Plano de Aula: Psicomotricidade na educação infantil (Educação Infantil) – crianças_pequenas
Este plano de aula visa promover o desenvolvimento da psicomotricidade nas crianças pequenas, com foco em práticas que estimulem o movimento e a expressão corporal em um ambiente de aprendizagem prazeroso e seguro. A psicomotricidade é essencial nesta fase do desenvolvimento infantil, pois integra as dimensões cognitiva, afetiva e motoras, contribuindo para a formação da identidade e socialização da criança. Através de atividades lúdicas, as crianças poderão explorar seus corpos, suas emoções e suas relações com os outros, criando um espaço propício para a aprendizagem ativa e significativa.
As atividades propostas são adequadas para crianças de 1 a 2 anos e foram planejadas para ocorrer em um período de 50 minutos. Durante essa aula, os educadores terão a oportunidade de observar o desenvolvimento da motricidade ampla e fina das crianças, além de fortalecer vínculos sociais através da interação e da cooperação. É fundamental que os educadores estejam atentos às necessidades e às particularidades de cada criança, proporcionando um ambiente seguro onde todos se sintam respeitados e incluídos.
Tema: Psicomotricidade na educação infantil
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 1 a 2 anos
Objetivo Geral:
Desenvolver a psicomotricidade das crianças por meio de atividades lúdicas e interativas, que estimulem o movimento, a coordenação, a expressão corporal e as relações sociais.
Objetivos Específicos:
– Proporcionar experiências que favoreçam a expressão corporal e o movimento.
– Fomentar a cooperação e a interação entre as crianças.
– Incentivar a autoconfiança e o respeito às limitações e conquistas individuais.
– Desenvolver a coordenação motora ampla e fina nas atividades propostas.
Habilidades BNCC:
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI03EO02) Agir de maneira independente, com confiança em suas capacidades, reconhecendo suas conquistas e limitações.
(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos, escuta e reconto de histórias, atividades artísticas, entre outras possibilidades.
(EI03CG03) Criar movimentos, gestos, olhares e mímicas em brincadeiras, jogos e atividades artísticas como dança, teatro e música.
Materiais Necessários:
– Colchonetes ou tapetes macios.
– Bolas de diferentes tamanhos.
– Objetos diversos para brincadeiras (caixas de papelão, cordas, bambolês).
– Instrumentos musicais simples (como pandeiros ou chocalhos).
– Musicas animadas para acompanhamento das atividades.
Situações Problema:
As crianças serão desafiadas a superar as limitações de espaço e a usar seu corpo de maneira criativa e expressiva. Serão inseridas em situações onde precisarão trabalhar em conjunto, ajudando-se mutuamente durante as atividades.
Contextualização:
A psicomotricidade é uma maneira valiosa de promover o desenvolvimento integral da criança. Ela não apenas auxilia no aprimoramento das habilidades motoras, mas também promove a socialização e a expressão emocional, essenciais para a formação do indivíduo. Através de brincadeiras que envolvem movimento, os educadores podem orientar as crianças a explorar seus limites e suas capacidades, criando um ambiente seguro onde a aprendizagem ocorre através da atividade prática e do prazer.
Desenvolvimento:
A aula será dividida em três partes principais: aquecimento, atividades principais e relaxamento.
1. Aquecimento (10 minutos):
– Iniciar com uma roda de conversa sobre como eles se sentem e o que pode ser feito durante a aula.
– Realizar uma sequência simples de alongamentos, incentivando o uso do corpo e a percepção dos próprios movimentos.
2. Atividades principais (30 minutos):
– Atividade 1: O caminho das bolas
Objetivo: Estimular a coordenação motora e a agilidade.
Descrição: Organizar um espaço com colchonetes e bolas. As crianças devem rolar as bolas, correr e pegar, alternando os movimentos.
Instruções: Cada criança deverá rolar a bola para outra criança e correr para pegar, promovendo a interação.
– Atividade 2: Dançando com o corpo
Objetivo: Desenvolver a expressão corporal.
