Plano de Aula “Relatos Orais: A Importância da História na Interpretação” – 2º Ano
Este plano de aula aborda a importância das fontes históricas, com foco em relatos orais como uma ferramenta essencial para a interpretação e análise das informações históricas. Ao longo da aula, os alunos do 2º ano do Ensino Fundamental serão expostos a esse tema por meio de diversas atividades lúdicas e reflexivas, desenvolvendo habilidades críticas que lhes permitirão compreender e valorizar as histórias que compõem sua identidade.
O ensino de história para crianças dessa faixa etária deve privilegiar a exploração de suas próprias experiências e a relação com seu contexto social e cultural. Utilizar relatos orais e outras fontes de informação será fundamental para ensinar aos alunos como essas narrativas podem ajudá-los a construir sua própria visão de mundo e reconhecimento de sua história pessoal e comunitária.
Tema: As fontes relatos, orais, interpretar e analisar informações históricas em Fontes
Duração: 60 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 2º Ano
Faixa Etária: 7 anos
Objetivo Geral:
Fazer com que os alunos reconheçam a importância dos relatos orais como fonte de informação histórica, desenvolvendo suas habilidades de interpretação e análise.
Objetivos Específicos:
– Compreender a diferença entre fontes orais e escritas.
– Identificar a importância das histórias contadas por familiares e integrantes da comunidade.
– Desenvolver a habilidade de registrar e compartilhar histórias ouvidas.
– Estimular a reflexão sobre a própria história e o papel que têm na formação de suas memórias.
Habilidades BNCC:
– (EF02HI04) Selecionar e compreender o significado de objetos e documentos pessoais como fontes de memórias e histórias nos âmbitos pessoal, familiar, escolar e comunitário.
– (EF02HI08) Compilar histórias da família e/ou da comunidade registradas em diferentes fontes.
– (EF02LP13) Planejar e produzir bilhetes e cartas, em meio impresso e/ou digital, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.
Materiais Necessários:
– Folhas de papel A4 para anotações.
– Canetas coloridas ou lápis.
– Fichas de relato (para anotar relatos orais).
– Grupos de pesquisa com objetos de memória (fotos da família, cartas, documentos).
– Quadro ou cartaz para anotações em grupo.
Situações Problema:
– Como as histórias que ouvimos de nossos familiares e amigos podem nos ajudar a entender o passado?
– O que podemos aprender com os objetos e documentos que guardamos relacionados às nossas histórias pessoais?
Contextualização:
Iniciar a aula conversando com os alunos sobre o que eles entendem por história. Perguntar se já ouviram alguma história de seus avós ou familiares e o que essas histórias significam para eles. Essa introdução servirá para relacionar suas experiências pessoais com o tema da aula.
Desenvolvimento:
1. Conversa Inicial (10 minutos)
Iniciar com uma roda de conversa onde cada aluno poderá compartilhar uma breve história que ouviu de um familiar. Orientar que compartilhem detalhes, como quem contou, onde aconteceu, entre outros.
2. Exploração de Fontes (15 minutos)
Propor uma atividade onde os alunos irão observar documentos, fotos, ou objetos que podem contar histórias. Organizar os alunos em grupos e disponibilizar uma variedade de objetos e fotos da comunidade que possam servir como fontes históricas.
3. Registro de Relatos (20 minutos)
Após a atividade em grupo, cada aluno encontrará um momento para registrar o que aprendeu ou o que mais o impressionou nas histórias que ouviu ou nas fontes observadas. Incentivan-do a escrita ou desenho dos relatos.
4. Compartilhamento Coletivo (15 minutos)
Finalizar com um momento em que cada estudante compartilha o que escreveu ou desenhou em pequenos grupos, promovendo o entendimento coletivo e reflexões sobre a importância dos relatos orais na construção da personal história e da comunidade em que vivem.
Atividades sugeridas:
1. Atividade de Abertura: Pedir aos alunos que tragam objetos que tenham significado histórico pessoal (pode ser um brinquedo, uma foto, etc.) e compartilhem com a classe.
Objetivo: Fortalecer o senso de comunidade e conexão.
Material: Objetos pessoais.
Adaptação: Estimular que os alunos com dificuldades de expressão oral possam desenhar o que representam esses objetos.
