Plano de Aula: “Tecnologias Assistivas de Baixo Custo – Inclusão na Prática” – 1º Ano
Este plano de aula se propõe a explorar o uso de tecnologias assistivas de baixo custo para estudantes do 1º ano do Ensino Fundamental. Além de sensibilizar as crianças sobre a importância da inclusão, o plano permitirá que elas descubram formas simples de apoiar colegas com deficiências e que possam ser facilmente aplicadas no cotidiano escolar. A ideia é proporcioná-las uma experiência educativa rica e engajante, usando a criatividade e a colaboração.
As tecnologias assistivas referem-se a qualquer dispositivo, instrumento ou tecnologia que ajuda indivíduos com deficiências a realizar determinadas atividades. Neste contexto, o desenvolvimento do plano se baseará em metodologias lúdicas que incentivem a interação e a empatia entre os alunos, proporcionando um ambiente de aprendizagem inclusivo e respeitoso.
Tema: Tecnologias assistivas de baixo custo
Duração: 15 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 1º Ano
Faixa Etária: 6 a 7 anos
Objetivo Geral:
Levar os alunos a compreender o conceito de tecnologias assistivas de baixo custo e sua importância na inclusão de pessoas com deficiência, através de uma abordagem prática e lúdica.
Objetivos Específicos:
1. Sensibilizar os alunos sobre a diversidade e a importância da inclusão.
2. Estimular a criatividade ao criar dispositivos assistivos simples.
3. Promover a cooperação e o trabalho em equipe.
4. Desenvolver habilidades de comunicação e expressão.
Habilidades BNCC:
– (EF01LP01) Reconhecer que textos são lidos e escritos da esquerda para a direita e de cima para baixo da página.
– (EF01LP02) Escrever, espontaneamente ou por ditado, palavras e frases de forma alfabética – usando letras/grafemas que representem fonemas.
– (EF12LP04) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, listas, agendas, calendários, avisos, convites, receitas e instruções de montagem, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto e relacionando sua forma de organização à sua finalidade.
– (EF01CI04) Comparar características físicas entre os colegas, reconhecendo a diversidade e a importância da valorização, do acolhimento e do respeito às diferenças.
Materiais Necessários:
– Papelão, garrafas PET, fitas adesivas, tesouras sem ponta, papel colorido, canetinhas, cartolina, régua e outros materiais recicláveis que possam ser utilizados na construção dos dispositivos assistivos.
Situações Problema:
– Como podemos ajudar um colega a realizar atividades cotidianas que podem ser desafiadoras para ele?
– Quais objetos do nosso dia a dia podem ser transformados para auxiliar na inclusão?
Contextualização:
Iniciar a prática conversando com os alunos sobre o que são tecnologias assistivas e como elas ajudam as pessoas com deficiência a realizar atividades do dia a dia. Explicar, de forma simples, como pequenos dispositivos podem fazer uma grande diferença na vida de alguém, promovendo autonomia e inclusão. Realizar uma breve pesquisa sobre exemplos de tecnologias assistivas que usam materiais simples.
Desenvolvimento:
– Iniciar a aula apresentando a definição de tecnologias assistivas de baixo custo.
– Mostrar exemplos de como é possível transformar materiais comuns em aparelhos que ajudam pessoas com deficiência.
– Organizar os alunos em grupos e propor que cada grupo crie um dispositivo assistivo utilizando os materiais disponibilizados.
– Os alunos devem planejar o que sua tecnologia assistiva fará, como pode ajudar uma pessoa e, em seguida, construir seu dispositivo.
Atividades sugeridas:
1. Introdução ao tema (10 minutos)
– Realizar uma roda de conversa para discutir o conceito de tecnologias assistivas. Perguntar se os alunos conhecem algum exemplo e como isso pode ajudar a mover a conversa para a experiência prática.
– *Objetivo:* Suportar a compreensão do tema através do diálogo.
– *Materiais:* Quadro ou cartolina para anotações.
