Plano de Aula: Propriedade dos Objetos (Educação Infantil)

Este plano de aula visa proporcionar aos bebês uma experiência lúdica e sensorial por meio da exploração de diferentes superfícies e texturas. A proposta é que as crianças interajam com materiais como pedrinhas, sementes, algodão e argila, desenvolvendo habilidades motoras e a percepção sensorial. A atividade se insere na abordagem da Educação Infantil, propiciando um espaço perfeito para a exploração e a descoberta.

A exploração de texturas e propriedades dos objetos é fundamental no desenvolvimento dos bebês, visto que a curiosidade natural dessa faixa etária deve ser estimulada para promover o aprendizado e a interação social. As atividades planejadas buscam, portanto, integrar o aprendizado afetivo, social e motor, alinhando-se com as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para esta etapa.

Tema: Propriedade dos Objetos
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 2 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Estimular a exploração sensorial dos bebês por meio do contato com diferentes superfícies e texturas, promovendo o desenvolvimento motor e a interação social.

Objetivos Específicos:

– Proporcionar oportunidades de exploração tátil e visual dos materiais.
– Incentivar a interação entre os bebês por meio de jogos e brincadeiras coletivas.
– Desenvolver a coordenação motora fina dos bebês ao manipular diferentes objetos.
– Promover a expressão das emoções e necessidades por meio de gestos e balbucios.

Habilidades BNCC:

– (EI01ET01) Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).
– (EI01EO03) Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos, brinquedos.
– (EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.
– (EI01EF06) Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras formas de expressão.

Materiais Necessários:

– Pedrinhas de diferentes tamanhos e formas.
– Sementes (como feijões, grãos de milho).
– Algodão em diferentes formatos (bolas, tiras).
– Argila ou massa de modelar.
– Recipientes diversos para manipulação dos materiais.
– Panos ou toalhas para o local das atividades.
– Música suave para ambientação.

Situações Problema:

– A partir da exploração tátil, como as crianças reagem às diferentes texturas?
– Quais objetos chamam mais a atenção dos bebês durante as atividades?

Contextualização:

As atividades serão realizadas em um ambiente acolhedor, onde as crianças estarão livres para explorar e interagir com os diferentes materiais disponíveis. A estrutura da sala deve ser organizada de forma a permitir fácil acesso e movimentação aos bebês, proporcionando segurança e conforto. Essa abordagem favorece a exploração autônoma e a descoberta das propriedades dos objetos.

Desenvolvimento:

1. Apresentação dos Materiais: O professor apresentará cada material, colocando-o em uma superfície acessível aos bebês. Falar sobre as texturas e propriedades de forma simples (exemplo: “Essa pedrinha é dura”, “Esse algodão é macio”).
2. Exploração Livre: Com o auxílio do professor, os bebês serão incentivados a tocar, pegar e manipular os materiais à vontade. O professor deve acompanhar as reações dos bebês, promovendo a interação e comunicação.
3. Brincadeiras Guiadas: Sugerir jogos simples com os materiais, como “cabral” a quantidade de pedrinhas ou “esconder e achar” as sementes, estimulando a colaboração e canais de comunicação entre os bebês.
4. Momento de Expressão: Após a exploração, reunir as crianças para contar as experiências. Usar gestos, balbucios e expressões para comunicar as emoções sentidas durante a atividade.

Atividades sugeridas:

1. Atividade de Tato: Distribuir os diferentes materiais em pequenos recipientes. Deixe os bebês explorar livremente. O objetivo é que eles reconheçam as diferenças de texturas e formas. A adaptação pode incluir o professor ajudando as crianças a descreverem o que sentem ao tocar em cada material.
2. Atividade Musical: Com música de fundo, os bebês poderão tocar os objetos ao ritmo da música. Ensine a eles a importância de ir devagar e observar os sons que cada material pode produzir.
3. Jogo de Empilhar: Usar as pedrinhas ou outros materiais que podem ser empilhados. Estimulando a coordenação motora ao tentar montar torres. O professor pode ajudar a numerar as tentativas, introduzindo a noção de contagem.
4. Estação de Criação com Argila: Proporcionar aos bebês um espaço com argila ou massa de modelar, deixando-os criar diferentes formas e figuras, incentivando a liberdade de expressão.
5. Exploração Sensorial em Grupo: Formar pequenos grupos onde as crianças possam trocar os objetos entre elas, promovendo a comunhão e o trabalho em equipe. Cada um pode apresentar seu objeto e o que sente sobre ele.

Discussão em Grupo:

Promover uma conversa ao final da aula, onde os bebês serão incentivados a balbuciar e gesticular sobre o que mais gostaram. O professor pode tomar a iniciativa, levantando perguntas simples como: “Qual material você mais gostou?”, “O que foi mais macio?”.

Perguntas:

– O que você sente quando toca a argila?
– Qual textura você acha mais interessante: a das pedras ou a do algodão?
– Como você se sente ao mover os materiais?

Avaliação:

A avaliação se dará através da observação do envolvimento dos bebês nas atividades propostas, registrando as interações e a resposta deles aos diferentes estímulos sensoriais. O professor deve observar como cada criança explora, reage e interage com os colegas e o material.

Encerramento:

Reunir os bebês para um momento relaxante, onde todos poderão ouvir uma música suave e olhar as texturas de cada objeto que exploraram. Esse momento serve para consolidar as experiências e finalizar a aula de maneira tranquila.

Dicas:

– É importante sempre supervisionar as atividades, garantindo a segurança de todos os bebês.
– As atividades devem ser adaptadas de acordo com o interesse e as reações dos bebês, possibilitando um aprendizado individualizado.
– Incentive a participação dos pais, sugerindo que eles realizem atividades semelhantes em casa, para fortalecer o aprendizado.

