Plano de Aula: Música e eletrônica (Ensino Fundamental 1) – 5º Ano

Neste plano de aula, propomos uma abordagem envolvente e interdisciplinar sobre o tema Música e Eletrônica, focalizando o 5º ano do Ensino Fundamental. O objetivo é explorar a relação entre âmbitos artísticos e tecnológicos, utilizando a música como um meio de expressão que é extremamente relevante e presente na vida cotidiana dos alunos. A música é uma forma de arte que, quando combinada com a eletrônica, amplia a compreensão dos estudantes sobre como sons, ritmos e tecnologia se inter-relacionam, fomentando a criatividade e a colaboração no processo de aprendizado.

A aula será dividida em três encontros, onde os alunos terão a oportunidade de vivenciar a criação musical utilizando recursos eletrônicos, bem como compreender a origem e a evolução da música e da tecnologia. Por meio de atividades que envolvem a experimentação e a produção coletiva, pretendemos que os alunos desenvolvam habilidades artísticas e técnicas que são essenciais para o século XXI.

Tema: Música e eletrônica
Duração: 3 aulas
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 5º Ano
Faixa Etária: 10 a 11 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover o entendimento dos alunos sobre a interseção entre música e eletrônica, incentivando a criatividade, a capacidade crítica e a colaboração, ao mesmo tempo em que desenvolvem conhecimentos sobre os elementos constitutivos da música e o uso de tecnologias eletrônicas para sua produção.

Objetivos Específicos:

1. Compreender os principais elementos da música (ritmo, melodia, harmonia) e como a eletrônica influencia sua produção e interpretação.
2. Criar composições musicais utilizando ferramentas eletrônicas simples, desenvolvendo a habilidade de trabalhar em grupo.
3. Identificar a evolução das tecnologias musicais e seu impacto na sociedade e na cultura.
4. Estimular a capacidade de apreciar e analisar diferentes estilos musicais que utilizam recursos eletrônicos.

Habilidades BNCC:

EF15AR13: Identificar e apreciar criticamente diversas formas e gêneros de expressão musical, reconhecendo e analisando os usos e as funções da música em diversos contextos de circulação.
EF15AR14: Perceber e explorar os elementos constitutivos da música (altura, intensidade, timbre, melodia, ritmo etc.), utilizando jogos, brincadeiras, canções e práticas diversas de composição.
EF15AR15: Explorar fontes sonoras diversas, reconhecendo os elementos constitutivos da música e as características de instrumentos variados.

Materiais Necessários:

– Computadores ou tablets com acesso à internet
– Software de criação musical (ex: GarageBand, LMMS)
– Instrumentos musicais simples (ex: xilofones, pandeiros)
– Caixas de som
– Materiais de escrita e arte (papel, lápis, canetas coloridas)

Situações Problema:

– Como a tecnologia muda a forma como criamos e ouvimos música?
– Quais são os elementos que tornam a música eletrônica única em comparação à música tradicional?

Contextualização:

Vivemos em um mundo onde a tecnologia permeia todos os aspectos da nossa vida, inclusive a música. A cada dia, novas ferramentas e técnicas são desenvolvidas, possibilitando criar sons e ritmos de maneiras inovadoras. O uso de programas e softwares eletrônicos para composição musical é uma prática cada vez mais comum, e entender esses processos e sua evolução é essencial para o desenvolvimento dos estudantes como cidadãos críticos e criativos.

Desenvolvimento:

A estrutura das aulas será distribuída da seguinte forma:

Aula 1: Introdução à Música e Eletrônica
– Começar com uma roda de conversa onde os alunos compartilham suas experiências com música. Perguntas como “Qual é a sua música favorita?” e “Você já ouviu uma música feita com computador?” estimularão a reflexão.
– Apresentar vídeos curtos sobre a evolução da música eletrônica, ressaltando artistas e suas inovações.
– Propor uma atividade onde os alunos desenham a relação entre os diferentes estilos musicais e os instrumentos usados, reconhecendo como a eletrônica se faz presente.

Aula 2: Criação Musical
– Introduzir o software de criação musical escolhido.
– Dividir os alunos em grupos, cada um responsável pela criação de uma composição musical a partir de uma sequência de notas pré-definida e elementos eletrônicos.
– Durante a atividade, os alunos podem experimentar diferentes sons e ritmos, criando uma peça em conjunto.
– Ao final, cada grupo deve apresentar sua composição e o processo de criação para a sala.

Aula 3: Análise e Reflexão
– Iniciar a aula com a audição de diferentes músicas eletrônicas, analisando elementos como ritmo, timbre e melodia.
– Discussões em grupos sobre as sensações que as músicas provocam e as tecnologias que poderiam ser utilizadas para a produção delas.
– Propor uma atividade onde cada aluno deve escrever um pequeno texto refletindo sobre a experiência de criar música e como a eletrônica influenciou esse processo.

