Plano de Aula: Meu lugar no mundo, meu nomenome (Ensino Fundamental 1) – 1º Ano
A proposta deste plano de aula é abordar o tema “Meu lugar no mundo, meu nomenome” com o objetivo de explorar a identidade e pertencimento das crianças, conectando com as culturas e mitos, especificamente o mito de Iemanjá, e as variáveis matemáticas relacionadas. A atividade combina aspectos de matemática, português, história, geografia e artes, promovendo um aprendizado integral e significativo aos alunos do 1º ano do Ensino Fundamental.
A ideia é despertar a curiosidade das crianças sobre sua própria identidade e o espaço que ocupam no mundo ao seu redor, além de sensibilizá-las sobre a cultura brasileira e suas tradições, utilizando Iemanjá como um símbolo da riqueza cultural. Essa perspectiva permitirá que os alunos não apenas conectem-se com sua própria história, mas também compreendam a diversidade cultural que nos envolve.
Tema: Meu lugar no mundo, meu nomenome
Duração: 40 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 1º Ano
Faixa Etária: 5 e 6 anos
Objetivo Geral:
Desenvolver a percepção dos alunos sobre sua identidade e pertencimento, utilizando o mito de Iemanjá e conceitos de matemática, além de promover a leitura e escrita de forma contextualizada.
Objetivos Específicos:
1. Reconhecer a cultura e os mitos que fazem parte do Brasil, em especial a figura de Iemanjá.
2. Compreender conceitos matemáticos básicos através de contagens e comparação de quantidades.
3. Desenvolver habilidades de leitura e escrita, incentivando a produção de textos coletivos sobre suas próprias histórias.
4. Estimular a expressão artística por meio de atividades lúdicas conectadas ao tema.
Habilidades BNCC:
Português:
– (EF12LP01) Ler palavras novas com precisão na decodificação.
– (EF01LP02) Escrever, espontaneamente ou por ditado, palavras e frases de forma alfabética.
– (EF01LP19) Recitar parlendas, quadras, quadrinhas com entonação adequada e observando as rimas.
Matemática:
– (EF01MA02) Contar de maneira exata ou aproximada, utilizando diferentes estratégias.
– (EF01MA03) Estimar e comparar quantidades.
– (EF01MA04) Contar a quantidade de objetos de coleções até 100 unidades.
História:
– (EF01HI01) Identificar aspectos do seu crescimento, registrando lembranças particulares.
– (EF01HI02) Identificar a relação entre suas histórias e as histórias de sua família e comunidade.
Geografia:
– (EF01GE01) Descrever características observadas de seus lugares de vivência.
Materiais Necessários:
– Papel colorido
– Lápis de cor
– Cartolinas
– Histórias impressas sobre Iemanjá (ou contadas oralmente)
– Objetos para contagem (contas, pedras, brinquedos)
– Vídeos curtos sobre a festividade de Iemanjá
Situações Problema:
1. “Quantas contas você tem? Como você pode descrever seus objetos?”
2. “Qual é a sua memória mais forte em relação à sua família? Como você pode desenhar isso?”
Contextualização:
Iniciar a aula contando a história de Iemanjá, enfatizando sua importância na cultura brasileira e nas festas que acontecem ao longo do ano. Falar sobre como cada aluno se relaciona com as suas próprias histórias e a importância dos nomes que recebem. Esse contexto irá ajudar os alunos a se conectarem com a narrativa e compreenderem a culturalidade envolvida.
Desenvolvimento:
1. Introdução ao tema: O professor conta a história de Iemanjá e sua relação com a água e a proteção.
2. Dinâmica de grupo: perguntar aos alunos sobre seus nomes e o significado deles, dando espaço para que cada um compartilhe suas histórias.
3. Atividade de contagem: distribuição de objetos para contar e comparar quantidades, abordando os conceitos de mais e menos.
