“Plano de Vivência: Desenvolvimento Integral para Crianças Pequenas”

Iniciar um plano de vivência para crianças pequenas é uma tarefa empolgante e desafiadora, pois essas experiências são essenciais para o desenvolvimento integral dos pequenos. A vivência deve ser planejada de forma a proporcionar a exploração de diferentes ambientes, a interação social e a expressão de sentimentos, promovendo a construção da identidade e a valorização do outro. Além disso, a vivência pode ser uma oportunidade para trabalhar habilidades fundamentais, como a empatia e a comunicação, de maneira lúdica e relevante para o cotidiano das crianças.

As atividades propostas neste plano visam integrar os diferentes campos de experiências da BNCC, considerando as especificidades da faixa etária de 3 a 5 anos. Nesta fase, as crianças estão em um momento de intensa descoberta do mundo à sua volta, e as vivências devem respeitar e aproveitar essa curiosidade natural, promovendo interações que favoreçam o desenvolvimento emocional e social.

Tema: Plano de Vivência
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 3 a 5 anos

Objetivo Geral:

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Proporcionar às crianças pequenas uma vivência que estimule a interação social, a expressão de sentimentos e o autoconhecimento, através de atividades lúdicas que promovam o respeito e a valorização das individualidades.

Objetivos Específicos:

1. Promover a expressão emocional por meio da arte e do brincar.
2. Estimular a cooperatividade nas atividades em grupo.
3. Favorecer o reconhecimento das diferenças e o respeito à diversidade cultural.
4. Facilitar a comunicação das ideias e dos sentimentos.

Habilidades BNCC:

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
– (EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
– (EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
– (EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro e música.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
– (EI03TS02) Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais.

Materiais Necessários:

– Papéis de várias cores
– Tintas e pincéis
– Materiais recicláveis (papelão, garrafas, tampas)
– Instrumentos musicais simples (bombos, pandeiros, apitos)
– Espelho grande
– Fantoches ou objetos para dramatização
– Cortador de papel e tesouras sem ponta

Situações Problema:

– O que podemos fazer para ajudar nossos amigos quando eles estão tristes?
– Como podemos expressar a nossa alegria de estar juntos?
– O que cada um de nós pode oferecer aos outros em nossa vivência?

Contextualização:

Vivências para crianças pequenas são oportunidades valiosas que favorecem o aprendizado por meio do brincar e da interação. Ao criar um ambiente acolhedor e respeitoso, os educadores podem possibilitar que os alunos explorarem suas emoções, relacionamentos e a diversidade ao seu redor. A vivência proposta permitirá que as crianças exerçam a cooperatividade e a empatia, essenciais para o desenvolvimento social e emocional na infância.

Desenvolvimento:

O plano de vivência será desenvolvido em 50 minutos, dividido em etapas que englobam roda de conversa, atividades práticas e momentos de reflexão.

1. Roda de Conversa (10 minutos): Iniciar com uma roda de conversa onde as crianças podem compartilhar como se sentem neste ambiente. Perguntas como “O que você mais gosta de fazer aqui?” ou “Como você se sente quando está com seus amigos?” podem ser feitas. O professor deve aproveitar para incentivar a expressão verbal das emoções, reforçando o respeito mútuo entre as respostas.

2. Atividade de Criação Artística (20 minutos): Dividir as crianças em pequenos grupos e fornecer diferentes materiais para que possam criar uma arte colaborativa. Cada grupo deve trabalhar em um painel utilizando papéis coloridos, tintas e materiais recicláveis, representando o que cada um considera importante para a vivência. Assim, elas expressaram sentimentos e ideias, e no final, as produções serão expostas para toda a turma.

3. Dramatização e Movimento (15 minutos): Após a atividade artística, as crianças devem ser convidadas a participar de uma atividade de dramatização. Usando fantoches ou objetos do dia a dia, as crianças poderão encenar situações que envolvam cooperação e empatia, como ajudar um amigo ou realizar uma atividade em conjunto, promovendo a expressão corporal e gestual.

4. Encerramento e Reflexão (5 minutos): Finalizar com uma roda novamente, onde as crianças podem compartilhar o que mais gostaram da vivência e o que aprenderam sobre si mesmas e sobre os colegas. Essa etapa é essencial para consolidar o aprendizado e proporcionar um espaço para o aluno se sentir ouvido.

