Plano de Aula: “Vivências Musicais: Som, Movimento e Conexão” (Educação Infantil)
A primeira aula de música é um momento crucial na introdução das crianças ao universo sonoro. Com um plano voltado para bebês, é possível trabalhar o nome e a adaptação, utilizando a música como ferramenta para estimular o desenvolvimento das capacidades auditivas e motoras. A interação entre os pequenos e os adultos é primordial, pois esses momentos criam laços afetivos e auxiliam na formação da identidade e no reconhecimento de si mesmo e dos outros. A música tem um poder imenso de conectar as emoções, facilitando a comunicação até mesmo antes das palavras serem plenamente desenvolvidas.
Nesta aula, a proposta é proporcionar uma experiência sensorial rica e variada, onde as crianças poderão explorar sons, ritmos e a movimentação do corpo. O ambiente deve ser acolhedor, permitindo que cada criança se sinta segura para interagir com os demais, expressando suas emoções e necessidades de maneira livre e criativa. O foco do plano é utilizar a música para gerar vivências significativas, criando conexões afetivas e de aprendizado.
Tema: Primeira Aula de Música
Duração: 40 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 0 a 2 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar uma experiência musical que estimule a percepção auditiva, a expressão corporal e as interações sociais entre as crianças.
Objetivos Específicos:
– Fomentar a exploração de diferentes sons e ritmos.
– Estimular o movimento e a expressão corporal ao som de músicas.
– Promover a interação entre as crianças e os adultos, valorizando a comunicação através da música.
– Facilitar o reconhecimento dos nomes das crianças presentes na aula.
Habilidades BNCC:
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI01EO01) Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
(EI01EO03) Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos, brinquedos.
(EI01EO04) Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.
(EI01CG03) Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI01TS01) Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.
(EI01TS03) Explorar diferentes fontes sonoras e materiais para acompanhar brincadeiras cantadas, canções, músicas e melodias.
Materiais Necessários:
– Instrumentos musicais simples (pandeiros, chocalhos, sinos).
– Brinquedos que produzam sons (caixas de música, bonecos de pelúcia que emitem sons).
– Tecido colorido para a estimulação visual e tátil.
– Uma playlist com músicas infantis rítmicas e alegres.
Situações Problema:
Como as músicas podem nos fazer sentir diferentes emoções?
Quais sons conseguimos produzir com o nosso corpo e com os objetos ao nosso redor?
Contextualização:
A música é uma forma de expressão que transcende a linguagem verbal, permitindo que as crianças se comuniquem e se conectem através de sons e ritmos. Para os bebês, a musicalidade é uma ferramenta valiosa que favorece o desenvolvimento cognitivo e motor. Ao explorar diferentes formas de interação musical, as crianças podem experimentar emoções e respostas físicas, se sentindo parte de um todo coletivo.
Desenvolvimento:
1. Boas-vindas: Iniciar a aula com uma roda de acolhimento, onde cada criança é chamada pelo nome, acompanhada de uma música suave de fundo. Isso ajudará a reconhecer o ambiente e os colegas.
2. Exploração de Sons: Apresentar os instrumentos musicais. Incentivar as crianças a pegar os instrumentos, explorando os diferentes sons que podem produzir. Os adultos podem fazer uma demonstração e imitar os sons gerados, estimulando a imitação.
3. Movimentação e Expressão: Propor uma atividade de dança livre ao som de músicas infantis estimulantes. Os bebês devem se movimentar livremente, contando com a ajuda dos adultos para segurar, balançar ou até dançar com eles, explorando a sensação do movimento em grupo.
4. Batucada com o Corpo: Instruir as crianças a fazer batidas com as mãos e pés, criando ritmos. Os adultos devem participar, mostrando variações nos sons e movimentos.
5. Tempo de Relaxamento: Finalizar a aula com um momento de tranquilidade, onde todos se deitam. Utilizar uma música calma e proporcionar um espaço para que as crianças possam relaxar e ouvir os sons agradáveis.
Atividades sugeridas:
– Atividade 1: Roda de Nome/Sons
Objetivo: Promover a socialização e o reconhecimento do nome.
