“Rabisco Dentro da Caixa: Atividade Criativa para Crianças de 1 a 2 Anos”
Este plano de aula intitulado “Rabisco dentro da caixa” é voltado para crianças bem pequenas, com idades que variam de 1 a 2 anos. O foco desta atividade é proporcionar um momento rico em experiências sensoriais e criativas, onde os pequenos poderão explorar a arte do desenho, o que favorece seu desenvolvimento motor e a identificação de cores e formas. Durante esses 30 minutos, as crianças terão a oportunidade de trabalhar com diferentes materiais, além de interagir entre si, promovendo um ambiente de cooperação e aprendizado.
A proposta é estimular a expressão artística, desenvolvendo habilidades motoras finas e promovendo a socialização entre os colegas. Ao mesmo tempo, os educadores conseguirão observar como as crianças se comunicam e se expressam através do desenho. Essa atividade integra conceitos importantes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que preconiza práticas pedagógicas que respeitam o desenvolvimento dado as diferentes fases da infância.
Tema: Rabisco dentro da caixa
Duração: 30 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 1 a 2 anos
Objetivo Geral:
Estimular a expressão artística e a criatividade das crianças, promovendo o desenvolvimento motor e a socialização por meio da atividade de desenho, favorecendo a exploração de cores e formas em um contexto de interação social.
Objetivos Específicos:
– Proporcionar um ambiente seguro e estimulante para o desenvolvimento da criatividade e da autoexpressão.
– Fomentar a comunicação e a interação entre crianças, ajudando-as a respeitar as diferenças e a compartilhar o espaço e os materiais.
– Desenvolver habilidades motoras finas através da manipulação de diferentes materiais de desenho e pintura.
– Incentivar a identificação e a exploração de cores e formas.
Habilidades BNCC:
Campo de experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”
– (EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
– (EI02EO03) Compartilhar os objetos e os espaços com crianças da mesma faixa etária e adultos.
– (EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.
Campo de experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
– (EI02CG05) Desenvolver progressivamente as habilidades manuais, adquirindo controle para desenhar, pintar, rasgar, folhear, entre outros.
Campo de experiências “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
– (EI02TS02) Utilizar materiais variados com possibilidades de manipulação, explorando cores, texturas, superfícies, planos, formas e volumes ao criar objetos tridimensionais.
Materiais Necessários:
– Caixas de papelão (com diferentes tamanhos e formatos);
– Papel em branco ou cartolina;
– Lápis de cor;
– Giz de cera;
– Tintas e pincéis;
– Tesouras sem ponta (para as crianças que já possuem um pouco mais de habilidade);
– Aventais ou camisetas antigas para proteger a roupa;
– Toalhas ou panos para limpar possíveis sujeiras.
Situações Problema:
– Como podemos fazer desenhos diferentes na caixa?
– O que podemos usar para colorir o nosso desenho?
– Como podemos compartilhar os materiais com nossos amigos?
Contextualização:
Para contextualizar a atividade, é importante criar um ambiente acolhedor e estimulante. Os educadores devem conversar com as crianças sobre o que é um desenho e a importância da arte para a expressão dos sentimentos e ideias. Além disso, as crianças podem ser incentivadas a falar sobre as cores e formas que elas conhecem, aproximando-as do que será explorado durante a atividade.
Desenvolvimento:
A atividade se iniciará com uma apresentação dos materiais disponíveis. O educador deve mostrar como utilizar cada um deles e explicar que a intenção é rabiscarem e desenharem na caixa. Após a demonstração, as crianças serão convidadas a experimentar os diversos materiais de forma livre. Durante a atividade, o educador irá circular, observando as interações, oferecendo suporte e orientações, caso necessário.
Atividades sugeridas:
Dia 1: Apresentação dos Materiais
– Objetivo: Introduzir os materiais de desenho.
– Descrição: Mostrar cada material e permitir que as crianças toquem e experimentem.
– Instruções: Conversar sobre as texturas e cores, permitindo que as crianças façam algumas marcas no papel.
– Sugestões de adaptação: Para crianças que precisam de suporte, o educador pode auxiliar na manipulação dos lápis ou giz.
Dia 2: Criando a Caixa de Arte
– Objetivo: Personalizar uma caixa para ser utilizada como recurso de arte.