Atividades sugeridas:

1. Roda de Conversa sobre Música
Objetivo: Incentivar a expressão oral e a troca de experiências.
Descrição: Alunos compartilham suas canções favoritas e refletem sobre como a eletrônica pode alavancar essa experiência.
Materiais: Nenhum.

2. Desenho da Relação Musical
Objetivo: Visualizar a conexão entre estilos musicais e instrumentos.
Descrição: Alunos desenham em folhas grandes as relações que identificam.
Materiais: Papel, lápis, canetas coloridas.

3. Criação Musical em Grupo com Software
Objetivo: Fomentar a colaboração e a criatividade.
Descrição: Usar o software para criar uma nova música em grupos. Os alunos terão liberdade para experimentarem diferentes sons.
Materiais: Computadores, software.

4. Apresentação das Composições
Objetivo: Desenvolver habilidades de apresentação e argumentação.
Descrição: Cada grupo apresenta sua composição, explicando o que cada um fez e a razão das escolhas sonoras.
Materiais: Computadores.

5. Reflexão e Redação
Objetivo: Estimular a capacidade crítica e a expressão escrita.
Descrição: Alunos escrevem um texto refletindo sobre a sua experiência com a música eletrônica.
Materiais: Papel e caneta.

Discussão em Grupo:

Organize um momento para discussão coletiva sobre as seguintes indagações:
1. O que você mais gostou na atividade de criação musical?
2. Quais elementos da música eletrônica vocês acham mais interessantes e por quê?
3. Como a tecnologia facilitou ou dificultou seu processo criativo?

Perguntas:

1. Quais são as principais diferenças entre a música eletrônica e a música tradicional?
2. Como a eletrônica influencia a maneira como percebemos a música hoje em dia?
3. O que você acha que é mais importante em uma composição musical, o ritmo ou a harmonia? Por quê?

Avaliação:

A avaliação será contínua e ocorrerá ao longo das três aulas. Os alunos serão avaliados pelo envolvimento nas atividades propostas, a qualidade das discussões em grupo e a capacidade de refletem sobre suas criações. A pesquisa final também será um critério importante para analisar a compreensão individual de cada aluno sobre a música e a eletrônica.

Encerramento:

Finalizaremos as aulas com uma nova roda de conversa, refletindo sobre o que foi aprendido, o que os alunos poderiam fazer de diferente em uma próxima atividade e como cada um se sente em relação à música eletrônica após as experiências vividas. Além disso, sugeriremos que eles compartilhem suas músicas favoritas e suas preferências pessoais com os colegas.

Dicas:

– Incentive os alunos a explorarem diferentes gêneros dentro da música eletrônica.
– Ofereça apoio individual ou em pequenos grupos para aqueles que podem ter dificuldades com a tecnologia.
– Utilize vídeos e materiais visuais que ressoem com a faixa etária para manter os alunos engajados.

Texto sobre o tema:

A intersecção entre música e eletrônica é um campo fascinante que tem revolucionado a forma como percebemos e produzimos música. Musicalmente, a eletrônica se refere ao uso de ferramentas tecnológicas para criar sons que, em muitas ocasiões, não poderiam ser produzidos com instrumentos acústicos tradicionais. Esta evolução começou no final do século XIX e início do século XX, com os primeiros instrumentos eletrônicos, e hoje se manifesta de forma complexa em gêneros como techno, house, trance, entre outros. A música eletrônica não se limita apenas à produção de sons; ela propõe um espaço novo para a audição, onde o ouvinte se torna parte da performance, interagindo com os sons de maneiras nunca antes imaginadas.

Além disso, a eletrificação da música nos oferece um leque de novas possibilidades criativas. Com o advento de softwares e plataformas online, artistas amadores podem criar, produzir e compartilhar suas músicas com uma audiência global, democratizando o acesso à produção musical. Isso também leva a uma incrível diversidade de sons e influências culturais, quebrando as barreiras tradicionais que antes limitavam os músicos na produção e distribuição de seus trabalhos.

O impacto social da música eletrônica não pode ser subestimado. De festivais massivos a raves underground, a música eletrônica reúne pessoas de diversas origens sociais e culturais, promovendo um senso de comunidade e expressão coletiva. Através da dança e do movimento, a música eletrônica torna-se uma linguagem universal que conecta indivíduos de maneira transcendente, promovendo a inclusão e a diversidade. Cada batida e cada melodia são capazes de contar uma história poderosa, levando-nos a refletir sobre nosso papel na sociedade contemporânea.