Descrição: Cada adulto diz o nome da criança e canta uma frase relacionada com ela. Exemplos: “Essa é a Ana, ela gosta de dançar!”.
Instruções: Fazer essa atividade respeitando o tempo e a resposta de cada criança.
Materiais: Não há necessidade de materiais adicionais.
– Atividade 2: Música e Movimento
Objetivo: Estimular a expressão corporal e a coordenação motora.
Descrição: Durante a execução de uma música agitada, incentivar os bebês a se movimentarem em pequenos grupos, utilizando braços e pernas.
Instruções: Demonstrar movimentos simples que as crianças podem imitar.
Materiais: Playlist com músicas apropriadas para a faixa etária.
– Atividade 3: Explorando Instrumentos
Objetivo: Desenvolver a coordenação motora e a percepção sonora.
Descrição: Disponibilizar uma variedade de instrumentos para os bebês explorarem individualmente e em grupo.
Instruções: Guiar as crianças na utilização de diferentes instrumentos, permitindo que criem seus próprios ritmos.
Materiais: Instrumentos musicais variados.
– Atividade 4: Bolo de Sons
Objetivo: Proporcionar uma experiência sensorial com sons diversos.
Descrição: Criar um “bolo imaginário” onde cada criança representa um ingrediente (sons) e, juntos, criam uma música.
Instruções: Incentivar a criatividade e a colaboração entre as crianças.
Materiais: Não é necessário, apenas imaginação.
– Atividade 5: Sons do Corpo
Objetivo: Estimular a consciência corporal.
Descrição: Realizar um jogo onde cada criança deve imitar os sons que o adulto sugere, como bater palmas, estalar os dedos etc.
Instruções: Variar os sons e movimentos propostos, tornando a atividade divertida.
Materiais: Não são necessários.
Discussão em Grupo:
– Como vocês se sentiram ao tocar os instrumentos?
– Que sons diferentes vocês conseguiram ouvir hoje?
– Alguém gostaria de mostrar um movimento que conheça?
Perguntas:
– Quais instrumentos sonoros você mais gostou de tocar?
– Você lembra do seu nome que cantamos na roda?
– O que você sente quando ouve música?
Avaliação:
A avaliação será feita de forma contínua durante as atividades. Os educadores observarão a interação e o engajamento das crianças nas atividades, avaliando como elas se comunicam e exploram os sons e movimentos.
Encerramento:
Finalizar a aula com uma música calma, permitindo que as crianças reflitam sobre a experiência vivida. É importante agradecer a presença de cada bebê e reforçar a ideia de que a música é uma parceira divertida na descoberta do mundo.
Dicas:
– Utilize um ambiente acolhedor e seguro para a realização das atividades.
– Esteja atento às reações dos bebês durante as atividades e adapte a abordagem de acordo com o interesse deles.
– Mantenha a atividade leve e divertida, valorizando cada participação.
Texto sobre o tema:
A música desempenha um papel transformador no processo de aprendizado desde os primeiros meses de vida. É através dela que os bebês podem explorar novos sons e desenvolver a coordenação motora de forma divertida. A atividade musical não apenas proporciona um momento de prazer, mas também atua como um meio de descoberta do próprio corpo e das interações sociais. Quando os bebês se envolvem com a música, eles não apenas escutam e imitam, mas também começam a criar suas próprias expressões sonoras, construindo através dos sons uma nova linguagem.
Além disso, a música é uma ferramenta poderosa no desenvolvimento afetivo. Ao compartilhar momentos de cantoria e ritmos com outras crianças e adultos, os bebês vivem experiências que promovem vínculos afetivos e ajudam a formar um sentido de comunidade. As canções alegres e as rodas de música se tornam uma ponte de conexão, onde cada som não é apenas um ruído, mas uma parte da construção de suas identidades. O reconhecimento do próprio nome, por exemplo, ao ser cantado ou dito durante as atividades, cria um senso de pertencimento e individualidade.
Portanto, ao planejar uma aula de música para bebês, é fundamental pensar em estratégias que incentivem a exploração, a imitação e a expressão. Cada batida, cada movimento corporais, e cada som que os bebês são incentivados a fazer, lhe permite explorar diferentes dimensões de si mesmos, além de criar laços com os adultos que os rodeiam. Essa experiência não só é extremamente gratificante, mas fundamental na formação da base de habilidade musical e social para as crianças.
