Plano de Aula: Músicas indígenas (Educação Infantil) – Criancas bem pequenas
Este plano de aula foi pensado para ser altamente interativo e lúdico, facilitando que as crianças descubram e aprendam sobre as músicas indígenas de uma maneira divertida e alegre. Através de atividades que envolvem música, movimento e criatividade, esse plano está voltado para a faixa etária de 3 a 4 anos, proporcionando momentos de prazer e socialização.
A proposta é que as crianças, ao longo das atividades, desenvolvam uma relação mais íntima com as culturas indígenas, experimentando a sonoridade e os ritmos de suas músicas, além de promover interações que fomentem os laços entre os pequenos. Durante as quatro horas de duração do plano, os alunos terão a oportunidade de se expressar, explorar e aprender, de forma leve e descontraída.
Tema: Músicas indígenas
Duração: 4 horas
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 3 a 4 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar às crianças uma experiência de contato com as músicas indígenas, explorando os sons, ritmos e movimentos, desenvolvendo a capacidade de interação social e conhecimento cultural.
Objetivos Específicos:
– Incentivar a expressão corporal através da dança e do movimento em conjunto com as músicas indígenas.
– Desenvolver a escuta ativa e a percepção sonora, identificando diferentes ritmos e instrumentos musicais.
– Promover a socialização e o respeito às diferenças por meio de interações e brincadeiras coletivas.
– Estimular a criatividade das crianças através de atividades que envolvem sons e movimentos.
Habilidades BNCC:
– (EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
– (EI02CG03) Explorar formas de deslocamento no espaço (pular, saltar, dançar), combinando movimentos e seguindo orientações.
– (EI02TS01) Criar sons com materiais, objetos e instrumentos musicais, para acompanhar diversos ritmos de música.
– (EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e opiniões.
Materiais Necessários:
– Instrumentos musicais simples (pandeiros, sinos, tambores).
– Materiais para percursos (fita adesiva colorida para criar caminhos no chão).
– Cores de papel para a criação de imãs de geladeira com formas de animais indígenas.
– Vídeoaulas com músicas indígenas ou acesso à plataformas de música.
– Mantas ou toalhas para criar um espaço confortável para as atividades de contação de histórias.
Situações Problema:
– Como os sons das músicas indígenas podem fazer a gente se sentir?
– O que cada instrumento musical faz e como podemos usá-lo?
– Como podemos trabalhar juntos para dançar e cantar?
Contextualização:
As músicas indígenas são ricas em histórias, tradições e ritmos. Ao utilizar esses elementos, proporcionamos às crianças uma forma de conhecer e respeitar essa cultura, enriquecendo seu repertório musical e cultural. O aprendizado é potencializado quando consiste na interação com a musicalidade, que pode ser abordada de uma maneira inclusiva e divertida, estimulando a curiosidade e a empatia das crianças.
Desenvolvimento:
A aula será dividida em quatro partes principais, cada uma com uma duração de cerca de 1 hora.
1. Exploração de Sons:
Neste primeiro momento, as crianças vão conhecer os diferentes instrumentos que serão utilizados, como tambores, pandeiros e sinos. O educador pode tocar cada instrumento e explicar brevemente o seu uso nas culturas indígenas, permitindo que as crianças experimentem cada um deles. É importante que possam expressar o que sentem ao tocar algo novo, promovendo o diálogo.
2. Dança e Movimento:
Seguindo para uma dinâmica de movimento, o educador pode criar um círculo. Juntos, podem imitar os sons dos instrumentos enquanto dançam. O objetivo é que as crianças desenvolvam diferentes formas de movimento, como pular, rodar e imitar animais que possam ser encontrados na natureza. Essa parte estimula a integração e o respeito entre todos.
3. Criação de Instrumentos Musicais:
As crianças poderão criar seus próprios instrumentos musicais utilizando materiais recicláveis. Por exemplo, podem fazer chocalhos com garrafas plásticas, arroz e fitas adesivas ou tambores com caixas vazias. Essa atividade estimula a criatividade e a coordenação motora dos pequenos.
