Plano de Aula: Produção de texto utilizando recursos de coesão e construção gramatical. – 8º Ano

A elaboração de um plano de aula para o 8º ano do Ensino Fundamental, focado na habilidade de produzir textos utilizando recursos de cohesão sequencial, referencial, e outros elementos expressivos é essencial para o desenvolvimento da competência escrita dos alunos. Nesse contexto, a proposta é proporcionar uma aula dinâmica e interativa, que estimule a criatividade e a prática da escrita de forma lúdica e engajadora. A proposta aqui busca estabelecer uma sequência didática que favoreça a apropriação dos conteúdos de maneira significativa, respeitando as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Tema: Produção de texto utilizando recursos de coesão e construção gramatical.
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 8º Ano
Faixa Etária: 13 a 14 anos

Objetivo Geral:

Desenvolver a habilidade dos alunos em produzir textos de diferentes gêneros, utilizando recursos de coesão sequencial e referencial, construções passivas e impessoais, bem como discurso direto e indireto, de forma a enriquecer e diversificar a escrita.

Objetivos Específicos:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

1. Identificar e utilizar articuladores de coesão sequencial em textos próprios.
2. Produzir textos com construções passivas e impessoais, respeitando o gênero textual solicitado.
3. Empregar o discurso direto e indireto em narrativas e diálogos, ampliando a expressividade do texto.
4. Analisar e revisar produções textuais próprias e de colegas, buscando aprimorar e enriquecer a escrita.

Habilidades BNCC:

– (EF08LP14) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão sequencial (articuladores) e referencial (léxica e pronominal), construções passivas e impessoais, discurso direto e indireto e outros recursos expressivos adequados ao gênero textual.
– (EF08LP03) Produzir artigos de opinião, tendo em vista o contexto de produção dado, a defesa de um ponto de vista, utilizando argumentos e contra-argumentos e articuladores de coesão que marquem relações de oposição, contraste, exemplificação e ênfase.
– (EF08LP04) Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: ortografia, regências e concordâncias nominal e verbal, modos e tempos verbais, pontuação, etc.
– (EF08LP13) Inferir efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos de coesão sequencial: conjunções e articuladores textuais.

Materiais Necessários:

– Quadro e giz ou lousa digital.
– Folhas de papel sulfite para atividades de escrita.
– Canetas, lápis e borracha.
– Excertos de textos variados (artigos de opinião, crônicas, contos) impressos.
– Recursos multimídia para exibição de exemplos (projetor, computador).

Situações Problema:

Uma das questões centrais a serem abordadas nesta aula é: Como utilizar os recursos de coesão e expressividade para tornar um texto mais claro e atrativo? Os alunos deverão refletir sobre essa questão ao longo de suas produções e revisões textuais.

Contextualização:

A escrita é uma habilidade fundamental, não apenas para o aprendizado escolar, mas também para a comunicação no dia a dia. Por isso, aprender a utilizar articuladores, construções passivas e impessoais, e modos de discurso é essencial para expressar ideias de maneira coesa e clara. Os alunos vão explorar diferentes gêneros textuais e discutir a importância de uma escrita bem estruturada.

Desenvolvimento:

1. Abertura da Aula (10 minutos)
A aula começa com uma breve discussão sobre a importância da escrita na vida cotidiana e nos diferentes contextos profissionais. Os alunos serão incentivados a compartilhar experiências de textos que já produziram e mencionar o que acham que torna um texto interessante.

2. Apresentação dos Conteúdos (20 minutos)
O professor explicará sobre a importância dos elementos de coesão sequencial, destacando exemplos de articulação em textos. O uso de construções passivas e impessoais será discutido, mostrando como isso enriquece a escrita. O texto será apresentado em um formato visual, destacando frases com diferentes tipos de articuladores.

3. Atividade Prática (15 minutos)
Depois da explicação, os alunos se dividirão em grupos e receberão excertos de textos (artigos de opinião, contos) para analisar a presença de recursos de coesão e distintas construções gramaticais. Eles deverão destacar os articuladores e as construções utilizadas. Após a leitura, cada grupo compartilhará suas descobertas com a turma.

4. Escrita Criativa (5 minutos)
Para finalizar a aula, cada aluno será convidado a produzir um pequeno texto, utilizando de forma consciente os recursos de coesão retirados da atividade anterior, além de incorporar construções passivas, impessoais e discurso direto ou indireto.

