Plano de Aula: pique bandeira (Ensino Médio) – 1º Ano
Introdução
O plano de aula elaborado tem o objetivo de introduzir o jogo de pique bandeira no contexto da Educação Física do 1º ano do Ensino Médio, promovendo, de maneira lúdica e divertida, as habilidades de inclusão e respeito às diferenças entre os alunos. Este tipo de atividade não apenas estimula a prática esportiva, mas também as competências sociais e cognitivas, essenciais para a formação de um cidadão pleno e consciente de sua diversidade.
O pique bandeira proporciona um espaço seguro para os alunos interagirem, favorecendo a construção de vínculos e promovendo um ambiente de aceitação e solidariedade. Esse tipo de atividade é essencial para desenvolver não apenas habilidades físicas, mas também a importância do trabalho em grupo, do respeito ao próximo e da empatia. As diretrizes da BNCC guiarão as atividades propostas, assegurando que os alunos desenvolvam competências essenciais em consonância com o currículo escolar.
Tema: Pique Bandeira
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Médio
Sub-etapa: 1º Ano do Ensino Médio
Faixa Etária: 18 anos
Objetivo Geral:
Promover a prática do jogo de pique bandeira, enfatizando a inclusão, o respeito às diferenças e o trabalho em equipe, contribuindo para o desenvolvimento das habilidades sociais e motoras dos alunos.
Objetivos Específicos:
1. Fomentar a inclusão de todos os alunos nas atividades esportivas, respeitando suas individualidades.
2. Desenvolver habilidades motoras como correr, se esconder e pegar a bandeira adversária.
3. Fortalecer o espírito de equipe e colaboração entre os alunos.
4. Refletir sobre a importância do respeito e da empatia em situações de inclusão e convivência.
Habilidades BNCC:
– EM13LGG204: Dialogar e produzir entendimento mútuo, nas diversas linguagens, com vistas ao interesse comum pautado em princípios e valores de equidade assentados na democracia e nos Direitos Humanos.
– EM13LGG502: Analisar criticamente preconceitos, estereótipos e relações de poder presentes nas práticas corporais, adotando posicionamento contrário a qualquer manifestação de injustiça e desrespeito a direitos humanos e valores democráticos.
– EM13LGG503: Vivenciar práticas corporais e significá-las em seu projeto de vida, como forma de autoconhecimento, autocuidado com o corpo e com a saúde, socialização e entretenimento.
Materiais Necessários:
– Duas bandeiras (pode ser um lenço ou pedaço de pano de cores distintas).
– Cones ou marcadores para delimitar o campo de jogo.
– Apito ou sinalizador (opcional, para marcos de início/fim das atividades).
– Equipamentos apropriados de proteção (se necessário, dependendo do perfil dos alunos).
Situações Problema:
– Como garantir que todos os alunos participem do jogo, independentemente de suas habilidades físicas?
– Quais estratégias podem ser criadas para promover a inclusão e o respeito entre colegas durante o jogo?
Contextualização:
O jogo de pique bandeira é uma atividade lúdica que favorece a interação e a cooperação entre os alunos. Essa prática esportiva não requer habilidades técnicas específicas, tornando-se uma opção acessível para todos, contribuindo assim para a inclusão. Em um mundo onde as diferenças são frequentemente desvalorizadas, a prática de esportes coletivos como o pique bandeira ajuda a cultivar um ambiente de aceitação e respeito.
Desenvolvimento:
1. Preparação do ambiente: Delimitar o espaço para o jogo, posicionando os cones para criar duas áreas: “zona de defesa” para cada time e uma “zona neutra” central.
2. Formação das equipes: Dividir a turma em dois grupos equilibrados, garantindo a inclusão de todos os alunos independentemente de suas habilidades.
3. Explicação das regras: Apresentar as regras básicas do pique bandeira, como:
– Cada equipe deve proteger sua bandeira e tentar pegar a bandeira adversária.
– Estabelecer um tempo para a partida (15 minutos, por exemplo).
– O time que conseguir pegar a bandeira do adversário e levá-la de volta sem ser tocado é o vencedor.
4. Execução do jogo: Dar início à partida. Durante o jogo, observar e apoiar os alunos, promovendo o embatimento e a empatia mútua. Pode-se interromper o jogo a qualquer momento para fazer breves reflexões sobre as atitudes dos alunos em relação ao respeito e inclusão.
5. Debriefing: Após o término do jogo, realizar uma roda de conversa para que os alunos compartilhem suas impressões e percepções sobre a atividade e sua relação com a inclusão.
