Plano de Aula: Seres vivos e não vivos (Educação Infantil) – 3 dias
O plano de aula a seguir apresenta uma abordagem lúdica para o tema “Seres vivos e não vivos”, voltada para crianças pequenas da Educação Infantil, especificamente para a faixa etária de 4 a 5 anos. A proposta se desenvolverá através de histórias e brincadeiras, promovendo um aprendizado significativo e interativo. O objetivo é proporcionar um ambiente onde os alunos possam explorar e compreender as diferenças entre seres vivos e não vivos, utilizando recursos criativos e atividades práticas que estimulem a observação, a interação, a linguagem e a expressão artística.
Durante três dias de aulas, as crianças participarão de uma série de atividades que envolvem a contação de histórias, jogos, artes e discussões em grupo, todas projetadas para garantir que possam expressar suas ideias, sentimentos e descobertas. Incluímos também habilidades da BNCC que promovem o desenvolvimento social, emocional e cognitivo das crianças, assegurando que os conteúdos abordados estejam alinhados com as diretrizes educativas do Brasil.
Tema: Seres vivos e não vivos
Duração: 3 dias
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 4 a 5 anos
Objetivo Geral:
Promover a compreensão das diferenças entre seres vivos e não vivos por meio de histórias, brincadeiras e atividades de expressão artística.
Objetivos Específicos:
1. Identificar características de seres vivos e não vivos em diferentes contextos.
2. Estimular a expressão oral através da contação e recontação de histórias.
3. Desenvolver habilidades de cooperação e respeito nas interações em grupo.
4. Fomentar a criatividade por meio de atividades artísticas relacionadas ao tema.
Habilidades BNCC:
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
(EI03EO04) Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.
(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro, música.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI03TS02) Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita (escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras formas de expressão.
Materiais Necessários:
– Livros de histórias sobre seres vivos e não vivos.
– Materiais de artes (papel, tesoura, cola, tintas, pincéis).
– Objetos diversos (brinquedos, pedras, folhas) para observação.
– Caixas de papelão ou materiais recicláveis para construção e criação de ambiente de brincadeira.
Situações Problema:
– O que faz um objeto ser considerado “vivo”?
– Quais características são comuns aos seres vivos e não vivos?
– Como podemos cuidar dos seres vivos ao nosso redor?
Contextualização:
Iniciaremos a atividade contando histórias que retratam o cotidiano de animais e plantas, estimulando a curiosidade das crianças sobre o que compõe um ser vivo e o que não é considerado vivo. As discussões provocadas pelas histórias serão base para a realização de atividades lúdicas que visam consolidar esse aprendizado.
Desenvolvimento:
1º Dia: Introdução ao tema através de uma história interativa. O professor lê um conto sobre a vida de uma planta e um animal, comparando comportamento e características. Em seguida, haverá perguntas ao final da história para estimular a reflexão e debate com a turma.
2º Dia: Criação de uma atividade artística onde as crianças desenharão um ser vivo e um objeto não vivo, refletindo sobre as características de cada um. Após a atividade, cada criança poderá compartilhar seus desenhos com a turma.
3º Dia: Realização de uma brincadeira de faz de conta onde as crianças poderão encenar a história contada anteriormente, atribuindo papéis a diferentes seres vivos e não vivos, criando um ambiente lúdico de aprendizado. Ao final, elas poderão discutir o que aprenderam.
Atividades Sugeridas:
1. Contação de História – O professor lerá um livro sobre seres vivos e não vivos.
– Objetivo: Introduzir o tema de forma lúdica.
– Descrição: Após a leitura, realizar uma roda de conversa. Cada criança expressa o que mais gostou da história.
2. Desenho e Pintura – A representação de um ser vivo e um não vivo.
– Objetivo: Estimular a observação e representação artística.
– Descrição: As crianças usarão papel e tintas para desenhar duas coisas distintas.
3. Faz de Conta – Enceno em grupos sobre o que aprenderam.
– Objetivo: Promover a cooperação e o trabalho em equipe.
– Descrição: A turma será dividida em grupos e encenarão suas histórias, com direito a figurinos feitos por eles mesmos.
Discussão em Grupo:
Conduza uma breve conversa após as atividades, abordando:
– O que aprenderam sobre seres vivos e não vivos?
– Como se sentiram nas atividades de grupo?
– O que poderia ser diferente na história que ouviram?
Perguntas:
– Quais são as características que ajudam a identificar um ser vivo?
– O que torna um objeto não vivo?
– Como devemos cuidar dos seres vivos que estão ao nosso redor?
Avaliação:
A avaliação será contínua, observando a participação das crianças nas atividades, a capacidade de comunicação de ideias e sentimentos, e o envolvimento nas brincadeiras e discussões.
Encerramento:
No final da sequência de atividades, as crianças poderão expor suas obras e encenações. Isso servirá como uma forma de demonstrar aprendizagens e celebrar a diversidade de ideias e criações dos alunos.
Dicas:
– Estimule a curiosidade das crianças, fazendo perguntas abertas durante as atividades.
– Envolva a turma em discussões, perguntando sobre suas experiências com seres vivos em casa ou na escola.
– Utilize músicas e rimas relacionadas ao tema para engajamento e memorização de conceitos.
Texto sobre o tema:
A diversidade da vida no planeta Terra é fascinante, e entender a diferença entre seres vivos e não vivos é crucial para o desenvolvimento da consciência ambiental nas crianças desde a mais tenra idade. Os seres vivos apresentam características que nos permitem reconhecê-los, tais como o crescimento, a reprodução e a capacidade de interação com o meio ambiente. Animais, plantas e até mesmo microorganismos desempenham papéis vitais em nossos ecossistemas, e cultivar um respeito por eles é essencial. O contato com a natureza, através de passeios ou observação de pequenos efeitos do cotidiano, ajuda a formar as bases de um conhecimento mais amplo sobre a vida.