4. Produção escrita: juntos, os alunos poderão criar uma quadrinha ou uma pequena canção sobre Iemanjá, usando suas experiências pessoais.
5. Atividade artística: cada aluno desenhará Iemanjá ou o que ela representa para eles, usando cores e formas diferentes.
Atividades sugeridas:
1. Contagem de objetos
– Objetivo: Trabalhar com números e quantidades.
– Descrição: Distribuir 10 objetos (contas, pedras) para cada aluno, incentivando-os a contar e identificar quantas possuem.
– Instruções para o professor: Auxiliar os alunos na contagem. Perguntar: “Quantos você tem? Tem mais do que seu colega?”
– Materiais: Objetos para contagem.
2. Roda de histórias
– Objetivo: Refletir sobre experiências pessoais e coletivas.
– Descrição: Formar uma roda em que cada aluno compartilha uma lembrança de sua vida.
– Instruções para o professor: Incentivar a participação de todos, questionando e fazendo aprofundamentos sobre o que foi dito.
3. Produção de um mural coletivo
– Objetivo: Expressar artisticamente as histórias compartilhadas.
– Descrição: Criar um mural com desenhos sobre a história de Iemanjá, onde cada aluno contribui com seu desenho.
– Instruções para o professor: Organizar o espaço e respeitar a dinâmica de criação de cada um.
4. Atividade de escrita
– Objetivo: Produzir um texto coletivo.
– Descrição: Juntos, compor uma quadra sobre Iemanjá.
– Instruções para o professor: Anotar o que os alunos falam, coletivamente.
5. Jogo das semelhanças e diferenças
– Objetivo: Comparar sua história com a de outras crianças.
– Descrição: Comparar as histórias de vida e tradições de Iemanjá com outros mitos de raízes diferentes.
– Instruções para o professor: Promover um debate, solicitando que falem sobre o que entenderam.
Discussão em Grupo:
Promover uma discussão sobre como a história de Iemanjá e suas tradições se relacionam com a vida dos alunos. Perguntas podem incluir:
1. “O que você sentiu ao ouvir a história de Iemanjá?”
2. “Por que é importante conhecermos nossa cultura?”
3. “Como as histórias que ouvimos influenciam quem somos?”
Perguntas:
1. “Qual é o significado do seu nome?”
2. “Como você se sentiria se estivesse em uma festa de Iemanjá?”
3. “Quais histórias de sua família são semelhantes às histórias que ouvimos hoje?”
Avaliação:
A avaliação será contínua e processual, com base na observação da participação dos alunos nas atividades, sua habilidade em contar e descrever objetos, a qualidade e o envolvimento nas produções artísticas e textuais.
Encerramento:
Reunir os alunos para uma roda final, recapitulando o que aprenderam. Incentivar a apreciação dos desenhos e produções que criaram, e problematizar sobre a importância da identidade cultural e do que cada um é dentro de sua comunidade.
Dicas:
– Utilize músicas e danças relacionadas a Iemanjá para introduzir mais dinamismo à aula.
– Traga elementos visuais como imagens e vídeos curtos sobre a festividade.
– Esteja aberto a adaptações, respeitando a diversidade e a individualidade de cada aluno.
Texto sobre o tema:
O mito de Iemanjá é um dos mais significativos na cultura afro-brasileira e envolve a figura da deusa das águas. Ela é frequentemente associada à fertilidade e à proteção dos lares. Celebrada em diversas partes do Brasil, especialmente na Bahia, suas festividades incluem danças, cânticos e oferendas. O significado de Iemanjá vai além do aspecto religioso; ela representa a ligação com a natureza e nossa relação com as tradições que nos formam como indivíduos e como sociedade. Durante as festas em sua homenagem, é comum que as pessoas lancem flores ao mar, homenageando a deusa na esperança de que ela traga paz e bons fluidos.
