Plano de Aula: Quem sou eu ? (Educação Infantil) – crianças_pequenas
Neste plano de aula, o tema “Quem sou eu?” proporcionará uma oportunidade envolvente para que as crianças pequenas explorem a própria identidade e o corpo humano. Através de atividades lúdicas e dinâmicas que promovem a autoexpressão, o objetivo principal é estimular o reconhecimento das características individuais e a construção da inferência sobre os outros. Ademais, a organização do conteúdo busca alinhar-se de forma eficaz com as diretrizes da BNCC, assegurando um aprendizado significativo.
A proposta abrange atividades diversificadas que permitirão que as crianças expressem suas emoções, sentimentos e características através de *brincadeiras e interações*. Essa abordagem é fundamental nessa faixa etária, pois promove a autonomia e o desenvolvimento social** das crianças, favorecendo a comunicação e o aprendizado sobre o corpo humano de maneira divertida e interativa.
Tema: Quem sou eu?
Duração: 30 min
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 2 a 5 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar às crianças a oportunidade de reconhecer e valorizar seu próprio corpo, identificando suas características físicas e sentimentos, além de desenvolver empatia e respeito pelas diferenças dos outros.
Objetivos Específicos:
– Incentivar a autoexpressão e a comunicação das crianças acerca de suas características pessoais.
– Fomentar a empatia entre as crianças, ajudando-as a perceber e valorizar as diferenças entre seus colegas.
– Estimular a coordenação motora e a criatividade por meio de atividades artísticas e movimentos corporais.
Habilidades BNCC:
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI03EO05) Demonstração de valorização das características de seu corpo e respeito pelas características dos outros com os quais convive.
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI03CG01) Criação com o corpo de formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, em brincadeiras e dança.
(EI03CG02) Demonstração de controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos.
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI03TS02) Expressão livre por meio de desenho e pintura, criando produções bidimensionais.
Materiais Necessários:
– Folhas de papel em branco
– Lápis de cor
– Tintas (giz de cera ou aquarela)
– Espelhos pequenos para cada criança
– Música infantil animada
– Cartolinas coloridas para colagem
Situações Problema:
Como podemos nos expressar e nos conhecer melhor através das nossas características e sentimentos? O que torna cada um de nós especial?
Contextualização:
As atividades do dia abordarão o corpo humano de maneira lúdica, promovendo a autoexploração e a interação entre as crianças. Através do uso de espelhos, desenhos e danças, as crianças poderão ver e expressar não apenas suas características físicas, mas também suas emoções e sentimentos, fortalecendo a relação com o ambiente que as rodeia.
Desenvolvimento:
O desenvolvimento ocorrerá em cinco momentos, cada um com sua proposta específica que visa proporcionar uma imersão no tema.
1. Apresentação do Tema: Reunir as crianças em círculo e perguntar quem elas são, o que mais gostam em si mesmas, e o que as torna especiais. Incentivar as crianças a olharem para seu corpo usando pequenos espelhos, explicando que todos são diferentes e igualmente valiosos.
2. Atividade de Desenho: Distribuir folhas de papel e lápis de cor, pedindo que desenhem a si mesmas. Após o desenho, cada criança pode explicar seu desenho, enfatizando o que mais ama em seu corpo e o que as faz felizes. Esta atividade ajudará a desenvolver a habilidade de expressão oral e a valorização da individualidade.
3. Música e Movimento: Com música animada, as crianças deverão mimetizar como cada parte do corpo se move e dançar conforme a música. Isso promove a coordenação motora e oferece uma abordagem divertida para conectar-se aos próprios corpos.
4. Colagem: Após dançar, as crianças utilizarão as cartolinas coloridas para criar uma colagem que represente suas características, envolvendo formas, cores e imagens que as simbolizam.
