Plano de Aula: Seres vivos e não vivos (Educação Infantil) – Crianças pequenas
A proposta deste plano de aula é explorar o fascinante mundo dos seres vivos e não vivos através de uma abordagem lúdica e criativa, direcionada especialmente para crianças pequenas, de 4 a 5 anos. A ideia é proporcionar aos alunos experiências únicas que estimulem a observação, a curiosidade e o respeito pela diversidade do ambiente que os cerca. Utilizaremos histórias e brincadeiras como ferramentas para a assimilação dos conteúdos, buscando reforçar a interação social e a comunicação entre os alunos.
Esse plano está alinhado às diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e abrange atividades que incentivam a expressão oral, a criatividade e a exploração do mundo ao redor. Adaptar atividades para a faixa etária de crianças pequenas é essencial para garantir que cada uma delas possa participar de forma significativa, independente de suas habilidades individuais. As experiências propostas visam o desenvolvimento integral dos alunos, respeitando suas particularidades e promovendo um ambiente de aprendizagem acolhedor e inclusivo.
Tema: Seres vivos e não vivos
Duração: 4 dias
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 4 e 5 anos
Objetivo Geral:
Compreender a diferença entre seres vivos e não vivos, estimulando a curiosidade e o respeito pela natureza através de histórias e brincadeiras.
Objetivos Específicos:
– Identificar e classificar objetos e seres da natureza.
– Estimular a empatia e cooperação entre os colegas.
– Criar uma narrativa de grupo sobre a descoberta dos seres vivos e não vivos.
– Desenvolver a motricidade através de expressões corporais e artísticas.
– Promover o interesse e respeito pela diversidade de habitats e vidas presentes no ambiente.
Habilidades BNCC:
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI03EO01), (EI03EO03), (EI03EF01)
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI03CG02), (EI03CG01)
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI03TS02)
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUDA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI03EF04)
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES”
(EI03ET05)
Materiais Necessários:
– Livros de histórias que contenham ilustrações de seres vivos e não vivos.
– Materiais de arte: papel, tintas, pincéis, tesoura e cola.
– Objetos diversos da natureza (folhas, pedras, ramos) e materiais não vivos (plástico, metal, papel).
– Música e instrumentos simples (como tambores de papel, chocalhos).
– Espaço amplo para atividades físicas e de expressão corporal.
Situações Problema:
– O que diferencia um ser vivo de um não vivo?
– Como podemos reconhecer diferentes seres e objetos ao nosso redor?
Contextualização:
Iniciaremos a série de atividades com uma conversa sobre o que cada um gosta de observar na natureza. Perguntaremos aos alunos se conseguem lembrar de algo que viram ou tocaram recentemente, sugerindo uma reflexão sobre o que é vivo e o que não é. Promover este diálogo é fundamental para instigar a curiosidade e oferecer um espaço onde as crianças possam compartilhar suas experiências.
Desenvolvimento:
Dia 1: Leitura de uma história que explora a diferença entre seres vivos e não vivos. Após a leitura, os alunos poderão mostrar objetos que trouxeram de casa, classificando-os em seres vivos e não vivos.
Dia 2: Atividade de colagem e pintura; as crianças criarão um mural com desenhos de seres vivos e não vivos. Este momento também pode ser utilizado para falar sobre a importância de cuidar dos seres vivos.
Dia 3: Realização de uma apresentação corporal, onde cada criança expressará como um ser vivo ou um objeto não vivo, utilizando gestos e sons. Ao final, discutir o que cada um representa.
Dia 4: Encenação coletiva de histórias sobre a natureza, onde os alunos contarão suas narrativas, recontando o que aprenderam sobre a diferença entre seres vivos e não vivos.
Atividades sugeridas:
1. Contação de História: Leitura de um livro ilustrado sobre vegetais, animais e objetos inanimados.
– Objetivo: Compreender a diferenciação entre seres vivos e não vivos.
– Descrição: Após a leitura, fazer perguntas sobre a história e o que os alunos aprenderam.
– Materiais: Livro ilustrado.
– Adaptação: Para alunos que têm dificuldades de fala, usar fantoches ou bonecos para representar as histórias.
2. Mural de Seres Vivos e Não Vivos: Criação de um mural coletivo.
– Objetivo: Classificar visualmente seres vivos e não vivos.
– Descrição: Cada aluno deve trazer um objeto ou imagem para colar no mural, falando um pouco sobre ele.
– Materiais: Papelão, cola, tesoura, imagens e objetos.
– Adaptação: Oferecer assistência na colagem para alunos que precisarem.
3. Movimento dos Seres: Atividade de dança livre onde as crianças se movimentam como diferentes seres.
– Objetivo: Explorar a movimentação e a expressão corporal.
– Descrição: Colocar música e permitir que as crianças dancem como os seres vivos (animais, plantas, etc.).
– Materiais: Música animada.
– Adaptação: Para alunos com limitações de movimento, incentivar expressões faciais e movimentos de mãos.
4. Teatro de Fantoches: Criar fantoches para encenar pequenas histórias.
– Objetivo: Estimular a criatividade e o trabalho em grupo.
– Descrição: As crianças criam fantoches de papel e apresentam uma história que envolva seres vivos e não vivos.
– Materiais: Papel, canetinhas, colas, fantoches prontos.
