Plano de Aula: Produzir sons com o próprio corpo (Educação Infantil) – Bebês

Neste plano de aula para o ensino de Bebês na Educação Infantil, o foco será a produção de sons por meio do próprio corpo. É fundamental neste estágio de desenvolvimento que os bebês explorem e experimentem diferentes formas de se expressar, e a produção de sons é uma maneira lúdica e interativa para alcançar isso. Os sons produzidos com o corpo não apenas estimulam a musicalidade, mas também promovem importantes interações entre as crianças e adultos, favorecendo a percepção de si mesmas e dos outros.

A proposta visa estimular a interação e o desenvolvimento motor dos bebês, enquanto descobrem as possibilidades sonoras que seus corpos podem produzir. Além disso, a atividade proporcionará oportunidades para que os bebês percebam os limites e as potencialidades de seus corpos nas brincadeiras e interações, contribuindo para o seu aprendizado e socialização.

Tema: Produzir sons com o próprio corpo
Duração: 20 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 4 meses a 1 ano

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover a exploração de sons produzidos pelo próprio corpo, estimulando a percepção, a expressão e a interação entre os bebês e os adultos ao seu redor.

Objetivos Específicos:

– Incentivar os bebês a reconhecerem e utilizarem diferentes partes do corpo para produzir sons.
– Fomentar a socialização e interação dos bebês com seus colegas e educadores, promovendo a comunicação não verbal.
– Desenvolver a coordenação motora fina e grossa dos bebês através da exploração sonora.

Habilidades BNCC:

– (EI01TS01) Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.
– (EI01EF06) Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras formas de expressão.
– (EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.

Materiais Necessários:

– Tapetes ou colchonetes que proporcionem conforto e segurança.
– Brinquedos sonoros (dentre eles, chocalhos, tambores de mão ou qualquer outro objeto que produza som ao tocar).
– Caixa de música ou aparelho com músicas e canções animadas para uso durante a atividade.
– Espelho para que os bebês possam observar suas próprias expressões e movimentos.

Situações Problema:

Os educadores devem observar como os bebês reagem ao produzirem sons com suas próprias mãos, pés e outras partes do corpo. Questões como “o que acontece se eu bater palmas? Como isso soa?” podem ser exploradas.

Contextualização:

A atividade de produzir sons com o corpo é uma forma rica de interação e aprendizado. Para os bebês, o som não é apenas um ruído; é uma comunicação, uma forma de expressar suas emoções e de interagir com o ambiente. O ato de produzir sons pode estimular a curiosidade, a investigação e a percepção corporal.

Desenvolvimento:

1. Acolhimento: Receber os bebês de maneira calorosa, proporcionando um ambiente acolhedor e confortável onde eles se sintam seguros.

2. Exploração livre: Deixar os bebês livremente em um espaço cercado por tapetes ou colchonetes, incentivando-os a mexer em objetos sonoros e brincar com atividades que envolvam sons.

3. Roda de som: Formar um círculo com os bebês e os educadores e iniciar uma roda de sons, onde cada um na roda irá alternar produzindo um som com as mãos, pés, boca, ou utilizando brinquedos sonoros.

Atividades sugeridas:

Atividade 1: Palminhas e Sons
Objetivo: Estimular a percepção auditiva e a coordenação motora.
Descrição: Os educadores fazem palmas e incentivam os bebês a imitarem. É possível incluir ritmos variados e melodias simples:
– Instruções: Começar com uma palma simples e, em seguida, variar a velocidade (rápido/lento).
– Materiais: Nenhum material específico é necessário.
– Adaptação: Para bebês que não conseguem fazer palmas, pode-se usar o movimento de bater as mãos em uma superfície.

Atividade 2: Movimento e Sons
Objetivo: Fomentar o movimento e a expressão corporal.
Descrição: Incentivar os bebês a se moverem enquanto produzem sons com seus corpos.
– Instruções: Propor que eles rolem, batam pé e estiquem os braços fazendo sons com esses movimentos.
– Materiais: Tapetes para conforto.
– Adaptação: Oferecer suporte físico aos bebês que ainda não conseguem se mover sozinhos.