Além disso, é fundamental que as crianças explorem e sintam a natureza por meio do toque, do olhar e até das percepções olfativas. Por meio do conhecimento prático, elas aprendem não apenas a diferenciar objetos de seres vivos, mas também a compreender o seu lugar no mundo. Envolvê-las em histórias que reflitam sobre as vivências de seres vivos pode auxiliar na construção de empatia e conexão emocional com o ambiente que as cerca.
As atividades propostas visam estimular a criatividade e a expressão, utilizando a arte como um meio fundamental para o aprendizado. Através do desenho, pintura e dramatização, as crianças poderão se expressar livremente, ao mesmo tempo em que consolidam seus conhecimentos sobre a classificação de seres vivos e não vivos. Desse modo, elas desenvolvem habilidades essenciais como comunicação, trabalho em equipe e respeito ao próximo, elementos esses que são fundamentais para a formação de cidadãos conscientes e cooperativos.
Desdobramentos do plano:
Esse plano de aula pode ser desdobrado para incluir atividades que envolvam aspectos científicos, como o cultivo de plantas em sala de aula, permitindo assim a observação direta do crescimento e desenvolvimento de seres vivos. A experiência prática pode ajudar as crianças a compreenderem melhor as necessidades que esses organismos têm para sobreviver, reforçando a respectiva relação deles com o ambiente.
Outra possibilidade é a realização de um projeto de observação de animais, onde as crianças poderiam se aprofundar em pesquisas sobre os animais de sua comunidade. Isso poderia incluir visitas a praças ou parques locais, onde pudessem observar aves, insetos e a relação destes com as plantas, promovendo uma conexão com o mundo natural. Após as observações, as crianças poderiam desenhar ou criar pequenas maquetes de seus animais favoritos, trazendo um aspecto artístico para a ciência.
Por fim, é possível incorporar os aspectos culturais dos seres vivos, discutindo como diferentes culturas valorizam a natureza e seus seres viventes. Esse diálogo pode ser enriquecido com histórias e músicas de diversas tradições, promovendo respeito e interesse pelas diferenças culturais sobre a vida que nos rodeia. A riqueza da diversidade cultural levará as crianças a pensar de modo crítico sobre o relacionamento humano com a natureza, tornando-se cidadãos mais sensíveis e conscientes.
Orientações finais sobre o plano:
É importante que o professor crie um ambiente acolhedor e respeitoso durante as atividades. As crianças devem se sentir à vontade para expressar suas ideias e sentimentos, e por isso, é vital fomentar um clima de aceitação e apoio. A troca de experiências e a escuta ativa são fundamentais para que as relações interpessoais se ampliem, levando a um aprendizado colaborativo.
As atividades devem ser adaptadas sempre que necessário, respeitando as particularidades e ritmos de aprendizagem de cada criança. O uso de recursos visuais e a introdução de diversas linguagens de expressão são estratégias que podem enriquecer ainda mais o envolvimento dos pequenos com o tema. Para grupos heterogêneos, incentive a colaboração e a ajuda mútua, onde crianças mais fortes em determinadas áreas possam auxiliar as que têm mais dificuldade.
Ao final do plano, busque sempre retomar os principais conceitos abordados nas aulas e as reflexões que surgiram no decorrer das atividades. A valorização do que foi aprendido e a celebração dos talentos de cada criança é essencial para um fechamento motivador e inspirador para novas descobertas.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Teatro de Fantoches
– Objetivo: Compreender de forma lúdica as características de seres vivos e não vivos.
– Descrição: Crie fantoches que representem diferentes seres vivos (animais, plantas) e não vivos (pedras, água). As crianças poderão encenar pequenas histórias, discutindo as características e a importância de cada um.
– Materiais: Meias ou papel, canetas, feltro, tesoura.
2. Caminhada Exploratória
– Objetivo: Observar e identificar seres vivos em torno da escola ou em parque.
– Descrição: Organize uma caminhada onde as crianças poderão observar plantas, flores e insetos, registrando suas descobertas em forma de desenho ou colagem.
– Materiais: Papel, cola, tesoura, cadernos.
3. Jogo da Memória de Seres Vivos e Não Vivos
– Objetivo: Aprender a diferenciar seres vivos de não vivos de forma divertida.
– Descrição: Crie cartões com imagens de objetos que são vivos e não vivos e organize um jogo da memória. As crianças deverão encontrar os pares corretos, explicando por que cada objeto pertence a uma categoria.
– Materiais: Cartolina, tesoura, canetas coloridas.
4. Plantando Sementes
– Objetivo: Entender como seres vivos se desenvolvem.
– Descrição: As crianças aprenderão a plantar sementes em pequenos vasos, acompanhamento ao crescimento e desenvolvimento da planta, permitindo observar em prática a diferença de seres vivos e como eles evoluem.
– Materiais: Sementes, terra, vasos de plástico, água.
5. Ciclo da Vida em Histórias
– Objetivo: Compreender o ciclo de vida de um ser vivo.
– Descrição: As crianças criarão uma história em grupo que descreva o ciclo de vida de um animal ou planta, permitindo que cada um contribua com uma parte da narração.
– Materiais: Papel, lápis, marcadores.
Este plano de aula, rico em atividades e interações, busca não apenas transmitir o conhecimento sobre seres vivos e não vivos, mas também desenvolver habilidades sociais, artísticas e cognitivas. Ao final, espera-se que as crianças não apenas aprendam sobre essas diferenças, mas também cultivem uma relação respeitosa com o mundo natural.
