Plano de Aula: Ritmo e improvisação em dança (Ensino Médio) – 1º Ano
A proposta do plano de aula a seguir visa introduzir os alunos do 1º ano do Ensino Médio a conceitos fundamentais de ritmo e improvisação na dança, utilizando a música “Pé de Cedro” como base. A aula busca não apenas desenvolver a expressão artística, mas também estimular a criatividade dos estudantes por meio do movimento e da dança. Ao longo da atividade, pretende-se que os alunos compreendam a relação entre a música e a dança, explorando a criatividade enquanto interagem com o ritmo e a improvisação.
O plano de aula está estruturado para ser dinâmico e interativo, favorecendo a experiência dos alunos com a produção e a expressão corporal. A escolha da música “Pé de Cedro”, que possui um ritmo marcante e envolvente, possibilita aos estudantes explorar variados movimentos de forma criativa, enfatizando a importância da improvisação no processo de aprendizagem em dança. Além disso, espera-se que as atividades promovam a autonomia dos alunos, incentivando-os a desenvolverem seu próprio vocabulário corporal, ao mesmo tempo que trabalham em grupo, o que contribui para o fortalecimento da colegialidade e do respeito mútuo.
Tema: Ritmo e improvisação em dança
Duração: 45 minutos
Etapa: Ensino Médio
Sub-etapa: 1º Ano Médio
Faixa Etária: 15 a 16 anos
Objetivo Geral:
Desenvolver a capacidade de improvisação dos alunos em dança, utilizando a música “Pé de Cedro” para explorar o ritmo e as diferentes possibilidades de movimento, incentivando a criatividade e a expressão corporal.
Objetivos Específicos:
1. Compreender a relação entre ritmo e movimento na dança.
2. Estimular a criação de movimentos individuais e em grupo a partir da música selecionada.
3. Promover a autoexpressão e a autonomia através da improvisação em dança.
4. Fomentar a análise crítica das escolhas feitas durante as improvisações e sua conexão com a música.
Habilidades BNCC:
– EM13LGG201: Utilizar as diversas linguagens (artísticas, corporais e verbais) em diferentes contextos, valorizando-as como fenômeno social, cultural, histórico, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso.
– EM13LGG501: Selecionar e utilizar movimentos corporais de forma consciente e intencional para interagir socialmente em práticas corporais, de modo a estabelecer relações construtivas, empáticas, éticas e de respeito às diferenças.
– EM13LGG603: Expressar-se e atuar em processos de criação autorais individuais e coletivos nas diferentes linguagens artísticas (artes visuais, audiovisual, dança, música e teatro) e nas intersecções entre elas, recorrendo a referências estéticas e culturais.
Materiais Necessários:
– Equipamento de som (caixa de som ou alto-falante).
– A música “Pé de Cedro” em formato digital.
– Um espaço amplo para a realização das atividades (auditório ou sala de ginástica).
– Roupas confortáveis para os alunos.
Situações Problema:
1. Como a música pode influenciar a maneira como nos movemos?
2. O que podemos expressar por meio do movimento quando improvisamos?
3. Quais sentimentos a improvisação e o ritmo evocam em cada um de nós?
Contextualização:
O ensino da dança é uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento da expressividade e criatividade dos alunos. Com a prática do improviso, os estudantes têm a oportunidade de explorar sua individualidade e estilo, além de aprender a se relacionar com seus colegas através do movimento. A música “Pé de Cedro” proporciona uma batida que incentiva a exploração do ritmo e a liberdade expressiva.
Desenvolvimento:
1. Introdução ao Ritmo: (10 minutos)
– Inicie a aula com uma breve apresentação sobre o que é ritmo e qual a sua importância na dança.
– Pergunte aos alunos o que eles entendem por ritmo. Utilize trechos da música “Pé de Cedro” para exemplificar.
2. Aquecimento: (5 minutos)
– Realize um aquecimento leve com os alunos, focando em movimentos articulares e no alongamento.
3. Exercício de Improvisação Celular: (10 minutos)
– Divida os alunos em grupos de quatro ou cinco e peça que cada grupo crie uma sequência de três movimentos que reflitam o ritmo da música.
– Dê a cada grupo cinco minutos para criar sua sequência.
4. Apresentação dos Grupos: (10 minutos)
– Cada grupo apresentará sua sequência para a turma, enquanto você toca a música “Pé de Cedro”.
– Após as apresentações, incentive a discussão sobre como cada grupo interpretou o ritmo da canção em suas criações.
