Plano de Aula: Projeto leitura Inclusão no coração – fábula o grilinho e o vaga-lume (Educação Infantil) – Criancas bem pequenas
A construção de um plano de aula voltado para crianças bem pequenas é fundamental para promover a inclusão e a diversidade étnica e cultural desde cedo. Este plano, enfocado na fábula “O Grilinho e o Vaga-lume”, pretende criar um ambiente de aprendizado que valoriza a leitura e a interação social, contribuindo assim para a formação integral das crianças. A proposta de projeto, intitulada “Projeto Leitura – Inclusão no Coração”, busca despertar o interesse dos alunos pelo universo das histórias, ao mesmo tempo que se trabalha a socialização e a empatia por meio da diversidade.
Neste plano de aula, os educadores são convidados a explorar a fábula de maneira lúdica e interativa, engajando as crianças em atividades que estimulam o cuidado com o outro e a percepção das diferenças. Por meio de contação de histórias, dramatizações e atividades artísticas, a prática permitirá que as crianças se apropriem dos valores de solidariedade e respeito, essenciais para a convivência em sociedade. A abordagem da temática por meio de diferentes linguagens favorecerá o desenvolvimento integral, respeitando o tempo e a singularidade de cada criança.
Tema: Projeto Leitura – Inclusão no Coração – Fábula O Grilinho e o Vaga-lume
Duração: Duas semanas
Etapa: Educação infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses
Objetivo Geral:
Promover o desenvolvimento da leitura e o fortalecimento dos laços sociais entre as crianças, utilizando a fábula “O Grilinho e o Vaga-lume” como meio para abordar a inclusão, a empatia e a valorização das diferenças.
Objetivos Específicos:
– Estimular a escuta e a fala através de atividades de contação de histórias.
– Fomentar a solidariedade e respeito entre as crianças nas interações sociais.
– Desenvolver habilidades motoras finas e amplas por meio de atividades artísticas e brincadeiras.
– Explorar e identificar características diferentes entre os alunos, respeitando e valorizando as individualidades.
– Promover a narrativa oral e a criatividade através da criação de histórias baseadas em imagens da fábula.
Habilidades BNCC:
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
(EI02EO05) Perceber que as pessoas têm características físicas diferentes, respeitando essas diferenças.
(EI02EO06) Respeitar regras básicas de convívio social nas interações e brincadeiras.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI02CG02) Deslocar seu corpo no espaço, orientando-se por noções como em frente, atrás, no alto e embaixo.
(EI02CG05) Desenvolver progressivamente as habilidades manuais, adquirindo controle para desenhar, pintar, rasgar, folhear, entre outros.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos e sentimentos.
(EI02EF03) Demonstrar interesse e atenção ao ouvir a leitura de histórias e outros textos.
(EI02EF04) Formular e responder perguntas sobre fatos da história narrada.
Materiais Necessários:
– Livro da fábula “O Grilinho e o Vaga-lume”.
– Fantoches ou figuras dos personagens da fábula.
– Materiais de arte (papel, tinta, pincéis, argila).
– Caixas de papelão e outros materiais para construção de cenários.
– Instrumentos musicais simples (pandeiros, chocalhos).
Situações Problema:
– Como o grilinho e o vaga-lume podem ajudar uns aos outros?
– O que podemos aprender com as diferenças entre os personagens da fábula?
– Como podemos nos comportar quando vemos alguém precisando de ajuda?
Contextualização:
A fábula “O Grilinho e o Vaga-lume” apresenta lições importantes sobre amizade, ajuda mútua e aceitação das diferenças. Ao contar essa história, os educadores devem reforçar que vivemos em um mundo diverso, onde cada um possui suas características, gostos e habilidades. Essa diversidade é o que enriquece as relações sociais e nos ensina a respeitar e a valorizar o próximo.
Desenvolvimento:
O desenvolvimento das atividades será dividido ao longo de duas semanas, com foco na interação, leitura, arte e música.
Semana 1:
– Contação da História: Iniciar a semana com a leitura da fábula. O educador pode usar fantoches para representar os personagens, o que tornará a narração mais envolvente para as crianças. Pergunte sobre a história após a leitura, incentivando os pequenos a expressarem suas opiniões.
– Expressões Artísticas: Usar a arte para explorar a história. As crianças poderão criar desenhos dos personagens e cenários da fábula, utilizando diferentes técnicas de pintura. Propor que cada uma faça um desenho do que mais gostou na história.
