Plano de Aula: Proporcionar aos alunos a vivência de brincadeiras antigas – 1º Ano

Este plano de aula tem como objetivo o resgate de brincadeiras antigas, incentivando alunos a vivenciarem e aprenderem sobre as práticas lúdicas de outras gerações. Essa abordagem não apenas estimula o aprendizado das tradições culturais, mas também promove o desenvolvimento social, emocional e cognitivo das crianças. Além disso, as aulas se propõem a explorar a importância das brincadeiras para a formação da identidade e a convivência pacífica entre os estudantes. Ao trazer para a sala de aula jogos que foram populares em épocas passadas, as crianças podem conhecer e respeitar diferentes modos de brincar, bem como suas origens culturais.

Na proposta, as brincadeiras são mais do que simples atividades; elas são ferramentas pedagógicas que favorecem o ensino de habilidades essenciais, alinhadas com as orientações da BNCC. O plano de aula está estruturado para que os alunos do 1º ano do Ensino Fundamental se divirtam enquanto aprendem, refletindo sobre sua história e a de seus colegas e familiares.

Tema: Resgate de Brincadeiras Antigas
Duração: 3 horas
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 1º Ano
Faixa Etária: 6 a 7 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Proporcionar aos alunos a vivência de brincadeiras antigas, promovendo a apreciação das tradições culturais e o desenvolvimento de habilidades sociais e motoras.

Objetivos Específicos:

– Resgatar brincadeiras populares de gerações passadas.
– Identificar e discutir as relações entre jogos antigos e atuais.
– Estimular a colaboração e o respeito entre os colegas durante as atividades lúdicas.

Habilidades BNCC:

EF01HI05: Identificar semelhanças e diferenças entre jogos e brincadeiras atuais e de outras épocas e lugares.
EF01GE02: Identificar semelhanças e diferenças entre jogos e brincadeiras de diferentes épocas e lugares.
EF12EF01: Experimentar, fruir e recriar diferentes brincadeiras e jogos da cultura popular presentes no contexto comunitário e regional, reconhecendo e respeitando as diferenças individuais de desempenho dos colegas.

Materiais Necessários:

– Materiais para jogos ao ar livre (como cordas, bolas, giz).
– Papel e canetas ou lápis para anotações.
– Câmera fotográfica ou celular para registrar momentos.
– Informações escritas sobre brincadeiras tradicionais.

Situações Problema:

– O que faz uma brincadeira ser divertida?
– Como as brincadeiras mudam de geração para geração?
– Por que é importante conhecer brincadeiras de outras épocas?

Contextualização:

Os jogos e as brincadeiras desempenham um papel crucial na formação da cultura e na construção das memórias coletivas. Nesta aula, os alunos serão convidados a conhecer um pouco mais sobre as brincadeiras que eram populares entre seus pais e avós. O intuito é que, ao resgatar essas memórias, os alunos compreendam a história que gira em torno dessas atividades lúdicas e sua importância nas interações sociais.

Desenvolvimento:

1. Início da aula com uma roda de conversa, onde os alunos compartilham brincadeiras que conhecem.
2. Apresentação de algumas brincadeiras antigas listas no quadro, como “Pique-esconde”, “Amarelinha” e “Cabo de Guerra”.
3. Dividir a turma em grupos e deixar que escolham uma brincadeira para pesquisar (com a ajuda do professor) sobre sua origem e regras.
4. Promover um momento em que cada grupo apresenta suas descobertas para a turma.
5. Realização de modificações e criações de regras das antigas brincadeiras; isso pode incluir variações contemporâneas.
6. Teste e prática das brincadeiras escolhidas durante o recreio ou em um local adequado na escola.
7. Encerramento da aula com uma reflexão sobre o que cada um aprendeu com as atividades propostas.