– Descrição: As crianças pintarão a caixa com tintas.
– Instruções: As crianças deverão trabalhar em grupos, cada uma deve contribuir com um aspecto dela.
– Sugestões de adaptação: Para crianças que não apresentam controle motor, usar esponjas para pintar.
Dia 3: Desenho no Papel
– Objetivo: Aplicar o que aprenderam sobre cores e formas ao desenho em papel.
– Descrição: As crianças devem desenhar livremente, inspirando-se na caixa decorada.
– Instruções: Ao final, um momento para que compartilhem o que desenharam.
– Sugestões de adaptação: Para facilitar, pode-se sugerir que desenhem personagens ou objetos que elas conhecem.
Dia 4: Exploração de Texturas
– Objetivo: Aprofundar a criatividade por meio da exploração de texturas.
– Descrição: Usar papel texturizado (como papel de lixa) para rabiscos novos.
– Instruções: Incentivar as crianças a falarem sobre quais texturas elas sentem.
– Sugestões de adaptação: Oferecer diferentes texturas para que possam explorar de forma mais sensorial.
Dia 5: Compartilhando a Experiência
– Objetivo: Promover o ato de compartilhar as criações.
– Descrição: Organizar uma “exposição” onde cada criança apresenta seu trabalho.
– Instruções: Cada criança pode falar um pouco sobre seu desenho, enquanto os outros escutam.
– Sugestões de adaptação: Para apoiar crianças mais tímidas, o educador pode ajudá-las em sua fala.
Discussão em Grupo:
Conduza uma breve discussão após cada atividade, onde as crianças possam contar o que escolheram desenhar e porque. Este momento é crucial para que se desenvolva a comunicação e também para o fortalecimento da imagem positiva que cada uma tem de si ao compartilhar suas produções artísticas com os colegas.
Perguntas:
– Que cor você escolheu para o seu desenho?
– O que você mais gostou de fazer hoje?
– Como você se sentiu ao desenhar na caixa?
– O que você gostaria de desenhar da próxima vez?
Avaliação:
A avaliação será contínua, observando as interações, o uso dos materiais e a forma como as crianças se comunicam. É importante que o educador esteja atento ao desenvolvimento motor e à capacidade de socialização dos pequenos, também anotando suas reações e preferências durante as atividades.
Encerramento:
Ao final da atividade, reúna as crianças em um círculo para concluir a atividade. O educador deve parabenizar as crianças pelo esforço e criatividade, reforçando a importância de cada um ter contribuído para o resultado final. Um momento de reflexão ajuda a consolidar os aprendizados do dia.
Dicas:
– Utilize músicas infantis durante a atividade para manter um clima animado e divertido.
– Sempre incentive a comunicação e a cooperação entre os alunos.
– Mantenha sempre um espaço livre para limpeza e organização, para que as crianças aprendam sobre cuidar de seus materiais.
– Valorize as produções artísticas, exibindo as obras ao final da semana, em um local de destaque na sala de aula.
– Esteja atento ao individualismo e respeite o tempo e espaço de cada criança.
Texto sobre o tema:
Explorar o mundo do desenho é uma forma essencial de comunicação para as crianças bem pequenas. Para elas, a arte é um canal onde sua expressividade pode fluir livremente. O ato de rabiscarem não é apenas uma atividade lúdica, mas um estágio importante do desenvolvimento, onde a criança começa a compreender o espaço que ocupa, as formas que observa e as cores que interagem. Este tipo de atividade promove não apenas a habilidade motora, mas também um entendimento mais profundo sobre o ambiente ao seu redor.
A prática do desenho e do rabisco encoraja as crianças a manipularem objetos, desenvolvendo a coordenação motora fina. Através da repetição e da exploração, elas se tornam mais seguras para experimentar novos movimentos, e isso é fundamental para o avanço de suas habilidades. O contato com diferentes materiais, texturas, cores e formas as ajuda a criar uma base sólida de conhecimentos que poderão ser utilizados em diversas áreas do aprendizado.