Descrição: Com a música animada tocando, as crianças devem usar seus corpos para representar diferentes animais, como pular como um coelho ou voar como um pássaro.
Instruções: O educador pode iniciar demonstrando os movimentos e incentivando as crianças a imitar.
– Atividade 3: Criação de um percurso
Objetivo: Promover a interação e a superação de desafios.
Descrição: Com os objetos disponíveis, as crianças devem montar um percurso, envolvendo saltos, rastejamentos e equilibrar-se em cordas.
Instruções: Incentivar a colaboração, onde uma criança ajuda a outra a passar pelo percurso.
3. Relaxamento (10 minutos):
– Finalizar a aula com um momento de relaxamento, onde as crianças deitam nos colchonetes, ouvindo uma música suave. O educador pode guiá-las em uma breve meditação sobre os movimentos realizados.
Atividades sugeridas:
– Brincadeira musical: As crianças devem dançar em círculo enquanto a música toca e parar quando ela parar, incentivando a noção de ritmo e controle corporal.
– Desenho no chão: Usar giz para que as crianças desenhem seus próprios percursos e formas utilizando os movimentos do corpo para criar.
– Jogo da cadeira: Em formatos adaptados para os menores, as crianças devem andar em torno de cadeiras e se sentar quando parar a música, desenvolvendo percepção de espaço e regras de interação.
Discussão em Grupo:
Reunir as crianças em um círculo para discutir o que mais gostaram nas atividades e como se sentiram ao interagir com as outras. Esse momento é importante para desenvolver a comunicação e o respeito aos diferentes sentimentos.
Perguntas:
– Como você se sentiu dançando como seu animal favorito?
– O que você achou mais divertido: rolar a bola ou pular como um coelho?
– Como podemos ajudar nossos amigos durante as brincadeiras?
Avaliação:
A avaliação será feita de forma contínua, observando como as crianças se envolvem nas atividades, a capacidade de interação e a maneira como cada uma responde a desafios. Os educadores deverão registrar comportamentos significativos e conquistas individuais.
Encerramento:
Concluir a aula com uma breve conversa sobre as atividades realizadas, ouvindo as opiniões das crianças. Incentivar a expressão de como cada um se sentiu durante a aula.
Dicas:
– Crie um ambiente acolhedor e seguro, onde as crianças possam se sentir livres para se movimentar.
– Utilize músicas variadas para manter a atenção e o interesse das crianças.
– Tenha sempre um olhar atento para as necessidades individuais e colete feedbacks das crianças sobre as experiências realizadas.
Texto sobre o tema:
A psicomotricidade é uma abordagem educacional que visa integrar o corpo e a mente, fundamental para o desenvolvimento global da criança. Esta prática se torna ainda mais relevante na educação infantil, onde cada movimento e cada interação acontecem em um contexto repleto de descobertas e aprendizados. As crianças, especialmente na faixa etária de 1 a 2 anos, vivenciam uma fase intensa de descobertas corporais, onde mexer-se, correr, saltar e dançar são partes essenciais do seu cotidiano.
O desenvolvimento psicomotor vai além do simples ato de movimentar-se; ele envolve a construção de experiências que auxiliam na formação da autoestima e da autoconfiança. Através de atividades que incentivam o movimento, as crianças não apenas aprimoram a coordenação motora, mas também aprendem a se relacionar com seus colegas, respeitando seu espaço e as emoções dos outros. Esse contato físico e emocional é vital para a construção de uma rede de apoio e de entendimento mútuo em seus relacionamentos futuros.
Além disso, a psicomotricidade é uma ferramenta poderosa para promover a expressão de sentimentos e a comunicação não verbal. As crianças se expressam através do movimento, mostrando alegria, tristeza, medo ou confiança. Esse intercâmbio de emoções em atividades coletivas é crucial, pois proporciona uma compreensão sobre a diversidade dos sentimentos e das reações individuais. Trabalhar a psicomotricidade na educação infantil é, portanto, fundamental para formar indivíduos mais empáticos e conscientes de seu corpo e do seu papel social.