Texto sobre o tema:

A propriedade dos objetos é uma temática essencial para o desenvolvimento infantil, principalmente na Educação Infantil. Os bebês têm uma incrível capacidade de explorar o mundo ao seu redor através de seus sentidos. Ao entrar em contato com diferentes texturas, cores e formas, as crianças não apenas refletem a curiosidade inerente dessa idade, mas também desenvolvem habilidades motoras, cognitivas e sociais essenciais para sua formação.

A exploração de superfícies com texturas diversas, como o algodão, as pedrinhas ou a argila, proporciona experiências sensoriais ricas que são fundamentais para a formação da percepção. Esses momentos de interação e exploração têm importância significativa, já que auxiliam na comunicação e fortalecem os vínculos sociais, essenciais para o desenvolvimento emocional das crianças. Ao tocarem, manipularem e observarem, os bebês são guiados a criar conexões cognitivas sobre o que está ao seu redor, desenvolvendo não apenas a curiosidade, mas também a habilidade de interpretação do ambiente.

Os bebês, ainda em sua fase inicial de desenvolvimento, estão se familiarizando com suas capacidades motoras e sua influência sobre o mundo. As variáveis de exploração, como cheiros e texturas, oferecem um leque de aprendizagens, possibilitando que as crianças se sintam mais confortáveis com seus sentidos e suas emoções. Essa relação íntima entre criança e objeto é onde reside um dos pilares do aprendizado: em tocar, sentir e, consequentemente, compreender.

Desdobramentos do plano:

Após a realização da aula, é fundamental considerar a continuidade das experiências sensoriais oferecidas aos bebês. Ampliar as opções de materiais e texturas deve ser uma prioridade, explorando objetos novos a cada encontro, para que a curiosidade e o interesse sejam constantemente alimentados. O uso de tamanhos e formatos diversos é uma maneira eficaz de incentivar a percepção visual e tátil, permitindo assim que aprendam a classificar e descrever as diferenças entre os objetos.

Além disso, incorporar elementos da cultura local, como texturas naturais ou materiais recicláveis, pode proporcionar uma rica oportunidade de aprendizagem. Iniciar conversas com as crianças sobre o que é natural e artificial não só enriquece o vocabulário, mas também estimula a reflexão sobre o ambiente em que vivem. O uso de texturas do dia-a-dia, como panos que representam diferentes realidades sociais e culturais, oferece uma abordagem integral ao aprendizado.

Por fim, destacar a importância da interação social é essencial. Estimular momentos de troca entre os bebês, como trabalhar em duplas ou pequenos grupos, pode intensificar a comunicação não verbal e a empatia. Atividades em grupo não só promovem o desenvolvimento de habilidades sociais como também ajudam na construção de laços afetivos duradouros, fundamentais na dinâmica da Educação Infantil.

Orientações finais sobre o plano:

É importante que os educadores envolvam os bebês em um ambiente que favoreça a exploração e a descoberta. A liberdade de movimento é crucial, e a organização do espaço não pode ser negligenciada: deve ser seguro e acessível, permitindo que os bebês se movimentem e explorem ao seu gosto. Entretanto, a supervisão constante é vital, assegurando que cada criança esteja em um ambiente seguro para suas atividades.

Os educadores devem também estar atentos ao interesse demonstrado pelos bebês. Cada sinal de curiosidade deve ser acolhido e aproveitado, permitindo a individualização das experiências de aprendizagem. Isso não apenas respeita o tempo de cada criança, mas também as encoraja a se expressarem e explorarem à sua maneira. Criar um ambiente de escuta e acolhimento é fundamental para que cada um se sinta seguro para explorar suas emoções e curiosidades.

Por último, a integração dos cuidadores e familiares nas atividades propostas deve ser uma prioridade. Sugerir atividades simples que possam ser replicadas em casa não apenas fortalece o aprendizado, mas também aproxima a escola da vida familiar, criando uma rede de suporte que beneficia o desenvolvimento integral dos bebês e as relações sociais que com eles se estabelecem.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Caixa das Texturas: Criar uma caixa com diferentes materiais (algodão, papel amassado, pedrinhas) e permitir que os bebês explorem. Objetivo: incentivar a curiosidade e a exploração tátil. Para todas as idades, os materiais podem ser adaptados conforme o entendimento e a coordenação motora de cada criança.

2. Brincando com Sons: Usar objetos que produzam sons ao serem manipulados (chocalhos, recipientes com pedrinhas). Objetivo: desenvolver audição e promover a interação. Para as especificidades dos bebês, os objetos devem ser leves e seguros.

3. Roda das Descobertas: Criar um espaço em círculo onde os bebês possam apresentar suas descobertas com os objetos. Objetivo: promover a comunicação e a expressão. Esta atividade pode ser adaptada para incluir familiares que queiram participar.

4. Arte com Texturas: Oferecer papéis de diferentes texturas para que os bebês possam colar e criar suas obras. Objetivo: promover a coordenação motora e a expressão criativa. Para bebês menores, o uso de texturas mais simples deve ser considerado.

5. Circuito de Movimentos: Criar um pequeno circuito com objetos que possam ser explorados de diferentes maneiras (rolar, empilhar, tocar). Objetivo: incentivar o movimento e a experimentação com o corpo. Os circuitos podem ser adaptados de acordo com a mobilidade de cada bebê.

Essas atividades permitirão que os bebês interajam com os objetos e entre si, promovendo um aprendizado que respeita seu ritmo e suas curiosidades naturais.

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