Plano de Aula: revisando os elementos mórficos com música (Ensino Fundamental 2) – 8º Ano
Este plano de aula tem como principal objetivo a revisão dos elementos mórficos por meio da música, uma forma engajadora e criativa que possibilita aos alunos do 8º ano do Ensino Fundamental revisar conceitos gramaticais enquanto exploram a arte musical. A utilização de músicas como recurso didático é uma estratégia que não apenas torna o aprendizado mais dinâmico, mas também ajuda os alunos a desenvolverem habilidades de compreensão e aplicação dos conteúdos.
Nesta atividade, o foco está em identificar e analisar processos de formação de palavras, como composição, aglutinação e justaposição, vinculado a elementos da canção escolhida. A aula poderá ser uma oportunidade de associação entre conteúdo teórico e prático, o que, com certeza, irá aumentar o interesse e a disposição dos alunos para a prática da língua portuguesa.
Tema: Revisando os elementos mórficos com música
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 8º Ano
Faixa Etária: 13 anos
Objetivo Geral:
Fomentar o conhecimento e a prática dos elementos mórficos por meio da utilização de músicas, permitindo que os alunos identifiquem, analisem e pratiquem a formação de palavras em uma experiência divertida e interativa.
Objetivos Específicos:
1. Identificar e classificar diferenças entre formações de palavras e suas funções na construção de frases.
2. Analisar letras de músicas para compreender o uso de aglutinação e justaposição na língua portuguesa.
3. Criar pequenas produções textuais utilizando as palavras formadas a partir das letras analisadas.
Habilidades BNCC:
– (EF08LP05) Analisar processos de formação de palavras por composição (aglutinação e justaposição), apropriando-se de regras básicas de uso do hífen em palavras compostas.
– (EF08LP09) Interpretar efeitos de sentido de modificadores (adjuntos adnominais) em substantivos com função de sujeito ou de complemento verbal, usando-os para enriquecer seus próprios textos.
– (EF08LP14) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão sequencial (articuladores) e referencial (léxica e pronominal), construções passivas e impessoais, discurso direto e indireto e outros recursos expressivos adequados ao gênero textual.
Materiais Necessários:
– Equipamento de som (caixa de som ou computador)
– Letra da música selecionada
– Quadro branco e marcadores
– Cópias da letra da música para os alunos
– Materiais de escrita (lápis, caneta e caderno)
Situações Problema:
Para estimular o interesse dos alunos, iniciar a aula com uma breve discussão sobre a música que toca suas vidas. Perguntar como as músicas podem influenciar a língua e a forma como essa linguagem se transforma.
Contextualização:
As músicas permeiam o cotidiano de todos. Analisá-las do ponto de vista linguístico permite que os alunos compreendam a relevância de estudar os elementos que compõem a língua portuguesa, favorecendo a reflexão crítica sobre como esses elementos estão presentes em suas produções culturais e sociais.
Desenvolvimento:
1. Apresentação do tema da aula, explicando a relação entre música e morfologia.
2. Selecionar uma música que possua letras ricas em processos de formação de palavras e que seja do agrado dos alunos. Exemplo: “Trem-Bala” de Ana Vilela.
3. Distribuir cópias da letra da música para a turma e ouvir a canção, pedindo que os alunos acompanhem a letra.
4. Após a audição, coletar algumas palavras da letra e pedir aos alunos que as identifiquem quanto aos seus processos morfológicos, como aglutinação e justaposição.
5. A partir dessa atividade, as definição de aglutinação e justaposição precisa ser debatida em classe, visando reforçar o entendimento.
6. Pedir que os alunos formem grupos e escolham palavras da letra da música, promovendo uma troca de ideias sobre as palavras selecionadas, enriquecendo-as a partir da leitura e análise feita em conjunto.
Atividades sugeridas:
1. Análise da letra da música:
– Objetivo: Identificar palavras formadas por composição e justaposição.
– Descrição: Após a audição, discutir em grupo quais palavras aparecem na letra e que tipo de formações são.
– Material: Cópia da letra da música.
– Instruções: Peça aos alunos que sublinhem todas as palavras que acreditam ter sido formadas através de aglutinação ou justaposição.
2. Criação de novas palavras:
– Objetivo: Estimular a criatividade e o uso de técnicas de formação de palavras.