2. Contação de Histórias: Criar um dia de contação de histórias, onde alunos e familiares podem compartilhar histórias orais.
Objetivo: Valorizar a cultura oral e a experiência dos alunos.
Material: Microfone (optativo) e local para o evento.
Adaptação: Para alunos tímidos, permitir que escrevam suas histórias e um colega leia em voz alta.
3. Criação de um Livro de Histórias: Em grupos, coletar as histórias que foram contadas na sala e compilar em um livro de histórias da turma.
Objetivo: Preservar memórias e valorizar relatos.
Material: Papel, grampeador ou encadernador e canetas.
Adaptação: Alunos podem ilustrar suas partes e criar os registros como preferirem.
4. Diário de Relatos: Pedir que os alunos mantenham um diário onde anotem pequenos relatos orais que ouvirem durante a semana.
Objetivo: Incentivar a prática da escrita e a observação do cotidiano.
Material: Cadernos ou folhas decoradas.
Adaptação: Alunos com dificuldades podem gravar as histórias em áudio e depois transcrevê-las com ajuda.
5. Jornada das Memórias: Promover uma caminhada pelo bairro em busca de lugares ou objetos que representem a história local.
Objetivo: Relacionar a história pessoal com o espaço comunitário.
Material: Caderno de campo para anotações.
Adaptação: Para alunos com dificuldades motoras, realizar uma atividade apenas observando em sala de aula ou com vídeos.
Discussão em Grupo:
Após todas as atividades, realizar uma discussão em que todos possam compartilhar o que aprenderam. Perguntar como essas histórias e objetos ajudam a entender melhor nosso passado e como essas memórias podem impactar nosso presente.
Perguntas:
– O que você acha que torna uma história especial?
– Por que é importante ouvir relatos de outras pessoas?
– Como você se sentiria se não pudéssemos compartilhar nossas histórias?
Avaliação:
A avaliação será feita com base na participação dos alunos nas atividades, nas histórias compartilhadas, e na qualidade de seus registros escritos. Observar o envolvimento dos alunos nas discussões e em pequenas apresentações ajudará a entender como se apropriaram do conteúdo.
Encerramento:
Finalizar a aula relembrando a importância de ouvir e compartilhar nossas histórias, bem como o valor das fontes orais como um meio de preservar a memória coletiva. Incentivar os alunos a continuarem escutando suas famílias e a registrarem novas histórias que ouvirem.
Dicas:
– Incentivar o respeito mútuo durante as apresentações e debates, assegurando que todas as vozes sejam ouvidas.
– Transformar os relatos em pequenos vídeos ou áudios para compartilhamento com a turma, desenvolvendo habilidades em tecnologias digitais.
– Reforçar a ideia de que cada história é única e valiosa, ajudando a construir uma identidade coletiva.
Texto sobre o tema:
Os relatos orais desempenham um papel crucial na formação das memórias coletivas e individuais das comunidades. Muitas culturas ao redor do mundo valorizaram a transmissão de suas histórias de geração para geração, utilizando essas narrativas não apenas para entreter, mas também para ensinar e preservar um sentido de identidade. Os relatos orais, portanto, se tornam um tesouro de informações que podem nos oferecer perspectivas sobre as experiências passadas de uma família, comunidade ou até nação.
Os relatos orais não são apenas uma janela para o passado; eles também possuem uma estrutura própria que pode ensinar habilidades comunicativas essenciais. As crianças que ouvem e recontam histórias desenvolvem uma compreensão mais profunda da linguagem, aprendizado que se alinha com o uso do vocabulário e a construção de narrativas complexas. Além disso, quando essas histórias envolvem objetos ou documentos, os alunos podem se engajar de maneira ainda mais profunda com o conteúdo, aprendendo não apenas do que as histórias falam, mas o que elas significam.
Por fim, ao incentivar nossos alunos a explorar esses relatos, promovemos um ambiente que valoriza a história e a expressão pessoal. As experiências que ele compartilha não são apenas valiosas para ele, mas também para todos os que têm a oportunidade de ouvir. Essa passagem de informações e sentimentos através de diferentes vozes é o que enriquece nossas comunidades, tornando nossos laços sociais mais significativos e fortalecendo nossa compreensão de nós mesmos e dos outros.
