Plano de Aula “Resolvendo Problemas de Partilha: Compreendendo Razões e Proporções” – 5º Ano

O plano de aula que apresentamos a seguir é voltado para o 5º ano do Ensino Fundamental e tem como foco a temática da partilha de uma quantidade em duas partes desiguais. Essa abordagem permite que os alunos compreendam a relação de razão entre as partes e a totalidade, estimulando o desenvolvimento do raciocínio lógico e da resolução de problemas em contextos familiares. Com esta aula, espera-se que os alunos consigam elaborar, resolver e refletir sobre situações problema que envolvam essa temática, ampliando suas habilidades matemáticas e seu conhecimento sobre a vida cotidiana.

O ensino de matemática nessa fase é crucial, pois permite que os alunos desenvolvam habilidades que vão além do cálculo, envolvendo a análise crítica e a capacidade de argumentação. Assim, este plano de aula é estruturado de maneira a incentivar a exploração de conceitos matemáticos de forma lúdica e significativa, ao mesmo tempo que promove a reflexão sobre o uso dos números em situações reais da vida. A seguir, você encontrará uma estrutura completa e detalhada, contendo todos os elementos necessários para uma aula eficaz e envolvente.

Tema: Elaboração de problemas em contextos familiares envolvendo a partilha de uma quantidade em duas partes desiguais.
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 5º Ano
Faixa Etária: 11 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Desenvolver a habilidade dos alunos em resolver e elaborar problemas que envolvam a partilha de uma quantidade em duas partes desiguais, com compreensão da ideia de razão entre as partes e em relação ao todo.

Objetivos Específicos:

1. Compreender a noção de razão e proporções em contextos práticos.
2. Resolver problemas matemáticos envolvendo a partilha de quantidades em partes desiguais.
3. Criar situações-problema que envolvam a divisão de quantidades em uma forma que uma parte seja o dobro da outra.
4. Promover a discussão e reflexão sobre a importância matemática em situações do cotidiano.

Habilidades BNCC:

(EF05MA13) Resolver e elaborar problemas envolvendo a partilha de uma quantidade em duas partes desiguais, tais como dividir uma quantidade em duas partes, de modo que uma seja o dobro da outra, com compreensão da ideia de razão entre as partes e delas com o todo.

Materiais Necessários:

1. Quadro branco ou flip chart e marcadores.
2. Fichas de papel com problemas envolvendo partilhas.
3. Recursos manipulativos como blocos ou contadores.
4. Papel e lápis para anotações.
5. Computadores ou tablets com acesso à internet (opcional).

Situações Problema:

1. Ana e Pedro têm uma quantia de dinheiro que querem dividir para comprar um presente. Ana decide que Pedro deve ficar com o dobro da quantia que ela receber. Qual será a divisão, se o total é de R$30,00?
2. Uma família tem 60 laranjas para repartir entre dois filhos. O mais velho deve receber o dobro que o mais novo. Quanto cada um receberá?

Contextualização:

No cotidiano das famílias, é comum que as pessoas enfrentem situações em que precisam dividir recursos, seja dinheiro, alimentos ou bens. A matemática está presente nessas interações e entender como funcionam as divisões e as razões é fundamental para uma boa gestão das finanças pessoais e da convivência em grupo. A abordagem aqui proposta se propõe a trazer essa realidade para dentro da sala de aula, permitindo que os alunos pratiquem habilidades fundamentais de maneira prática e significativa.

Desenvolvimento:

1. Introdução (10 minutos): Apresentar aos alunos o tema da aula explicando a importância da partilha de quantidades e a noção de desigualdade numa relação de ­­razão. Iniciar uma conversa sobre como eles já lidaram com partes desiguais em suas vidas, como ao dividir doces ou brinquedos. Esse diálogo pode motivar os alunos e facilitar a compreensão do tema.

2. Exploração de Conceitos (15 minutos): Utilizar o quadro e exemplos práticos para demonstrar a relação de proporção entre as partes. Por exemplo, fazer a divisão de 30 reais utilizando representações visuais, e pedir aos alunos para que ajudem a determinar quanto cada um receberá se, por exemplo, uma parte tem o dobro da outra com base no exemplo da situação problema apresentada.

3. Atividade Prática (15 minutos): Formar grupos de 4 a 5 alunos e distribuir as fichas de papel com problemas diferentes envolvendo a partilha de quantidades de forma desigual. Os alunos devem resolver os problemas e, em seguida, discutir em grupo as respostas, se chegaram a um resultado comum e como entenderam o processo. Incentivar que expliquem suas soluções usando a linguagem matemática adequada.

