante as atividades?
– Quais brincadeiras gostariam de praticar mais?
Perguntas:
– Qual é a sua brincadeira favorita e por quê?
– O que você aprendeu sobre seus amigos enquanto brincava?
– Você conhece outras brincadeiras que não foram mencionadas aqui?
Avaliação:
A avaliação será contínua e observacional, considerando a participação das crianças nas atividades, a interação social, e o desenvolvimento das habilidades propostas. O mural de desenhos ficará como um registro visual do aprendizado e da vivência da turma.
Encerramento:
Concluir a semana reforçando a importância do brincar e celebrando as novas amizades e descobertas. Encorajar as crianças a continuarem brincando em casa, resgatando não apenas as atividades, mas o sentimento de união e alegria que o brincar traz.
Dicas:
– Envolver os familiares nas conversas sobre brincadeiras antigas pode ampliar a experiência.
– Adaptar as brincadeiras para incluir crianças com diferentes habilidades motoras.
– Criar um espaço seguro para as atividades ao ar livre, quando possível.
Texto sobre o tema:
O resgate das brincadeiras antigas é um tema que reveste de grande importância na educação infantil, pois remete não apenas ao ato de brincar, mas também à construção de valores que perduram ao longo das gerações. As práticas lúdicas que faziam parte da infância de nossos pais e avós são portadoras de ensinamentos profundos sobre empatia, respeito e colaboração social. Brincadeiras como “pique-esconde” e “sapo não lava o pé” estão imbuídas de histórias culturais que constituem a identidade do que somos e de onde viemos, e sempre têm algo a nos ensinar, não importa a época.
Quando introduzimos brincadeiras antigas em nossa pedagogia, proporcionamos uma oportunidade única para que as crianças desenvolvam habilidades interpessoais que são essenciais em suas jornadas de vida. Ao jogar em grupo, elas não apenas se divertem, mas também aprendem a lidar com a vitória e a derrota, a compartilhar e a respeitar o espaço do outro. Brincar é muito mais que apenas uma atividade recreativa; é um meio poderoso de linguagem e expressão que vai além das palavras e que permeia a vivência humana.
No mundo contemporâneo, onde os dispositivos tecnológicos são predominantes, é ainda mais vital que resgatem essas memórias lúdicas. Ao promover espaços de brincadeira que resgatem o passado, ajudamos as crianças a construírem um presente mais significativo, que valoriza a interação humana e a criatividade. O resgate dessas brincadeiras pode ser um farol que guia não apenas o aprendizado empírico das crianças, mas também o desenvolvimento de características humanas que, por muitas vezes, parecem esquecidas: a empatia e a solidariedade, essenciais para um convívio harmonioso.
Desdobramentos do plano:
Após a conclusão da semana, a proposta é incentivar as crianças a continuarem a explorar o tema das brincadeiras antigas em suas casas. Uma maneira de fazer isso é sugerir que os alunos tragam histórias sobre outras brincadeiras que seus familiares costumavam brincar, possibilitando um intercâmbio de experiências entre escola e família. Esse desdobramento não apenas reforça o aprendizado, mas também amplia o repertório cultural das crianças, integrando as memórias familiares ao ambiente escolar e solidificando a importância da oralidade e da escuta.
Além disso, será incentivada a criação de um livro coletivo de brincadeiras onde cada criança possa ilustrar e descrever uma brincadeira aprendida na semana. Esse livro pode ser uma rica fonte de registro e consulta, para que os alunos possam revisitar as experiências sempre que desejarem e até mesmo apresentá-las a novos colegas. Com isso, estaremos promovendo um ensino significativo, onde a interação e a participação são essenciais.
Por último, a proposta de criação de uma “Semana do Brincar” anual pode ser implementada. Um evento onde as crianças e suas famílias tragam e pratiquem brincadeiras antigas, promovendo um encontro intergeracional e uma troca rica de experiências. Assim, o trabalho realizado na semana se amplia e se concretiza em uma tradição que pode ser perpetuada através dos anos, em que cada nova geração irá trazer suas versões da brincadeira, enriquecendo ainda mais a experiência educativa.