5. Improvisação Solista: (5 minutos)
– Agora, desafie cada aluno a realizar um solo improvisado, utilizando o ritmo da canção.
– Faça uma breve reflexão sobre como cada um se sentiu ao improvisar.
6. Discussão em Grupo: (5 minutos)
– Perguntas guiadas como: “Como foi a experiência de improvisar?”, “O que você sentiu ao dançar?” e “Como o ritmo influenciou sua dança?” devem ser levantadas.
Atividades sugeridas:
1. Dias de Ritmo: (1º Dia)
– Objetivo: Compreender a importância do ritmo na dança.
– Descrição: Os alunos escutam diferentes estilos musicais e anotam como cada música os faz sentir e se mover.
– Materiais: Diversos estilos musicais, bloco de notas.
– Adaptação: Alunos podem compartilhar por meio de desenhos ou saudações corporais.
2. Movimento e Emoção: (2º Dia)
– Objetivo: Associar emoções a movimentos de dança.
– Descrição: Os alunos criarão 2 a 3 movimentos que expressem uma emoção específica.
– Materiais: Espelho, música.
– Adaptação: Para aqueles com dificuldades, pode-se formar pares.
3. Dançando com os Outros: (3º Dia)
– Objetivo: Trabalhar em equipe na improvisação.
– Descrição: Os alunos devem improvisar em duplas, criando um diálogo de movimento.
– Materiais: Espaço amplo e música.
– Adaptação: Inclua alunos com necessidade de acompanhamento, permitindo movimentos unilaterais.
4. Festival de Dança: (4º Dia)
– Objetivo: Apresentar as criações em um formato de festival de dança.
– Descrição: Transformar os grupos em “companhias de dança” e fazer uma apresentação.
– Materiais: Trajes, maquiagem, palco improvisado.
– Adaptação: Permitir apresentações individuais ou em grupo, conforme o conforto dos alunos.
5. Reflexão Escrita: (5º Dia)
– Objetivo:Refletir sobre a experiência da semana.
– Descrição: Os alunos escreverão um breve texto sobre o que aprenderam durante a semana.
– Materiais: Caderno, caneta.
– Adaptação: Permitir uso de gravadores de voz para aqueles que preferem expressar-se oralmente.
Discussão em Grupo:
1. O que mais gostou na atividade de improvisação?
2. Como você descreveria a diferença entre coreografia e improvisação?
3. O que aprendeu sobre o seu próprio estilo de dança durante esta prática?
Perguntas:
– Que sentimentos você sente quando dança?
– Como o ritmo afeta a maneira como você se expressa?
– Por que a improvisação pode ser importante na dança?
Avaliação:
A avaliação será feita através da observação dos alunos em suas interações nas atividades. O foco será na clareza das expressões, a comunicação em grupo e a criatividade demonstrada nas improvisações.
Encerramento:
Conclua a aula com alguns comentários sobre as apresentações e a importância da improvisação na dança. Dê a oportunidade aos alunos de compartilhar suas experiências durante a aula. Pode-se também sugerir que continuem praticando os movimentos em casa, pensando no que aprenderam.
Dicas:
1. Use músicas variadas que tenham ritmos diferentes para aumentar o repertório dos alunos.
2. Incentive a dança em grupo como uma celebração ao fim da aula, criando um ambiente acolhedor.
3. Respeite os limites e o conforto de cada aluno durante as atividades.
Texto sobre o tema:
A dança é um elemento crucial na cultura humana, servindo como formato de expressão e comunicação. Cada cultura possui sua própria forma e estilo de dança, que geralmente está ligado a suas tradições e rituais. O ritmo é um dos pilares fundamentais da dança, pois permite que o corpo se mova em sincronia com a música, criando uma experiência sensorial rica. O significado do ritmo vai além do simples movimento; ele é a batida que inflama as emoções e as conexões sociais entre os dançarinos e seu público.
A improvisação na dança proporciona ao dançarino uma liberdade criativa, permitindo que ele se expresse de maneira única no momento. Diferente das coreografias pré-determinadas, a improvisação encoraja o dançarino a explorar seu corpo, suas emoções e o ambiente ao seu redor. Ao improvisar, o dançarino pode responder à música de maneiras inusitadas, explorando novos estados emocionais e até mesmo desafiando as normas sociais. Essa prática é especialmente valiosa para jovens em desenvolvimento, pois promove a autoestima, a autoconfiança e a capacidade de se adaptar a diferentes situações.