5. Feira de Identidade: Por fim, organizar uma “feira de identidade” onde cada criança apresenta seu desenho, colagem e fala sobre o que desenhou ou colou. Isso fomentará a comunicação e o respeito pelo trabalho do colega.
Atividades sugeridas:
– Dia 1: Exploração do corpo humano com desenhos.
Objetivo: Reconhecimento do próprio corpo.
Descrição: Peça que explorem o corpo e desenhem partes que mais gostam.
Materiais: Folhas e lápis de cor.
– Dia 2: Mímica.
Objetivo: Aprimorar o controle motor.
Descrição: Brincar de imitar gestos e movimentos.
Materiais: Música para tocar e incentivar movimentos.
– Dia 3: Música e dança.
Objetivo: Expressão em grupo.
Descrição: Desenvolver uma coreografia simples em grupo.
Materiais: Música animada e espaço para dançar.
– Dia 4: Criação de máscaras.
Objetivo: Criar um símbolo da identidade.
Descrição: Usar papel e tintas para fazer máscaras que representam a criança.
Materiais: Papel, tintas, tesoura e cola.
– Dia 5: Apresentação em roda.
Objetivo: Comunicação e valorização.
Descrição: Cada criança apresenta sua atividade da semana.
Materiais: Todos os trabalhos realizados na semana como apoio visual.
Discussão em Grupo:
Após a feira de identidade, discutir sobre as semelhanças e diferenças. Perguntar como cada um se sentiu ao compartilhar. Isso ajudará a promover a empatia e o respeito.
Perguntas:
– Como você se sente quando olha no espelho?
– O que você gostaria de mudar em você?
– O que torna você especial?
Avaliação:
Observar a participação das crianças nas atividades e em suas respectivas interações. Avaliar como expressaram suas emoções e sentimentos em relação aos seus corpos e aos dos colegas.
Encerramento:
Reunir as crianças em círculo novamente, agradecer pela participação e incentivar que continuem a valorizar suas diferenças e semelhanças. Será uma oportunidade para reforçar aprendizados e descobertas do que foram as atividades.
Dicas:
Utilizar músicas animadas e cores vivas para prender a atenção das crianças. Promover uma atmosfera acolhedora e respeitosa, permitindo que todos se sintam à vontade para expressar suas opiniões. Incentivar a colaboração entre as crianças e facilitar a troca de ideias.
Texto sobre o tema:
A exploração da identidade infantil é um aspecto crucial do desenvolvimento. No período da infância, especialmente entre 2 a 5 anos, as crianças estão se descobrindo e entendendo não só suas capacidades físicas, mas também seus sentimentos e como se inserem em um contexto social. Esse é um momento em que começam a formar o conceito de autoimagem, e através de atividades lúdicas, jogos e dança, é possível incentivar a reflexão sobre o que significa ser quem somos. Além disso, ao interagir com seus pares, a criança aprende a respeitar as diferenças e a desenvolver empatia, habilidades fundamentais para seu convívio social.
Na educação infantil, fomentar a conversa sobre identidade e individualidade é essencial para o fortalecimento da autoestima das crianças. Ao reconhecerem suas habilidades e características, elas se sentem mais confiantes e felizes. A proposta de utilizar o corpo como forma de expressão não apenas reforça o aprendizado sobre as partes do corpo, mas também promove a realização pessoal e coletiva em um espaço onde todas essas vivências são válidas e respeitadas.
Promover a diversidade e a aceitação durante as experiências de aprendizagem é vital para o desenvolvimento emocional e social. As interações entre crianças de diferentes contextos sociais e culturais podem enriquecer não apenas o entendimento sobre si mesmas, mas também oferecer a oportunidade de vivenciar diferentes modos de vida. Essa compreensão é a base para construirmos não apenas a identidade individual, mas também para valorizarmos a coletividade em um mundo cada vez mais plural.