Atividades sugeridas:

Atividade 1: Roda de Conversa
Objetivo: Estimular a troca de experiências entre os alunos.
Descrição: Cada aluno conta uma brincadeira que conhece, destacando se já brincou com seus pais ou avós.
Instrução: Fazer uma organização dos relatos no quadro, categorizando as diferentes brincadeiras mencionadas.
Adaptação: Para alunos tímidos, permitir que falem em duplas antes de compartilhar para a turma.

Atividade 2: Pesquisa e Apresentação
Objetivo: Desenvolver habilidades de pesquisa e apresentação.
Descrição: Dividir a turma em grupos, cada um escolhe uma brincadeira para investigar e apresenta aos colegas.
Instrução: Os alunos devem anotar a origem, as regras e algumas curiosidades.
Adaptação: Para alunos com dificuldades de escrita, fornecer uma ficha com perguntas guiadas.

Atividade 3: Brincando de brincadeira
Objetivo: Aplicar as regras e se divertir.
Descrição: Organizar sessões de jogo ao ar livre com as brincadeiras escolhidas.
Instrução: Os grupos devem alternar as brincadeiras e fazer a rotação entre os espaços.
Adaptação: Alunos que não podem correr devem ser incentivados a participar em várias funções, como juízes ou contadores de histórias.

Discussão em Grupo:

Promover um momento para discutir quais brincadeiras foram mais divertidas e o que elas ensinaram sobre colaboração e amizade. Incentivar a troca de ideias sobre a importância de respeitar as regras estabelecidas e habituar-se à noção de vitória e derrota.

Perguntas:

– Qual brincadeira você achou mais divertida e por quê?
– O que você aprendeu sobre as brincadeiras antigas?
– Como podemos preservar a memória das brincadeiras que amamos?

Avaliação:

A avaliação será baseada em como os alunos participaram das discussões, realizaram as atividades de forma colaborativa e demonstraram compreensão sobre as brincadeiras apresentadas. O professor observará o envolvimento dos alunos nas atividades práticas e registrará as impressões sobre as discussões em grupo.

Encerramento:

Em um momento final, refletir sobre a importância das brincadeiras para a construção de laços e a formação de identidades sociais. Os alunos devem ir para casa com a tarefa de perguntar a familiares sobre brincadeiras de suas infâncias e trazer novas histórias para o próximo encontro.

Dicas:

Caso se disponha de mais tempo, considere realizar uma exposição onde os alunos possam trazer materiais de suas brincadeiras. Além disso, é importante encorajar os alunos a respeitar as diferenças nas habilidades de cada um durante as atividades lúdicas.

Texto sobre o tema:

O resgate de brincadeiras antigas é uma prática vital que nos ajuda a reconhecer e valorizar as tradições culturais de nosso passado. As brincadeiras não são apenas formas de entretenimento, são também veículos de ensino que moldam as interações sociais e a identidade cultural. Muitas vezes, os jogos que eram populares entre nossos avós e bisavós trazem ensinamentos sobre cooperação, respeito, e a importância do trabalho em grupo.

Nas escolas, ao explorar essas práticas lúdicas do passado, os educadores podem proporcionar aos alunos não apenas conhecimento sobre suas raízes culturais, mas também sobre as diferenças nas práticas sociais ao longo do tempo. Os alunos têm a oportunidade de comparar a forma como brincam hoje em dia com as regras e modos de se divertir que caracterizavam outras gerações. Este tipo de reflexão passa a ser essencial para a construção de uma sociedade mais coesa e respeitosa.

No contexto atual, onde as tecnologias digitais predominaram, voltar-se para as brincadeiras antigas pode ser um antídoto contra a desumanização das relações e a falta de contato físico nas interações sociais. Promover esses jogos nas escolas é fundamental para resgatar a essência das relações humanas, lembrando a todos que o lazer e a diversão são cruciais para o desenvolvimento completo do indivíduo.