– Musicalidade e Movimento: Introduzir músicas que falem sobre amizade e inclusão. As crianças podem criar movimentos para acompanhar as músicas, estimulando assim a expressão corporal e o ritmo.
Semana 2:
– Dramatização: Propor que as crianças encenem a fábula. O uso de fantoches ou elementos cênicos (como caixas de papelão) poderá ajudar a entrar na história de maneira mais lúdica. Essa atividade promove a comunicação e a expressão de sentimentos.
– Exploração do Espaço: Organizar brincadeiras que envolvam as noções espaciais (por exemplo, “Onde está o Vaga-lume?”), estimulando o deslocamento e orientação no ambiente.
– Conversa sobre Inclusão: Formular perguntas sobre como podemos ajudar nossos colegas e a importância de se respeitar as diferenças, construindo assim um ambiente de diálogo e reflexão.
Atividades sugeridas:
– Atividade 1: Contação da fábula.
Objetivo: Desenvolver a escuta e oralidade.
Descrição: O professor lê a história, utilizando fantoches.
Materiais: Livro da fábula e fantoches.
– Atividade 2: Desenho livre.
Objetivo: Estimular a expressão artística.
Descrição: As crianças desenham seus personagens preferidos.
Materiais: Papéis, lápis de cor e tinta.
– Atividade 3: Musicalidade.
Objetivo: Trabalhar o ritmo e a coordenação.
Descrição: Criação de movimentos para as músicas.
Materiais: Instrumentos musicais.
– Atividade 4: Dramatização.
Objetivo: Incentivar a comunicação e a autoexpressão.
Descrição: Crianças encenam a história.
Materiais: Fantoches, caixas de papelão.
– Atividade 5: Brincadeira “Onde está o Vaga-lume?”.
Objetivo: Desenvolver noções espaciais.
Descrição: Brincadeira de esconde-esconde adaptada.
Materiais: Espaço livre para a brincadeira.
Discussão em Grupo:
Após as atividades, o educador pode promover uma roda de conversa, onde os alunos poderão expressar o que aprenderam, como se sentiram durante as atividades e sobre a importância de respeitar as diferenças.
Perguntas:
– O que você aprendeu com a história do Grilinho e do Vaga-lume?
– Como podemos ser amigos e ajudar uns aos outros no dia a dia?
– O que faz o Vaga-lume brilhar e o Grilinho cantar?
Avaliação:
A avaliação será contínua e observacional. O educador pode registrar o envolvimento das crianças em cada atividade, como elas interagem entre si, demonstrando cuidado e empatia. Também é importante observar a progressão das habilidades, como a capacidade de escuta, fala e expressão artística.
Encerramento:
Finalizamos o plano de aula com a recapitulação dos aprendizados. O professor pode agradecer a participação de todos e reforçar a importância de estar sempre aberto para incluir e ajudar os colegas. Uma proposta é encerrar com uma música sobre amizade.
Dicas:
– É importante adaptar as atividades de acordo com as necessidades de cada criança, respeitando ritmos e interesses.
– Incluir momentos de pausa e reflexão ajudará na assimilação dos conteúdos.
– Manter um ambiente acolhedor e seguro facilitará a expressão dos alunos.
Texto sobre o tema:
A fábula “O Grilinho e o Vaga-lume” é um excelente recurso para trabalhar conceitos de amizade, empatia e inclusão. As fábulas têm uma grande tradição na literatura infantil, pois transmitem mensagens importantes de forma lúdica e encantadora. Por meio desta história, as crianças têm a oportunidade de refletir sobre suas atitudes e comportamentos diante das diferenças, tanto físicas quanto emocionais. A narrativa, que entrelaça a vida dos dois insetos, provoca questionamentos e diálogos que podem ajudá-los a compreender a importância da solidariedade.
A proposta de um projeto de leitura, como o “Inclusão no Coração”, baseando-se nesta fábula, aproxima as crianças do mundo literário e da convivência social. Ao ouvir e interpretar histórias, os pequenos exercitam a imaginação e a criatividade, além de desenvolverem habilidades linguísticas fundamentais. Através da dramatização e da música, essas experiências tornam-se mais significativas, pois as crianças se veem representadas nas histórias, identificando-se com os personagens e suas vivências.