2. Criação do dispositivo assistivo (25 minutos)
– Dividir a turma em grupos de 4 a 5 alunos. Cada grupo deve escolher um tipo de deficiência e desenvolver uma solução assistiva a partir de materiais recicláveis.
– *Objetivo:* Estimular a criatividade na construção de soluções práticas.
– *Materiais:* Papelão, garrafas PET, fitas adesivas, entre outros.
3. Apresentação das criações (15 minutos)
– Cada grupo terá 2 minutos para apresentar sua criação, explicando como funciona e de que forma pode ajudar.
– *Objetivo:* Desenvolver habilidades de oralidade e comunicação.
– *Materiais:* O que foi produzido por cada grupo.
Discussão em Grupo:
– O que foi mais fácil ou difícil na construção do dispositivo assistivo?
– Como você se sentiu ao criar algo que pode ajudar outra pessoa?
Perguntas:
1. Você consegue pensar em algum amigo que poderia usar essa tecnologia assistiva?
2. Que outras formas de inclusão você conhece?
3. Como você se sentiria se estivesse no lugar de alguém que usa uma tecnologia assistiva?
Avaliação:
A avaliação será contínua, observando a participação dos alunos nas discussões, a colaboração entre eles ao trabalhar em grupo e a criatividade nas propostas. Ao final da aula, os alunos também poderão produzir um pequeno texto ou desenho sobre o que aprenderam.
Encerramento:
Para concluir a aula, reunir todos os alunos para uma reflexão final sobre o que aprenderam e a importância da inclusão e das tecnologias assistivas. Realçar que todos somos diferentes e que a empatia é fundamental.
Dicas:
1. Encorajar laços de amizade e solidariedade entre os alunos, lembrando que todos podem ser úteis uns aos outros.
2. Adaptar as explicações e os exemplos partindo do cotidiano dos alunos, utilizando referências que eles conhecem.
3. Promover um ambiente seguro e acolhedor, onde todas as interações sejam respeitosas.
Texto sobre o tema:
Ao falarmos sobre tecnologias assistivas, entramos em um campo essencial para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. Essas tecnologias, que vão desde softwares até dispositivos que podem ser montados com materiais recicláveis, visam facilitar a vida diária de pessoas com deficiência, promovendo a autonomia e o respeito às singularidades de cada um. Uma análise do cenário atual nos mostra que, apesar de alguns avanços, ainda há muito a ser feito para que todos possam ter acesso a essas soluções.
No ambiente escolar, o papel do educador é fundamental para disseminar o conhecimento sobre essas tecnologias e sua importância. Ao mostrar como podem ser simples e de baixo custo, conseguimos envolver as crianças em atividades lúdicas que promovem a criatividade e a empatia. A interação em sala de aula se transforma quando os alunos se veem como agentes de mudança, criando soluções que tornem a vida dos colegas mais acessível. Discorrer sobre a inclusão é um caminho que, quando trilhado desde os primeiros anos de escolaridade, pode levar a uma geração mais consciente e conectada às necessidades dos outros.
Além disso, ao incentivar o trabalho em equipe, as atividades práticas não apenas proporcionam aprendizado sobre inclusão, mas também contribuem para o desenvolvimento de habilidades socioemocionais. Estimular os alunos a pensar sobre a diversidade e a maneira como podem usar suas habilidades e criatividade para ajudar o próximo é um legado que deverá se estender além de seus anos escolares, formando cidadãos mais respeitosos e conscientes.
Desdobramentos do plano:
A proposta de trabalhar com tecnologias assistivas de baixo custo pode ser ampliada para diversas disciplinas, promovendo uma aprendizagem interdisciplinar. No campo de Matemática, os alunos podem elaborar um orçamento para a confecção dos dispositivos, estimando quantidades e custos, estimulando o raciocínio lógico e matemático. No ensino de Ciências, pode-se abordar a importância dos materiais recicláveis e suas propriedades, discutindo a sustentabilidade e o consumo consciente, proporcionando uma conscientização ambiental que dialoga com temas contemporâneos.
