Plano de Aula: O VALOR DE UMA OBRA DE ARTE (Ensino Fundamental 1) – 5º Ano

A capa do tema “O VALOR DE UMA OBRA DE ARTE” trabalha a importância cultural e econômica das obras de arte na sociedade contemporânea e como elas são percebidas no famoso “mundo do consumo”. Esta aula é projetada para o 5º ano do Ensino Fundamental, onde os alunos têm a oportunidade de explorar qualitativamente o significado de arte, seu valor simbólico e monetário, e a forma como a arte influencia a sociedade e o consumo. O plano inclui, ainda, uma análise crítica e reflexiva sobre as práticas do consumismo, estimulando o pensamento crítico dos alunos sobre a obra de arte.

Trabalhando com o tema, a aula visa incentivar os alunos a fazer conexões entre o valor estético das obras de arte e sua transformação em produtos de consumo, além de desenvolver habilidades essenciais para reconhecer e criticar a relação entre arte e mercado de consumo. Este plano de aula é uma excelente oportunidade para os alunos compreenderem não apenas a arte, mas o papel que desempenham como consumidores conscientes e críticos.

Tema: O VALOR DE UMA OBRA DE ARTE
Duração: 1 hora
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 5º Ano
Faixa Etária: 9 a 11 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Levar os alunos a compreenderem a importância de uma obra de arte além de seu valor monetário, promovendo uma reflexão crítica sobre o consumo cultural e o papel da arte na sociedade contemporânea.

Objetivos Específicos:

– Identificar e comparar o valor simbólico e monetário de uma obra de arte.
– Discernir a diferença entre arte como expressão cultural e produto de consumo.
– Reflexionar sobre o impacto do consumismo nas percepções de arte e cultura.
– Desenvolver habilidades de interpretação crítica em relação a produtos culturais e suas representações.

Habilidades BNCC:

– (EF05LP02) Identificar o caráter polissêmico das palavras (múltiplos significados de termos).
– (EF05LP20) Analisar a validade e a força de argumentos em argumentações sobre produtos de mídia.
– (EF15AR01) Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas.
– (EF15AR04) Explorar e experimentar diferentes formas de expressão artística.

Materiais Necessários:

– Reproduções de obras de arte (pode ser em formato digital ou impresso).
– Materiais para escrita (papel, canetas, lápis).
– Quadro branco ou lousa para anotações.
– Projetor (opcional) para exibir imagens de obras de arte.
– Folhas impressas com questões sobre a relação entre arte e consumo.

Situações Problema:

– Por que algumas obras de arte são vendidas por milhões de reais e outras não?
– Como a percepção de uma obra de arte muda ao inseri-la no contexto do consumo?
– O que significa “valorizar” uma obra de arte? O que isso implica na prática do dia a dia?

Contextualização:

A arte é uma forma de comunicação universal que reflete a cultura, a história e os valores de uma sociedade. Com o advento do consumismo, as obras de arte passaram a ser não apenas objetos de admiração, mas também produtos que estão sujeitos às dinâmicas de mercado. É essencial que os alunos entendam essa dualidade e desenvolvam um olhar crítico para diferenciar os valores intrínsecos das obras de arte e o seu potencial de consumo.

Desenvolvimento:

1. Introdução ao tema com uma breve discussão sobre o que é arte e suas definições.
2. Apresentação das obras de arte selecionadas e discussão sobre suas características e significados.
3. Análise do valor das obras em contextos diferentes (culturais, históricos e de mercado).
4. Grupo de reflexão sobre como a arte pode ser consumida (mostras, exibições, comerciais).

Atividades sugeridas:

Atividade 1: “Desvendando a Obra de Arte”
Objetivo: Identificar o que torna uma obra de arte valiosa.
Descrição: Os alunos escolhem uma obra de arte e discutem em grupos pequenos o que consideram que dá valor àquela obra.
Instruções:
– Cada grupo recebe uma imagem de uma obra de arte.
– Devem anotar os atributos que valorizam (ex. cores, técnicas, mensagem).
– Apresentam para a turma, explicando suas percepções.
Materiais: Imagens impressas, papel, canetas.

Atividade 2: “O Preço da Arte”
Objetivo: Analisar a diferença entre arte como bem cultural e como produto de consumo.
Descrição: Discussão sobre um leilão famoso de arte e como o preço é definido.
Instruções:
– O professor traz exemplos de obras que foram leiloadas.
– Alunos discutem por que esses preços são tão altos.
– Criar uma comparação de preço entre obras contemporâneas e clássicas.
Materiais: Impressos de obras, informações sobre leilões.