Desdobramentos do plano:

Após a realização das atividades do plano, seria interessante planejar novas aulas que explorem outras vertentes das brincadeiras, como a incorporação de danças tradicionais ou o uso de histórias em quadrinhos para contar como eram essas brincadeiras em épocas passadas. Criar um diário de registro das atividades realizadas permite que os alunos compartilhem suas experiências em um formato dinâmico e atraente. A promoção de eventos de brincadeiras em datas comemorativas pode fortalecer os laços de amizade entre os alunos e promover um ambiente escolar mais harmonioso.

Ao longo do ano, o tema das brincadeiras pode ser aprofundado em diferentes disciplinas, como história, onde os alunos podem pesquisar as origens de algumas dessas práticas, ou em artes, onde podem recriar as brincadeiras através de representações artísticas. Integrar as experiências lúdicas ao aprendizado ajuda a fixar conteúdos de forma significativa e colaborativa, permitindo que o conhecimento seja notado através da prática e interação.

O plano de aula aqui apresentado também pode secundar a inclusão de novas tecnologias, utilizando vídeos e animações que mostrem como eram as brincadeiras nas diferentes gerações. Além disso, a atuação dos alunos como pequenos professores, ensinando os amigos sobre as regras dos jogos que cada grupo pesquisou, serve como uma forma poderosa de aprendizado ativo, em que cada um se torna o protagonista de sua aprendizagem.

Orientações finais sobre o plano:

Chegar ao fim das atividades propostas deve levar a uma análise da identidade cultural e social dos alunos, focando nos vínculos criados a partir da troca de histórias por meio das brincadeiras. Ao recolher informações sobre as regras e como cada uma é realizada, o professor obteve uma rica fonte de dados que podem embasar futuras atividades pedagógicas interessantes e interativas.

Incentivar a reflexão sobre as emoções que surgem ao brincar também é vital. Conversar sobre o que se sentiu ao ter contato com as brincadeiras dos pais pode abrir espaço para discussões profundas que fortalecem o desenvolvimento emocional dos alunos. A observação atenta das interações durante as atividades proporcionará ricas informações ao professor sobre a dinâmica de grupo e o ambiente de aprendizado.

Finalmente, o plano de aula deve terminar com a proposta de continuidade das reflexões e ações. Os alunos devem ser incentivados a criar um mural sobre as brincadeiras e a realizar, periodicamente, uma nova roda de conversa onde podem compartilhar novas descobertas ou relembrar as brincadeiras já conhecidas. Essa continuidade mantém o engajamento da turma e promove uma cultura de aprendizado colaborativo.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. A Caça ao Tesouro: Organizar uma caça ao tesouro ao ar livre, onde as pistas são baseadas em brincadeiras antigas. Objetivo: Resgatar a tradição através de desafios. Material: Pistas escritas em cartões, mapa do local.

2. Teatro das Brincadeiras: Os alunos devem criar pequenas peças representando as brincadeiras. Objetivo: Aprender a importância da narrativa e os contextos históricos. Material: Fantasias, adereços feitos à mão.

3. Dia das Brincadeiras: Um dia temático onde cada criança traz um brinquedo ou equipamento de uma brincadeira e ensina os colegas a jogar. Objetivo: Valorização das tradições e do compartilhamento. Material: Materiais escolares para anotações de regras.

4. Criação de um Livro de Brincadeiras: Coletar todos os jogos aprendidos e escritos pelos alunos em um livro ilustrado. Objetivo: Registrar a história das brincadeiras de forma colaborativa. Material: Folhas de papel para artesanato e canetas coloridas.

5. Ranking das Brincadeiras: Organizar competições amistosas ou torneios baseados em brincadeiras antigas, criando um ranking para que os alunos se esforcem e aceitem o desafio. Objetivo: Fomentar o espírito esportivo e o trabalho em equipe. Material: Criação de medalhas e certificados feitos à mão como reconhecimento.

Essas sugestões garantem uma abordagem lúdica e integrada ao tema, promovendo o envolvimento e aprendizado de forma coletiva e divertida.

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