Atividades sugeridas:

Atividade 1: Produção de Artigo de Opinião
Objetivo: Produzir um artigo de opinião utilizando articuladores de coesão.
Descrição: Os alunos deverão escolher um tema atual de interesse e produzir um artigo de opinião. O professor poderá oferecer um modelo e algumas perguntas orientadoras.
Instruções: Definir a posição sobre o tema, selecionar argumentos e contra-argumentos, e usar articuladores de coesão em suas produções.
Materiais: Papel, caneta.
Adaptações: Para alunos com dificuldades, pode-se sugerir tópicos a serem usados como start para a argumentação.

Atividade 2: Jogos de Atuação
Objetivo: Compreender o uso do discurso direto e indireto.
Descrição: Em duplas, os alunos devem criar pequenas peças ou diálogos em que utilizem discurso direto e indireto entre os personagens.
Instruções: Cada dupla apresentará o diálogo criado para a turma, promovendo um momento de diversão e aprendizado.
Materiais: Folhas e canetas.
Adaptações: Grupos poderão revisar os textos entre si antes da apresentação.

Atividade 3: Análise de Textos
Objetivo: Praticar a análise textual, identificando elementos de coesão e estruturação.
Descrição: Os alunos receberão diferentes excertos de textos para realizar uma análise das construções gramaticais utilizadas.
Instruções: Grupos deverão identificar os tipos de coesão e elementos gramaticais nas produções alheias.
Materiais: Textos impressos.
Adaptações: Oferecer um guia de análise para alunos que necessitam de apoio adicional.

Discussão em Grupo:

Os alunos devem discutir em grupos as seguintes questões:
1. Qual a importância da coesão textual para que a leitura seja mais fluída?
2. Em que situações específicas você poderia utilizar a construção passiva em sua escrita?
3. Como o uso de recursos expressivos pode alterar a interpretação de um texto?

Perguntas:

1. O que são articuladores textuais e por que são importantes?
2. Como a voz passiva pode alterar o foco de uma informação em um texto?
3. Qual a diferença entre discurso direto e indireto, e quando usar cada um?

Avaliação:

A avaliação será realizada por meio da observação da participação dos alunos nas atividades em grupo e na oratória de suas produções textuais, considerando a utilização consciente dos elementos ensinados.

Encerramento:

Ao final da aula, o professor fará um resumo dos principais pontos discutidos e abordará a importância de seguir praticando a escrita de diferentes gêneros. Serão deixadas sugestões de temas para os alunos trabalharem de forma individual nas próximas aulas.

Dicas:

1. Incentivar a leitura de diferentes gêneros textuais como forma de ampliar o repertório dos alunos.
2. Propor revisões periódicas, nas quais os alunos tragam seus textos para compartilhar e comentar sobre os elementos de coesão utilizados.
3. Criar um mural de texto na sala de aula onde os alunos possam expor suas produções e analisar as práticas de escrita uns dos outros.

Texto sobre o tema:

A escrita é uma habilidade central no contexto escolar e social. Através dela, somos capazes de nos expressar, argumentar e até mesmo persuadir. Para que um texto seja eficaz, é crucial que ele contenha elementos de coesão, que permitem ao leitor perceber a conexão entre as ideias apresentadas. Os articuladores textuais servem como guias, orientando o leitor por um caminho lógico e fluido. Isso não apenas enriquece a comunicação, mas também melhora a capacidade de compreensão por parte de quem lê.

A utilização consciente da voz ativa e da voz passiva também tem seu papel essencial na produção de textos. A voz ativa tende a dar mais dinamismo ao texto, deixando claro quem é o responsável pela ação, enquanto a voz passiva pode ser empregada para dar ênfase ao objeto da ação. Além disso, a capacidade de elaborar diálogos, alternando entre discurso direto e indireto, enriquece a narrativa, permitindo que os autores capturem a essência de diferentes vozes e perspectivas.

Por fim, o constante exercício da escrita faz com que o estudante aprenda a ser crítico em relação ao próprio texto. A prática da leitura e da escrita de diferentes gêneros não apenas desenvolve habilidades linguísticas, mas também estimula a criatividade e o pensamento crítico. Portanto, a importância dos recursos de coesão e da construção textual é indiscutível para a formação de um escritor capaz e eficiente.

