Plano de Aula: • Nome próprio e do outro. (Educação Infantil) – Bebês
A elaboração de um plano de aula voltado para a Educação Infantil, em especial para os *bebês* de 3 anos, exige uma atenção especial às *interações sociais* e à *apresentação de si mesmo e dos outros*. O foco neste plano será no reconhecimento e na nomeação de *colegas* e *professores* em situações de *brincadeiras*, promovendo um ambiente *humanizado* e seguro. Através das atividades propostas, os alunos poderão explorar diversas formas de *comunicação* e *interação* por meio de jogos e brincadeiras que envolvam a expressão dos nomes e sentimentos.
Esse plano de aula é fundamentado nas diretrizes da *Base Nacional Comum Curricular (BNCC)*, adequando-se à faixa etária e às necessidades específicas da turma. A proposta visa proporcionar atividades que estimulem não apenas o reconhecimento de nomes, mas também o desenvolvimento de habilidades sociais, respeitando as diferenças e promovendo a convivência harmônica entre todos. As atividades são desenvolvidas de forma a torná-las *lúdicas*, estimulantes e respeitando o ritmo de aprendizagem de cada criança.
Tema: Nome próprio e do outro
Duração: Identificar e nomear seus colegas e professores em situações de brincadeiras.
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 3 anos
Objetivo Geral:
Estimular o reconhecimento e a nomeação de *colegas* e *professores*, promovendo a interação social e a expressão afetiva das crianças.
Objetivos Específicos:
– Desenvolver a habilidade de identificar e nomear as próprias e as demais crianças durante as brincadeiras.
– Promover a *comunicação* das emoções, desejos e interações em grupo.
– Estimular a percepção de que as ações influenciam os outros ao seu redor.
Habilidades BNCC:
– (EI01EO03) Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos, brinquedos.
– (EI01EF01) Reconhecer quando é chamado por seu nome e reconhecer os nomes de pessoas com quem convive.
– (EI01EF06) Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras formas de expressão.
– (EI01EF09) Conhecer e manipular diferentes instrumentos e suportes de escrita.
Materiais Necessários:
– Cartões com os nomes das crianças e professores.
– Brinquedos variados que estimulem a interação.
– Fita adesiva colorida para delimitar áreas.
– Espelho grande para que as crianças se vejam e se apresentem.
Situações Problema:
Como incentivar as crianças a se comunicar e a se reconhecerem em um ambiente lúdico? Quais brincadeiras podem potencializar o vínculo entre elas?
Contextualização:
A fase de 3 anos é marcada por grandes descobertas e *interações sociais*. As crianças começam a formar laços com os colegas e a reconhecer a importância das relações interpessoais. Portanto, atividades que envolvam a comunicação dos nomes e expressões faciais são essenciais para o desenvolvimento da empatia e do senso de comunidade.
Desenvolvimento:
1. Rodinha de Apresentação: As crianças sentam em círculo e, uma a uma, se apresentam com o próprio nome. O professor podem incentivá-las a imitar sons ou gestos que representem suas personalidades.
2. Jogo do Nome: Usando cartões com os nomes, o professor chama uma criança e esta deve encontrar o cartão correspondente e dizer o nome em voz alta.
3. A Dança dos Nomes: Ao som de músicas animadas, as crianças dançam livremente enquanto um adulto mexe nos nomes das crianças. Quando a música parar, a criança que estiver ao lado do nome deve se apresentar.
4. Exploração de Espelhos: Colocar um espelho grande e incentivar as crianças a falarem seu nome para si mesmas, se reconhecendo no reflexo.
5. Brincadeiras de Cuidado: Incentivar atividades que envolvam cuidar dos brinquedos enquanto falam seu nome e o nome do colega que está brincando com eles.
Atividades sugeridas:
1. Dia do Nome: Criação de um mural com os nomes das crianças. Cada dia, uma criança é escolhida para falar sobre si e seus gostos, promovendo um momento de troca.
2. Brincadeiras com Música: Realizar atividades musicais onde as crianças devem dizer seu nome durante as pausas. Pode ser uma atividade com sons de instrumentos para associar sons aos nomes.
3. Atividade Sensorial: Criar materiais sensoriais onde cada criança deve-associar um nome a um objeto distinto, estimulando o reconhecimento.
4. Festa do Nome: Organizar uma breve festa em que as crianças se apresentem e troquem cartões com os nomes.
5. Histórias do Nome: Contar histórias que envolvem nomes e pedir que crianças compartilhem algo sobre seus nomes.
Discussão em Grupo:
Reunir as crianças e perguntar: “Por que é importante conhecer o nome do amigo?” e “O que você sente quando alguém chama você pelo seu nome?”.
Perguntas:
– “Quem pode me dizer qual o seu nome?”
– “Como você se sente quando alguém diz seu nome?”
– “Você gostaria de contar algo sobre o seu amigo?”
Avaliação:
Observar se as crianças estão conseguindo se reconhecer e reconhecer os colegas durante as atividades. Fazer anotações sobre a evolução da comunicação e interação social.
Encerramento:
Finalizar a aula reunindo todos para uma reflexão. O professor pode comentar sobre a importância do nome e como isso ajuda a criar laços de amizade. As crianças podem cantar uma música que envolve nomes e despedidas.
