Plano de Aula: organização pessoal e coletiva (Educação Infantil) – Criancas bem pequenas

A elaboração deste plano de aula busca proporcionar uma experiência rica e significativa às crianças bem pequenas, com idades entre 2 e 3 anos. O foco é a organização pessoal e coletiva, um tema de grande importância para o desenvolvimento social e emocional dos pequenos. Através de brincadeiras e interações, as crianças vão aprender a cuidar de si e dos outros, visando fortalecer sua *autoconfiança* e a capacidade de trabalhar em equipe. Durante a atividade, as crianças serão incentivadas a compartilhar espaços e objetos, respeitar as diferenças físicas dos colegas e seguir regras básicas de convivência.

A organização é uma habilidade fundamental que, se desenvolvida na infância, pode auxiliar na construção de hábitos saudáveis para a vida toda. Este plano está alinhado com as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e voltado para a faixa etária de 2 a 3 anos, considerando as habilidades do campo de experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”, que enfatizam a importância das interações sociais. Espera-se que, ao final da atividade, as crianças sejam capazes de perceber as relações de cuidado e solidariedade nas interações cotidianas.

Tema: Organização pessoal e coletiva
Duração: 60 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças bem pequenas
Faixa Etária: 2 a 3 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Desenvolver nas crianças a capacidade de trabalhar em equipe, promovendo a organização pessoal e coletiva por meio de atividades lúdicas que estimulem a convivência harmoniosa.

Objetivos Específicos:

1. Fomentar a solidariedade nas interações com os colegas.
2. Promover a autoconfiança e a capacidade de enfrentar desafios simples.
3. Incentivar o compartilhamento de objetos e espaços.
4. Desenvolver a habilidade de comunicação efetiva entre os alunos.
5. Estimular o respeito às diferenças físicas e comportamentais dos colegas.

Habilidades BNCC:

– (EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
– (EI02EO03) Compartilhar os objetos e os espaços com crianças da mesma faixa etária e adultos.
– (EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.
– (EI02EO05) Perceber que as pessoas têm características físicas diferentes, respeitando essas diferenças.
– (EI02EO06) Respeitar regras básicas de convívio social nas interações e brincadeiras.

Materiais Necessários:

– Brinquedos variados (bloquinhos, bonecas, carrinhos, etc.)
– Colchonetes ou almofadas para as atividades no chão
– Materiais para desenho (papel, giz de cera)
– Caixas organizadoras ou cestos para facilitar a arrumação dos objetos
– Música suave para a ambientação

Situações Problema:

Como podemos organizar nossos brinquedos para brincar juntos? Quais são as regras que devemos seguir para garantir que todos os amigos possam brincar em harmonia?

Contextualização:

A organização é um conceito que pode ser introduzido às crianças de maneira simples e divertida, além de ser fundamental para que compreendam a importância de cuidar do seu espaço e do espaço dos outros. Nesta idade, as crianças estão desenvolvendo sua identidade e seu lugar no grupo, e aprender a compartilhar e cuidar juntos é essencial para fomentar relações saudáveis.

Desenvolvimento:

1. Apresentação do tema: Começar a aula apresentando de forma lúdica o significado de organização, usando exemplos simples do dia a dia.
2. Roda de conversa: Sentar com as crianças em círculo e perguntar sobre suas experiências quanto a cuidar de suas coisas e brincar em conjunto.
3. Atividade prática: Propor que juntos façam uma organização dos brinquedos. Cada criança deve ajudar a colocar seus brinquedos em caixas ou cestos, reforçando a ideia de que todos têm um papel na organização.
4. Brincadeira em grupo: Após a organização, promover uma atividade de livre brincadeira utilizando os brinquedos organizados, incentivando a comunicação entre as crianças para decidirem o que brincar.
5. Momento de reflexão: Ao final da brincadeira, reunir as crianças novamente e conversar sobre como foi organizar os brinquedos, o que elas sentiram ao partilhar os espaços e como podem fazer isso no dia a dia da escola.

Atividades sugeridas:

1. Atividade de Organização dos Brinquedos
Objetivo: Ensinar as crianças sobre a importância de manter os brinquedos organizados.
Descrição: As crianças serão convidadas a escolher um brinquedo e colocá-lo na caixa ou cesto correto.
Instruções: Demonstre como você faz e convide cada criança a fazer o mesmo.
Materiais: Brinquedos variados e caixas organizadoras.
Adaptação: Crianças com dificuldades motoras podem trabalhar com brinquedos menores ou elogios mais frequentes para estimular a participação.