4. Contação de Histórias com Músicas:
Por fim, a aula será encerrada com a contação de histórias que envolvem músicas indígenas. O educador pode escolher uma história rica em sons e ritmos e, durante a narração, as crianças poderão interagir, repetir sons e dançar conforme a narrativa avança. Essa atividade ajuda a desenvolver a escuta ativa e a imitação, que são fundamentais nesta fase de desenvolvimento.
Atividades sugeridas:
– Atividade 1: Roda de Sons
– Objetivo: Introduzir os alunos ao mundo dos sons.
– Descrição: O educador apresenta diferentes instrumentos, fazendo com que cada criança tenha seu momento de tocar e se expressar.
– Instruções: Cada aluno toca um instrumento e, ao final, todos tentam tocar em conjunto.
– Materiais: Instrumentos musicais.
– Atividade 2: Dança dos Animais
– Objetivo: Fomentar o movimento e a imitação.
– Descrição: Após ouvir uma música, as crianças devem imitar os animais da floresta.
– Instruções: O educador coloca músicas indígenas e chama as crianças a se movimentarem como os animais.
– Materiais: Playlist de músicas indígenas.
– Atividade 3: Criação de Chocalhos
– Objetivo: Desenvolver habilidades manuais.
– Descrição: Usando garrafas plásticas e arroz, as crianças criam um instrumento musical.
– Instruções: Orientar a montagem e deixar as crianças experimentarem o som que produziram.
– Materiais: Garrafas plásticas, arroz, fitas adesivas.
– Atividade 4: Contação de Histórias e Canções
– Objetivo: Estimular a imaginação e a criatividade.
– Descrição: Leitura de uma história que envolve canções.
– Instruções: Durante a leitura, incentivar os alunos a participarem da música e repetirem.
– Materiais: Livro de histórias indígenas.
Discussão em Grupo:
As crianças podem ser incentivadas a compartilhar suas preferências sobre as músicas que ouviram, como se sentiram ao tocar os instrumentos e quais movimentos mais gostaram de imitar durante as danças. Isso desenvolverá suas habilidades de comunicação e permitirá que pratiquem a escuta ativa.
Perguntas:
– Qual foi o instrumento que você mais gostou de tocar e por quê?
– Que animal você imitou na dança? Como ele se move?
– O que você achou da música que ouvimos?
Avaliação:
A avaliação será contínua e observacional, considerando o envolvimento das crianças nas atividades propostas. O educador deve atentar-se às interações, ao respeito às regras de convívio e à capacidade de expressar-se.
Encerramento:
Ao final das quatro horas, todos poderão se reunir para um último momento de reflexão sobre tudo que aprenderam. O educador pode reforçar a ideia de que a música e as histórias são formas de conectar-se com diferentes culturas, e que celebrar as diferenças é fundamental para um mundo mais rico e diverso.
Dicas:
– Mantenha sempre um clima de alegria e diversão nas atividades.
– Esteja preparado para adaptar as atividades conforme as reações das crianças, levando em conta o que mais chama a atenção delas.
– Use muitas cores e variedade nos materiais para tornar as atividades ainda mais estimulantes.
Texto sobre o tema:
As músicas indígenas ocupam um lugar especial no universo sonoro brasileiro, sendo uma expressão rica de conhecimentos, tradições e emoções. Estas melodias trazem consigo a História de um povo e suas vivências, permitindo que outros conheçam um pouco mais sobre suas raízes. É essencial respeitar e valorizar essa cultura, especialmente quando se trabalha com crianças. Através das músicas, elas podem desenvolver habilidades importantes como a empatia, respeito e cooperação.
Ao trazer à sala de aula músicas indígenas, adquire-se a oportunidade não apenas de ensinar melodias, mas de promover um verdadeiro intercâmbio cultural. Ao mesmo tempo em que as crianças aprenderão sobre ritmos e sons, será importante proporcionar um espaço seguro para que possam se expressar de maneiras que considerem autênticas. Essa abordagem educativa pode gerar um impacto positivo e duradouro em sua formação.
Além disso, as atividades com músicas indígenas ajudam as crianças a conectarem-se com elementos da natureza e com as histórias desses povos que muitas vezes vivem em harmonia com seu entorno. Os sons, os ritmos, as cores e as ideias exploradas nas canções podem ajudar em uma compreensão mais profunda do mundo ao seu redor, promovendo sensações que adultas muitas vezes esquecem. Assim, a música se torna uma ponte para o aprendizado de valores e conhecimentos fundamentais que formam cidadãos conscientes e respeitosos.
