Plano de Aula “Seres Vivos e Não Vivos: Descobertas Lúdicas no Cotidiano” (Educação Infantil)
A proposta deste plano de aula é proporcionar uma experiência rica e significativa para os bebês da faixa etária de 3 anos, estimulando seu desenvolvimento através da exploração e interação com o ambiente ao seu redor. A temática “Seres vivos e não vivos” foi escolhida para despertar a curiosidade das crianças e promover uma conexão com o mundo que as cerca. Isso permitirá que eles façam descobertas sobre os diferentes elementos que habitam nosso dia a dia, desde os seres vivos, como plantas e animais, até objetos não vivos, como brinquedos e utensílios.
Para a educação infantil, especialmente para bebês, o aprendizado é intensamente ligado à experiência sensorial e à interação social. Assim, as atividades propostas buscam aproveitar esses aspectos para que as crianças possam vivenciar as diferenças entre seres vivos e não vivos. A interação com adultos e outras crianças será favorecida, criando oportunidades de comunicação e desenvolvimento emocional, essenciais nesta fase de crescimento.
Tema: Seres vivos não vivos
Duração: 60 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 3 anos
Objetivo Geral:
Promover a exploração e a compreensão dos conceitos de seres vivos e não vivos através de atividades lúdicas e interativas, possibilitando que os bebês reconheçam e diferenciem esses elementos em seu cotidiano.
Objetivos Específicos:
– Estimular a percepção das crianças sobre os seres vivos e não vivos presentes ao seu redor.
– Facilitar a interação e a comunicação entre as crianças e seus cuidadores durante as atividades.
– Proporcionar experiências sensoriais que fomentem a curiosidade e a criatividade dos bebês.
– Trabalhar a consciência corporal e o movimento, incentivando as crianças a explorarem suas habilidades motoras.
Habilidades BNCC:
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI01EO01) Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
(EI01EO03) Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos, brinquedos.
(EI01EO04) Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.
(EI01CG02) Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores e desafiantes.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI01TS01) Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES”
(EI01ET01) Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).
(EI01ET03) Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo descobertas.
Materiais Necessários:
– Brinquedos de diversos materiais (plástico, madeira, pano) representando seres vivos (bonecos de animais, plantas em miniatura) e não vivos (bolas, caixas).
– Tintas ou materiais para texturização (areia, algodão, esponjas) para uma atividade sensorial.
– Tapetes coloridos para delimitar o espaço das atividades.
– Livros ilustrados sobre a natureza, contendo imagens de seres vivos e não vivos.
– Instrumentos musicais simples (tamancos, chocalhos) para explorar sons.
Situações Problema:
Como as crianças diferenciam os objetos que são seres vivos dos que são não vivos? O que acontece quando tocam, movem ou brincam com esses itens?
Contextualização:
Fornecer um ambiente acolhedor e seguro para que os bebês possam explorar livremente. As atividades devem ser divididas em estações de aprendizado, onde cada área terá sua própria temática, envolvendo seres vivos e não vivos, respeitando o ritmo individual de cada criança.
Desenvolvimento:
Iniciar a aula com um breve momento de acolhimento, onde o professor chamará as crianças pelo nome, estabelecendo uma conexão. Em seguida, apresentar aos bebês os materiais disponíveis, mostrando diferentes objetos e plantas. Dizer o nome de cada item e explicá-lo, utilizando uma linguagem simples e clara, ajudará os pequenos a começarem a reconhecer os diferentes elementos do ambiente.
Utilizar o livro ilustrado para contar uma história que envolva tanto os seres vivos quanto os não vivos. Durante a narrativa, incentivar as crianças a apontarem e interagirem com as figuras, fazendo perguntas como “O que é isso?” e “É vivo ou não vivo?”. Após essa atividade, organizar estações de exploração sensorial com os brinquedos e materiais.
Nos espaços criados, os bebês poderão tocar, mover e até mesmo fazer sons com os objetos. Cada estação deve estimular algum sentido: uma deve permitir que eles explorem a textura dos materiais; outra, deve incluir novos sons.
Atividades sugeridas:
1. Exploração tátil com seres vivos e não vivos
– Objetivo: Conhecer e diferenciar texturas.
– Descrição: Disponibilize materiais como lã (para ovelhas), folhas secas, objetos plásticos e de madeira.
– Instruções: As crianças devem manipular os materiais, sentindo as texturas. Incentive-as a falar sobre o que sentem.
