Plano de Aula: recorte e cogaem descricao dos objetos compreensao de leitura. (Ensino Fundamental 2) – 6º Ano

A elaboração deste plano de aula sobre “Recorte e Cognição: Descrição dos Objetos e Compreensão de Leitura” visa enriquecer a experiência de aprendizagem dos alunos do 6º ano do Ensino Fundamental. Aqui, será explorada a relação entre a descrição de objetos e o desenvolvimento da habilidade de leitura, integrando a análise crítica de textos e o entendimento do contexto em que estão inseridos. O objetivo é engajá-los em atividades que promovam não apenas a leitura, mas também a reflexão sobre a maneira como as informações são apresentadas, estimulando uma postura crítica diante dos textos.

Utilizando recursos pedagógicos que incentivem a participação ativa dos alunos, o plano fomenta o desenvolvimento de habilidades fundamentais para a compreensão leitora. Será um momento em que os estudantes poderão discutir, questionar e se posicionar frente aos textos trabalhados, possibilitando a construção de um conhecimento significativo. Isto se alinha ao objetivo de formar leitores críticos e atuantes, capazes de entender e interpretar a informação de forma consciente.

Tema: Recorte e Cognição: Descrição dos Objetos e Compreensão de Leitura
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 6º Ano
Faixa Etária: 11 a 12 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Desenvolver a habilidade de leitura crítica através da descrição de objetos, enfocando o recorte informativo e a cognição dos alunos em relação ao material lido.

Objetivos Específicos:

1. Estimular a compreensão de leitura através da descrição detalhada de objetos.
2. Identificar diferentes modos de descrever um objeto, analisando as escolhas lexicais e os efeitos de sentido.
3. Promover o debate sobre o impacto do recorte informativo em textos descritivos.

Habilidades BNCC:

– (EF06LP01) Reconhecer a impossibilidade de uma neutralidade absoluta no relato de fatos e identificar diferentes graus de parcialidade/imparcialidade dados pelo recorte feito e pelos efeitos de sentido advindos de escolhas feitas pelo autor.
– (EF06LP03) Analisar diferenças de sentido entre palavras de uma série sinonímica.
– (EF06LP10) Identificar sintagmas nominais e verbais como constituintes imediatos da oração.
– (EF06LP12) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão referencial (nome e pronomes) e recursos semânticos de sinonímia.

Materiais Necessários:

– Textos descritivos selecionados (jornais, revistas, sites).
– Materiais de escrita (canetas coloridas, papéis, fichas).
– Projetor ou lousa digital (se disponível).
– Objetos diversos para descrição (brinquedos, utensílios, fotos).

Situações Problema:

1. Como a escolha das palavras altera a forma como um objeto é percebido?
2. Qual a importância do contexto na descrição de um objeto?
3. De que forma diferentes descrições influenciam a nossa compreensão do objeto?

Contextualização:

No mundo contemporâneo, a habilidade de interpretação de textos é cada vez mais valorizada. Através da leitura de textos descritivos, os alunos podem desenvolver uma visão crítica e analítica sobre diferentes tipos de informação. Essas habilidades são essenciais não só para o sucesso acadêmico, mas também para uma vivência cidadã consciente, considerando que as descrições estão presentes em diversas esferas, como na mídia e na comunicação diária.

Desenvolvimento:

1. Introdução (10 minutos): Iniciar a aula contextualizando a importância do texto descritivo, mostrando exemplos de descrições em diferentes mídias. Incentivar os alunos a refletirem sobre como a descrição de um objeto pode variar dependendo da intenção do autor e do contexto.
2. Atividade em duplas (20 minutos): Distribuir objetos para que os alunos descrevam em duplas. Cada dupla deve escolher um objeto e desenvolver uma descrição detalhada, utilizando adjetivos e outros recursos de coesão. As descrições podem ser lidas em voz alta para estimular o debate.
3. Discussão em Grupo (15 minutos): Reunir as duplas para discutir as diferentes descrições geradas e a percepção que cada um teve sobre os objetos. Perguntar como as escolhas lexicais afetaram a imagem mental que cada um criou do objeto.
4. Encerramento (5 minutos): Concluir a aula destacando a importância da descrição na comunicação. Reforçar como uma boa descrição pode influenciar a compreensão e o interesse do leitor.