A história e a cultura da inclusão podem ser exploradas nas aulas de História, onde os alunos podem buscar informações sobre inventores de tecnologias assistivas e seus impactos nas vidas das pessoas. Isso não apenas amplia o conhecimento dos alunos sobre o tema, como também instiga um olhar crítico sobre a evolução das soluções para problemas de acessibilidade. Por fim, ainda é possível desenvolver projetos artísticos a partir da experiência vivida, criando exposições ou murais que retratem as criações dos alunos, promovendo a valorização do trabalho colaborativo.
Por meio desse plano, procuramos não apenas abordar os conceitos teóricos das tecnologias assistivas, mas sim vivenciá-los, proporcionando aos alunos a oportunidade de se tornarem protagonistas desse aprendizado. Garantir momentos de reflexão e de discussão após cada atividade, permitirá que os alunos internalizem o que foi aprendido e se sintam motivados a aplicar esse conhecimento em suas interações cotidianas, fazendo deles artistas e/ou agentes sociais que transformam realidades.
Orientações finais sobre o plano:
É essencial que o professor crie um ambiente seguro e acolhedor, onde todos os alunos se sintam à vontade para compartilhar suas ideias. O respeito à diversidade e a valorização de cada opinião são fundamentais para o sucesso da atividade. Além disso, o uso de materiais recicláveis e de baixo custo pode ser incentivado não apenas pela sua acessibilidade, mas também pela consciência ambiental, que deve estar presente em nossas práticas educativas.
O papel do docente, nesse contexto, é guiar as discussões e proporcionar espaço para que as crianças expressem suas opiniões e reflexões sobre o que vivenciam. Propor atividades que estimulem a cooperação e a empatia é um caminho que deve ser constantemente promovido, visando sempre à construção de um ambiente educacional mais inclusivo. Esse é um legado que transcende o espaço da sala de aula e se reflete em práticas mais respeitosas e solidárias na sociedade.
Por fim, é pertinente destacar a importância das tecnologias assistivas não apenas como um suporte físico, mas como uma forma de promover a autonomia. Essa autonomia, que permite a cada indivíduo desempenhar um papel ativo na sociedade, deve ser celebrada e incentivada por todos nós. Ao estimular nossas crianças a criar essas soluções, estamos plantando sementes para um futuro onde a inclusão é uma realidade e não uma possibilidade.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Cápsula do Tempo Assistiva: Criar uma cápsula do tempo em que cada aluno desenha ou escreve algo que gostaria de ver em tecnologias assistivas no futuro. Os desenhos podem ser feitos em papel e expostos em sala. *Objetivo: Estimular a imaginação sobre o futuro da inclusão com base em tecnologias inovadoras.*
2. Teatro de Fantoches: Utilizar fantoches para encenar pequenas histórias sobre inclusão e como as tecnologias assistivas ajudam pessoas com deficiência. *Objetivo: Compreender e interpretar histórias que abordam a inclusão através de representações artísticas.*
3. Caça ao Tesouro Inclusivo: Organizar uma caça ao tesouro em que as pistas levem a atividades que envolvam a criação de dispositivos assistivos. *Objetivo: Aprender em grupo e desenvolver habilidades de trabalhos em equipe enquanto torna o processo divertido.*
4. Oficina de Criação: Propor uma oficina em que cada aluno possa trazer de casa materiais recicláveis e, juntos, criar um projeto a partir da união de ideias e materiais. *Objetivo: Trabalhar a colaboração e a criatividade em equipe.*
5. Jogo da Diversidade: Criar cartas com diferentes deficiências e discutir maneiras de como as tecnologias assistivas podem ajudar. Os alunos devem reconhecer as necessidades e comentar sobre possíveis soluções. *Objetivo: Sensibilizar os alunos sobre a diversidade, promovendo um espaço de diálogo e reflexão.*
Com essas atividades, a aula sobre tecnologias assistivas de baixo custo se torna uma experiência rica e significativa, promovendo a inclusão e o respeito às diferenças desde os primeiros anos de escolaridade.