– Materiais: Texturas variadas e espaço para exploração.
– Adaptação: Para crianças que preferem pouco estímulo, organize uma área com menos objetos.
2. Canto musical sobre a natureza
– Objetivo: Estimular a criatividade e o ouvido musical.
– Descrição: Cante uma música que mistura seres vivos (animais) e não vivos (elementos da natureza).
– Instruções: Estimule as crianças a imitarem sons de animais e a tocarem os instrumentos disponíveis.
– Materiais: Instrumentos musicais simples.
– Adaptação: Use instrumentos diferentes para que cada criança experimente.
3. História interativa
– Objetivo: Promover o reconhecimento e a interação através da narrativa.
– Descrição: Conte uma história que envolva animais e objetos do dia a dia.
– Instruções: Mostre os personagens e questione sobre eles, incentivando a participação.
– Materiais: Livros ilustrados.
– Adaptação: Use materiais que imitam sons dos personagens.
4. Atividade de agrupamento
– Objetivo: Aprender a categorizar objetos.
– Descrição: Crie duas caixas (uma para seres vivos e outra para não vivos).
– Instruções: Ajude as crianças a colocar os objetos na caixa correta, explicando a razão.
– Materiais: Caixas e objetos diversos.
– Adaptação: Se necessário, entenda e ajude individualmente para garantir a compreensão.
5. Brincadeira com sombras
– Objetivo: Explorar a percepção visual e compreensão de formas.
– Descrição: Use lanternas para criar sombras de objetos.
– Instruções: Pergunte o que as sombras representam e incentive a interação.
– Materiais: Lanternas e objetos diversos.
– Adaptação: Diminuir ou aumentar a intensidade da luz de acordo com a reação das crianças.
Discussão em Grupo:
Reunir as crianças para discutir suas experiências durante as atividades. Perguntar o que gostaram mais e se conseguiram entender a diferença entre os seres vivos e os não vivos. O professor pode incentivar a troca de ideias entre as crianças, promovendo habilidades sociais e a prática de comunicação.
Perguntas:
– O que você acha que é mais divertido, um animal ou um brinquedo?
– Alguém conhece um ser vivo que você viu hoje?
– Mãe e pai são vivos? E os brinquedos que temos aqui?
Avaliação:
A avaliação será observacional e contínua, levando em consideração como as crianças interagem com os materiais e entre si. Avaliar as expressões e reações dos bebês durante as atividades permitirá entender seu desenvolvimento e as habilidades adquiridas.
Encerramento:
Finalizar a aula com uma roda de conversa, onde os bebês poderão compartilhar suas experiências do dia. Cante uma música de despedida que resuma a temática da aula, utilizando gestos e movimentos que as crianças acompanharão.
Dicas:
– Mantenha um ambiente seguro e acolhedor.
– Use linguagem simples e gestos que ajudem na comunicação.
– Esteja atento às necessidades e emoções das crianças, adaptando as atividades conforme necessário.
Texto sobre o tema:
A compreensão dos conceitos de seres vivos e não vivos é fundamental para o desenvolvimento infantil, pois ajuda a estabelecer as primeiras relações com o mundo. Para os bebês, esse aprendizado acontece por meio da interação direta com o ambiente e a exploração sensorial. Os seres vivos, como animais e plantas, trazem movimento e vida, enquanto os não vivos, como pedras, brinquedos e utensílios, são fundamentais para o cotidiano humano. Em um plano de aula, é essencial integrar a linguagem e o movimento, utilizando o espaço de forma criativa.
O processo de aprendizado nessa fase é baseado em experiências práticas e lúdicas. Ao explorar objetos e questionar sua natureza, as crianças iniciam a construção de seu conhecimento sobre o universo que as cerca. Essa descoberta deve ser guiada por educadores habilitados que sejam capazes de estimular a comunicação e a expressão dos pequeninos. Livros ilustrados, músicas e atividades interativas são ferramentas eficazes que podem ser utilizadas para facilitar essa comunicação e explorações.
Além disso, as interações sociais entre alunos e educadores são essenciais. Por meio das brincadeiras e das conversas, os bebês podem expressar suas emoções e sentimentos, desenvolvendo habilidades importantes para sua formação. Criar um ambiente onde as crianças se sintam seguras para explorar e experimentar é um passo fundamental para que possam entender e reconhecer as diferenças entre os seres vivos e os não vivos, o que contribuirá para um aprendizado significativo e duradouro.