Desdobramentos do plano:

Esta abordagem interdisciplinar entre música e eletrônica abre portas para uma série de desdobramentos educacionais. Os alunos podem ser encorajados a explorar ainda mais a relação entre tecnologia e outras formas de arte, como a dança, o teatro e artes visuais, fomentando um aprendizado que integra diferentes linguagens artísticas. Por exemplo, as composições musicais criadas podem ser acompanhadas por uma performance de dança integrada, onde os alunos têm a oportunidade de criar movimentos que dialoguem com os sons que eles mesmo produziram, ampliando a expressão corporal e artística.

Outro desdobramento possível é a realização de um evento escolar onde os alunos podem apresentar suas criações musicais e suas reflexões sobre o processo criativo. Dessa forma, o aprendizado se torna visível e compartilhável, não apenas entre os colegas, mas também para a comunidade escolar, engajando os pais e outros educadores. Além disso, esse evento poderia incluir oficinas de tecnologia musical, onde especialistas podem ser convidados para compartilhar conhecimentos práticos sobre a produção musical e animações em softwares, enriquecendo ainda mais a experiência dos alunos.

Por fim, a integração de assessorias e pesquisas sobre o impacto da música eletrônica com a saúde mental e a sociabilidade dos jovens pode fornecer uma compreensão mais profunda sobre como essa forma de expressão afeta diversas áreas da vida dos estudantes. São ações como essas que consolidam o aprendizado de forma significativa, bem como incentivam a prática de habilidades de entrevista e pesquisa, fundamentais no ambiente escolar.

Orientações finais sobre o plano:

As orientações finais para a execução deste plano são fundamentais para garantir que o aprendizado ocorra de maneira fluida e enriquecedora. O professor deve ser flexível e aberto para adaptar o conteúdo e as atividades de acordo com as necessidades e características da turma. Isso pode envolver a aplicação de diferentes estilos de ensino e abordagens pedagógicas que melhor se adequem ao perfil dos alunos e à dinâmica do grupo. É importante que o ambiente de aprendizado seja um espaço seguro e acolhedor, onde os alunos se sintam confortáveis para se expressar e participar ativamente.

Além disso, é essencial que o professor promova discussões e reflexões ao longo do processo, instigando a curiosidade dos alunos e valorizando suas opiniões e experiências pessoais. O uso de materiais audiovisuais variados, como vídeos e áudios, pode ser uma estratégia eficaz para estimular o interesse dos alunos pela música e pela eletrônica. Fomentar o aprendizado colaborativo e o trabalho em equipe também deve ser uma prioridade, já que essas habilidades são extremamente importantes nos contextos atuais de convivência escolar e profissional.

Finalmente, ao final do plano de aula, é vital que o professor ofereça um espaço para que os alunos compartilhem suas reflexões finais e considerações sobre o que aprenderam. Esse feedback é valioso tanto para os educadores quanto para os alunos, pois ajuda a consolidar o conhecimento e no aperfeiçoamento das atividades futuras. As experiências vividas durante essas aulas podem criar memórias afetivas significativas, que, por sua vez, contribuem para um aprendizado mais profundo e duradouro.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Oficina de Sons da Natureza:
Objetivo: Criar música usando sons naturais.
Descrição: Leve os alunos a um espaço externo onde eles possam gravar sons da natureza com dispositivos móveis. Em seguida, utilize esses sons como base para criar uma música.
Materiais: Dispositivos para gravação, computadores ou tablets, software de edição de áudio.

2. Caça aos Sons:
Objetivo: Apreciar e identificar diferentes sons por meio de jogos sensoriais.
Descrição: Prepare cartões com desenhos de diferentes instrumentos e sons. Os alunos devem ouvir os sons e associá-los aos desenhos corretos, criando um clima de competição saudável.
Materiais: Cartões ilustrativos, caixa de som.

3. Desafio de Beatbox:
Objetivo: Desenvolver a criatividade e o ritmo.
Descrição: Os alunos formam grupos e têm que criar um beatbox original em cinco minutos, improvisando com os sons da boca. Após a apresentação, discutem os sentimentos que essas criações geraram.
Materiais: Nenhum.

4. Construção de Instrumentos Recicláveis:
Objetivo: Compreender como os instrumentos funcionam e utilizar a criatividade.
Descrição: Utilize materiais recicláveis para que os alunos construam seus próprios instrumentos de percussão, como chocalhos e tambores. Depois, eles aprendem a tocar em conjunto, criando uma orquestra escolar.
Materiais: Garrafas, grãos, caixas, elásticos, colas.

5. Jogo da Melodia:
Objetivo: Reforçar a identificação de ritmos e melodias.
Descrição: Os alunos devem imitar uma melodia tocada pelo professor utilizando palmas, batidas e sons vocais. Após algumas rodadas, poderão criar as próprias melodias e desafiar os colegas a imitá-las.
Materiais: Nenhum.

Com este plano de aula, os educadores terão em mãos uma abordagem rica e diversificada sobre a intersecção entre Música e Eletrônica, promovendo um aprendizado significativo e prazenteiro para os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental.

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