Atividade 3: Explorando Sons de Objetos
Objetivo: Ampliar a experiência sonora através de objetos.
Descrição: Apresentar brinquedos sonoros aos bebês, permitindo que explorem os sons que podem produzir.
– Instruções: Permitir que os bebês experimentem os brinquedos, observando juntos os sons que fazem.
– Materiais: Brinquedos sonoros variados.
– Adaptação: Para os bebês que não podem segurar objetos, o educador pode ajudar na manipulação.

Discussão em Grupo:

Conduzir uma conversa com os educadores sobre como os bebês reagiram aos sons e interações. Compartilhar observações sobre qual tipo de som os bebês mais se divertiram e como isso impactou a interação deles entre si.

Perguntas:

– Que sons você consegue fazer com suas mãos?
– Como você se sente quando faz barulho com seu corpo?
– Qual foi o som mais divertido que você fez hoje?

Avaliação:

A avaliação será realizada através da observação das interações dos bebês com os sons e com os educadores. O progresso de habilidades como movimentação, produção de sons e socialização serão analisados ao longo das atividades.

Encerramento:

Concluir a atividade com uma canção suave e envolvente, permitindo que os bebês relaxem após a exploração sonora. Este também é um momento para reforçar a importância da comunicação através de sons e expressões corporais.

Dicas:

– Incentive que os educadores façam sons também. Os bebês podem se sentir mais motivados a explorar se veem os adultos participando.
– Utilize espaços ao ar livre, quando possível, para diversificar os sons, como o vento e os pássaros.
– Tenha paciência, os bebês estarão explorando suas habilidades motoras e sensoriais de forma gradual.

Texto sobre o tema:

Os sons são uma forma primordial de comunicação e expressão que, desde os primeiros momentos de vida, fazem parte do cotidiano dos bebês. Nesta fase, onde a descoberta do mundo é intensa, o uso do corpo para produzir sons não apenas proporciona alegria e diversão, como também se torna uma oportunidade essencial para o desenvolvimento de habilidades motoras e sociais. Durante a exploração sonora, os bebês começam a compreender que suas ações têm efeitos visíveis sobre o cotidiano ao redor. Ao bater palmas ou chacoalhar um brinquedo, eles percebem uma resposta auditiva que incentiva a repetição e a experimentação.

A produção de sons também está intrinsicamente ligada ao reconhecimento do corpo. À medida que os bebês imitam movimentos e descobrem novas formas de se expressar, eles estão, na verdade, criando conexões entre o que sentem, ouvem e veem. Este processo é fundamental para o desenvolvimento da comunicação. Os bebês aprendem a usar gestos e balbucios para expressar suas necessidades, desejos e emoções, e essa comunicação não verbal é um passo essencial em sua evolução.

Além disso, a interação social durante atividades sonoras promove um ambiente de aprendizado significativo. Quando os educadores e outros bebês se envolvem nesta produção de sons, cria-se uma atmosfera de compartilhamento que favorece a amizade e o pertencimento. O simples ato de fazer sons juntos fomenta a construção de laços e a compreensão mútua, importantes para o convívio social e para a formação do eu na interação com o outro.

Desdobramentos do plano:

O plano de aula sobre a produção de sons com o corpo pode ser expandido de várias formas. Primeiramente, pode-se introduzir a musicalidade na rotina das crianças, inserindo canções que estimulem a interação e a exploração sonora em diferentes contextos. A utilização de ritmos variados durante as atividades lúdicas pode instigar ainda mais a curiosidade dos bebês. A musicalização é uma ferramenta poderosa que pode acompanhar o desenvolvimento infantil de maneira contínua, aprimorando também a socialização ao longo do processo de aprendizagem.