2. Brincadeira de Cuidado
Objetivo: Desenvolver solidariedade e cuidado ao brincar.
Descrição: Cada criança escolherá um objeto na sala e deverá zelar por ele, cuidando como se fosse uma ‘coisa viva’.
Instruções: Explique a atividade e proporcione espaço para que as crianças interajam com os objetos.
Materiais: Bonecas, carrinhos ou qualquer objeto que possa ser ‘cuidado’.
Adaptação: Dividir grupos para que todos possam participar ativamente.

3. História sobre Organizar e Partilhar
Objetivo: Estimular a imaginação e a comunicação verbal.
Descrição: Ler uma história que fale sobre a importância de compartilhar e organizar, como “O Livro dos Brinquedos Desorganizados”.
Instruções: Faça perguntas após a leitura para fomentar o diálogo.
Materiais: Livro ilustrado.
Adaptação: Para crianças que têm dificuldades, pedir que apontem figuras na história.

4. Dança da Organizaçao
Objetivo: Trabalhar a coordenação e diversão ao mesmo tempo.
Descrição: Criar uma canção com as instruções de organizar (ex: “Quando a música tocar, vamos arrumar!”).
Instruções: Instruir a dança e fazer uma roda de diversão.
Materiais: Música e espaço livre.
Adaptação: Crianças podem dançar no formato que se sentirem mais à vontade.

5. Momentos da Reflexão
Objetivo: Promover a capacidade de expressar sentimentos e pensamentos.
Descrição: Após as atividades, cada criança deve descrever o que sentiu durante a organização e a brincadeira.
Instruções: Estimular a fala e o compartilhamento dos sentimentos.
Materiais: Folhas e lápis para desenhar o que aprenderam.
Adaptação: Crianças que falam menos podem fazer desenhos e traduzi-los para o grupo.

Discussão em Grupo:

Propor que as crianças comentem sobre a importância de respeitar as regras enquanto brincam e como a organização ajuda na diversão coletiva. Perguntar como elas se sentiram ao compartilhar os brinquedos e ao cuidar dos objetos dos amigos.

Perguntas:

– O que ajudou você a organizar os brinquedos?
– Como você se sentiu quando teve que compartilhar?
– Por que achamos importante cuidar dos nossos brinquedos e dos brinquedos dos amigos?

Avaliação:

A avaliação será constante e formativa, observando a participação, envolvimento e interação das crianças durante a atividade. Anotar como as crianças se relacionaram entre si e se demonstraram compreensão sobre a importância da organização e do cuidado.

Encerramento:

Para concluir a atividade, reunir as crianças novamente e fazer um breve resumo sobre tudo o que foi aprendido. Encorajar que continuem a prática da organização e solidariedade em casa e na escola.

Dicas:

– Utilize músicas para tornar a aula mais dinâmica e divertida.
– Inclua elementos visuais que ajudem as crianças a entender o que é organização e cuidado.
– Esteja sempre atento às necessidades e ritmos de cada criança, adaptando as atividades conforme o necessário para garantir que todos possam participar.

Texto sobre o tema:

A organização pessoal e coletiva é um conceito que começa a ser formado desde a mais tenra idade. Para crianças de 2 a 3 anos, essa prática não se limita apenas a arrumar objetos, mas também envolve aprender a conviver com o outro, respeitando os espaços e as necessidades de cada um. A ideia de compartilhar brinquedos e outras coisas é fundamental para que as crianças desenvolvam, desde pequenas, habilidades sociais necessárias na vida em grupo. Este processo, além de ser educativo, proporciona momentos de interação, alegria e, muitas vezes, muito aprendizado.

Na prática, ensinar as crianças sobre organização pode se dar através de brincadeiras e atividades que tornem essa aprendizagem mais lúdica. Ao promover um ambiente onde todos possam participar, sentirem-se úteis e compreendidos, os pequenos desenvolvem solidariedade e respeito. É válido enfatizar que o cuidado que cada criança tem com os seus objetos pessoais também se estende a aqueles que pertencem aos colegas, aumentando seu senso de responsabilidade. Dessa forma, a aprendizagem se dá de forma natural e espontânea, favorecendo um clima escolar harmonioso e afetivo.

Além disso, vale ressaltar que a organização não se limita a atividades de arrumação, mas também abrange a criação de regras de convivência dentro do grupo. É fundamental que as crianças sejam estimuladas a expressar seus sentimentos quando se deparam com a dificuldade de compartilhar ou quando se sentem desrespeitadas. Essa troca abrirá espaço para que simplesmente organizar os brinquedos se transforme em uma grande atividade relacional, onde o respeito ao outro é cultivado diariamente.