Desdobramentos do plano:
Considerando a relevância do contato precoce com a música, esse plano pode ser expandido para outras semanas com temas diferentes, mantendo a mesma abordagem lúdica e exploratória. Novas músicas podem ser introduzidas, com mudanças na instrumentação e diferentes formas de interação, como a inclusão de danças e movimentos variados. Essa continuidade ajuda os bebês a reconhecerem padrões e a desenvolverem um fascínio ainda maior pelo universo sonoro.
As experiências sonoras e de movimento podem também incluir uma vertente cultural, apresentando canções de diferentes regiões e tradições musicais. Isso enriquecerá o repertório cultural dos bebês e proporcionará um ambiente diverso, aumentando o leque de descoberta sonora. Os educadores poderão pesquisar músicas que sejam populares em diferentes culturas e incorporar atividades que incentivem a exploração dessas canções por meio da dança e do jogo.
Além disso, a interação e a socialização entre os bebês e as famílias podem ser ampliadas. Propor encontros onde os pais e responsáveis possam participar das atividades musicais junto com seus filhos cria um espaço de troca de experiências e aproximação familiar. Essa inclusão é fundamental para o desenvolvimento emocional da criança, pois permite que as famílias se tornem participantes ativas no processo de aprendizado, fortalecendo ainda mais os vínculos sociais e afetivos na comunidade escolar.
Orientações finais sobre o plano:
É vital que os educadores estejam atentos às necessidades e capacidades de cada bebê individualmente, mantendo uma comunicação aberta e sensível ao contexto da aula. A abordagem deve ser sempre flexível, permitindo variações e adaptações em tempo real, levando em consideração o que cada criança demonstra gostar ou se interessar. Portanto, observar a resposta dos bebês é crucial para redirecionar a atividade e garantir que todos se sintam engajados e felizes.
Além disso, a criação de um ambiente acolhedor deve ser uma prioridade. Isso não se restringe ao espaço físico, mas também à atmosfera emocional que os adultos estabelecem por meio de interações carinhosas e respeitosas. Um ambiente acolhedor favorece a confiança das crianças, fazendo com que elas se sintam à vontade para explorar, interagir e expressar-se livremente. Essa configuração é decisiva na promoção do aprendizado e do desenvolvimento socioemocional.
Por último, incentivar a musicalidade em casa é um desdobramento importante do trabalho realizado em sala. Os educadores podem sugerir que os pais brinquem com músicas, instrumentos simples e sons variados em casa, criando um ciclo de aprendizado contínuo. Isso não só reforça o que foi aprendido na aula, mas também transforma pequenos momentos da rotina em oportunidades de aprendizado e afeto, completando assim a formação musical da criança em seus primeiros anos de vida.
Sugestões lúdicas sobre este tema:
– Jogo dos Sons com Objetos do Dia a Dia: Levar diferentes objetos da casa para a aula. Os bebês poderão explorar os sons que eles produzem, criando uma sinfonia caseira e divertida. O objetivo é desenvolver a capacidade de exploração sonora.
– Dança das Cores: Utilizar tecidos de várias cores e deixar que os bebês escolham qual cobrirão seu corpo, depois criar uma música que combine com a cor escolhida. O objetivo é associar cores com a música e promover o movimento.
– Cantiga de Ninar em Dueto: Propor que cada adulto cante uma canção de ninar enquanto segura o bebê. Isso cria uma conexão íntima e tranquila, aliada à musicalidade. O objetivo é fortalecer laços emocionais.
– Roda de Histórias Musicais: Contar uma história bem conhecida, intercalando com músicas que se relacionam com a narrativa. Cada vez que uma música for mencionada, as crianças podem agir como se fossem parte da história. O objetivo é unir a escuta e a atividade musical.
Este conjunto de sugestões diversificadas e dinâmicas, adaptadas para os diferentes níveis de desenvolvimento dos bebês, proporciona uma experiência rica e inclusiva, tornando a primeira aula de música memorável e significativa.