Outra direção a se seguir é a disponibilização de materiais que estimulem a exploração sonora em casa, como panelas e colheres para criar ritmos e batidas. Essa prática pode envolver famílias e promover uma continuidade da experiência vivida em sala de aula. Ao proporcionar aos pais/ responsáveis estratégias para continuar a exploração sonora em casa, o aprendizado se expande, fazendo com que as experiências iniciais sejam reforçadas e ampliadas.

Além disso, a relação entre a produção de sons e imagens pode ser explorada. A criação de um livro de sons que incorpore imagens de atividades e sons correspondentes pode surgir como um desdobramento rico e impactante. Esse recurso visual e sonoro pode incentivar os bebês a se comunicarem e explorarem ainda mais as relações entre o que vêem e o que ouvem, criando uma rede de referências que irão acompanhar seu desenvolvimento.

Orientações finais sobre o plano:

É importante que os educadores mantenham uma atitude aberta e receptiva durante as atividades, permitindo que os bebês se sintam confortáveis para explorar e expressar a sua criatividade. O ambiente deve ser seguro e acolhedor, estimulando a participação ativa de cada um e respeitando o tempo de cada bebê. A comunicação é uma via de mão dupla, e os educadores devem estar sempre atentos às reações e expressões das crianças, assumindo a responsabilidade de guiá-las e apoiá-las em sua jornada de descoberta.

Além disso, o feedback dos educadores sobre as interações ocorridas durante a aula deve ser contínuo. Este acompanhamento é fundamental para que cada bebê tenha um desenvolvimento adequado e para que os educadores possam ajustar suas abordagens pedagógicas de acordo com as necessidades observadas durante as atividades. A aprendizagem é um processo dinâmico, e a flexibilidade da prática pedagógica é essencial para o sucesso da proposta.

Por fim, fomentar a curiosidade natural dos bebês é um espaço rico para convidá-los à pesquisa e à experimentação. Cada aula deve ser vista como uma nova oportunidade de descoberta, onde a produção de sons não serve apenas para entreter, mas para criar vínculos afetivos, desenvolver habilidades sociais e motoras, e, principalmente, gerar prazer no ato de aprender.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Caça ao Som: Prepare um espaço onde diferentes sons (objetos sonoros) estão escondidos. A exploração desde o momento de busca já é uma forma de instigar a curiosidade. O objetivo é que os bebês encontrem os objetos e façam sons com eles.
Materiais: Objetos sonoros variados (chocalhos, sinos, panelas).
Condução: Supervisione e incentive a exploração, ajudando a identificar os sons.

2. Bailar e Bater Palmas: Ao ritmo de uma canção animada, incentive os bebês a se moverem e palpitarem, criando sons com o corpo.
Objetivo: Desenvolvimento da coordenação motora e rítmica.
Materiais: Música animada.
Condução: Acompanhe os movimentos e crie uma dinâmica onde cada bebê pode brilhar.

3. Brincadeira do Eco: Crie sons com o corpo e solicite que os bebês imitem. Este jogo aprimora a percepção auditiva e estimula a tentativa de imitação.
Materiais: Aviso sonoro que pode ser fácil de replicar (estalar os dedos, assobiar).
Condução: Realize um som e aguarde a repetição dos outros.

4. Roda de Sons com Objetos: Forme um círculo e adicione uma caixa com diferentes objetos sonoros, onde cada bebê explorará um objeto para fazer sons.
Objetivo: Cada criança terá um momento de protagonismo na roda.
Materiais: Caixa com brinquedos sonoros.
Condução: Encoraje os bebês a compartilharem o que representam com o público.

5. Desfile do Som: Marque um dia para que os bebês possam “desfilar” fazendo sons com seus corpos. Eles irão movimentar-se livremente e a cada passo, um som é produzido.
Materiais: Espaço amplo e música de fundo.
Condução: Estimule a dança e o movimento, permitindo que experimentem diferentes formas de serem sonoros.

Este plano foi elaborado para enriquecer as experiências dos bebês, convidando-os a explorar e descobrir o mundo ao seu redor de maneira lúdica, envolvente e interativa.

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