Plano de Aula: Se criança governasse o mundo (Educação Infantil) – 30 minutos

Este plano de aula foi elaborado para promover reflexões significativas sobre como seria o mundo se as crianças estivessem no comando. Proporcionar uma discussão lúdica e criativa sobre esse tema estimula o desenvolvimento de habilidades sociais, emocionais e cognitivas, além de fomentar a imaginação dos alunos. A atividade estimula a criatividade e a expressão das ideias, permitindo que as crianças, por meio de jogos simbólicos e outras linguagens, reflitam sobre a importância do respeito, da cooperação e da empatia na construção de um futuro melhor.

O objetivo deste plano é que as crianças não apenas explorem suas ideias sobre governo, mas também desenvolvam um entendimento mais profundo sobre coletividade, diversidade de opiniões e como suas vozes podem influenciar o mundo ao seu redor. Esta proposta está alinhada com os direitos de aprendizagem da BNCC e com as competências e habilidades essenciais para esta faixa etária.

Tema: Se criança governasse o mundo
Duração: 30 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 6 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Fomentar a reflexão e a expressão criativa das crianças sobre o papel delas em um mundo imaginário onde elas governam, promovendo a empatia, o respeito e a colaboração.

Objetivos Específicos:

1. Estimular a criação de ideias sobre como poderia ser o mundo sob a direção das crianças.
2. Promover a expressão em diferentes linguagens (oral, desenho, dramatização).
3. Desenvolver a empatia e a cooperação por meio do trabalho em grupo.
4. Incentivar a comunicação clara de sentimentos e ideias.

Habilidades BNCC:

– Campo de experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”
– (EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
– (EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
– (EI03EO04) Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.

– Campo de experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
– (EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro, música.

– Campo de experiências “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
– (EI03TS02) Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais.

– Campo de experiências “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
– (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita (escrita espontânea).

Materiais Necessários:

– Folhas de papel em branco
– Lápis de cor e canetinhas
– Fantasias ou adereços para dramatização
– Fita adesiva
– Música infantil para embalar as atividades
– Caixas ou materiais recicláveis para construção de cenários

Situações Problema:

1. Como seria um dia de governo se as crianças fossem as líderes?
2. Quais regras eles criariam para um mundo melhor?
3. Como lidar com crianças que têm ideias diferentes?

Contextualização:

Iniciar a atividade explicando que todos têm sonhos e ideias sobre como o mundo poderia ser melhor. Realizar uma breve conversa sobre o que significa “governar” e quais são algumas das responsabilidades de um líder. Utilizar exemplos que as crianças conhecem, como os papéis dos pais, professores ou figuras públicas, e dar voz às ideias delas sobre como seria se elas ocupassem essas posições.

Desenvolvimento:

1. Abertura (5 minutos): Iniciar com a roda de conversa. Perguntar às crianças como elas imaginam que é um governo. As respostas variam, mas devem ser coletadas para uma construção coletiva.

2. Atividade 1 – Criação de ideias (10 minutos): Pedir às crianças que desenhem suas ideias de como seriam as regras do mundo se elas governassem. Incentivar que pensem em aspectos como: segurança, educação, diversão e respeito. Depois, cada criança pode compartilhar seu desenho e explicar suas ideias para os colegas.

3. Atividade 2 – Dramatização (10 minutos): Com as fantasias, dividir as crianças em grupos e pedir que encenem alguma situação que represente como resolver um problema do mundo. Por exemplo, como ajudariam alguém que está triste ou como fariam um amigo se sentir incluído.

4. Atividade 3 – Música e movimento (5 minutos): Conduzir uma atividade inspirada por uma música onde as crianças possam dançar e representar sua “governança” com movimentos que demonstrem felicidade, inclusão e amizade.

Atividades sugeridas:

1. Desenho das regras: Criação de uma lista de regras que cada criança acha importante para reger o “mundo infantil”. Materiais: folhas de papel e lápis de cor.
Objetivo: Desenvolver a expressão criativa e habilidades de comunicação.
Instrução: Explique que cada um pode representar uma regra através de um desenho.