Dicas:
– Incentive sempre a fala e o movimento, respeitando o tempo de cada bebê.
– Mantenha o ambiente sempre seguro e acolhedor, evitando qualquer pressão durante as atividades.
– Personalize o ambiente com fotos dos alunos e materiais que eles reconheçam, incentivando a interação.
Texto sobre o tema:
O processo de reconhecimento de nomes é fundamental no desenvolvimento infantil, especialmente nos anos iniciais da *Educação Infantil*. *Compreender* e *nomear* não apenas ajuda na construção da *identidade*, mas também nas relações sociais que se formam no ambiente escolar. Os *nossos nomes* trazem a representação do nosso ser, sendo uma parte crucial da convivência social. Ao permitir que as crianças apresentem seus nomes, auxiliamos no fortalecimento das interações sociais, pois cada nome carrega consigo uma história, uma singularidade e uma relação que deve ser respeitada e reconhecida na dinâmica escolar.
Nesse sentido, as brincadeiras que envolvem nomes e apresentações devem ser tratadas com delicadeza. Importante ressaltar que os educadores devem sempre promover um ambiente onde cada criança se sinta à vontade para se expressar e se deixar conhecer. A construção da *autoestima* e da *confiança* está intrinsecamente ligada ao modo como os *adultos* e *pares* reconhecem e tratam o nome de cada criança.
Além disso, o ato de nomear e ser nomeado é parte integrante do desenvolvimento cognitivo, refletindo no aprendizado de linguagem e comunicação. Fomentar esses momentos no cotidiano escolar é essencial para que as futuras interações sociais sejam saudáveis e respeitosas.
Desdobramentos do plano:
As atividades propostas possibilitam um leque de desdobramentos que podem ser explorados ao longo das semanas. Um dos caminhos é aprofundar as brincadeiras que envolvem nomes, criando um calendário mensal onde cada criança tem seu dia para ser *celebrada*. Isso não apenas reforça o vínculo com os colegas, mas também promove o respeito e a visibilidade das peculiaridades de cada um.
Outro aspecto relevante é a possibilidade de ampliar essas interações para além da sala de aula, envolvendo a família. Um *projeto* em que a criança compartilha uma atividade sobre seu nome com os familiares e retorna contando experiências pode ser enriquecedor. As *famílias* se tornam parceiras no processo educacional e os alunos aprendem a amplo respeito ao nome e histórias dos outros, exercitando a *escuta* e a *compaixão*.
Por fim, ao concluir este ciclo sobre nomes, abrir espaço para dialogar sobre *identidade* e *pertencimento* é fundamental. Quando as crianças entendem que cada nome tem uma história, elas desenvolvem habilidades emocionais que vão além do ambiente escolar, estabelecendo laços de amizade e respeito nas diversas relações que estabelecerão ao longo da vida.
Orientações finais sobre o plano:
É imprescindível que o professor mantenha um ambiente *acolhedor* e *seguro*, onde as crianças se sintam confortáveis para se expressar. O acompanhamento individualizado é fundamental, já que cada criança tem seu tempo e modo de aprender. As atividades devem ser flexíveis, permitindo que ajustes possam ser feitos de acordo com a resposta dos alunos, criando um ambiente de aprendizado dinâmico e responsivo.
Além disso, a saúde emocional é um fator crucial neste processo. O reconhecimento dos nomes não deve ser visto apenas como uma atividade pontual, mas sim um processo contínuo em que a empatia deve ser cultivada. As interações que surgem nas brincadeiras proporcionam não apenas a prática do reconhecimento, mas também a construção de novos vínculos que consolidarão a convivência entre os alunos.
Por último, é vital que o professor reforce a importância da comunicação nas diversas formas que ela assume. Seja através de gestos, balbucios ou palavras, cada maneira de se expressar deve ser valorizada e validada, fortalecendo a autoestima das crianças e a construção de um ambiente inclusivo e harmonioso.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Caça ao Nome: Material: cartões dos nomes. Objetivo: cada criança procura seu cartão e apresenta. Modo: brincar em grupos, incentivando a troca de cartões e a apresentação dos colegas.
2. Espelho da Amizade: Material: espelho e fichas de apresentação. Objetivo: promover a autoconsciência. Modo: cada criança apresenta seu nome para o espelho, visualizando-se e contando algo que gosta.
3. Bolhas de Sabão dos Nomes: Material: bolhas de sabão. Objetivo: associar sons a nomes. Modo: enquanto faz bolhas, as crianças dizem seus nomes sempre que a bolha estoura.
4. Banco dos Nomes: Material: almofadas ou cadeiras. Objetivo: criar um espaço para reconhecimento. Modo: formato de “banco”, cada criança se senta e diz um nome dos colegas.
5. Histórias de Nomes: Material: livro de histórias. Objetivo: contar história que envolva nomes. Modo: o professor lê e incentiva as crianças a se identificarem com a história proposta, reforçando o nome e valor pessoal de cada um.
Assim, este plano de aula direcionado a *bebês* de 3 anos acerca do reconhecimento e interação com nomes será uma jornada rica, humanizada e cheia de descobertas e aprendizados significativos.