Desdobramentos do plano:
Após a realização deste plano de aula, é possível dar continuidade ao desenvolvimento da psicomotricidade através de diversas emergências que podem ser trazidas para o ambiente escolar. Por exemplo, a criação de um espaço dedicado à psicomotricidade, onde as crianças possam explorar livremente os movimentos. Essas áreas podem incluir elementos como camas elásticas, caminhos de equilíbrio, e túneis, que podem ser utilizados em diferentes contextos.
Além disso, a atuação interdisciplinar com o campo da música e das artes pode ser uma forma rica de aprofundar a experiência psicomotora. Incorporar a música enfatiza um aprendizado sincronizado, onde a movimentação dos corpos se mescla com ritmos e sonoridades. Workshops onde crianças desenham ou criam objetos durante suas ações de movimento podem resultar em produtos artísticos que, por sua vez, vão além do espaço da sala de aula, envolvendo a comunidade escolar em exposições e apresentações.
Por fim, engajar os familiares nas atividades de psicomotricidade pode facilitar uma rede de aprendizagem que vai para além das paredes da escola. Promover oficinas ou eventos familiares que abordem a psicomotricidade permite que pais e responsáveis compreendam a importância do movimento e como ele pode ser um aliado na formação da criança. A interação fora da escola é essencial, já que a continuidade da prática das atividades em casa reforça os conteúdos e conceitos trabalhados em sala.
Orientações finais sobre o plano:
É crucial que os educadores estejam sempre atentos a cada atividade proposta, respeitando o ritmo de cada criança e promovendo o prazer ao se movimentar. As atividades devem ser planejadas de forma a garantir a diversão, a segurança e a aprendizagem. Os educadores devem estar preparados para improvisar ou adaptar as atividades, caso seja necessário, assegurando que todos os alunos tenham a oportunidade de participar.
Outra orientação importante é a de cultivar um ambiente de respeito e aceitação. As crianças devem se sentir livres para expressar seus sentimentos e emoções durante os exercícios. Ao encorajar a comunicação aberta, será mais fácil entender suas preocupações ou dificuldades, promovendo um espaço de escuta e acolhimento que estimulará ainda mais o aprendizado.
Finalmente, atividades de avaliação não devem ser vistas como uma forma de classificar, mas de entender o processo de desenvolvimento de cada criança. Observar e registrar o progresso, as reações e as interações ajuda a formar um panorama mais amplo e compreensivo do processo educativo, capacitando os educadores a ajustar suas abordagens e práticas conforme as necessidades dos seus alunos emergem.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Circuito de Movimentos: Crie um percurso com diferentes desafios que as crianças devem completar, como rastejar sob objetos, saltar em diferentes superfícies e se equilibrar em linhas desenhadas no chão. O objetivo é promover habilidades motoras e a capacidade de seguir ordens e direções.
2. Teatro de Sombras: Utilize uma lâmpada e um lençol para criar um cenário onde as crianças possam se movimentar e fazer gestos que se transformam em sombras. Isso estimula a expressão corporal e a criatividade, ao mesmo tempo que instiga a curiosidade sobre como os movimentos se traduzem em arte.
3. Caminhada da Amizade: Em duplas, as crianças devem se movimentar de maneiras diferentes, como dançar ou tocar com as mãos, criando formas divertidas de interação entre si. Isso abordará o tema da empatia e do respeito, promovendo a convivência.
4. Música e Movimento: Utilize diferentes ritmos e gêneros musicais para que as crianças explorem como o corpo pode se mover ao som de cada uma. A proposta deve incluir a liberdade de improvisação e expressão.
5. Artes ao Ar Livre: Levar materiais de pintura para o espaço externo, onde as crianças possam usar seus corpos para criar obras de arte. Ao desenhar com as mãos e os pés, elas se divertem e se expressam de maneira única.
Essas sugestões buscam fomentar um ambiente lúdico onde a aprendizagem e a diversão caminhem lado a lado, respeitando o desenvolvimento individual de cada criança e promovendo a sociabilização, a expressão e o movimento.