Atividade 3: “A Arte e o Consumismo”
Objetivo: Refletir sobre as implicações do consumo na percepção da arte.
Descrição: Debater em grupo os impactos do consumismo sobre as obras de arte e a cultura visual.
Instruções:
– Dividir os alunos em grupos.
– Debater usos de obras de arte na publicidade e no marketing.
– Produzir um pequeno painel visual que represente suas conclusões.
Materiais: Papéis para colagem, canetas, marcadores.

Atividade 4: “Cartão Postal”
Objetivo: Criar uma reflexão sobre uma obra escolhida.
Descrição: Os alunos escolhem uma obra de arte e produzem um cartão postal com suas ideias sobre o valor da obra escolhida.
Instruções:
– Escrever à mão uma mensagem sobre o que a obra significa e por que é valiosa.
– Enviar os cartões para um colega, promovendo a troca de ideias.
Materiais: Cartões, canetas coloridas.

Atividade 5: “Arte e Publicidade”
Objetivo: Analisar como a arte é utilizada em campanhas publicitárias.
Descrição: Identificar exemplos de campanhas que usam obras de arte.
Instruções:
– Exibir anúncios que incorporam artes famosas.
– Discussão em sala sobre a finalidade e o impacto.
Materiais: Projetor, slides de campanhas publicitárias.

Discussão em Grupo:

Promover uma discussão em grupo que permita aos alunos compartilhar suas reflexões e análises sobre o valor da arte versus seu consumo. Indagar-lhes sobre suas opiniões a respeito da influência da arte no cotidiano e como ela afeta suas escolhas enquanto consumidores.

Perguntas:

– O que você considera mais importante em uma obra de arte: o sentimento que ela provoca ou seu valor financeiro?
– Como você acha que o consumismo impacta a apreciação da arte na sociedade?
– Você acha que todos têm acesso igual à arte? Por quê?

Avaliação:

A avaliação ocorrerá através da participação dos alunos nas atividades e discussões, além da análise dos cartões postais criados e das reflexões escritas sobre as obras de arte. O professor pode utilizar uma rubrica para avaliar a profundidade da análise, participação e trabalho em grupo.

Encerramento:

Finalizar a aula ressaltando a importância do olhar crítico em relação ao consumo e à valorização da arte. Reforçar a ideia de que as obras de arte não são apenas produtos, mas também representam a cultura e a história que devem ser respeitadas e preservadas. Promover uma apreciação pela variedade de formas de arte que existem ao nosso redor.

Dicas:

– Estimular os alunos a pesquisarem sobre artistas locais ou exposições em sua região para que possam se conectar ainda mais com o tema.
– Propor que os alunos criem suas próprias obras de arte, baseando-se nos aprendizados da aula, para apresentar posteriormente.
– Utilizar recursos audiovisuais, como documentários, que abordem a história da arte e o mercado para enriquecer as discussões.

Texto sobre o tema:

O valor da arte transcende as barreiras do tempo e do espaço humano. Desde os primórdios das civilizações, a arte tem sido uma forma de expressão e comunicação, refletindo as percepções culturais, sociais e políticas de seu tempo. Em sociedades contemporâneas, definir o valor de uma obra de arte pode, muitas vezes, ser um desafio, pois ele é influenciado não apenas pela técnica e criatividade do artista, mas também pelo contexto do mercado, incluindo fatores como a fama do artista, o histórico da obra e sua popularidade. Frequentemente, vemos obras de arte sendo leiloadas por milhões de reais, o que levanta questões sobre a verdadeira essência da arte: será que seu valor está atrelado apenas ao preço que um colecionador está disposto a pagar?

Além de serem produtos de valor financeiro, as obras de arte têm a capacidade de engajar os sentidos e provocar reflexões profundas sobre a condição humana. Elas desafiam nossas crenças, configurando discussões ao abordar temas sociais, políticos e ambientais. Contudo, ao longo da história, a comercialização desenfreada da arte pode diluir esses valores intrínsecos, transformando a arte em um mero produto consumido em massa. Assim, é fundamental desenvolver uma consciência crítica sobre esse fenômeno e entender como as obras de arte podem tanto enriquecer nossas experiências diárias quanto serem tragicamente subestimadas e mal interpretadas por suas conexões com o mundo do consumo.

A arte como forma de resistência e protesto cultural tem sido um importante meio de expressão para muitos artistas, que utilizam seus trabalhos não só para entreter, mas para questionar e desafiar narrativas hegemonicamente aceitas. Em um mundo onde o consumismo é predominante, é vital que os educadores incentivem discussões sobre a verdadeira natureza da arte e seu papel nos ações de consumo individual e coletiva. Promover um diálogo informativo sobre como as obras de arte podem se inserir no cotidiano dos alunos e influenciar suas percepções não apenas formará consumidores mais críticos e conscientes, mas também estimulará um aprecio mais profundo por todas as formas de expressão artística.