Desdobramentos do plano:
Este plano de aula pode ser desdobrado em novas experiências que engajam ainda mais os bebês no aprendizado sobre a natureza. Uma possibilidade é propor passeios educativos em parques ou jardins, onde as crianças possam ver seres vivos em seu ambiente natural. Ao reconhecer plantas e animais, como pássaros ou formigas, os bebês têm a oportunidade de realizar descobertas concretas, se conectando ainda mais com os conceitos abordados em sala de aula. Essa interação com a natureza é valiosa para o desenvolvimento da observação e curiosidade dos pequenos.
Outro desdobramento interessante é o uso de tecnologia adequada para a frequência e a faixa etária. Aplicativos simples e interativos podem ajudar os bebês a explorarem ainda mais o mundo dos seres vivos e não vivos. É importante que esse uso seja mediado pelos educadores, permitindo uma inclusão segura e educativa dessas novas ferramentas. Desde que bem acompanhadas, as tecnologias podem ser aliadas no desenvolvimento de novos aprendizados e na comunicação.
Por último, as atividades artísticas, como pintura com dedos e colagem, podem ser exploradas em futuras aulas. Incorporar cores e formas de seres vivos e não vivos pode aprofundar o entendimento sobre esses conceitos de forma lúdica, permitindo que as crianças experimentem suas emoções através da arte. Dessa forma, cada atividade se torna uma oportunidade não só de aprender, mas também de se expressar e interagir com o mundo de maneira criativa.
Orientações finais sobre o plano:
É fundamental que os educadores tenham uma postura observadora e acolhedora ao conduzir este plano. O aprendizado deve ser adaptado às necessidades e preferências individuais de cada bebê, respeitando o ritmo de cada um. A interação e comunicação entre as crianças e os adultos são essenciais e devem ser estimuladas continuamente. Isso não só ajuda na compreensão dos conceitos ensinados, mas também no desenvolvimento de competências sociais importantes.
Nas próximas fases, é importante que os educadores explorem não somente os seres vivos e não vivos, mas também as relações que esses elementos e personagens da natureza têm entre si. Isso pode levar a discussões sobre ecossistemas e sustentação na natureza, introduzindo conceitos mais avançados de forma gradual e contextualizada. Ao realizar essas discussões, deve-se também encorajar os pequenos a fazerem perguntas e a expressarem suas ideias e pensamentos sobre o mundo ao seu redor.
O engajamento da família no processo de aprendizagem é outro fator essencial a ser considerado. Envolver os pais e responsáveis em atividades em casa pode reforçar o que foi aprendido na escola e criar um ambiente de aprendizado contínuo. Isso pode acontecer, por exemplo, por meio de atividades de descoberta em família, onde os pais levam as crianças a um parque ou jardim e têm a oportunidade de observar juntos os seres vivos e não vivos, promovendo a curiosidade e o amor pela natureza.
Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Pequeno Jardim em Casa:
– Faixa Etária: 0-1 ano e 6 meses
– Objetivo: Introduzir o conceito de seres vivos com plantas.
– Materiais: Vasos, terra e mudas de plantas fáceis de cuidar.
– Condução: Os pais plantam juntos com os bebês, e eles exploram o solo e as plantas com as mãos.
2. Caça aos Tesouros da Natureza:
– Faixa Etária: 1-1 ano e 6 meses
– Objetivo: Conhecer objetos não vivos.
– Materiais: Sacos de papel e diferentes objetos (pedras, folhas, galhos).
– Condução: Fazer uma caminhada no parque, onde os adultos ajudam a coletar alguns itens e discutir o que é vivo e o que não é.
3. Música dos Animais:
– Faixa Etária: 1-1 ano e 6 meses
– Objetivo: Reconhecimento de sons de seres vivos.
– Materiais: Vídeos de sons de animais e instrumentos musicais caseiros.
– Condução: Assistir aos vídeos juntos e imitar os sons dos animais, estimulando a vocalização e gestos.
4. Ateliê de Pintura de Seres Vivos:
– Faixa Etária: 1-1 ano e 6 meses
– Objetivo: Expressar a criatividade com arte.
– Materiais: Tintas, folhas de papel ou papelão e pincéis.
– Condução: As crianças pintam como veem os seres vivos de seu cotidiano, explorando cores e formas.