Atividades sugeridas:

Atividade 1: Construindo Juntos
– Objetivo: Desenvolver a cooperação e a expressão artística.
– Descrição: As crianças se dividem em grupos e constroem algo em equipe, por exemplo, um grande painel colorido.
– Instruções: Explique para as crianças que cada um deve trazer um material diferente e que irão trabalhar de forma colaborativa.
– Materiais: Papéis coloridos, tesouras sem ponta, colas e tintas.
– Adaptação: Para crianças que têm dificuldades em manipulação, disponibilizar papéis já cortados para que possam colar.

Atividade 2: O Espelho da Amizade
– Objetivo: Promover o autoconhecimento e respeito ao outro.
– Descrição: Utilizando um espelho grande, as crianças podem se observar e falar o que gostam em si mesmas e em seus amigos.
– Instruções: Peça para cada criança olhar para si e depois para o colega ao lado. Perguntas como “O que você gosta em você?” e “Como você vê seu amigo?” podem ser feitas.
– Materiais: Espelho grande e papel para anotações.
– Adaptação: Crianças tímidas podem optar por apenas escrever em vez de falar.

Atividade 3: Ritmos e Sons
– Objetivo: Explorar sonoridades e movimento.
– Descrição: Usar instrumentos musicais simples para criar uma música juntos.
– Instruções: Organizar uma pequena apresentação onde cada grupo toca seu instrumento.
– Materiais: Bombos, pandeiros e outros instrumentos.
– Adaptação: Para crianças que não podem tocar os instrumentos, permitir que batam palmas ou façam sons com a boca.

Discussão em Grupo:

Facilitar o diálogo e a expressão entre as crianças é fundamental. O educador deve promover uma discussão sobre o que cada um sentiu durante as atividades, estimulando o respeito pelas opiniões e os sentimentos de cada um. Brincadeiras, canções ou contações de histórias podem ser utilizadas para instigar as discussões, criando um ambiente acolhedor e seguro para a expressão.

Perguntas:

1. Como você se sentiu durante as atividades?
2. O que você aprendeu sobre seus amigos?
3. O que poderia fazer para ajudar alguém que está triste?

Avaliação:

A avaliação nesta idade deve ser feita de maneira observacional, focando em como as crianças interagem entre si e participam das atividades. O educador pode registrar as observações sobre o engajamento delas nas atividades e a capacidade de se expressar. Além disso, é importante prestar atenção nas interações sociais, como a empatia e a cooperação ao longo da vivência.

Encerramento:

Finalizar a vivência com um momento de gratidão, onde criança por criança pode dizer algo que gostou durante o dia. Essa prática ajuda a solidificar as relações interpessoais criadas e a valorizar a experiência que cada um teve ao participar da vivência coletiva. É importante que todos saiam com um sentimento positivo e de pertencimento.

Dicas:

1. Sempre respeitar o tempo e a maneira das crianças se expressarem, adaptando as atividades conforme necessário.
2. Criar um ambiente acolhedor, dispondo os materiais de forma acessível e estimulante, promovendo o interesse e a curiosidade dos pequenos.
3. Utilizar canções e brincadeiras conhecidas para encorajar a participação ativa de todas as crianças, criando um clima de alegria e acolhimento.

Texto sobre o tema:

A construção de um plano de vivência na educação infantil é uma tarefa que exige sensibilidade e atenção às necessidades emocionais e sociais de cada criança. Neste contexto, a vivência não se limita ao espaço físico ou à sequência de atividades, mas abrange um espaço de aprendizado significativo onde a individualidade é respeitada e as interações sociais são enriquecidas. As crianças pequenas, na faixa etária de 3 a 5 anos, estão em um estágio crucial de desenvolvimento, onde a descoberta do mundo ao seu redor ocorre por meio de experiências vivenciais que envolvam o corpo, o movimento e as interações interpessoais.

Promover um ambiente onde a comunicação aberta e o respeito mútuo sejam estimulados é essencial para que as crianças se sintam seguras e motivadas a participar. A expressão artística, as dramatizações e as atividades em grupo são ferramentas poderosas para trabalhar a empatia, a cooperatividade e a autoafirmação. O cuidado para que cada criança tenha a oportunidade de se expressar, seja por meio da fala, do movimento ou da arte, fortalece sua autoestima e sua capacidade de reconhecer e valorizar as diferenças do outro.