Atividades sugeridas:
– Segunda-feira:
– Objetivo: Conhecimento das regras e dinâmica do jogo.
– Descrição: Introduzir o jogo com uma demonstração prática e discussão em grupo sobre os objetivos.
– Materiais: Cones, bandeiras e apito.
– Instruções: Iniciar com uma prática leve, explicando cada etapa do jogo e fazendo uma sessão de perguntas e respostas.
– Terça-feira:
– Objetivo: Experimentar e vivenciar a dinâmica do jogo.
– Descrição: Dividir a turma em dois times e realizar jogos curtos, alternando funções (defensores e atacantes).
– Materiais: Bandeiras e cones.
– Instruções: Rotacionar os alunos para que todos participem das diversas funções do jogo. Registrar observações sobre a inclusão.
– Quarta-feira:
– Objetivo: Fomentar a inclusão e empatia.
– Descrição: Promover um jogo em que os alunos devem criar estratégias para proteger seus companheiros.
– Materiais: Cones e bandeiras.
– Instruções: No final do dia, discutir as estratégias que foram utilizadas e como se sentiram os alunos.
– Quinta-feira:
– Objetivo: Desenvolver o espírito de equipe.
– Descrição: Conduzir um jogo, enfatizando a importância de trabalhar juntos e apoiar os colegas.
– Materiais: Bandeiras e cones.
– Instruções: Conversar após o jogo sobre como foi trabalhar em equipe e as dificuldades encontradas.
– Sexta-feira:
– Objetivo: Reflexão sobre a semana.
– Descrição: Organizar um círculo de diálogo onde cada aluno poderá expressar o que aprendeu sobre inclusão.
– Materiais: Sem materiais necessários, apenas um espaço para sentar em círculo.
– Instruções: Facilitar a conversa e anotar os principais pontos destacados pelos alunos.
Discussão em Grupo:
– Como o jogo de pique bandeira pode ser adaptado para entrar em consonância com as necessidades de alunos com diferentes deficiências?
– O que podemos fazer como escola para promover ainda mais a inclusão em outras atividades?
– Durante o jogo, como nos sentimos em relação aos colegas? O que podemos aprender com essas experiências?
Perguntas:
1. O que você aprendeu sobre a importância da inclusão jogando pique bandeira?
2. Como você se sentiu ao ajudar um colega durante o jogo?
3. Que estratégias você usou para garantir que todos na equipe conseguissem participar do jogo?
Avaliação:
A avaliação será contínua e envolverá a observação durante as atividades, destacando a participação de cada aluno, as interações e a empatia demonstradas. O feedback será dado oralmente, ressaltando os pontos positivos e áreas de melhora.
Encerramento:
Finalizar a aula com uma circular de agradecimentos, agradecendo a todos pela participação e destacando os aprendizados da semana. Incentivar os alunos a aplicarem o que aprenderam em situações do dia a dia.
Dicas:
– Estimule a comunicação verbal e não-verbal durante a prática do jogo.
– Fique atento ao comportamento dos alunos, promovendo um ambiente respeitoso e acolhedor.
– Esteja disposto a adaptar as normas do jogo, se necessário, visando a inclusão de todos.
Texto sobre o tema:
O pique bandeira é um jogo muito popular que promove a interação social e o espírito de equipe. Nele, os participantes se dividem em dois grupos em um espaço delimitado e buscam capturar a bandeira dos adversários enquanto protegem a sua própria. A atividade não apenas desenvolve habilidades motoras, mas também permite que cada jogador experimente a importância da cooperação e da estratégia. O jogo é uma oportunidade valiosa para ensinar lições de vida, como o respeito ao próximo, a força do trabalho em equipe e o valor da inclusão. Nestes tempos onde os pré conceitos e a intolerância parecem estar tão presentes, promover atividades que incentivam a inclusão se tornam cada vez mais importantes.
A inclusão no ambiente esportivo tem o poder de transformar a sociedade. Ao fomentar o respeito pelas diferenças, os alunos são incentivados a olhar além de suas necessidades individuais, compreender a importância do coletivo e desenvolver um senso de responsabilidade social. A prática de jogos como o pique bandeira se torna um microcosmo a partir do qual os alunos podem replicar os valores de aceitação, respeito e empatia em seu cotidiano. O aprendizado vai além da prática física; ele envolve a dominação de habilidades sociais, onde se torna necessário entender a dinâmica de grupo e como interagir de forma eficiente e acolhedora.