2. Teatro de fantoches: Utilizar fantoches ou bonecos feitos com meias para encenar histórias onde eles precisam resolver conflitos.
Objetivo: Trabalhar o respeito e a empatia.
Instrução: Organizar um espaço para que as crianças apresentem suas peças, incentivando a criação de histórias que envolvam os sentimentos delas.

3. Construção de um “palácio” do governo: Com caixas de papelão, permitir que as crianças construam um “palácio” que seria a sede do governo infantil.
Objetivo: Fomentar a criatividade e o trabalho em equipe.
Instrução: Estimular a colaboração entre as crianças para construir essa estrutura em grupo.

4. Música da liderança: Criar uma canção em grupo sobre o que é ser um bom líder e como podemos ser amigos uns dos outros.
Objetivo: Desenvolver habilidades sociais e de expressão oral.
Instrução: Usar melodias conhecidas e convidar cada criança a criar uma estrofe.

5. Jogos cooperativos: Promover jogos onde todos precisam trabalhar juntos para ganhar, como uma corrida de obstáculos em equipe.
Objetivo: Desenvolver a cooperação e a confiança mútua.
Instrução: Explicar que para vencer todos precisam participar ativamente e colaborar.

Discussão em Grupo:

Após as atividades, reunir todos para debater algumas questões, como:
– O que significa ser um bom líder?
– Quais habilidades são necessárias para governar bem?
– Como podemos aplicar o que aprendemos em nossas vidas diárias?

Perguntas:

1. O que vocês fariam se encontrassem uma criança triste?
2. Como vocês se sentiriam ao ver todas as crianças felizes?
3. Por que é importante ouvir as ideias dos outros?

Avaliação:

A avaliação será feita por observação, considerando a participação das crianças nas atividades, sua capacidade de trabalhar em grupo e a expressão de seus sentimentos e ideias durante as discussões. O professor pode fazer anotações sobre palavras e ideias que se repetem, bem como observar as interações durante as dramatizações.

Encerramento:

Para encerrar, reforçar as principais aprendizagens do dia, destacando a importância da comunicação, da empatia e do respeito mútuo. Encorajar as crianças a manterem as ideias sobre o que aprendemos e a importância de serem respeitosas nas suas interações diárias.

Dicas:

– Sempre que possível, adapte as atividades de acordo com o nível de habilidade dos alunos, podendo proporcionar experiências diferenciadas.
– Utilize imagens e ilustrações que ajudem as crianças a visualizarem as suas ideias e a possuírem referências claras para a conversa sobre “governar”.
– Arejar o ambiente e trabalhar com grupos pequenos pode ajudar a facilitar a comunicação e o engajamento.

Texto sobre o tema:

A ideia de uma criança governando o mundo é profundamente fascinante. Este formato de liderança, diferente do convencional, traz à tona uma série de reflexões sobre como as crianças percebem suas realidades e interações. Quando se fala em governar, a associação geralmente é feita a adultos em cargos de poder. Contudo, as crianças possuem uma visão muito própria sobre o que é ser um líder e como resolver problemas, frequentemente manifestando uma pureza e uma sinceridade que muitas vezes se perdem na vida adulta.

Considerando isso, incentivar os pequenos a visualizarem-se como governantes permite que eles explorem suas imaginações e se sintam empoderados. A expressão criativa não se limita a ações; é também sobre sentimentos e ideias que moldam as relações que construímos com aqueles que nos cercam. Ao incorporar elementos de empatia, os alunos têm a oportunidade de perceber que cada pessoa é capaz de contribuir de maneira única para a sociedade e que a diversidade de opiniões deve ser respeitada e incorporada.

Com isso, a proposta de refletir sobre como seria se as crianças governassem o planeta não é apenas uma brincadeira; é uma oportunidade valiosa para que elas desenvolvam habilidades socioemocionais que serão fundamentais para seu crescimento e para as interações com o mundo a sua volta. Assim, ao fomentar o debate sobre o governo infantil, estamos não só promovendo a criatividade e a diversão, mas também preparando os pequenos para, quem sabe um dia, com maturidade e reflexão, realmente contribuírem para a formação de um mundo melhor.