Desdobramentos do plano:
Ao planejar atividades sobre o tema “Quem sou eu?”, é importante que o educador esteja atento às possíveis extensões desse aprendizado. Os desdobramentos podem incluir o aprofundamento em temas como diversidade cultural, onde as crianças podem aprender sobre as características físicas e comportamentais de diferentes tradições e modos de vida. Essa imersão na diversidade cultural enriquece a experiência educacional, permitindo que os alunos se reconheçam em contextos mais amplos, além do que é familiar para eles.
Um outro desdobramento pode ser a integração de histórias e contos que abordem a identidade, a amizade e o respeito pelas diferenças. Contar ou ouvir histórias que reflitam a diversidade social e cultural presente ao nosso redor é uma ótima maneira de cimentar a compreensão sobre o outro e sua importância. Essas histórias têm o potencial de criar um espaço seguro para que as crianças possam se expressar e dialogar sobre o que ouviram, formando um ambiente de aprendizado ativo.
Por fim, uma outra possibilidade é a criação de um mural onde as crianças coloquem suas obras e reflexões sobre o que aprenderam, possibilitando um momento de apreciação e compartilhamento individual e coletivo. Um mural como este promove a valorização do que cada um trouxe para a discussão e convida a uma nova conversa sobre o que significa ser parte de um grupo, respeitando as diferenças e celebrando as semelhanças.
Orientações finais sobre o plano:
É fundamental lembrar que a aplicação deste plano deve sempre considerar as particularidades de cada grupo, respeitando o tempo e as necessidades de cada criança. A atividade deve ser leve e integrada, evitando que se torne um fardo, e permitindo que o espaço para expressões naturais e espontâneas seja sempre respeitado. Proporcionar um ambiente onde as crianças se sintam à vontade para explorar suas identidades é crucial para um aprendizado efetivo e significativamente impactante.
As atividades devem ser adaptáveis. Caso alguma criança tenha necessidades especiais, estratégias diferenciadas podem ser aplicáveis, como o uso de materiais táteis para crianças que se beneficiem de uma abordagem sensorial ou ajustes na forma de colaboração nas atividades. Promover a inclusão é fundamental para efetivar o respeito às individualidades que compõem a sala.
Finalmente, a continuidade do aprendizado deve ser refletida em práticas futuras. É importante retornar a esses temas periodicamente, abordando-os em diferentes contextos e profundidades ao longo do tempo. O reconhecimento da identidade é um processo contínuo e deve ser revisitado por meio de diferentes mecanismos e materiais, estimulando a curiosidade emocional e social que caracteriza essa fase da infância.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Jogo de Adjetivos: As crianças devem descrever-se com adjetivos, criando uma roda de sentimentos. Objetivo: Ajudar a compreender as emoções e a autoimagem. Material: Cartões e canetas.
2. Teatro de Fantoches: Criar fantoches que representam as partes do corpo, incentivando a dança e a atuação. Objetivo: Compreender as funcionalidades do corpo. Material: Meias coloridas e materiais de colagem.
3. Exploração Sensorial: Dedicar um momento para explorar partes do corpo através do toque, sentindo diferentes texturas e temperaturas. Objetivo: Estimular a consciência corporal. Material: Diferentes texturas (como tecidos, algodão e papel).
4. Convido um amigo: A cada dia, cada criança convidará um amigo para compartilhar algo sobre si. Objetivo: Promover a interação e empatia entre eles. Material: Um livro de histórias a ser preenchido com perguntas sobre as crianças.
5. Roda de músicas: Criar músicas que falem sobre o corpo e sentimentos, incentivando que cada criança cante e dance. Objetivo: Facilitar a expressão artística e a comunicação. Material: Instrumentos musicais simples, como chocalhos e tambores.
Neste plano de aula, busca-se incentivar a reflexão, a empatia e o respeito, alinhados às diretrizes educacionais contemporâneas. Com os passos práticos e sugeridos, as crianças poderão reiterar seus conhecimentos sobre si mesmas e sobre a diversidade humana.