Desdobramentos do plano:
O plano pode ser ampliado para incluir atividades como pintura e desenho, onde as crianças possam ilustrar os instrumentos musicais que aprenderam a tocar ou os animais que representaram nas danças. Essa adaptação enriquece ainda mais a experiência lúdica, promovendo o desenvolvimento de habilidades artísticas e motoras. A ideia é que as crianças vejam a arte como uma extensão natural da música e da dança, integrando-se de forma lúdica e criativa.
Além disso, criar momentos de interação familiar pode ser um desdobramento interessante. Os pais podem ser convidados para uma apresentação onde as crianças mostrarão o que aprenderam. Isso reforça o laço entre escola e comunidade, além de permitir que os responsáveis conheçam mais sobre a cultura indígena. Esse passo valoriza o aprendizado e estimula o compartilhamento de experiências valiosas no contexto familiar.
Por último, faz-se muito importante que os educadores do desenvolvimento pessoal aproveitem essa oportunidade para explorar as interações sociais entre as crianças durante as atividades. Através do compartilhamento de espaços, objetos e momentos lúdicos, é possível observar e promover comportamentos que valorizem as relações de respeito e solidariedade nas dinâmicas do dia a dia. Essa é uma etapa crucial no desenvolvimento social e emocional da criança.
Orientações finais sobre o plano:
O sucesso deste plano de aula está na sua aplicação prática, na disposição do professor em adaptar e acolher as ideias e sentimentos dos alunos. É fundamental que o educador possua empatia e sensibilidade para conduzir as atividades, observando e respondendo às necessidades das crianças. Com a espontaneidade que caracteriza esta faixa etária, a liberdade de expressão deve ser um pilar. O objetivo é que cada criança sinta-se parte da construção do conhecimento e que sua voz e sua experiência sejam sempre consideradas.
A criação de um ambiente acolhedor e estimulante será vital durante a execução do plano. As músicas, as danças e as atividades artísticas devem ganhar vida e espaço, incentivando a exploração e a descoberta. É bom lembrar que cada momento deve ser um convite à curiosidade e à criação. Por isso, a escolha dos materiais e a organização do espaço precisam ser feitas de maneira a facilitar a movimentação e a interação dos alunos.
Por fim, é importante que o educador também busque autoavaliação após a aplicação do plano. Refletir sobre o que funcionou bem, as dificuldades enfrentadas e as surpresas do processo torna-se uma estratégia valiosa para a prática docente. Cada experiência deve contribuir para um aprendizado contínuo sobre o que se apresentar nas próximas atividades com as crianças. Assim, promoveremos um ensino que atenda às demandas dos pequenos, sempre respeitando suas individualidades e promovendo um ambiente de aprendizagem prazeroso.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
– Percurso dos Sons: Crie um caminho utilizando fita adesiva colorida onde cada parte do trajeto esteja associada a um som diferente. As crianças devem se mover de um ponto a outro enquanto reproduzem os sons correspondentes a cada segmento.
– Histórias Orgânicas: Juntos, criem uma história coletiva onde cada criança escolhe um animal indígena, e na sequência, cada um tem a oportunidade de apresentar o animal e fazer o som que ele representa.
– Brincadeira de Baile: Organize uma roda onde as crianças dançam ao som de cantigas indígenas. Cada vez que a música para, elas devem congelar e manter a pose do animal que escolheram, promovendo a interação e a criatividade.
– Colagem de Instrumentos: Ofereça recortes de diferentes materiais e permita que as crianças montem sua própria versão de um instrumento indígena, misturando diferentes texturas e cores relacionadas ao tema.
– Caça ao Tesouro Sonoro: Espalhe instrumentos musicais pela sala e, conforme as crianças vão encontrando, elas devem tocar o instrumento e depois se reunir para um mini-show, onde todos se apresentam.
Essas sugestões oferecem uma abordagem diversificada e envolvente para introduzir as músicas indígenas de uma forma que respeita a faixa etária e promove aprendizado e socialização.