– Descrição: Os alunos devem criar novas palavras a partir das palavras que encontraram na música, discutindo com seus colegas sobre o sentido e a possibilidade de uso dessas palavras.
– Material: Papel e caneta.
– Instruções: Realizar a discussão em grupos sobre as novas palavras, apresentando para a sala as criações.
3. Reescrita da letra:
– Objetivo: Aplicar os conhecimentos adquiridos sobre elementos mórficos.
– Descrição: Proponha que os alunos reescrevam trechos da letra da música transformando palavras por meio das práticas estudadas.
– Material: Cópia da letra.
– Instruções: O professor deve orientar que o foco são as transformações que envolvem aglutinação e justaposição.
4. Apresentação e Debate:
– Objetivo: Compartilhar conhecimentos de forma pública.
– Descrição: Os grupos compartilhariam suas criações e poderiam debater as diferentes interpretações e criações de palavras.
– Material: Quadro branco para anotações.
– Instruções: Promover rodadas de debate para cada grupo expor suas ideias.
Discussão em Grupo:
Propor questões que instiguem a reflexão, como:
– Qual a importância dos elementos mórficos na compreensão da língua?
– Como a música pode ser uma ferramenta para aprendizado?
– De que forma a música interfere na nossa forma de falar e escrever?
Perguntas:
1. Quais palavras você conhece que são formadas por aglutinação e justaposição?
2. Como você se sente ao usar essas palavras na sua escrita e fala do dia a dia?
3. O que você acha que a música pode ensinar sobre a língua portuguesa?
Avaliação:
A avaliação será contínua e formativa, considerando a participação dos alunos nas discussões grupais, a análise apresentada sobre a música e a apresentação final que os grupos farão. O professor deve observar a capacidade de identificação dos elementos mórficos e a adequação do uso de novas palavras criadas.
Encerramento:
Uma vez que todas as atividades tenham sido realizadas, é essencial criar um espaço para que os alunos compartilhem reflexões sobre a experiência. Mostrar como a música pode ser uma fonte rica para a aprendizagem da língua e enfatizar a importância dos elementos mórficos.
Dicas:
– Escolher músicas que sejam conhecidas e apreciadas pelos alunos.
– Valer-se de elementos visuais, como gráficos, para ilustrar os tipos de formações morfológicas.
– Estimular o uso de tecnologia, caso o ambiente escolar permita, com ajuda de aplicativos que possuem interação com letras de músicas.
Texto sobre o tema:
A música é uma forma universal de expressão e pode ser uma aliada poderosa na educação. Desde os tempos antigos, as culturas têm utilizado a música não apenas como uma forma de entretenimento, mas também como uma ferramenta educacional. Um dos grandes benefícios de usar a música na aprendizagem é o engajamento emocional que ela proporciona. As melodias podem ficar imortalizadas na memória, proporcionando aos alunos uma conexão emocional com o aprendizado. Quando se trata de estudar a formação de palavras, a música fornece um contexto rico e significativo que pode facilitar a retenção de informações e a compreensão da língua.
Além disso, a análise das letras de músicas permite que os alunos observem estruturas linguísticas de forma prática e divertida. As canções frequentemente apresentam linguagem coloquial e versátil, refletindo o uso comum da língua. Isso permite que os alunos analisem diversos estilos de escrita, estilos e formas de modificar a língua, oferecendo uma compreensão mais ampla e crítica da gramática. Através do engajamento com as letras, os alunos podem identificar como palavras podem mudar de forma e sentido, percebendo a dinâmica da língua viva que empregamos em nosso cotidiano.
Em suma, tornar o aprendizado da língua portuguesa um processo prazeroso é um aspecto importante da educação. Utilizando a música como um recurso didático, é possível explorar os elementos morfológicos de maneira acessível e dinâmica, promovendo um ambiente de aprendizagem colaborativa e crítica. A música tem o potencial de ser não só uma ferramenta para ensinar, mas também um veículo que conecta os alunos ao universo linguístico, e instiga sua curiosidade quanto às possibilidades da língua.
Desdobramentos do plano:
Diante do sucesso observado na aprendizagem dos alunos, sugere-se que o plano de aula se desdobre em uma série de atividades alternativas, proporcionando diferentes formas de enriquecer a experiência de aprendizado. Uma das formas possíveis é a inclusão de projetos multimídia, como a produção de vídeos onde os alunos possam reinterpretar as letras de músicas, criando suas próprias canções e apresentando-as para a turma. Essa prática não apenas exercita a *criação e expressão artística*, mas também reforça os conceitos morfológicos em um contexto prático.