Orientações finais sobre o plano:
Na execução do plano, é fundamental que o professor atente para o ritmo da turma e faça os ajustes necessários em função das reações e interesses das crianças. O envolvimento ativa dos alunos nas decisões e no planejamento das atividades estimula o protagonismo infantil, possibilitando que as crianças se sintam mais autônomas e seguras em suas expressões. A flexibilidade do calendário da semana permite ajustes que podem ser fundamentais para o sucesso das experiências lúdicas.
Outro aspecto importante a considerar é a segurança durante as brincadeiras. O professor deve sempre garantir que as áreas de brincadeiras estejam limpas e seguras, eliminando qualquer objeto que possa causar danos. Além disso, sempre que necessário, revisitar as regras das brincadeiras para que as crianças compreendam a importância do respeito ao espaço e às necessidades dos colegas.
Por fim, a reflexão após cada atividade é uma parte essencial do processo de aprendizagem. O professor deve criar um ambiente seguro onde as crianças possam expressar suas opiniões e sentimentos sobre as brincadeiras. O diálogo aberto ajuda a desenvolver a comunicação e a confiança, facilitando a construção de um ambiente escolar mais harmônico e respeitoso, onde cada um se sente valorizado e incluído.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
Sugestão 1: Criação de uma roda de histórias
Objetivo: Compartilhar memórias de brincadeiras antigas.
Materiais: Almofadas, livros de histórias sobre brincadeiras.
Modo de condução: Ao redor de um espaço, as crianças se sentarão em almofadas e compartilharão histórias de brincadeiras que gostariam de ensinar aos colegas, podendo acompanhar com demonstrações. Adaptar a atividade para incluir crianças que precisam de apoios especiais, permitindo que elas façam uma pequena apresentação com recursos visuais (desenhos).
Sugestão 2: Festival de Brincadeiras de Corda
Objetivo: Praticar brincadeiras com corda, como “pular corda” e “aude”.
Materiais: Cordas de salto, músicas animadas.
Modo de condução: Criar estações onde as crianças possam experimentar cada brincadeira com diferentes ritmos. Para adaptação, dividir em grupos onde todos têm tempo igual de brincadeira, incentivando a cooperação e a ajuda mútua.
Sugestão 3: Criação de um painel colaborativo “As Brincadeiras do Meu Avô”
Objetivo: Valorizar as memórias familiares.
Materiais: Papel kraft, canetas coloridas, fotos trazidas pelos alunos.
Modo de condução: Na escola, criar um grande painel onde cada criança pode colar uma foto e escrever (ou escolher um adulto para ajudá-la a escrever) algo sobre a brincadeira que seu avô ou avó fazia. Isso melhora o envolvimento das crianças com a história de sua família.
Sugestão 4: Oficina de Meio Ambiente e Brincadeiras
Objetivo: Conectar brincadeiras tradicionais com a natureza.
Materiais: Materiais naturais como galhos e folhas, para construção de instrumentos.
Modo de condução: Ao ar livre, as crianças poderão criar seus próprios instrumentos de percussão e, em seguida, organizaremos uma roda de música e dança, baseando-se nas canções que acompanhavam as brincadeiras do passado. Sugestão de criar grupos de trabalho, assim cada grupo faz um instrumento e ensina aos demais.
Sugestão 5: Dia de Jogos ao Ar Livre
Objetivo: Reunir várias brincadeiras tradicionais em um dia de jogos.
Materiais: Bolas, cordas, giz para marcar o chão.
Modo de condução: Organizar um dia em que todas as crianças possam se revezar entre diversas brincadeiras de rua, como “rouba bandeira”, “pique-pega”, e “bolinha de gude”. Oferecer diferentes estações com jogo em equipe e individual, para que se adaptem a diferentes ritmos e habilidades.
Essas sugestões visam proporcionar experiências significativas e enriquecedoras, associando o tema das brincadeiras antigas com competências e habilidades essenciais para o desenvolvimento integral das crianças pequenas.