Atividades sugeridas:

1. Atividade de leitura (20 minutos): Selecionar um texto descritivo curto. Os alunos devem ler e identificar os elementos que compõem a descrição, como adjetivos, comparações, e o uso de técnicas de recorte. A intenção é que eles analisem o texto em grupos pequenos.
2. Produção de Texto (15 minutos): A partir da leitura, os alunos devem produzir um texto descritivo sobre um objeto de sua escolha, utilizando os conceitos discutidos. Focar na escolha de palavras e na construção de frases.
3. Apresentação (10 minutos): Cada aluno lê sua descrição em voz alta, e a turma oferece feedback sobre as escolhas lexicais utilizadas.
4. Reflexão (5 minutos): Conduzir uma discussão final sobre a conexão entre as descrições e a cognição, questionando como a forma como descrevemos um objeto influencia na maneira como o entendemos.

Discussão em Grupo:

1. Quais foram os desafios enfrentados ao descrever o objeto?
2. Como a escolha de palavras pode transformar a imagem mental que forma em nossa mente?
3. Por que é importante reconhecer a parcialidade em certas descrições?

Perguntas:

1. O que você pensa sobre a descrição que acabou de ouvir?
2. Como as escolhas de um autor afetam a sua compreensão do texto?
3. Qual é a importância da descrição no dia a dia?

Avaliação:

A avaliação será feita de forma contínua, observando a participação dos alunos durante as discussões e a qualidade das suas produções textuais. Um feedback individual será fornecido, destacando pontos fortes e áreas de melhoria.

Encerramento:

Faço um resumo dos principais pontos abordados na aula. Encorajo os alunos a pensarem criticamente sobre as descrições do seu cotidiano e a praticarem a descrição de objetos e experiências em suas atividades diárias.

Dicas:

1. Incentive os alunos a pensarem em contextos novos ao descrever objetos comuns.
2. Utilize imagens para exemplificar diferentes maneiras de descrever.
3. Estimule a leitura de textos descritivos em casa, identificando suas estruturas.

Texto sobre o tema:

A descrição é uma ferramenta poderosa na comunicação, pois permite que o leitor visualize e compreenda um objeto, uma situação ou uma emoção. Em textos descritivos, a escolha das palavras é fundamental, pois elas não apenas informam, mas também geram sentimentos e imagens na mente do leitor. Essa relação entre linguagem e cognição é essencial para o entendimento crítico dos textos que consumimos diariamente. Além disso, ao descrever um objeto, não estamos apenas apresentando suas características, mas também oferecendo uma interpretação única que pode variar entre diferentes autores e contextos. Assim, a descrição não é um mero ato de listar atributos, mas sim uma representação cognitiva que envolve análise, escolha e subjetividade.

Promover habilidades de descrição nas salas de aula é, portanto, um exercício de empoderamento textual. Os alunos aprendem a se posicionar frente aos textos, desenvolvendo uma sensibilidade crítica sobre como as informações são construídas e veiculadas. Isso implica em formar uma nova geração de leitores e escritores que possam questionar, interpretar e produzir textos com uma consciência maior sobre suas escolhas linguísticas e seus impactos. Assim, entender a descrição é entender a própria comunicação, tornando-se essencial na formação de indivíduos críticos e atuantes na sociedade.

Desdobramentos do plano:

As atividades aqui propostas são capazes de gerar desdobramentos para outras disciplinas. A capacidade de descrever e analisar criticamente textos pode ser aplicada em ciências ao descrever fenômenos naturais, em história ao relatar eventos ou contextos, e até mesmo em artes ao expressar experiências visuais. Envolver os alunos em uma atividade interligada pode beneficiar a aprendizagem em múltiplas áreas do conhecimento, preparando-os para situações do cotidiano que exigem comunicação clara e coerente. Além disso, estabelecer conexões entre as disciplinas reforça a ideia de que o conhecimento é interligado, multiplicando as oportunidades de aprendizado.

