“Resgate das Brincadeiras Antigas: Aprendizado e Diversão!”

A proposta deste plano de aula é resgatar o valor das brincadeiras antigas, proporcionando um ambiente rico em interações e descobertas. Ao longo de 12 meses, as crianças pequenas, com faixa etária de 3 a 4 anos, terão a oportunidade de experimentar e vivenciar diferentes brincadeiras que fazem parte da cultura popular, despertando a curiosidade e a criatividade. A intenção é que essas atividades não apenas ajudem no desenvolvimento motor, mas também que promovam a socialização, a empatia e a valorização das tradições.

Neste plano, serão propostas diversas atividades que fogem da padronização moderna de jogos e brincadeiras, permitindo que as crianças explorem jogos como: pular corda, esconde-esconde, brincar com bonecas e carrinhos, entre outros. O foco é reforçar a importância da interação, do trabalho em equipe, do respeito mútuo e de valores que são fundamentais para a convivência em sociedade. Ao longo do tempo, espera-se que as crianças compreendam as dinâmicas das interações, desenvolvendo habilidades sociais relevantes.

Tema: Brincadeiras Antigas
Duração: 12 meses
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 3 a 4 anos

Objetivo Geral:

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O objetivo geral deste plano é proporcionar experiências significativas por meio do resgate e vivência de brincadeiras antigas, promovendo a socialização, a empatia e o desenvolvimento motor das crianças.

Objetivos Específicos:

– Estimular a comunicação entre as crianças durante as brincadeiras.
– Desenvolver a coordenação motora grossa e fina.
– Fomentar a empatia e o respeito às diferenças entre os colegas.
– Valorizar as tradições culturais por meio das brincadeiras.
– Incentivar a criatividade na adaptação e criação de novas brincadeiras a partir das antigas.

Habilidades BNCC:

– Campo de experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.

– Campo de experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro, música.
(EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos.

– Campo de experiências “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita (escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras formas de expressão.
(EI03EF02) Inventar brincadeiras cantadas, poemas e canções, criando rimas, aliterações e ritmos.

Materiais Necessários:

– Cordas de pular
– Bolas de diferentes tamanhos
– Tinta e pincéis para pintura de rostos
– Materiais recicláveis para confecção de instrumentos musicais
– Fichas de brincadeiras escritas em cartolina, ilustrando as atividades que serão realizadas

Situações Problema:

– Como você se sente quando brinca com seus amigos?
– O que você acha que podemos aprender com as brincadeiras dos nossos pais e avós?
– O que fazer se um amigo não quer brincar?

Contextualização:

As brincadeiras antigas são uma fonte rica de cultura e tradição, além de serem uma forma de manter as memórias vivas. Ao resgatar essas experiências, as crianças podem desenvolver um senso de pertencimento e identidade cultural. Esse plano visa criar um ambiente de acolhimento onde cada criança se sinta à vontade para explorar, criar e interagir, utilizando as brincadeiras como meio de expressão e socialização.

Desenvolvimento:

O plano de aula será dividido em 12 meses, cada mês abordando uma ou duas brincadeiras específicas. As atividades incluirão explicações sobre a origem da brincadeira, a prática e reflexões sobre as experiências vividas.

Atividades sugeridas:

– Mês 1: Pular Corda
Objetivo: Desenvolver a coordenação motora e o ritmo.
Descrição: As crianças deverão aprender a pular corda em duplas, alternando as funções de quem pula e quem roda a corda.
Instruções: Os alunos devem se organizar em grupos de quatro, com duas crianças segurando a corda e as outras duas pulando. O professor deve ensinar a sequência, como contar em rima para sincronizar a atividade.
Materiais: Cordas (variadas) e música de fundo.

– Mês 2: Esconde-Esconde
Objetivo: Ampliar as relações interpessoais e desenvolver a empatia.
Descrição: As crianças se revezam para contar e procurar. O professor enfatizará a importância de parabenizar os “escondidos” ao serem encontrados.
Instruções: Estabelecer uma área delimitada para a brincadeira, definir um tempo de contagem e contar até um número combinado. Os alunos devem se organizar em grupos.
Materiais: Nenhum material específico, favorecendo a interação livre.