Desdobramentos do plano:

A continuidade deste plano de aula pode ser enriquecida ao incluir mais discussões sobre diversidade e inclusão, temas que são essenciais para a formação de cidadãos conscientes e respeitosos. Ao longo das próximas semanas, pode-se trabalhar a partir das reflexões que surgiram nas atividades propostas, utilizando livros infantis que abordem a diversidade e a cooperação. Isso seria uma forma eficaz de aprofundar a percepção das crianças sobre como suas diferenças podem contribuir de forma positiva para a convivência em grupo.

Outra proposta é realizar um projeto de construção de um mural coletivo, onde cada aluno pode contribuir com uma pequena obra que represente uma ideia sobre como melhorar o mundo. Esse mural seria um compromisso visual com a ideia de responsabilização coletiva e um lembrete constante de que as crianças também têm poder de influência sobre suas realidades e dos que as cercam. Dessa forma, a interação social e o respeito pelo outro seriam ainda mais enfatizados.

Talvez o aspecto mais importante deste trabalho educativo seja o estabelecimento de um ambiente seguro onde as crianças se sintam confortáveis para compartilhar suas opiniões. O professor deve sempre encorajar a troca de ideias, de maneira que as crianças vejam que voz e escolha são fundamentais para a construção de um espaço de aprendizado enriquecedor. A abertura para a escuta ativa contribuirá para um clima de respeito e inclusão onde cada criança se sentirá valorizada.

Orientações finais sobre o plano:

É importante que o professor esteja atento às diversas formas de expressão que as crianças podem apresentar. A diversidade de habilidades entre os alunos pode enriquecer o processo de aprendizado, e o educador deve ser flexível na hora de otimizar as atividades, buscando sempre garantir a inclusão de todos. Estimular a criação de um ambiente acolhedor é fundamental, onde cada ideia é respeitada e valorizada.

Discussões pós-atividade são extremamente valiosas. Este momento não deve ser apenas um fechamento, mas também uma oportunidade para que o professor possa guiar a reflexão sobre as aprendizagens do dia e o que cada criança pode aplicar no seu cotidiano. Além disso, é recomendável que as atividades sejam intercaladas e que os alunos tenham continuidade no tema, trazendo novas ideias e inovações em futuras aulas.

Por fim, ao abordar temas que envolvem o futuro e a cidadania, os educadores desempenham um papel crucial no desenvolvimento crítico e ético das crianças. O planejamento cuidadoso, que respeita a individualidade e a coletividade, contribui para formar uma geração mais consciente e engajada na construção de um mundo onde cada voz, mesmo a mais jovem, é ouvida e respeitada.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Mini Conferência Infantil: Organizar uma “conferência” onde cada grupo apresenta suas propostas de governo em um “palácio” de papelão.
Objetivo: Desenvolver habilidades de fala e socialização.
Idade: 5 a 6 anos.
Material: Caixas, canetinhas e papel.

2. Construindo o mundo dos sonhos: Usar blocos de montar ou materiais recicláveis para criar a “cidade dos sonhos” onde as regras estabelecidas pelas crianças serão aplicadas.
Objetivo: Promover a criatividade e o trabalho em grupo.
Idade: 5 anos.
Material: Blocos, tampas, caixas.

3. Caminhada da Empatia: Realizar uma atividade de caminhada ou passeio em que as crianças devem representar como seriam as situações de liderança em diferentes cenários que encontram no caminho.
Objetivo: Refletir sobre o ambiente e a comunidade.
Idade: 4 a 6 anos.
Material: Nenhum, apenas um local apropriado para a caminhada.

4. Cápsula do tempo escolar: As crianças podem escrever cartas para si mesmas, descrevendo suas ideias para um futuro ideal e enterrá-las no pátio para serem lidas em um futuro próximo.
Objetivo: Encorajar a reflexão e a comunicação escrita.
Idade: 6 anos.
Material: Papel, canetas, uma caixa ou garrafa para enterrar.

5. Oficina de Histórias de Liderança: Criar um livro coletivo onde cada criança pode ilustrar e narrar uma história de um “líder” ou “governo” que admira ou sonha.
Objetivo: Fomentar a imaginação e habilidades de escrita.
Idade: 5 anos.
Material: Cadernos, lápis de cor, canetas, papéis coloridos.

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