4. Socialização (10 minutos): Cada grupo deve apresentar um dos problemas que resolveram e a estratégia utilizada. O professor deve promover a discussão e reflexão sobre a importância da matemática na vida real, levando os alunos a entenderem o impacto dessas habilidades no dia a dia.

Atividades sugeridas:

1. Atividade de pesquisa (para ser realizada na semana): Solicitar que os alunos em duplas façam uma pesquisa em casa sobre situações em que precisaram dividir algo em partes desiguais e tragam para a aula, apresentando a situação e como resolveram.
– Objetivo: Compreender a aplicabilidade da matemática em situações cotidianas.
– Materiais: Papel e caneta para anotações.

2. Criação de problemas (exercício individual): Os alunos devem criar dois problemas que envolvam a partilha de uma quantidade em partes desiguais e distribuí-los para os colegas resolverem.
– Objetivo: Estimular a criatividade e a aplicação dos conceitos aprendidos.
– Materiais: Lápis e papel.

3. Jogos Matemáticos: Introduzir jogos interativos que envolvam divisões e frações, como bingo de frações onde os alunos têm que completar um cartela com frações equivalentes às que são chamadas.
– Objetivo: Proporcionar um aprendizado lúdico, reforçando conceitos de maneira divertida.
– Materiais: Cartelas de bingo e marcadores.

4. Discussão em sala: Promover um debate sobre a importância de fazer divisões justas, apresentando cenários em sua rotina, como o de dividir dinheiro entre amigos.
– Objetivo: Estimular o pensamento crítico e a reflexão sobre a justiça nas divisões.

5. Criação de Cartazes: Pedir para que, em grupos, os alunos criem cartazes explicativos com problemas de partilha e que ilustrem os conceitos aprendidos.
– Objetivo: Fomentar a pesquisa e síntese das informações.
– Materiais: Papel A3, canetas, recortes de revistas.

Discussão em Grupo:

Promover um debate em sala, onde os alunos devem discutir como a matemática pode resolver conflitos e promover a justiça nas relações sociais. Perguntas como “Por que é importante dividir de forma justa?” e “Como podemos garantir que todos fiquem satisfeitos com a divisão?” devem ser levantadas.

Perguntas:

1. Como vocês se sentiriam se não recebessem sua parte justa em uma divisão?
2. Qual a importância de entender frações e razões em práticas cotidianas?
3. Como podemos aplicar o que aprendemos sobre partilhas em outros contextos sociais?

Avaliação:

A avaliação será feita por meio da observação das apresentações dos grupos, da participação nas atividades práticas e da construção de problemas. A qualidade das soluções apresentadas e a capacidade de argumentação dos alunos terão um peso significativo na avaliação.

Encerramento:

Finalizar a aula revisitando os conceitos abordados e discutindo a aplicabilidade dos mesmos em sua realidade. Encorajar os alunos a continuarem observando e praticando situações de partilha em suas rotinas.

Dicas:

1. Utilize exemplos do cotidiano dos alunos para tornar o aprendizado mais significativo e acessível.
2. Encoraje a criatividade nas atividades de criação de problemas, mostrando a importância de formular questões claras e bem definidas.
3. Esteja atento às diferentes formas de raciocínio que os alunos possam apresentar e os valorize, promovendo um ambiente de aprendizado colaborativo.

Texto sobre o tema:

A partilha em quantidades desiguais é um conceito que se aplica a diversas situações do cotidiano. Esse fenômeno pode ser observado em contextos familiares, onde a divisão de bens se dá de maneira a respeitar certas regras, como a distribuição de presentes ou a divisão de tarefas. A matemática, atuando como uma ferramenta, possibilita que as pessoas entendam melhor a noção de justiça nas partilhas. Entretanto, esse conceito pode assumir diferentes formas conforme as regras que os envolvidos estabelecem.

Para compreender adequadamente a partilha de bens e recursos, é essencial que os alunos desenvolvam uma boa noção de frações e razões. As frações representam partes de um todo e suas relações permitem que os indivíduos determinem quanto cada um deve receber em uma partilha. Por exemplo, ao dividir um número em duas partes, onde uma é o dobro da outra, os estudantes aprendem não apenas a realizar cálculos, mas também a aplicar regras que permitem uma divisão justa entre todos os envolvidos.

