Plano de Aula: Pessoas com deficiência (Educação Infantil)
Neste plano de aula, abordaremos o tema “Pessoas com deficiência”, com foco em promover a empatia e a valorização da diversidade entre as crianças pequenas. A proposta envolve a produção de um cartaz coletivo com mãozinhas coloridas, que simboliza a inclusão e o respeito às diferenças. Ao trabalhar este tema, buscamos estimular nos alunos a compreensão sobre a importância de respeitar e valorizar as características únicas de cada indivíduo, independentemente de suas limitações.
Em um mundo onde a diversidade é cada vez mais presente, é essencial que as crianças aprendam desde cedo a aceitar e compreender as diferenças. A proposta para este encontro de 50 minutos se desenvolverá em atividades lúdicas que envolvem arte, comunicação e movimentos corporais, proporcionando um espaço seguro para que as crianças expressem suas ideias e sentimentos. Estaremos não apenas sensibilizando os pequenos, mas também promovendo uma experiência de aprendizado significativo.
Tema: Pessoas com deficiência
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 4 anos
Objetivo Geral:
Promover a valorização da diversidade e a empatia entre as crianças, desenvolvendo uma compreensão básica sobre as necessidades e características das pessoas com deficiência através de uma atividade artística coletiva.
Objetivos Específicos:
– Fomentar a comunicação entre as crianças, permitindo que expressem suas ideias e sentimentos sobre o tema.
– Criar um ambiente de cooperação onde todos possam participar ativamente da produção do cartaz.
– Desenvolver a percepção sobre as diferenças e semelhanças entre as pessoas, respeitando as particularidades de cada um.
Habilidades BNCC:
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
(EI03EO05) Demonstrar valorização das características de seu corpo e respeitar as características dos outros (crianças e adultos) com os quais convive.
(EI03EO06) Manifestar interesse e respeito por diferentes culturas e modos de vida.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro, música.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI03TS02) Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais.
Materiais Necessários:
– Papel colorido
– Tintas ou giz de cera
– Tesoura sem ponta
– Cola
– Cartolina grande
– Pincéis e esponjas para pintura
– Expositores para a colagem das mãozinhas
Situações Problema:
Introduce a reflexão sobre como as crianças podem se sentir se não forem incluídas em um grupo, ou se tiverem dificuldades de interação, estimulando a empatia e a relação de cuidados.
Contextualização:
Inicie a aula contextualizando o tema com uma conversa simples. Pergunte às crianças se conhecem alguém que se parece com elas e alguém que é diferente. Os alunos podem compartilhar experiências e sentimentos. Com isso, será possível mostrar que, embora tenhamos diferenças, todos têm a mesma necessidade de amor e respeito.
Desenvolvimento:
1. Apresentação do tema: Explique rapidamente, de forma lúdica, o que é uma deficiência e como isso pode se manifestar. Use linguagem simples e acessível.
2. Atividade de aquecimento: Proponha uma brincadeira de roda, onde cada criança pode imitar gestos ou movimentos que expressem sentimentos (como alegria, tristeza, etc.). Esta atividade ajudará a criar um ambiente confortável e acolhedor.
3. Elaboração do Cartaz: Divida as crianças em pequenos grupos e distribua folhas de papel colorido. Cada criança deverá fazer a impressão da sua mão. Assim que todas as mãozinhas estiverem prontas, podem ser coladas na cartolina grande.
4. Pintura: Com as mãozinhas coladas, as crianças podem usar tintas para colorir o espaço ao redor, criando um contexto alegre e inclusivo.
5. Apresentação do Cartaz: Ao final da atividade, cada grupo deverá explicar a sua parte no cartaz, potencializando as habilidades de comunicação.
Atividades sugeridas:
1. Dia do reconhecimento: Crie momentos durante a semana em que as crianças possam observar e conversar sobre diferentes pessoas em suas comunidades que vivem com deficiência.
2. Histórias Inclusivas: Ler um livro que aborde a inclusão (ex: “O defeito é não ter defeito”). Facilitar diálogos sobre o que aprenderam.
3. Brincadeiras com o corpo: Realizar atividades em que as crianças tentem se expressar sem usar as mãos, enfatizando as dificuldades que algumas pessoas enfrentam diariamente.
4. Construção de fantoches: Utilizar materiais recicláveis para criar fantoches que representem diferentes personagens, incluindo aqueles com deficiência.
5. Reflexão final: Reserve um tempo para que as crianças compartilhem o que aprenderam, reforçando a valorização do outro.
Discussão em Grupo:
Promova uma conversa em grupo ao final da atividade onde as crianças possam expressar como se sentiram durante o processo, o que aprenderam sobre as diferenças e as semelhanças entre elas e como podem ser amigas e apoiadoras das pessoas com deficiência.
Perguntas:
– O que vocês acham que significa ser diferente?
– Como vocês se sentiriam se alguém não quisesse brincar com vocês?
– O que podemos fazer para incluir todos nos nossos jogos e brincadeiras?
Avaliação:
A avaliação será contínua e observacional, focando em como os alunos interagem, expressam suas emoções durante a atividade, e como se comportam em relação aos colegas.
Encerramento:
Finalizar a aula compartilhando um momento de ^^reflexão^^ onde cada criança pode deixar uma mensagem ou desenho representando o que criou e aprendeu sobre diversidade e inclusão.
Dicas:
– Incentive os alunos a contar suas experiências relacionadas a amigos ou familiares que tenham alguma deficiência.