Além do desenvolvimento individual, essa atividade gera um ambiente favorável para a socialização. Durante o ato de compartilhar experiências e interagir com os colegas, as crianças desenvolvem uma consciência social, aprendendo a lidar com suas emoções e a compreensão do outro. O respeito à individualidade torna-se uma habilidade bastante valiosa, especialmente nesse estágio em que o ser social está em formação. Esta é uma oportunidade para que se inicie o diálogo sobre respeitar as diferenças, o que pode ser realizado de maneira leve e acessível às crianças.
Desdobramentos do plano:
O plano “Rabisco dentro da caixa” pode servir como um ponto de partida para uma série de outras atividades artísticas. Após a exploração inicial, os educadores podem considerar a realização de projetos de colagem, onde as crianças podem adicionar diferentes materiais, como folhas, pedaços de tecidos e recortes de revistas. Isso enriquecerá ainda mais sua experiência sensorial e artística, permitindo que os pequenos ampliem suas habilidades criativas.
Outra possibilidade de desdobramento é a introdução de histórias em conjunto com a atividade de desenho. Após os rabiscos, o educador pode contar histórias a partir das ilustrações feitas pelas crianças, incentivando-nas a falar sobre o que desenharam e a criar narrativas em grupo. Essa integração entre arte e literatura estimula o desenvolvimento da comunicação e da imaginação, aspectos importantes na formação integral das crianças.
Por fim, a continuidade do projeto pode incluir a documentação das atividades realizadas durante a semana. Os educadores podem montar um mural ou um álbum com fotos e as produções artísticas das crianças, resultando em um registro visual do aprendizado e da evolução dos pequenos artistas. Essa prática também consolida a importância de valorizar os trabalhos deles, reforçando a autoestima e o orgulho pelas atividades realizadas.
Orientações finais sobre o plano:
Para o sucesso da execução deste plano, é fundamental que o educador prepare o espaço com antecedência, garantindo que todos os materiais estejam organizados e de fácil acesso. A disposição dos materiais deve ser feita de maneira que estimule a autonomia das crianças. Dessa forma, elas terão liberdade para explorar e escolher o que mais lhe agrada, propiciando uma experiência de aprendizado mais rica.
Além disso, o educador deve sempre estar atento ao ritmo e às necessidades individuais de cada criança. A inclusão de momentos de pausa para que as crianças possam observar o espaço envolvente e trocar experiências é muito valiosa para sua formação social e afetiva. A relação de confiança criada entre o educador e as crianças favorece a abertura para novas experiências e facilita o aprendizado em diferentes áreas.
Por fim, criar este ambiente de arte não deve ser visto apenas como uma atividade pontual. É importante que os projetos artísticos sejam incorporados de forma contínua na rotina da educação infantil, contribuindo para um aprendizado significativo e divertido, que respeite e valorize a individualidade de cada criança, gerando diferentes formas de expressão e interação.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
Sugestão 1: Pinturas com as Mãos
– Objetivo: Fantasiar e brincar com as texturas.
– Materiais: Tintas atóxicas e papel grande.
– Modo de condução: Permita que as crianças usem suas mãos como pincéis para criar formas e desenhos. Depois, compartilhem suas pinturas.
Sugestão 2: Caça às Cores
– Objetivo: Identificar cores no ambiente.
– Materiais: Cartolina de diversas cores espalhadas pela sala.
– Modo de condução: Peça que cada criança encontre objetos nas cores da cartolina e levo para o espaço de arte.
Sugestão 3: Montagem de um Livro de Arte
– Objetivo: Estimular a criação e documentação.
– Materiais: Papel, clips e desenhos feitos pelos alunos.
– Modo de condução: Cada criança pode escolher seus desenhos para montar um livro coletivo.
Sugestão 4: Dança das Cores
– Objetivo: Brincar com os movimentos em relação ao desenho.
– Materiais: Música infantil e tecido colorido.
– Modo de condução: Ao som da música, as crianças podem “dançar” imitando as cores que tocam e ao final, rabiscam algo no papel que represente suas cores dançantes.
Sugestão 5: Pintura com Esponjas
– Objetivo: Explorar novas formas de pintura.
– Materiais: Esponjas cortadas em diferentes formas e tintas.
– Modo de condução: As crianças usarão as esponjas para carimbar suas criações, promovendo a exploração de formatos e texturas.
Assim, este plano de aula irá enriquecer a experiência sensorial e criativa das crianças, promovendo um ambiente de aprendizado ativo e divertido.