– Mês 3: Brincadeira do Lobo
Objetivo: Criar com o corpo formas diversificadas de expressão.
Descrição: As crianças devem executar gestos e sons, imitando animais durante a brincadeira do “lobo”.
Instruções: O professor explicará como se movimentar e atuar como animais e, em seguida, fará uma roda para iniciar a atividade com todos os alunos.
Materiais: Máscaras de papel ou pintura no rosto.

– Mês 4: Brincadeiras de Roda (aquarela)
Objetivo: Fortalecer a comunicação e a expressão emocional.
Descrição: As crianças vão criar uma roda cantando e dançando, expressando sentimentos.
Instruções: O professor deve apresentar músicas tradicionais e ensinar passos simples. Na roda, as crianças também podem trocar ideias sobre o que sentiram.
Materiais: Tintas para pintura de rosto, instrumentos (como pandeiros ou caixas de leite).

– Mês 5: Guerra de Balões de Água
Objetivo: Promover atividades de autocuidado e diversão em grupo.
Descrição: Os alunos vão brincar usando balões cheios de água, promovendo interação e cooperação.
Instruções: Os alunos se dividirão em equipes e, com supervisão, farão lanche antes da atividade, definindo regras de segurança e respeito.
Materiais: Balões e água.

Discussão em Grupo:

Após as atividades, será realizado um espaço para discussão onde as crianças poderão compartilhar como se sentiram, como estavam se divertindo e o que aprenderam com as brincadeiras.

Perguntas:

– O que você mais gostou na brincadeira de hoje?
– Como você se sentiu ao brincar com seus amigos?
– Você gostaria de ensinar alguma brincadeira que conhece?

Avaliação:

A avaliação será contínua e baseada na observação do professor durante as atividades. As crianças serão avaliadas em sua capacidade de interagir, respeitar e participar das brincadeiras, além de como expressam suas emoções e sentimentos.

Encerramento:

Ao final de cada mês, o professor deve encerrar a atividade refletindo sobre as experiências vividas, consolidando os aprendizados e incentivando a continuidade das brincadeiras no dia a dia.

Dicas:

Incentive a participação dos pais nas atividades, promovendo um emparelhamento entre gerações. Envolver a família ajuda a enriquecer a experiência e propaga a cultura e as tradições entre todos, fortalecendo as relações familiares e sociais.

Texto sobre o tema:

Brincadeiras antigas são uma parte importante do patrimônio cultural que foi transmitido ao longo das gerações. Elas não apenas divergem em suas dinâmicas, como também em suas origens, refletindo a história e a cultura do povo. Além de proporcionar momentos de alegria e diversão, essas brincadeiras servem como um meio de socialização, permitindo que as crianças desenvolvam habilidades essenciais para a convivência em grupo. Elas aprendem a respeitar as regras, a esperar a sua vez, a ganhar e a perder, o que é fundamental para o desenvolvimento social e emocional.

No contexto atual, onde as tecnologias dominam os momentos de lazer, o resgate das brincadeiras tradicionais se torna ainda mais relevante. A interação face a face promove o desenvolvimento de habilidades que os dispositivos eletrônicos muitas vezes não proporcionam. Por meio da prática contínua, as crianças podem aprender a lidar com emoções, lidar com a frustração e cultivar a empatia, essencial em uma sociedade plural e diversificada. O trabalho em equipe é aliado importante no fortalecimento de laços de amizade, e a prática de jogos de roda, por exemplo, possibilita que os pequenos construam juntos um senso de pertencimento.

Implementar a prática de brincadeiras antigas no cotidiano pedagógico é uma forma de não apenas manter vivas as tradições, mas também de criar um espaço seguro para que as crianças explorem suas capacidades, expressem suas emoções e construam relacionamentos significativos. Ao final deste ano letivo, espera-se que as crianças tenham se fortalecido como indivíduos empáticos e respeitosos, além de terem se tornado conhecedoras da riqueza cultural que as brincadeiras trazem em seu contexto.

Desdobramentos do plano:

O plano de aulas baseadas em brincadeiras antigas pode ser desdobrado em outras áreas de conhecimento, como história e educação física. As crianças podem ser incentivadas a pesquisar as origens das brincadeiras que praticam, promovendo um maior entendimento sobre a cultura que envolvem. Esta pesquisa pode resultar em pequenos projetos onde cada grupo de crianças conta a história de uma brincadeira específica, compartilhando com os colegas o que aprenderam.