– Adaptação: Para crianças que ficam nervosas, pode-se encenar em duplas ou trios.
Discussão em Grupo:
– Que seres vivos encontraram em casa?
– Quais objetos não vivos fazem parte do nosso dia a dia?
– Como os seres vivos ajudam o ambiente?
Perguntas:
– O que você acha que acontece com os seres vivos?
– Você consegue lembrar de um lugar cheio de seres vivos?
– Como podemos cuidar dos seres vivos?
Avaliação:
A avaliação será contínua, observando a participação das crianças nas atividades e seu entendimento sobre a diferenciação entre seres vivos e não vivos, assim como suas interações durante as dinâmicas de grupo.
Encerramento:
Finalizaremos a semana com um teatro onde as crianças compartilharão tudo que aprenderam, com um momento de reflexão sobre a importância de cuidar do meio ambiente e dos seres que nele habitam.
Dicas:
– Incentive a participação e o respeito às ideias dos colegas durante as discussões em grupo.
– Varie as histórias e atividades para manter o interesse.
– Utilize a música e o movimento como ferramentas para reforçar o aprendizado.
Texto sobre o tema:
Os seres vivos e não vivos estão presentes em nosso cotidiano, e entender a diferença entre eles é fundamental para crianças pequenas. Os seres vivos, como plantas e animais, possuem características peculiares, como crescimento, reprodução e necessidade de nutrientes. No entanto, os objetos não vivos, como pedras, água e ar, não têm essas propriedades. Em sala de aula, ao explorar este tema, as crianças não apenas aprendem sobre o que é a vida, mas também desenvolvem qualidades importantes como a empatia, o cuidado, e uma atitude respeitosa em relação ao ambiente.
Através de histórias e brincadeiras sobre seres vivos e não vivos, os alunos são incentivados a observar e reconhecer a diversidade do mundo que os rodeia. Além disso, esse tipo de atividade lúdica ajuda a desenvolver não só o conhecimento conceitual, mas também habilidades emocionais e sociais. Uma conversa sobre como nós interagimos com os seres vivos e como podemos respeitar o meio ambiente traz uma reflexão importante sobre a vida em sociedade e a nossa responsabilidade em cuidar do planeta.
Por fim, as atividades propostas no plano de aula proporcionam um espaço rico em aprendizagens significativas. O engajamento das crianças, aliado à interação e a expressão livre, potencializa a absorção do conteúdo, tornando-o mais prazeroso e relevante. As memórias que a educação infantil proporciona moldam a visão das crianças sobre o mundo em que vivem, e o respeito pela natureza é um dos maiores legados que podemos deixar.
Desdobramentos do plano:
Este plano de aula pode ser desdobrado em diversas oportunidades, ampliando o aprendizado sobre o tema dos seres vivos e não vivos. Uma das possibilidades é integrar visitas a parques ou jardins, onde as crianças possam ver de perto diferentes formas de vida. Essa experiência prática complementa o que foi discutido em sala, proporcionando um aprendizado mais imersivo. Expor os alunos a ambientes naturais estimula a curiosidade e reforça a apreciação pela biodiversidade, essencial para a formação de um cidadão consciente.
Outra ideia é criar um projeto de cuidados com plantas, onde as crianças possam plantar e acompanhar o crescimento de especiarias ou flores. Isso promove um senso de responsabilidade e respeito pelos seres vivos, além de conectar teoria e prática. Elas poderão observar diretamente algumas das necessidades básicas que os seres vivos têm, como água, luz e espaço, e como cada um deles contribui para a vida em nosso ecossistema.
Por fim, pode-se realizar um dia eco-amigo, onde cada criança traga um objeto reciclável de casa e, juntos, criar algo novo. Essa atividade não só reforça a distinção entre objetos vivos e não vivos, mas também apresenta a importância da reciclagem e do consumo consciente. Trazer a consciência ambiental para as discussões faz parte de um aprendizado contínuo e permite que as crianças desenvolvam uma perspectiva crítica em relação ao consumo e à preservação do meio ambiente.
Orientações finais sobre o plano:
É fundamental que o trabalho proposto no plano de aula seja conduzido de maneira inclusiva, onde cada criança, independentemente de suas particularidades, possa participar e experienciar a aprendizagem. O professor deve sempre facilitar o diálogo, criando um ambiente seguro e acolhedor, onde todas as ideias são respeitadas. Isso não apenas renderá um espaço mais rico de aprendizado, mas também permitirá que as crianças desenvolvam a empatia e o respeito pelo outro, promovendo melhores interações sociais.
Outra orientação importante é documentar as aprendizagens ao longo da semana. Fotografar os alunos em atividades, registrar falas e reflexões do grupo pode ser uma ferramenta valiosa para avaliar o progresso e relembrar as experiências vividas. Este material pode ser utilizado para futuras reflexões sobre o tema e pode ser exibido para os pais, reforçando a parceria entre escola e família.
Finalmente, reavalie cada atividade, buscando feedback dos alunos sobre o que mais gostaram e o que aprenderam. Essa prática de reflexão permite que o professor entenda melhor as expectativas dos alunos e adapte as futuras atividades, tornando o processo de aprendizagem mais dinâmico e significativo dentro do cotidiano da educação infantil.