Além disso, é importante ressaltar que esse conhecimento vai além da matemática apenas como um conteúdo curricular, envolvendo também aspectos sociais e éticos. Ao aprender a realizar partilhas justas e a construir problemas, os alunos exercitam não só suas habilidades matemáticas, mas também desenvolvem valores que serão essenciais em sua convivência em sociedade. Dessa forma, a aritmética se torna uma ferramenta de justiça social, onde cada um pode ter sua parte proporcional recebida num contexto de parceria e entendimento coletivo.

Desdobramentos do plano:

Este plano de aula pode oferecer diversas possibilidades de desdobramentos, uma vez que a temática da partilha pode ser expandida para outras áreas do conhecimento, permitindo uma conexão interdisciplinar. Na disciplina de Ciências, por exemplo, os alunos podem explorar conceitos de proporcionalidade em experimentos relacionados à mistura de substâncias, identificando como diferentes proporções alteram os resultados. Essa prática não apenas reforça a matemática, mas também permite que os alunos desenvolvam uma compreensão mais profunda de como as quantidades podem influenciar o comportamento dos materiais no mundo físico.

Outra possibilidade de desdobramento é a aplicação dos conceitos de partilha em situações históricas e culturais. Os alunos podem investigar como diferentes sociedades ao longo da história desenvolviam suas próprias regras para divisionais. Esse aspecto vale a pena ser explorado, pois se conecta a questões de cidadania e de justiça social, permitindo que os estudantes reflitam sobre a diversidade de perspectivas que existem na sociedade contemporânea.

Em termos de habilidades, o desenvolvimento de situações de problemas pode contribuir com o aprimoramento das habilidades de resolução de conflitos. Ao aprender a construir e de fato analisar problemas que envolvam partilhas, os alunos ganham uma ferramenta valiosa para suas vidas. Eles se tornam mais aptos a lidar com disputas cotidianas, sabendo avaliar equitativamente o que cada parte deve receber, além de discutir de forma respeitosa e colaborativa.

Orientações finais sobre o plano:

Ao aplicar este plano de aula, é fundamental que os educadores estejam atentos às particularidades de sua turma e ao ritmo de aprendizado de cada aluno. É essencial que o aprendizado não seja somente transferido, mas que os alunos sejam encorajados a questionar, debater e construir seu próprio conhecimento. Portanto, os professores devem estar abertos a modificar algumas atividades com base nas necessidades do grupo, garantindo que todos tenham a oportunidade de participar e de aprender de forma ativa e significativa.

É igualmente importante que a avaliação do progresso dos alunos não se restrinja apenas às atividades práticas. Integrar avaliações formativas, que observem a participação, o engajamento e a capacidade de argumentação, garante um panorama mais amplo do desenvolvimento dos alunos. Isso permite um encaminhamento pedagógico mais adequado e personalizado.

Por fim, a inclusão de elementos lúdicos e cooperativos nas atividades propostas é crucial para promover um ambiente de aprendizado acolhedor e estimulante. Somente assim, a compreensão matemática será solidificada e, ao mesmo tempo, contribuindo para formar cidadãos críticos e conscientes de suas atribuições em uma sociedade plural.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Jogo de tabuleiro da divisão: Criar um tabuleiro onde cada casa representa um problema prático de divisão. Os alunos devem responder corretamente para avançar. Essa atividade pode ser adaptada em grupos ou duplas, promovendo o trabalho em equipe e a discussão.

2. Gincana de Problemas: Promover uma gincana na qual os alunos devem encontrar e resolver problemas de partilha escondidos pela escola. Cada resolução correta dará pontos para suas equipes, e no final, a equipe vencedora poderá ganhar um prêmio simbólico.

3. Teatro de fantoches: Os alunos podem criar pequenas peças em que fantoches matemáticos discutem e resolvem problemas de partilha. Essa abordagem permite que explorem sua criatividade enquanto solidificam seus conhecimentos.

4. Simulação de problemas reais: Os alunos podem receber uma quantia fictícia para “comprar” materiais ou comidas na escola. Eles devem decidir como dividir o dinheiro considerando o conceito de razão, aplicando suas habilidades matemáticas em um cenário prático.

5. Atividade de arte: Pedir aos alunos que desenhem gráficos, infográficos ou histórias em quadrinhos que representem visualmente problemas matemáticos sobre partilhas. Essa atividade pode ser exposta posteriormente na escola, valorizando o trabalho colaborativo e criativo.

Este plano de aula proporciona uma base sólida para explorar a matemática em contextos familiares de forma engajadora e significativa.

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