Plano de Aula: Receitas (Educação Infantil) – Bebês

A educação infantil é um período crucial para o desenvolvimento das habilidades cognitivas, sociais e motoras das crianças. Através de atividades lúdicas e interativas, é fundamental estimular a curiosidade e a criatividade dos bebês. O tema “Receitas” é uma excelente oportunidade para desenvolver as competências dos pequenos, fazendo com que explorem os sentidos, conheçam diferentes texturas, sabores, e adquiram conhecimentos sobre o processo de preparo dos alimentos.

A abordagem proposta neste plano de aula inclui atividades que envolvem a exploração sensorial e a interação social, elementos essenciais para o desenvolvimento saudável dos bebês. Ao longo das atividades, os educadores devem observar atentamente o comportamento das crianças e promover um ambiente acolhedor e rico em estímulos que favoreçam o aprendizado.

Tema: Receitas
Duração: 35 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 3 a 4 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Proporcionar experiências sensoriais e socializadoras que estimulem o desenvolvimento dos bebês por meio da interação com diferentes elementos associados ao tema “Receitas”.

Objetivos Específicos:

– Incentivar a exploração de sabores e texturas, utilizando ingredientes simples.
– Promover a interação entre as crianças e os educadores durante as atividades.
– Estimular a expressão emocional através da comunicação não verbal e gestual.
– Propiciar a vivência de ações de preparo de uma receita simples, relacionadas ao cotidiano.

Habilidades BNCC:

– (EI01EO02) Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais participa.
– (EI01EO03) Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos, brinquedos.
– (EI01EF06) Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras formas de expressão.
– (EI01ET01) Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).

Materiais Necessários:

– Vários ingredientes e utensílios de cozinha como:
– Frutas (banana, maçã, morango)
– Iogurte ou gelatina
– Pratos e colheres de plástico
– Copos transparentes
– Aventais ou toalhas para proteção
– Música relacionada a receitas (opcional)
– Papel e lápis para desenho

Situações Problema:

– Como podemos misturar diferentes ingredientes e fazer uma receita juntos?
– O que acontece quando experimentamos algo novo, como um sabor diferente?

Contextualização:

As receitas são uma parte importante da nossa cultura e alimentação. Através delas, podemos aprender sobre diferentes sabores e texturas, além de estimular a socialização e cooperação entre as crianças. O momento de cozinhar pode se tornar uma grande oportunidade para o desenvolvimento de habilidades motoras finas e para a construção de conhecimentos sobre as propriedades dos alimentos.

Desenvolvimento:

1. Introdução à atividade: O educador inicia apresentando os ingredientes de forma visual, permitindo que as crianças toquem e sintam as texturas, cores e cheiros dos alimentos.
2. Atividade de exploração sensorial: As crianças poderão manipular os ingredientes, mas o educador deve supervisionar para garantir a segurança e facilitar a exploração. Promover a observação das reações durante o manuseio dos alimentos.
3. Preparação da receita: A atividade prática consiste em criar uma receita simples, como uma salada de frutas. O educador pode guiar o processo, por exemplo, dizendo “Vamos adicionar a banana primeiro!” e encorajando a participação de todos.
4. Experimentação: Após a preparação, momento de degustar a “criação” coletiva, permitindo que as crianças expressem suas emoções e reações.
5. Brincadeira com sons e música: Enquanto experimentam a receita, o educador pode tocar músicas relacionadas ao tema, estimulando a imitação de sons e movimentos por parte das crianças.

Atividades sugeridas:

1. Dia da Fruta: Propor que cada criança traga uma fruta de casa. Os educadores podem criar um mural com a apresentação das frutas, onde cada criança pode contar algo sobre a sua.
2. Cores e Sabores: Montar uma atividade em que as crianças possam colorir desenhos relacionados a frutas e legumes, promovendo a associação entre cores e alimentos.
3. Caça aos Sons: Realizar uma pequena caça aos sons no ambiente, onde as crianças imitam sons de utensílios e ingredientes, promovendo a exploração auditiva.
4. Hora do Lanche: Organizar um lanche coletivo, onde será feito um bolo ou um lanche simples, e permitir que as crianças ajudem na preparação, sob supervisão.
5. Teatro de Sombras: Criar diversas figuras de frutas e legumes e fazer uma apresentação com teatro de sombras, onde as crianças poderão interagir com os personagens.

Discussão em Grupo:

Durante a atividade, promover rodas de conversa onde os bebês possam expressar o que sentiram ao experimentar diferentes sabores e como foi a experiência de fazer a receita juntos. É importante que os educadores incentivem a comunicação, mesmo que seja por meio de gestos e sons.

Perguntas:

– O que você mais gostou de fazer na nossa receita?
– Qual foi a fruta que você achou mais gostosa?
– Como podemos fazer uma receita diferente juntos?

Avaliação:

A avaliação deverá ser contínua e observacional. O educador deve atentar-se para:
– A participação das crianças nas atividades propostas.
– Como elas se comunicam entre si e com os adultos.
– A interação com os materiais e compreensão dos processos envolvidos nas receitas.

Encerramento:

Finalizar a atividade com um momento de reflexão sobre o que foi aprendido com as receitas. É uma oportunidade também de reforçar o valor da alimentação saudável e de destacar como é legal compartilhar momentos de comedoria.