Desdobramentos do plano:

A proposta de organização pessoal e coletiva pode ser ampliada em diferentes contextos e dimensões dentro da sala de aula. É possível envolver atividades interdisciplinares, como a arte, que permite que as crianças expressem sua visão sobre o tema por meio de desenhos ou colagens. Essa prática ajudará a fortalecer a relação entre o visual e o conceito de organização, fazendo com que as crianças visualizem as mudanças que podem realizar não apenas em seus brinquedos, mas também em seu ambiente de vida. A arte também proporciona um espaço de expressão pessoal, onde cada um pode mostrar suas preferências e respeitar as dos colegas.

Além disso, ao longo das semanas seguintes, o plano de aula pode ser revisitado e aprimorado. Os professores poderão introduzir novas dinâmicas de grupo, gerando discussões sobre casos em que a desorganização afetou as brincadeiras e como poderiam ter agido para mudá-la. Histórias e contos podem ser revisitados e adaptados, trazendo novas situações e desafios que incentivem o diálogo, a solução de conflitos e a aplicação prática do que aprenderam sobre compartilhar e cuidar dos outros. Continuar a abordagem do tema em diferentes contextos ajudará as crianças a internalizarem essas aprendizagens.

Por fim, os pais e responsáveis podem ser envolvidos nesse processo de aprendizagem em casa. Discutir com eles a importância da organização pessoal e do cuidado mútuo durante reuniões pedagógicas pode ser um desdobramento interessante. Compartilhar dicas e sugestões sobre como manter a rotina de arrumação e respeito ao espaço alheio em casa pode ampliar a conexão entre a escola e o ambiente familiar, criando assim uma rede de apoio educacional que reforça as aprendizagens construídas em sala.

Orientações finais sobre o plano:

Ao preparar um plano de aula para crianças bem pequenas, é crucial considerar o ritmo e as características de cada grupo. É necessário que o professor esteja preparado para adaptar as atividades, se necessário, e sempre atento às *interações* e *reações* das crianças. Algumas delas podem ter mais dificuldade para compartilhar ou seguir as regras propostas, e a intervenção do educador é fundamental para guiar essas situações de forma respeitosa e educativa. O intuito é criar um ambiente onde as crianças se sintam à vontade para expressar seus sentimentos e se apropriar do conceito de organização.

A comunicação entre professor e alunos deve ser clara, objetiva e carinhosa. Isso ajudará não apenas na compreensão das atividades, mas também na construção das relações que são essenciais neste trecho da vida escolar. Ao final de cada atividade, possibilitar um espaço para que as crianças compartilhem suas experiências proporcionará um aprendizado mais significativo. O professor deve incentivar a fala ativa para que todos tenham voz, destacando a importância de ouvir e respeitar a opinião dos demais.

Por último, a organização pessoal e coletiva não se resume a uma única aula. Esse princípio deve ser cultivado diariamente. Incentivar as crianças a manter seus espaços organizados durante o dia, mesmo em atividades simples como o lanche ou uma nova brincadeira, reforça contínuamente os aprendizados do plano. A observação e o reconhecimento desses comportamentos serão fundamentais para que as crianças percebam a importância deste novo hábito e como ele transforma positivamente seu ambiente e suas relações.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Caça aos Brinquedos: Organizar uma atividade de busca na sala de aula, onde as crianças precisam encontrar e colocar os brinquedos em seus lugares. A ideia é tornar a busca uma brincadeira, com prêmios simbólicos por finalizarem a organização.
Objetivo: Incorporar a ideia de responsabilidade de forma lúdica.
Materiais: Brinquedos e caixas.
Condução: Anunciar a “caça” e estabelecer regras simples.

2. A Dança da Organização: Enquanto toca uma música animada, as crianças devem dançar e, quando a música parar, cada uma deve se dirigir a um brinquedo e organizá-lo.
Objetivo: Associar atividade física com organização.
Materiais: Música e brinquedos.
Condução: Iniciar e parar a música conforme o combinado.

3. Criação de um Cartaz de Regras: Juntar as crianças para que desenhem ou colem imagens que representem as regras de organização e cuidado. Esse cartaz pode ser exposto na sala.
Objetivo: Promover a autossuficiência na construção de normas.
Materiais: Papel, giz de cera, recortes.
Condução: Facilitar a discussão das regras.

4. Hora do Conto: Ler uma história onde os protagonistas enfrentam desafios devido à desorganização, promovendo um paralelo com a vida real das crianças e construindo reflexões.
Objetivo: Fazer crianças entenderem as consequências da desorganização.
Materiais: Livro relacionado ao tema.
Condução: Incentivar a interação durante a leitura.

5. Teatro de Fantoches: Criar uma pequena apresentação onde fantoches falam sobre organização, compartilhamento e respeito, permitindo que as crianças se vejam no papel dos protagonistas.

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