“Resgatando Brincadeiras Antigas: Aprendizado e Cultura no Ensino”

A proposta desse plano de aula é proporcionar aos alunos do 3º ano do Ensino Fundamental uma vivência rica e diversificada com brincadeiras antigas. Esse tema é essencial para resgatar a história lúdica que moldou brincadeiras e jogos que foram passados de geração para geração. Além disso, proporciona um momento de socialização e aprendizagem, onde os estudantes poderão interagir, compartilhar experiências e redescobrir o prazer das atividades lúdicas que muitas vezes não estão mais em uso.

Durante o desenvolvimento das atividades, os alunos terão a oportunidade de desenvolver diversas competências e habilidades, respeitando e aprendendo com as tradições culturais que cercam as brincadeiras. O plano está estruturado de forma a oferecer reflexões, prática e também um olhar crítico sobre as brincadeiras, promovendo o reconhecimento de suas influências culturais.

Tema: Brincadeiras Antigas
Duração: 120 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 3º Ano
Faixa Etária: 8 a 9 anos de idade

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Fomentar o interesse e a prática de brincadeiras antigas, estimulando o respeito pelas tradições culturais e o desenvolvimento de habilidades motoras, sociais e cognitivas nos alunos.

Objetivos Específicos:

– Despertar o interesse pela história das brincadeiras e sua importância cultural.
– Proporcionar vivências práticas com diferentes brincadeiras antigas, promovendo o trabalho em equipe e a socialização.
– Estimular a reflexão crítica sobre a evolução das brincadeiras ao longo do tempo.

Habilidades BNCC:

– (EF35EF01) Experimentar e fruir brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo, incluindo aqueles de matriz indígena e africana, e recriá-los, valorizando a importância desse patrimônio histórico cultural.
– (EF35EF04) Recriar, individual e coletivamente, e experimentar, na escola e fora dela, brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo, adequando-as aos espaços públicos disponíveis.

Materiais Necessários:

– Cordas para pular
– Bolas de diferentes tamanhos
– Giz para desenhar no chão
– Papéis e canetas para anotações
– Materiais recicláveis (garrafas, caixas, etc.)

Situações Problema:

– Por que algumas brincadeiras se perderam ao longo do tempo?
– Qual a importância de manter viva a memória das brincadeiras de nossos avós?
– Como podemos adaptar brincadeiras antigas para a realidade contemporânea?

Contextualização:

As brincadeiras antigas frequentemente carregam um profundo significado cultural e social. Muitas delas foram moldadas em contextos históricos específicos e refletem as tradições de diversas culturas. Ao trazer essas atividades para a sala de aula, não apenas relembramos estas práticas, mas também fomentamos um espaço em que a cultura, a história e a diversidade são respeitadas e valorizadas.

Desenvolvimento:

1. Abertura (20 minutos): Promova uma roda de conversa perguntando aos alunos sobre as brincadeiras que conhecem e costumam praticar. Anote no quadro palavras-chave e sentimentos que surgirem nesta discussão.
2. Contextualização Histórica (30 minutos): Apresente breves relatos sobre algumas brincadeiras antigas: por exemplo, “pular corda”, “pega-pega” e “amarelinha”. Explique a influência de diferentes culturas. Estimule a curiosidade realizando perguntas sobre como as brincadeiras se transformam ou são esquecidas ao longo do tempo.
3. Atividades práticas (50 minutos):
– Divida a turma em grupos e atribua a cada grupo uma brincadeira antiga para praticar (pular corda, amarelinha, bola ao cesto, etc.).
– Permita que os alunos recriem ou adaptem as brincadeiras, considerando o espaço disponível.
4. Interação e Reflexão (20 minutos): Após as atividades práticas, promova o retorno para a roda de conversa. Questione: quais foram as melhores partes da experiência? O que aprenderam com isso? Como as brincadeiras podem conectar gerações?