Além disso, é essencial fomentar um espaço para que as crianças expressem livremente seus sentimentos e opiniões. A prática da escuta ativa, onde o educador demonstra interesse genuíno pelas palavras dos alunos, fortalece o vínculo afetivo e a confiança. Quando se sentem ouvidas e respeitadas, as crianças estão mais inclinadas a construir relações saudáveis, tornando-se, assim, adultos empáticos e solidários.
Desdobramentos do plano:
O plano de aula “Projeto Leitura – Inclusão no Coração” pode ser desdobrado em diferentes componentes curriculares e iniciativas que explorem a diversidade e a inclusão. Uma das possíveis direções é realizar uma semana da inclusão, onde cada dia é dedicado a explorar uma cultura ou uma característica diferente dos colegas. Por meio de atividades lúdicas e interativas, as crianças podem aprender sobre as diversas tradições e modos de vida, desenvolvendo uma consciência crítica e respeitosa.
Outra possibilidade é integrar a temática às narrativas visuais, utilizando histórias em quadrinhos ou livros ilustrados que enfatizem a diversidade. Isso pode ser realizado em parceria com a biblioteca da escola, que pode fornecer recursos adicionais e sugestões de leitura. Além disso, é importante que as atividades sejam sempre acompanhadas pela reflexão acerca do que aprenderam, promovendo uma evolução constante nas relações interpessoais.
Por fim, é preciso destacar a relevância de manter um diálogo contínuo com as famílias. Enviar comunicados sobre as atividades realizadas em sala de aula e pedir a colaboração dos pais em atividades externas pode ser uma forma de criar laços entre a escola e a comunidade. Além disso, trabalhar a ideia de inclusão também em casa é fundamental para a formação de valores que perpassarão toda a vida das crianças.
Orientações finais sobre o plano:
Essas orientações finais são importantes para garantir a eficácia da implementação do plano. É fundamental que o professor esteja ciente das diferentes paradigmas de aprendizado e busque adaptar as atividades à realidade de cada criança, mantendo um ambiente seguro e acolhedor. Também é importante que o educador esteja sempre atento às dinâmicas do grupo, fazendo intervenções que promovam a inclusão e a empatia entre as crianças.
Incentivar a participação ativa das crianças é crucial; assim, sempre que possível, crie oportunidades para que elas possam escolher as próximas atividades, promovendo um sentimento de pertencimento e autoeficácia. A avaliação não deve ser vista apenas como um momento final, mas como parte do processo de aprendizado, reconhecendo os pequenos avanços a cada dia.
Por fim, o envolvimento dos assistentes pedagógicos e das famílias é indispensável. Propor reuniões periódicas para discutir o andamento do projeto e compartilhar experiências enriquecedoras é uma maneira de fortalecer a comunidade escolar. Ao envolver todos nesse processo, se cria um verdadeiro ambiente de aprendizado colaborativo, onde a inclusão e a diversidade se tornam parte da rotina e da cultura escolar.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Caça ao Tesouro Inclusivo: Organize uma caça ao tesouro onde as pistas envolvam características diferentes de cada criança. Isso estimulará a observação e o respeito ao próximo.
Objetivo: Promover o entendimento das diferenças.
Materiais: Pistas impressas e pequenos prêmios ou lembrancinhas.
2. Jardim das Amizades: Crie um mural, representando um jardim, onde cada criança pode colocar uma flor feita à mão com seu nome e uma característica positiva sobre si. Isso reforça a autoimagem.
Objetivo: Valorização da individualidade.
Materiais: Papéis coloridos, tesoura, cola e canetinhas.
3. Teatro de Fantoches: Após a contação da história, as crianças podem criar seus próprios fantoches e recriar a fábula.
Objetivo: Desenvolver a criatividade e a expressividade.
Materiais: Sacos de papel, lápis de cor, cola e tecidos.
4. Música e Movimento: Desenvolver uma coreografia que represente a fábula, ajudando as crianças a expressarem o que sentiram.
Objetivo: Desenvolver a coordenação motora e a expressão corporal.
Materiais: Música dos personagens da fábula e espaço para dançar.
5. Espaço da Inclusão: Criar um espaço na sala com objetos que representem diferentes culturas, permitindo que as crianças explorem texturas, sons e imagens.
Objetivo: Enriquecer a diversidade cultural.
Materiais: Objetos de diferentes culturas, sons e músicas para explorar.
Por meio de cada uma dessas sugestões, as crianças não apenas aprendem sobre inclusão e respeito, mas também desenvolvem habilidades essenciais para sua formação integral.