Desdobramentos do plano:

Os desdobramentos deste plano de aula podem se estender para diversas disciplinas e práticas educativas. Apreciar a arte sob uma nova perspectiva pode gerar discussões em outras áreas, como história, ao estudarmos os contextos que levaram a criação de determinadas obras. O impacto da arte ao longo dos séculos apresenta um campo fértil para a interdisciplinaridade, onde o entendimento das mudanças sociais e culturais é fundamental para a compreensão da arte. Além disso, o tema do consumismo pode ser explorado em aulas de ciências sociais, abordando a globalização e seus efeitos sobre as práticas culturais.

No âmbito da arte, pode-se propor atividades de produção criativa, onde os alunos sejam desafiados a criar campanhas publicitárias ou obras originais, refletindo o que aprenderam sobre arte e consumo. Tal atividade fortalece a capacidade de síntese e a expressão individual, permitindo que os alunos combinem pesquisa e criatividade.

Por último, o desenvolvimento de um projeto de exposição na escola com obras dos alunos ou de artistas locais pode ser uma bela maneira de tangibilizar os aprendizados. Isso possibilitará que compartilhem suas percepções sobre arte com a comunidade escolar, tornando visível a interconexão entre arte e sociedade, e reforçando a ideia de que todos podem contribuir para o enriquecimento do cenário cultural.

Orientações finais sobre o plano:

Ao aplicar esse plano de aula, é essencial que o professor mantenha um espaço aberto para dialogar com os alunos, acolhendo opiniões e reflexões diversas sobre o tema do valor das obras de arte e seu papel no consumismo. Incentivar os alunos a expressarem suas próprias experiências e emoções relacionando-se com a arte pode trazer um benefício significativo na construção do conhecimento crítico. O professor também deve estar atento às dinâmicas em sala, promovendo um ambiente colaborativo onde cada voz tenha espaço e seja respeitada.

Além disso, promover encorajamento e suporte para a pesquisa e criação artística individual é fundamental. Os alunos devem sentir-se à vontade para explorar suas próprias visões sobre o que a arte representa e como podem reinterpretá-la em suas vidas. Essa prática promove um aprendizado experiencial que tem mais chances de ser significativo a longo prazo.

Por fim, nutra uma cultura de apreciação e respeito pelas diferentes formas de arte e suas histórias. Ao articular os conceitos de valor, cultura e consumismo, os alunos podem emergir como cidadãos críticos que não apenas consomem arte, mas também contribuem para o campo cultural de suas comunidades.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

Sugestão 1: “Caça ao Tesouro Artístico”
Objetivo: Explorar diferentes obras de arte espalhadas pela escola ou pela cidade.
Descrição: Organizar uma caça ao tesouro em grupos, onde os alunos devem encontrar obras de arte (fotos, pinturas, esculturas) e identificar seu valor simbólico.
Materiais: Fichas com pistas e informações sobre as obras.
Modo de condução: Dividir em equipes e estabelecer regras de competição amigável.

Sugestão 2: “Teatro das Artes”
Objetivo: Representar a história de uma obra de arte famosa.
Descrição: Criar pequenas peças teatrais que retratem o contexto e a importância de obras famosas, trazendo à tona suas histórias e capacidades culturais.
Materiais: Fantasias, adereços – incentivar o uso de materiais recicláveis.
Modo de condução: Dividir os alunos em grupos e dar tempo para criação e ensaio das peças.

Sugestão 3: “Arte no Cotidiano”
Objetivo: Integrar a arte no dia a dia dos alunos.
Descrição: Solicitar que os alunos tragam objetos de casa que representem a arte em suas vidas e apresentá-los à turma.
Materiais: Objetos pessoais dos alunos.
Modo de condução: Criar um espaço de ‘Mostra de Arte’ onde os alunos possam explicar a importância de cada item.

Sugestão 4: “Desafio do Consumismo”
Objetivo: Debater sobre arte e preço.
Descrição: Criar um jogo onde os alunos devem adivinhar o preço de diferentes obras de arte, discutindo seu valor e significado.
Materiais: Impressos com imagens de obras.
Modo de condução: Fazer um leilão fictício e pedir que adicionem valores de acordo com o que aprenderam na aula.

Sugestão 5: “Meu Diário Artístico”
Objetivo: Expressar-se através da escrita e da arte.
Descrição: Criar um diário em que os alunos possam registrar suas interpretações pessoais sobre as obras estudadas, complementando com desenhos.
Materiais: Cadernos, lápis de cor, canetinhas.
Modo de condução: Incentivar a personalização dos diários e fazer leituras em grupos.

Esse plano de aula aprofunda a discussão sobre a relação entre a arte e o consumo, educando os alunos para serem não apenas consumidores, mas também críticos e apreciadores conscientes da cultura que os rodeia.

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