Atividades sugeridas:

Atividade 1 – Pular Corda
– *Objetivo:* Fortalecer atividades motoras e coordenação.
– *Descrição:* Alunos aprendem a pular corda em grupos de três. Um aluno gira a corda enquanto os outros pulam.
– *Instruções:* Organizar os estudantes em círculos e rodar a corda. Alterar funções: quem gira pode pular e vice-versa.
– *Materiais:* Cordas.
– *Adaptação:* Para alunos com dificuldades motoras, permitir o uso de outros métodos, como completamente girar a corda ou apenas ajudar a contar os saltos.

Atividade 2 – Amarelinha
– *Objetivo:* Trabalhar a coordenação e a noção de espaço.
– *Descrição:* Desenhar a amarelinha no chão e fazer os alunos jogarem com pedrinhas.
– *Instruções:* Designar alternância de jogadas, contar as etapas em grupo e criar regras de troca.
– *Materiais:* Giz e pedrinhas ou objetos.
– *Adaptação:* Criar uma versão simplificada para alunos com dificuldades.

Atividade 3 – Pega-Pega
– *Objetivo:* Desenvolver a agilidade física em um jogo coletivo.
– *Descrição:* O “pegador” tenta tocar os outros jogadores. Uma linha designada é a área “segura”.
– *Instruções:* Alterar o pegador a cada cinco minutos, mantendo a energia do jogo.
– *Materiais:* Nenhum necessário.
– *Adaptação:* Criar diferentes regras de segurança para alunos que necessitam.

Discussão em Grupo:

Crie um espaço para que os estudantes compartilhem suas experiências sobre as brincadeiras, mencionando qual brincadeira mais gostou e o que aprendeu sobre a cultura das brincadeiras na discussão e nas práticas.

Perguntas:

– Quais brincadeiras você aprendeu e qual delas você mais gostou? Por quê?
– Como você acha que as brincadeiras mudaram com o passar do tempo?
– De que maneira as brincadeiras ajudam a construir amizades?

Avaliação:

A avaliação será contínua e poderá inclusivamente ser com base na participação dos alunos nas discussões e nas práticas. Também será considerado o engajamento durante as trocas de experiências sobre as brincadeiras. Uma produção escrita sobre o que aprenderam será requisitada após as atividades, promovendo a prática da escrita.

Encerramento:

Finalizar a aula com uma roda de conversa refazendo a reflexão para os alunos. Agradecer as participações e reforçar a importância das brincadeiras na construção da cultura e das relações sociais.

Dicas:

– Propor que os alunos apresentem as brincadeiras em casa e tragam feedback para as próximas aulas.
– Incentivar a criação de regras que contemplem a inclusão de todos durante as brincadeiras.
– Incluir elementos e histórias sobre a origem das brincadeiras, para trazer enfase cultural.

Texto sobre o tema:

As brincadeiras têm um papel fundamental na formação do indivíduo ao longo da história. Desde os primórdios da humanidade, elas têm se mostrado como uma maneira de expressão cultural e social. Por meio delas, crianças e adultos se reúnem para vivenciar não apenas a diversão, mas também a educação e a transição cultural. Muitas brincadeiras têm suas origens em tradições que vão além de uma geração e representam a memória coletiva de um povo.

A diversidade de brincadeiras reflete a riqueza de cada cultura, mostrando como é importante resgatar e valorizar essas práticas. Em muitas culturas, há um forte simbolismo nas brincadeiras, onde cada gesto e regra tem um significado que ajuda a comunicar valores sociais. Além disso, as interações que se criam durante esses momentos lúdicos fortalecem os laços entre as pessoas e ajudam a formar identidades.

Nos dias de hoje, com o avanço da tecnologia e a digitalização do dia a dia, é comum observar a diminuição das brincadeiras tradicionais. Essa perda é preocupante, pois as brincadeiras não são apenas meras formas de diversão, mas representam uma maneira de conectar a nova geração com suas raízes e tradições. Ao redescobrir as brincadeiras antigas, podemos contribuir para a formação de uma sociedade mais consciente de sua história e diversidade.

Desdobramentos do plano:

Após a realização desse plano de aula, é possível expandi-lo para enfatizar a criação de mostras culturais. Os alunos poderiam, por exemplo, trabalhar em grupos para pesquisar e apresentar diferentes brincadeiras de suas comunidades, favorecendo o resgate de tradições que possam estar se perdendo. Essas apresentações de brinde podem incluir dramatizações, danças ou ainda versões contemporâneas das brincadeiras que foram trabalhadas.