Além disso, as atividades podem ser intercaladas com músicas e cantigas de roda, que darão um novo sentido às brincadeiras, escutando e reproduzindo canções que fazem parte do patrimônio cultural. As crianças poderão também se envolver em atividades artísticas, criando cartazes que expressem suas experiências e sentimentos sobre as brincadeiras, utilizando cores e formas que representem suas vivências.

Essas curtas pesquisas e atividades artísticas não apenas proporcionam aprendizado sobre as brincadeiras, mas também estimulam o desenvolvimento motor e a criatividade, diversificando as formas de expressão. Por meio desse desdobramento, é possível construir um ambiente de aprendizado alegre e interativo, onde a cultura, o respeito e a solidariedade estão sempre presentes.

Orientações finais sobre o plano:

Ao trabalhar com crianças pequenas, é essencial que o ambiente seja acolhedor e que as atividades sejam realizadas de forma leve e divertida. O professor deve sempre estar atento às particularidades de cada aluno, respeitando ritmos e individualidades. É importante lembrar que, além de focar na execução das atividades, é fundamental promover um espaço de diálogo e reflexão, onde as crianças possam compartilhar suas emoções e vivências.

A comunicação com os pais é outro aspecto importante no desenvolvimento deste plano. Mantê-los informados sobre as atividades e incentivá-los a participar direta ou indiretamente contribui para um aprendizado mais significativo e fortalece a escolarização. Isso pode ser feito por meio de reuniões informais, murais informativos ou até mesmo convites para participações em atividades específicas.

Por fim, o plano deve ser flexível. O professor é encorajado a adaptar e modificar as atividades conforme observar a dinâmica da turma e o interesse das crianças, garantindo que todos se sintam incluídos e motivados a participar. Trabalhar com brincadeiras é um convite ao lúdico, à expressão e à descoberta, e cada momento deve ser aproveitado para promover um aprendizado rico e prazeroso.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Seis, Sete, Oitenti e Nove
Objetivo: Estimular a contagem e a memorização através de um jogo de adivinhação.
Materiais: Um gorro ou qualquer acessório que sirva de “coisa a ser adivinhada”.
Modo de condução: As crianças se organizam em um círculo e um aluno coloca o gorro na cabeça. Os demais devem, um a um, oferecer pistas ou dizer o que o aluno parece. Quando ninguém mais sabe, o aluno deve retirar o gorro e dizer “sim” ou “não” sobre as pistas.
Adaptação: As dicas podem ser simplificadas, de modo a atender a diferentes níveis de compreensão.

2. Festa da Música
Objetivo: Despertar o interesse pelas músicas folclóricas e incentivar a dança e a expressão corporal.
Materiais: Instrumentos musicais diversos, como tambores, chocalhos, flautas de papel, etc.
Modo de condução: O professor deve ensinar canções folclóricas, permitindo que as crianças toquem instrumentos enquanto dançam. Esta atividade pode se desdobrar em uma apresentação.
Adaptação: Gradualmente, introduza novas canções ou variações, permitindo que as crianças escolham quais tocar.

3. Brincadeira do Sapo
Objetivo: Desenvolver a coordenação motora e a atenção.
Materiais: Ninguém, apenas espaço para brincar.
Modo de condução: As crianças formam um círculo e o professor começará a descrição da brincadeira, onde ao nomear os animaizinhos, a turma deve reproduzir os movimentos ou sons.
Adaptação: A cada nova rodada, troque os animais, oferecendo novos desafios.

4. Um dia na feira
Objetivo: Estimular a criatividade e a construção de narrativas.
Materiais: Frutas e verduras de mentira ou desenhadas em papel.
Modo de condução: As crianças devem brincar de vender e comprar os produtos da feira, criando diálogos e trocando ideias sobre os alimentos. O professor pode ajudar a criar um cenário.
Adaptação: Se a turma for muito pequena, a atividade pode ser feita em dupla, facilitando o diálogo.

5. A Corrida dos Sacos
Objetivo: Trabalhar a coordenação e balancear.
Materiais: Sacos grandes de tecido.
Modo de condução: As crianças devem entrar nos sacos e fazer uma prova de obstáculos, onde devem saltar de um ponto ao outro.
Adaptação: Para crianças menores, utilize sacos menores e crie uma pista simplificada.

O plano de aula pode ser implementado de acordo com o desenvolvimento e a adaptação das crianças, priorizando sempre a diversão e a inclusão, bem como a representatividade na escolha das atividades.