Outro possível desdobramento é o desenvolvimento de projetos em grupos, onde os alunos poderiam escolher um tema específico para desenvolver uma apresentação ou um trabalho escrito. Isso permitira que eles explorassem de forma profunda a importância da descrição e das escolhas lexicais, utilizando essa habilidade em um contexto mais amplo, como projetos de pesquisa ou apresentações. Ferramentas digitais também podem ser integradas, tornando o aprendizado mais dinâmico e atraente.

Por fim, a prática da descrição pode ser ampliada para incluir a produção multilíngue, permitindo que alunos que falam diferentes idiomas contribuam com suas experiências e perspectivas, enriquecendo ainda mais a atividade e promovendo um ambiente inclusivo. A diversidade de vozes não só amplia o conjunto de descrições possíveis, mas também ensina a valorização das diferentes experiências culturais e linguísticas que cada estudante traz para a sala de aula.

Orientações finais sobre o plano:

Este plano de aula está estruturado para ser flexível e adaptável às necessidades e ritmos dos alunos. É fundamental que o professor acompanhe de perto o envolvimento dos alunos e esteja preparado para alterar as propostas de atividades conforme necessário, garantindo que todos possam participar e aprender de maneira significativa. Ao promover um espaço seguro para a discussão, os alunos poderão se expressar com sinceridade, refletindo suas percepções e construindo um diálogo aberto sobre a importância da descrição e da leitura crítica.

Ademais, é recomendável criar um ambiente colaborativo onde os alunos possam trabalhar em equipe e aprender uns com os outros. Incentive a participação de todos, criando espaços de escuta ativa, onde as ideias podem ser trocadas livremente. Não esquecendo de recordar que o aprendizado é um processo coletivo, o que contribui para o desenvolvimento da empatia e da convivência respeitosa.

Por fim, não deixe de celebrar os avanços dos alunos, por menores que sejam. Reconhecer o esforço e o progresso dos alunos será uma das melhores motivações para que eles continuem se dedicando ao aprendizado. Valorizar cada conquista individualmente e coletivamente é a chave para criar um ambiente de ensino positivo e eficaz.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Desafio de Descrição: Os alunos devem escolher um objeto da sala de aula para descrever utilizando adjetivos criativos, sem revelar qual é o objeto. Os outros alunos devem adivinhar qual é o objeto baseado nas descrições. Esta atividade estimula a criatividade e a percepção crítica sobre as escolhas lexicais.

2. Teatro da Descrição: Os alunos devem formar duplas onde um aluno descreve um objeto e o outro representa o objeto através de gestos, movimentos e mímica. Isso promove a expressão corporal e a compreensão de que a descrição vai além da palavra.

3. História em Quadrinhos: Os alunos podem criar uma história em quadrinhos que misture diversos objetos, descrevendo-os nas falas das personagens. Isso ajuda a integrar a descrição ao contexto narrativo, desenvolvendo habilidades de escrita e leitura crítica.

4. Detective de Objetos: Os alunos são desafiados a identificar cinco objetos na sala, utilizando descrições que devem ser bem detalhadas. Isto estimula a observação, a colaboração e a prática de diferentes recursos de descrição.

5. Jogo dos Sinônimos: Os estudantes devem fazer uma lista de adjetivos relacionados a determinados objetos e, em seguida, trocar entre grupos, propondo alterações na descrição com sinônimos. Esse jogo traz leveza ao aprendizado e reforça a ampla gama de linguagem que pode ser utilizada em descrições.

Este plano foi pensado de forma a promover uma rica experiência de aprendizado, onde a descrição e leitura crítica se tornam elementos fundamentais na formação de um estudante que compreende e interage ativamente com o mundo à sua volta.



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