Dicas:

– Sempre garantir que os materiais utilizados sejam seguros e adequados para a faixa etária.
– Promover um ambiente com luz e sons agradáveis, que estimulem a concentração das crianças.
– Trabalhar a repetição das atividades de forma regular, para que as crianças se sintam mais confortáveis e confiantes.

Texto sobre o tema:

A cozinha sempre foi um lugar mágico, repleto de sons, cheiros e cores. Ao preparar uma receita, as crianças se tornam exploradoras de um mundo de sensações. A associação entre o fazer e o aprender permeia a ideia de que nossas ações têm consequências. Cada ingrediente, cada movimento e cada interação feitas na cozinha podem ser transformadas em ferramentas de aprendizado. Os bebês, mesmo na fraqueza de suas palavras, conseguem encontrar forma de expressar suas emoções ao experimentar novas texturas ou sabores.

Quando propomos a construção de receitas, estamos também incentivando a socialização e o desenvolvimento de competências sociais. As interações que ocorrem nesse espaço servem não apenas para o desenvolvimento alimentar, mas também para criar relações de amizade e empatia. Com a partilha de sabores e experiências, os pequenos podem, desde cedo, aprender sobre o valor da colaboração e do trabalho em equipe.

Por último, as receitas não focam apenas na parte nutricional, mas também podem ser um jeito divertido de explorar diversas culturas. Diversas culturas do mundo nos presenteiam com alimentos e tradições gastronômicas, que favorecem o respeito e a curiosidade pelo diferente. Assim, além de alimentarmos nossos corpos, alimentamos também nossas almas e a nossa curiosidade.

Desdobramentos do plano:

Após a aula, o educador pode considerar promover um dia temático de culinária, onde cada criança traz um prato típico de sua família. Isso fortalece o relacionamento familiar e promove a diversidade cultural. Estender o tema para além da sala de aula possibilita aos pais e responsáveis também interagirem, criando laços entre a comunidade escolar.

Outro desdobramento interessante seria criar um “livro de receitas da turma”, onde cada família colabora com suas receitas favoritas. Este livro pode ser compartilhado durante as reuniões de pais, promovendo a descrição e o aprendizado sobre a alimentação saudável. Através dessa coleta, cada família verá a importância do que traz para a mesa e suas implicações, não apenas no sabor, mas nas tradições e memórias.

Além disso, pode-se envolver os alunos em práticas de jardinagem, ensinando sobre o cultivo de ervas e vegetais que poderiam ser usados nas receitas, dando assim uma nova perspectiva sobre o que é alimentação e onde os alimentos vêm. Essa prática estimula a responsabilidade e o cuidado com o meio ambiente, ampliando a visão da alimentação saudável e sustentável.

Orientações finais sobre o plano:

Por fim, é essencial que os educadores estejam sempre atentos às necessidades e preferências de cada criança. O ambiente deve ser acolhedor e seguro, possibilitando que todos se sintam à vontade para explorar considerações e descobertas. Ademais, estimular a autonomia na manipulação dos alimentos e utensílios deve ser uma prioridade, respeitando seus limites e capacidades.

A escolha dos alimentos deve sempre priorizar a diversidade nutricional e estar alinhada com boas práticas de higiene, garantindo a segurança alimentar. Adicionalmente, o contato com a natureza deve ser realçado, buscando sempre que possível o uso de ingredientes frescos e orgânicos, promovendo um ambiente de aprendizado que imagina e deseja um futuro melhor para o planeta.

Por último, é fundamental reconhecer que ensinar sobre alimentação vai além do simples ato de cozinhar. A educação sobre comidas envolve a compreensão de culturas, tradições e respeito, sempre buscando contribuir para o desenvolvimento integral do ser humano desde a primeira infância. Compreender a importância da partilha e da experiência é algo que poderá acompanhar a criança por toda a vida.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Oficina de Misturas: Utilizar massinhas de modelar com cores correspondentes a diferentes alimentos, onde as crianças podem “preparar” alimentos com as massinhas e contar suas receitas. O objetivo é trabalhar a imaginação e o reconhecimento das cores e formas que representam cada alimento.

2. Jogo de Imitar Chefs: Criar um ambiente de cozinha onde cada criança pode fazer a sua “apresentação” de uma receita, utilizando utensílios de plásticos. Incentivar o uso de fala ou gestos para explicar como preparar sua receita, promovendo a interação.

3. Experiência Sensorial com Texturas: Disponibilizar diferentes alimentos e suas variações em textura (ex: purê, inteiro, picado). As crianças podem tocar, sentir a temperatura e até mesmo criar um mural sensorial que retrate esta experiência.

4. Contação de Histórias com Alimentos: Usar livros ilustrados que envolvem o processo de cozinhar ou alimentos. Pedir que as crianças apontem e falem sobre as imagens, criando um diálogo sobre o que veem e o que gostam.

5. Dança das Frutas: Criar uma atividade de dança em que cada criança imita o “movimento” de uma fruta. Ao tocar músicas alegres relacionadas ao tema, as crianças podem “dançar” como se fossem a fruta que estão imitando. Isso promove o movimento e desenvolvimento motor.

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