Assim, as vivências planejadas servem como um microcosmo do mundo das relações humanas, onde os pequenos aprendem a lidar com emoções, celebrar a diversidade e desenvolver habilidades que serão fundamentais para as etapas seguintes de sua formação. Promover a vivência nas crianças pequenas ajuda a construir uma base sólida para o desenvolvimento social e emocional, preparando-os para o futuro com empatia, respeito e cooperação.

Desdobramentos do plano:

Um dos principais desdobramentos do plano de vivência é a possibilidade de integrar novas experiências e temas que possam surgir a partir das atividades realizadas. Com as crianças pequenas, a espontaneidade e a curiosidade são características marcantes. Assim, o educador deve estar sempre atento aos interesses que brotam durante as atividades e promovê-los, podendo levar a discussões em formatos novos e interessantes que ampliem os aprendizados e as relações entre as crianças.

Além disso, as atividades realizadas podem ser transportadas para outras áreas do conhecimento, seja em temas ligados à natureza, à cultura local ou mesmo em assuntos cotidianos da comunidade em que as crianças estão inseridas. Isso ajuda a construir um conhecimento mais abrangente e conectado à realidade dos pequenos, tornando o aprendizado mais significativo e relevante. As vivências bem planejadas podem também se transformar em projetos maiores que englobam outras áreas do conhecimento, permitindo um aprendizado mais eficaz e interligado.

Outro desdobramento importante está relacionado ao envolvimento da família nas atividades e propostas da escola. O incentivo à participação dos pais pode enriquecer as experiências vividas pelas crianças em sala de aula e pode ser uma oportunidade para integrar os modelos de aprendizado e socialização que ocorrem no ambiente escolar ao que é vivido em casa. A conscientização familiar sobre a importância da educação emocional, social e cultural pode levar a um ambiente mais colaborativo e a um desenvolvimento mais integral das crianças.

Orientações finais sobre o plano:

Ao implementar este plano de vivência, é fundamental que o educador esteja aberto a adaptações e modificações conforme as reações e o interesse das crianças. O monitoramento constante das dinâmicas em grupo e o envolvimento ativo nas atividades propostas são essenciais para que a vivência cumpra seus objetivos. Estimular a comunicação e a expressão das emoções contribui significativamente para um ambiente de apoio e segurança, onde cada criança se sente valorizada e ouvida.

Além disso, considerar as especificidades de cada criança é vital. A valorização das individualidades enriquece o aprendizado e promove um ambiente mais inclusivo. Compreender que cada aluno tem seu próprio tempo e maneira de explorar e interagir com o mundo é fundamental para o processo de ensino-aprendizagem. Por fim, avaliar e refletir sobre as atividades após sua execução permite o aprimoramento contínuo do planejamento e a construção de um trabalho pedagógico efetivo e enriquecedor.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Oficina de Reciclagem Artística: Propor uma atividade onde as crianças criam novas obras utilizando materiais recicláveis. O objetivo é conscientizar sobre a importância da reciclagem através da arte, enquanto desenvolvem habilidades manuais e criativas. Usar papelão, garrafas plásticas e tampas para criar esculturas ou mosaicos em grupo, sempre reforçando a cooperação e a partilha.

2. Ciranda das Cores: Criar um espaço onde as crianças possam brincar com cores. Utilizar tecido, papéis ou tintas de diferentes cores, promovendo danças ou brincadeiras que expressem os sentimentos associados a cada cor. A ideia é fazer uma roda onde a cada cor as crianças precisam se mover de alguma forma, construindo uma associação entre movimento e expressão.

3. Teatro de Fantoches “Eu e Você”: Propor que as crianças construam seus próprios fantoches e, depois, realizem pequenas dramatizações que abordem experiências de amizade e cooperação. Aproveitar a dinâmica para abordar questões de empatia e respeito às diferenças.

4. Dia das Culturas: Organizar um dia especial onde as crianças possam trazer algo que represente suas culturas e tradições. A ideia é que compartilhem um pouco de sua história em um formato que pode incluir contação de histórias, danças ou pratos típicos. As crianças aprendem a valorizar a diversidade cultural e a de seus colegas.

5. Caça ao Tesouro de Emoções: Criar um jogo onde as crianças precisam encontrar objetos que representam diferentes emoções. Podem ser cores, desenhos ou pequenas histórias. Após a coleta dos objetos, em roda, cada um conta o que cada emoção significa para eles.

Estas sugestões lúdicas visam criar um ambiente de aprendizado enriquecedor, integrando a brincadeira ao desenvolvimento social e emocional das crianças, respeitando e valorizando suas individualidades.