Desdobramentos do plano:

A aplicação deste plano de aula pode se desdobrar em diversas práticas que vão além da aprendizagem do texto. Os alunos poderão participar de debates e discussões sobre temas atuais, utilizando as habilidades de argumentação e contra-argumentação desenvolvidas nas atividades. Por exemplo, um debate sobre temas polêmicos como mudanças climáticas ou direitos humanos pode envolver o uso de artigos de opinião produzidos previamente pelas turmas, permitindo que a prática da escrita também se torne um meio de exercício democrático e crítico.

Além disso, o desenvolvimento das habilidades de escrita pode culminar na produção de um jornal escolar, onde os alunos são responsáveis pela criação de conteúdos, que incluirão entrevistas, crônicas e artigos, aplicando todos os elementos de coesão aprendidos em sala. Essa prática não só reforça a aprendizagem individual, mas também promove o trabalho em equipe e a responsabilidade social.

Por fim, a crítica e a revisão de textos são atividades que podem ser incorporadas de forma contínua, não apenas para os textos escritos pelos alunos, mas também em textos lidos. Isso promove uma reflexão crítica sobre as produções textuais, permitindo que os alunos se tornem consumiidores críticos do que leem e publicam. As visitas a bibliotecas ou feiras literárias podem servir como extensões para aprofundar o conhecimento e estimular um gosto pela leitura e escrita.

Orientações finais sobre o plano:

A formação de um aluno crítico e capaz de se expressar bem em diferentes contextos se inicia na prática constante da escrita. Por isso, o plano de aula proposto deve ser visto como um ponto de partida para uma jornada que envolve mais do que apenas a técnica de escrita. Incluir atividades que estimulem o compartilhamento e a crítica construtiva possibilita um espaço seguro para que os alunos se sintam à vontade para explorar suas ideias e melhorar suas competências.

Incentivar os alunos a buscarem outras formas de expressão além da escrita, como o uso de artes plásticas ou teatro, também enriquece o aprendizado. O desenvolvimento de uma mente criativa é vital para a educação contemporânea, uma vez que possibilita uma compreensão mais abrangente do mundo e do lugar em que ocupamos. A integração de tecnologias digitais na produção textual pode ser uma ferramenta potente, pois possibilita que os alunos experimentem novas formas de comunicação e se adaptem a diferentes linguagens.

Envolver a comunidade escolar em comemorações que ressaltem a importância da escrita, como concursos literários ou publicações comemorativas, pode servir como incentivo e reconhecimento do esforço dos alunos. Essa valorização da escrita não deve se restringir à sala de aula, mas também se expandir para toda a comunidade escolar, criando um ambiente que respira literatura e reflexão crítica.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Teatro de Fantoches: Os alunos criam personagens e escrevem um mini-roteiro, utilizando discurso direto e indireto. O uso de fantoches para apresentar o texto torna a atividade divertida e engajante, promovendo a prática da narrativa.
Materiais: Fantoches, papel e canetas.

2. Caça ao Tesouro Literário: Organizar uma atividade onde os alunos devem encontrar em textos diversos os articuladores de coesão, utilizando pistas em cada etapa. Esta atividade lúdica promove a análise de textos de forma estimulante.
Materiais: Textos impressos e pistas elaboradas.

3. Jogo da Memória de Verbos: Criar um jogo onde os alunos têm que emparelhar verbos na voz ativa e passiva, ajudando a fixar os conceitos de uma maneira divertida.
Materiais: Cartões com verbos impressos.

4. Cruzeiro Literário: Os alunos desenham um cruzword onde as palavras se referem aos elementos de coesão e construção textual, desafiando os colegas a preencherem as palavras cruzadas.
Materiais: Papel quadriculado e canetas coloridas.

5. Roda de Compartilhamento: Os alunos formam uma roda e cada um lê uma frase do texto que produziu, seguindo uma ordem específica. Isso permite a troca de feedback imediato e a prática da oralidade.
Materiais: Textos produzidos pelos alunos.

Com essas atividades lúdicas, espera-se desenvolver não apenas as competências linguísticas, mas também a criatividade, o trabalho em equipe e a apreciação pela escrita e leitura, essenciais na formação de cidadãos críticos e comunicativos.

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