Por fim, a música “Pé de Cedro” serve como um importante recurso para trabalhar o conceito de ritmo e improvisação. Através de suas batidas contagiosas, ela convida os alunos a se moverem, a se expressarem e, mais importante, a se conectarem uns com os outros. A dança não é apenas um movimento, mas sim uma forma de arte que celebra a vida, a liberdade e a expressão individual.
Desdobramentos do plano:
O plano de aula pode ser explorado em diferentes direções a partir da introdução ao ritmo e à improvisação. Um espaço adicional para reflexão sobre cultura e a importância da dança em diferentes sociedades pode ser aberto, permitindo discussões que conectem as práticas à vida cotidiana dos alunos. Além disso, é possível realizar uma pesquisa sobre diversos estilos de dança e seus significados, promovendo uma análise crítica de como cada um pode se expressar através do corpo e da música.
As aulas subsequentes também podem incluir a atividade de criação de coreografias originais por grupos, onde os alunos poderão demonstrar suas habilidades de improvisação em um contexto mais estruturado, trazendo elementos de suas vidas para suas performances. A dança pode ser uma ferramenta poderosa para a expressão das emoções dos adolescentes, e fomentar isso proporciona a oportunidade de um autoconhecimento significativo e de profundamente respeitar a diversidade nas formas de expressão.
Além disso, integrar a dança a outras áreas do conhecimento, como a história, a geografia e a educação física, ajuda a contextualizar ainda mais a prática, tornando-a mais interdisciplinar. Os alunos podem explorar como a dança se relaciona com a história das suas culturas, criando laços entre o que aprendem na sala de aula e suas experiências pessoais, enriquecendo assim a aprendizagem e favorecendo o desenvolvimento social.
Orientações finais sobre o plano:
O desenvolvimento da dança no ambiente escolar é uma ferramenta poderosa de transformação e crescimento pessoal. Ao proporcionar aos alunos a oportunidade de explorar o ritmo e a improvisação, garantimos um espaço onde eles podem se expressar de forma individual e coletiva. É fundamental que as aulas sejam sempre um espaço de acolhimento, onde cada aluno se sinta à vontade para se mostrar como é, aprender novas habilidades e trabalhar sua criatividade.
É importante que o professor esteja atento aos números da turma, respeitando os limites de cada aluno, e criando um ambiente inclusivo. A dança é uma experiência universal e deve ser tratada como tal, permitindo que todos possam contribuir e colaborar. Isso não só fomenta a autoexpressão, mas também cria uma comunidade mais coesa, e promove a construção de vínculos sociais.
Por fim, a reflexão contínua sobre as práticas de dança deve encorajar os educadores a modificar seus métodos de ensino, adaptando-os às necessidades dos alunos. A dança não deve ser vista apenas como uma atividade estética, mas como um instrumento pedagógico fundamental que pode ajudar os alunos a desenvolver suas habilidades sociais, emocionais e cognitivas de maneiras inovadoras e impactantes.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Circuito de Ritmos: (Para todas as idades)
– Objetivo: Explorar diferentes ritmos de forma lúdica.
– Descrição: Monte estações com diferentes ritmos e movimentos. Os alunos se revezam, dançando conforme a música muda em cada estação.
– Materiais: Diversos estilos musicais e espaço para movimentação.
2. Dança e Emoções: (Para todas as idades)
– Objetivo: Associar emoções a movimentos específicos.
– Descrição: Cada criança escolhe uma emoção e tenta dançar essa emoção em uma apresentação improvisada.
– Materiais: Cartões com emoções escritas.
3. Colagem Criativa: (Para todas as idades)
– Objetivo: Explorar o ritmo através da arte.
– Descrição: Os alunos criam uma colagem que represente uma dança ou um ritmo específico, seguindo posteriormente com a recriação da dança dessa colagem.
– Materiais: Revistas, tesouras, colas e folhas.
4. Teatro de Dança: (Para todas as idades)
– Objetivo: Incorporar storytelling à dança.
– Descrição: Usando elementos da história, os alunos criam uma apresentação de dança, onde o movimento conta a história.
– Materiais: Espetáculos de dança (referências) e espaço para apresentação.
5. Flash Mob Escolar: (Para todas as idades)
– Objetivo: Promover a integração através da dança.
– Descrição: Organizar um flash mob na escola, onde os alunos se juntam em um espaço público para dançar a música escolhida.
– Materiais: Coreografia e ensaios programados.
Este plano de aula oferece um ambiente de aprendizagem enriquecedor e dinâmico, adaptando-se às necessidades e características dos alunos do 1º ano do Ensino Médio, proporcionando uma experiência significativa e envolvente.