Por último, o pique bandeira oferece uma “lousa” onde as desigualdades e preconceitos podem ser desafiados e transformados. Cada vez que um aluno participa e conquista, mesmo que numa pequena ação, um espaço para si, está dando um passo em direção à respeito em um mundo mais justo e igualitário. Os educadores e os envolvidos em projetos de inclusão devem buscar sempre trazer essas discussões para o espaço escolar, unindo a formação moral e ética à prática esportiva.
Desdobramentos do plano:
A prática do pique bandeira pode se desdobrar em outras áreas do conhecimento. Por exemplo, nas aulas de história, pode-se abordar o conceito de cooperação e os seus efeitos nas sociedades ao longo do tempo, refletindo sobre como diferentes grupos sociais se uniram para superar adversidades. Os professores podem também explorar temas como inclusão social dentro de projetos pedagógicos interdisciplinares, utilizando atividades de arte, onde os alunos possam criar cartazes ou vídeos ressaltando a importância da inclusão no esporte.
Além disso, a aplicação do jogo em eventos escolares, como festivais e competições, pode servir como uma plataforma para discutir e promover as políticas de inclusão. O envolvimento dos alunos em tais eventos poderá não apenas reforçar as habilidades adquiridas em aula, mas também propiciar um espírito comunitário e incentivar a mobilização em torno de projetos de inclusão dentro e fora da escola. Isso ajudará a conscientizar a comunidade escolar sobre a importância da diversidade e da aceitação.
Por fim, ao refletirmos sobre a jornada de aprendizado vivenciada durante as aulas de Educação Física, uma nova visão sobre as práticas esportivas é dada aos alunos. Eles são apresentados a uma realidade onde todos têm um papel importante e onde suas ações são fundamentais para construir relações de respeito e amizade. O jogo se transforma em um contexto propício para a formação não só de excelentes atletas, mas de cidadãos conscientes e engajados para fazer a diferença em suas comunidades.
Orientações finais sobre o plano:
As orientações para a execução do plano de aula visam garantir que todos os alunos, independentemente de suas habilidades, possam participar efetivamente. É fundamental que o professor promova um ambiente seguro e encorajador, onde as comparações e discriminações sejam minimizadas. As instruções devem ser claras e adaptáveis, e a interdisciplinaridade deve ser explorada ao longo das aulas.
A flexibilidade é um aspecto chave: ajuste as regras e dinâmicas do jogo conforme a necessidade do grupo para manter todos engajados e cuidados. A inclusão deve ser sempre uma prioridade, e o professor deve modelar comportamentos positivos em relação ao respeito e à empatia entre os alunos. Além das atividades práticas, dar espaço para discussões e reflexões sobre o que foi aprendido é fundamental para o desenvolvimento das habilidades sociais.
Por fim, observar e aprender com a dinâmica de grupo é essencial. O professor deve ser um facilitador, permitindo que os alunos assumam papéis de liderança e promovam a inclusão ativamente. O sucesso não se mede apenas pela vitória no jogo, mas pela capacidade de respeito, compreensão e aceitação das individualidades de cada colega, contribuindo assim para uma cultura escolar mais acolhedora e inclusiva.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Mural da Inclusão: Os alunos podem criar um mural colaborativo onde cada um expressa o que significa inclusão para eles, usando cores e formas diferentes. O objetivo aqui é fomentar a expressão individual e a valorização da diversidade.
2. Pequeno Documentário: Dividir os alunos em grupos para produzir um breve documentário sobre a importância da inclusão em ambientes esportivos. Sugira que eles façam entrevistas uns com os outros e reflitam sobre as experiências vividas no pique bandeira.
3. Oficina de Jogos Adaptados: Mostrar como adaptar jogos tradicionais para que todos possam jogar, criando versões inclusivas que promovam a participação de todos os alunos. Isso pode incluir, por exemplo, modalidades de pique bandeira que respeitem as limitações físicas de alguns alunos.
4. Contação de Histórias Inclusivas: Os alunos podem se reunir em pequenos grupos para discutir histórias de atletas que superaram desafios em suas vidas. Com isso, eles entenderão que inclusão é um processo em constante construção e transformação.
5. Caminhada da Empatia: Organizar uma caminhada em grupo em que os alunos compartilhem experiências que vivenciaram e momentos em que se sentiram incluídos ou excluídos. Promover um diálogo aberto e seguro sobre esses sentimentos ajudará a solidificar a importância de um ambiente educacional inclusivo.
Com este plano de aula, espera-se que os alunos não só compreendam o valor da inclusão, mas também aprendam a praticá-la ativamente em suas vidas diárias.