Desdobramentos do plano:
Um plano de aula que valoriza a oralidade pode não só expandir a conexão dos alunos com suas próprias histórias, mas também estabelecer laços entre os alunos e a comunidade mais ampla. Através do relato, a diversidade cultural do bairro pode ser encerrada em um espaço de aprendizado, conectando práticas antigas a novas abordagens que incentivam o diálogo e a convivência. Espalhar o interesse por tradições orais pode gerar um efeito de valorização cultural e a construção de uma identidade mais rica e plural, refletindo em um maior sentimento de pertencimento entre os alunos.
Além disso, a implementação contínua de práticas que incentivem registros orais, como a criação de um clube do contar histórias, pode estabelecer um espaço onde a expressão criativa e a crítica histórica se tornam práticas corriqueiras no ambiente escolar. Isso não só enriquecerá as habilidades de comunicação verbal dos alunos, mas também ensinará a alegria e a responsabilidade de contar e ouvir histórias com atenção e respeito.
Por fim, ao integrar esse plano de aula com outros temas e disciplinas, como artes ou ciências, oportunidades de conexão podem surgir, permitindo que as histórias contadas se tornem uma base para projetos interdisciplinares. Muitas vezes, os objetos que conta histórias trazem consigo elementos científicos e artísticos, permitindo assim uma experiência educacional mais completa e integrada à realidade da vida dos alunos.
Orientações finais sobre o plano:
Ao implementar este plano de aula, é essencial criar um ambiente que seja acolhedor e confiável, onde os alunos se sintam seguros para compartilhar suas histórias. Essa sensação de segurança pode incentivar a participação e garantir que todos se sintam parte do diálogo. Para tanto, o professor deve estar atento às dinâmicas de grupo e promover o respeito mútuo durante as atividades.
Durante a execução do plano, é importante que o professor faça observações ao longo das atividades, registrando a participação e o nível de interação dos alunos. Essas anotações serão valiosas para futuras aulas e para dar continuidade à construção do conhecimento e práticas aprendidas. Com isso, posso garantir que suas necessidades e interesses sejam reconhecidos e integrados no processo de aprendizado.
Por fim, lembre-se de que o ensino de história é sobre construir um entendimento holístico do passado e fazer conexões com o presente. Os alunos devem ser incentivados e motivados a ver que suas histórias e as histórias de suas comunidades são partes de uma tapeçaria muito mais ampla. Promover um entendimento geral de como diferentes histórias se entrelaçam ajudará a eles compreenderem a importância de contar e ouvir essas histórias.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
– Teatro de Histórias: Os alunos podem criar pequenas peças baseadas nas histórias que ouviram. Isso permitirá expressar suas ideias de forma criativa. Objetivo: Explorar a oralidade através do teatro. Materiais: Fantasias e adereços. Etapas: planejar, ensaiar e apresentar.
– Caça ao Tesouro de Memórias: Organizar uma atividade em que os alunos precisam encontrar objetos que representam suas histórias familiares no ambiente escolar. Objetivo: Conectar o espaço escolar ao contexto histórico familiar. Materiais: Lista de itens a serem encontrados. Etapas: buscar os objetos e apresentar ao grupo.
– Mural da Memória: Criar um mural onde cada aluno coloca uma foto ou desenho que representa um relato familiar ou comunitário. Objetivo: Visualizar a história da turma. Materiais: Papel, canetas, fotos. Etapas: decorar o mural e compartilhar a história de cada item.
– Jogo de Perguntas: Criar um jogo onde os alunos fazem perguntas sobre as histórias que ouviram de seus familiares. Objetivo: Estimular o diálogo e escuta activa. Materiais: Cartões com perguntas. Etapas: revezar quem faz perguntas e registrar as respostas.
– Biblioteca de Histórias: Criar um espaço na sala de aula onde os alunos possam deixar e emprestar livros ou registros de histórias pessoais. Objetivo: Promover a leitura e compartilhamento das memórias. Materiais: Estantes ou caixas para os livros. Etapas: catalogar os livros e criar regras para o empréstimo.
Esse plano de aula foi elaborado de maneira a integrar a importância dos relatos orais no ensino da história, proporcionando um aprendizado significativo e altamente interativo para os alunos do 2º ano do Ensino Fundamental.