Outra forma de desdobramento é convidar os pais para uma tarde de jogo, onde tanto pais quanto filhos possam compartilhar brincadeiras e contar suas experiências relacionadas a elas. Esse contato gera uma troca rica entre as gerações, ao promover um ambiente familiar e de aprendizado colaborativo. Além disso, tal atividade pode ser um espaço para discutir sobre o valor da preservação das tradições e o papel dos pais nesse processo educativo e cultural.

Por fim, um projeto contínuo pode ser implementado para que os alunos documentem as brincadeiras que aprendem, criando um livro ou um mural na escola. Isso contribuirá para que a história das brincadeiras antigas esteja acessível não apenas para esta turma, mas também para alunos futuros, servindo como um motivacional para a preservação cultural.

Orientações finais sobre o plano:

É fundamental considerar que as brincadeiras antigas não são simplesmente jogos, mas parte da cultura e identidade de nossos alunos. O professor deve sempre buscar conectar as práticas lúdicas ao conhecimento de história das culturas representadas por essas brincadeiras, permitindo que os alunos desenvolvam respeito e apreço por suas raízes.

Outro ponto importante é observar a diversidade das habilidades e necessidades dos alunos durante o plano. As adaptações nas atividades são essenciais para garantir que todos os alunos se sintam incluídos e possam participar ativamente. O espaço da sala de aula pode ser um ambiente rico em aprendizado e respeito, e por isso, o planejamento deve focar em promover ações que respeitem a individualidade de cada aluno.

Por fim, o professor deve ser um mediador do conhecimento e um facilitador desse contato dos alunos com a cultura das brincadeiras. A criação de momentos de compartilhamento e reflexão é essencial para que os alunos não apenas aprendam sobre as brincadeiras, mas também desenvolvam uma consciência crítica sobre sua importância e lugar na sociedade contemporânea.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

Sugestão 1 – Jogo da Memória de Brincadeiras
– *Objetivo:* Aprender sobre diferentes brincadeiras antigas de forma divertida.
– *Descrição:* Criar cartas de memória utilizando imagens e o nome das brincadeiras antigas.
– *Materiais:* Cartas com imagens e nomes das brincadeiras.
– *Execução:* Os alunos jogam em grupos, tentando formar pares de imagens e nomes.

Sugestão 2 – Criação de Brincadeiras
– *Objetivo:* Estimular a criatividade dos alunos.
– *Descrição:* Propor que os alunos criem uma nova brincadeira inspirada nas antigas.
– *Materiais:* Papéis, canetas, e objetos recicláveis.
– *Execução:* Alunos trabalham em grupos, apresentando suas ideias ao final.

Sugestão 3 – Festival das Brincadeiras
– *Objetivo:* Promover um festival de brincadeiras.
– *Descrição:* Realizar um evento onde os alunos possam compartilhar as brincadeiras que aprenderam.
– *Materiais:* Espaço aberto e materiais necessários para as brincadeiras.
– *Execução:* Alunos convidam pais e outros convidados, contando sobre as brincadeiras.

Sugestão 4 – Entrevista com os Avós
– *Objetivo:* Promover a troca intergeracional.
– *Descrição:* Pedir que os alunos entrevistem seus avós sobre brincadeiras que pratiquem.
– *Materiais:* Folhas e canetas para anotações.
– *Execução:* Os alunos apresentam as histórias na aula, contextualizando as brincadeiras.

Sugestão 5 – Vídeo de Brincadeiras
– *Objetivo:* Documentar as experiências.
– *Descrição:* Os alunos filma e edita um pequeno vídeo mostrando como a brincadeira é realizada.
– *Materiais:* Câmeras ou celulares.
– *Execução:* Os alunos assistem aos vídeos no final da semana, discutindo as experiências coletadas.

Com essa proposta detalhada, será possível enriquecer o conhecimento dos alunos sobre as brincadeiras antigas, promovendo a valorização da cultura e história por meio do lúdico e do aprendizado interativo.

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