Outra proposta é a realização de um concurso de letras de músicas, onde os alunos criariam suas composições originais utilizando palavras que tenham sido analisadas em sala. Por meio dessa atividade, os alunos vivenciam o sentimento de autoria e pertencimento ao conteúdo estudado. O concurso também pode ser integrado com outros idiomas, permitindo que alunos de diferentes etnias e culturas se envolvam e compartilhem suas expressões artísticas.
Por fim, uma atividade que poderia ser desenvolvida posteriormente seria a produção de um jornal escolar onde a linguagem musical seria uma seção fixa. Os alunos poderiam escrever críticas de músicas contemporâneas, explorando seus elementos morfológicos, e, assim, apreciar a arte enquanto praticam a escrita crítica e reflexiva. O objetivo é integrar a teoria à prática, criando um ciclo de aprendizagem contínuo e dinâmico.
Orientações finais sobre o plano:
Encerrar a experiência de aprendizado sempre requer um olhar sobre o que foi aprendido e como isso pode ser incorporado a futuras práticas. Ao final desta sequência de aulas, recomenda-se refletir sobre quais foram os principais aprendizados dos alunos e quais as dificuldades enfrentadas no processo. Uma avaliação contextualizada do uso e aplicação das atividades desenvolvidas é fundamental para identificar tanto o que se destacou positivamente quanto aspectos que podem ser aprimorados nas próximas aulas.
Além disso, ao trabalhar com música, a percepção de como cada aluno se relaciona com a língua se torna muito mais rica. Promover um espaço para que cada um compartilhe não só sua visão sobre a música em questão, mas também sua vivência linguística, particulariza o processo educacional. É importante lembrar que cada aluno possui uma jornada única na relação com a língua portuguesa, e as músicas são uma ponte eficaz para conectar essas experiências.
Por fim, é interessante que o professor esteja sempre aberto a novas músicas, estilos e contextos dentro do mundo musical que poderão ser explorados nas aulas futuras. Dessa forma, a prática de revisão e análise dos elementos mórficos na língua portuguesa se torna não apenas uma tarefa, mas um convite à descoberta e à apreciação da diversidade da música em sua relação com a linguagem.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Jogo da Memória com Palavras: Criar cartas com palavras da música analisada e seus significados. Os alunos terão que encontrar os pares correspondentes, ajudando a fixar o entendimento sobre os elementos mórficos envolvidos.
– Objetivo: Estimular a memorização e o reconhecimento dos morfemas.
– Materiais: Cartas impressas com exemplos de palavras e seus significados.
2. Criação de Rap ou Paródia: Propor que os alunos criem rap ou paródia utilizando palavras morfológicas, desafiando-os a trabalhar coletivamente.
– Objetivo: Praticar a escrita criativa e o entendimento dos elementos de construção de frases.
– Materiais: Instrumental de música, papel e caneta.
3. Caça ao Tesouro Linguístico: Criar pistas em forma de rimas e canções que levem os alunos a encontrar palavras pela escola. Cada pista traz um elemento de morfologia.
– Objetivo: Estimular o trabalho em grupo e a aplicação prática dos conceitos aprendidos.
– Materiais: Pistas impressas e escondidas em locais estratégicos.
4. Teatro de Sombras: Os alunos podem fazer uma apresentação utilizando sombras e música, apresentando palavras e suas formações de forma visual e auditiva.
– Objetivo: Integrar expressão artística com aprendizado de morfologia.
– Materiais: Materiais para criar sombras e luz, como lanternas e painéis.
5. Música e Movimento: Quebrar paradigmas do ensino, onde os alunos dançam enquanto declamam elementos e regras morfológicas em rimas, transformando o aprendizado em uma experiência vivencial.
– Objetivo: Transmitir conhecimento de maneira dinâmica e envolvente.
– Materiais: Música e espaço para realização das atividades de dança.
Com este plano de aula, busca-se não apenas ensinar os elementos mórficos, mas também criar um ambiente de aprendizagem gostoso e significativo para os alunos, explorando a riqueza da língua portuguesa em conexão com a música.