– Utilize recursos audiovisuais para enriquecer a discussão.
– Crie um espaço onde os alunos possam expor seus desenhos e expressões artísticas.
Texto sobre o tema:
A inclusão de pessoas com deficiência representa um valor essencial para a sociedade contemporânea. Contudo, para que esta valor seja com o encontrado, é crucial que iniciemos esta educação desde cedo, nas salas de aula e nos lares. A empatia é o primeiro passo: ao ensinarmos nossas crianças a se colocarem no lugar do outro, não apenas desenvolvemos um conhecimento sobre as dificuldades que essas pessoas enfrentam, como também fomentamos um espaço onde respeitamos as características únicas de cada um.
As crianças são receptivas, e muitas vezes, partem de um lugar de curiosidade e aceitação. Portanto, é a tarefa dos educadores moldar essa curiosidade, transformando-a em respeito e amor ao próximo. Através de atividades lúdicas, como a criação de um cartaz coletivo, podemos criar momentos que não apenas ensinam, mas inspiram as crianças a reconhecer a beleza na diversidade e a importância de se valorizar o outro.
A educação inclusiva não é apenas uma responsabilidade social, mas uma contribuição valiosa para a formação de cidadãos conscientes e respeitosos. Ao trabalharmos em sala, usando arte e movimento, possibilitamos que os pequenos desenvolvam habilidades cruciais para suas vidas, preparando-os para uma convivência harmoniosa em um mundo plural. Isso inclui compreender que cada ser humano, com ou sem deficiência, possui algo especial a oferecer ao conjunto social.
Desdobramentos do plano:
Este plano de aula pode ser expandido para incluir mais temas relacionados à diversidade, como a tolerância religiosa ou a aceitação cultural. Por exemplo, a partir do tema central, atividades interativas podem ser desenvolvidas para permitir que crianças tenham contato com histórias de diversos grupos, abrindo espaço para o diálogo e o aprendizado. É importantíssimo que os educadores preparem um ambiente onde a curiosidade seja valorizada. Assim, podemos transformar o aprendizado em uma experiência rica e significativa.
Além disso, é possível planejar outras atividades que envolvam experiências sensoriais, visando reforçar a compreensão sobre a percepção do mundo para as pessoas com deficiência visual, auditiva, entre outras. Atividades que envolvam texturas, sons e aromas podem ser úteis para que as crianças experimentem e compreendam as dificuldades enfrentadas por seus pares.
Finalmente, ao longo do ano letivo, espera-se que este projeto se desenvolva em um ciclo contínuo de aprendizado sobre aceitação e inclusão, cruzando os diversos campos de experiência da BNCC. As habilidades adquiridas durante essas atividades serão fundamentais para que as crianças cultivem uma visão mais ampliada da humanidade.
Orientações finais sobre o plano:
Os educadores devem estar cientes de que o papel deles vai além do simples encaminhamento das atividades. A mediação entre as crianças, a atuação como facilitador de discussões e o reconhecimento das emoções dos pequenos são essenciais para um entendimento profundo do conteúdo abordado. Isso ajuda as crianças a se sentirem seguras para compartilhar sentimentos, experiências e opiniões.
Outra recomendação é sempre garantir que as atividades sejam adaptáveis e inclusivas. Cada criança deve sentir que pode participar e contribuir. Ao integrar as habilidades de cada aluno, o ambiente de aprendizado se torna mais rico e produtivo. Portanto, ao planejar as atividades, considere as diversas capacidades de seus alunos, criando oportunidades de aprendizado que atendam a todos.
Por último, não deixe de celebrar a diversidade e as conquistas da turma ao final do plano. Uma roda de conversa onde cada um expressa seus sentimentos sobre o aprendizado pode ser uma forma de reforçar a mensagem de inclusão e respeito. Dessa forma, o aprendizado alcançado neste plano se transforma em um sentimento coletivo de valorização e empatia.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Teatro de Fantoches Inclusivos: Usar fantoches para contar histórias que envolvem personagens com deficiência. Objetivo: sensibilizar sobre a vivência das pessoas com deficiência. Material: Fantoches e cenário criado com cartolinas. Atividades: As crianças podem participar do teatro, ajudando a criar o roteiro e encenar.
2. A Dança dos Sentidos: Crie uma atividade onde todos dançam vendados e um colega guia. Objetivo: desenvolver a confiança e a percepção sensorial. Material: Vendas para os olhos e acesso a um espaço amplo. Observações: Criar um ambiente seguro e que permita movimento livre.
3. Arte Coletiva com Texturas: Propor que cada criança traga um material que represente o que entendeu sobre o tema. Objetivo: expressar-se por meio da arte e vivenciar a diversidade. Material: Papéis, texturas variadas e objetos. A atividade envolverá a colagem de todos os materiais em um grande painel.
4. Caça ao Tesouro Inclusivo: Com pistas que representem a história de diferentes pessoas com deficiência, as crianças devem encontrá-las em duplas. Objetivo: favorecer a cooperação e a empatia entre elas. Material: Fichas com pistas e um mapa do espaço.
5. Desenho da Amizade: Cada criança deve desenhar um amigo, destacando o que ela valoriza no outro. Objetivo: reconhecimento das diferenças e semelhanças entra amizades. Material: Papel, lápis de cor, e um mural para exposições. Ao final, os desenhos podem ser expostos e discutidos em grupo.
Essas sugestões não apenas tornarão o aprendizado mais divertido mas também reforçarão a mensagem de inclusão e empatia que desejamos construir.