No contexto escolar, essa temática se torna uma oportunidade ímpar para discutir identidade e pertencimento, permitindo que as crianças reflitam sobre suas histórias e nomes. Discutir o significado do seu nome ajuda a construir a identidade, enquanto entender as histórias de figuras como Iemanjá amplia o repertório cultural dos alunos, contribuindo para a formação de uma consciência crítica e respeitosa em relação à diversidade presente no Brasil.
Abordar o mito de Iemanjá nas aulas não só ensina sobre uma importante figura mitológica, mas também incentiva uma reflexão mais profunda sobre quem somos e como nos relacionamos com os outros e com o ambiente que nos cerca. Em um mundo tão globalizado, é fundamental que as crianças conheçam suas raízes e a riqueza da cultura brasileira, promovendo o respeito e a valorização das diferenças.
Desdobramentos do plano:
A partir deste plano de aula, é possível avançar para outras discussões sobre diversidade cultural. Uma proposta seria promover um dia da cultura, onde cada aluno poderia trazer algo que representasse suas raízes, seja isso uma comida típica, uma música ou uma dança. Assim, é possível expandir a compreensão sobre como cada pessoa, com sua história única, enriquece o grupo.
Além disso, é interessante criar um projeto de linha do tempo sobre as festividades que envolvem Iemanjá, permitindo que os alunos compreendam não só a história de um rito, mas também a forma como ele se transforma e se adapta ao longo do tempo. Os alunos podem ser incentivados a pesquisar sobre as tradições em outras partes do Brasil ou no mundo, criando um espaço para o compartilhamento de conhecimentos e experiências.
Por fim, as atividades podem ser integradas a outras disciplinas, como artes, onde os alunos podem criar peças que representem suas tradições, ou matemática, ao trabalhar com dados sobre as festividades e o número de participantes. Dessa forma, o aprendizado torna-se ainda mais significativo, pois é interligado e multifacetado, envolvendo diversas esferas do conhecimento.
Orientações finais sobre o plano:
É importante que o professor mantenha um espaço aberto para o diálogo e a expressão dos alunos, permitindo que suas vozes sejam ouvidas e respeitadas. O espaço de aprendizado deve ser um local seguro onde os alunos sintam a liberdade de compartilhar suas experiências e emoções, promovendo um ambiente de respeito e empatia.
Além disso, a valorização da diversidade deve ser constante, não apenas durante a aula, mas como um princípio norteador da educação. Ao abordar temas que ligam cultura e identidade, os alunos não apenas aprendem sobre * si mesmos e seu lugar no mundo, mas também desenvolvem uma habilidade de questionamento e respeito em relação à pluralidade presente na sociedade.
Por fim, o projeto deve ser avaliado à luz da participação e interesse dos alunos, ajustando-se às necessidades e ritmos de cada um. Ser flexível é fundamental para que a aprendizagem seja efetiva e, acima de tudo, prazerosa, para que as crianças saiam da aula não apenas conhecendo o mito de Iemanjá, mas também se reconhecendo como parte de uma comunidade maior e diversa.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Brincadeiras de roda com músicas
– Objetivo: Aprender sobre o ritmo e a cultura.
– Descrição: Criar uma roda de dança onde as crianças possam cantar e dançar músicas relacionadas ao tema de Iemanjá.
– Materiais: Espaço aberto e música.
2. Cantos e histórias de Iemanjá
– Objetivo: Explorar asas artísticas através de contação de histórias.
– Descrição: Convidar um contador de histórias para narrar a história de Iemanjá, estimulando a imaginação das crianças.
– Materiais: Forma de se acomodar e escutar.
3. Confecção de colares e pulseiras
– Objetivo: Trabalhar a coordenação motora e fortalecer laços culturais.
– Descrição: As crianças podem criar colares com contas que representem Iemanjá, explicando seu significado.
– Materiais: Contas, fio, tesoura.
4. Jogo de perguntas e respostas sobre identidades
– Objetivo: Incentivar a reflexão sobre a própria história.
– Descrição: O professor faz perguntas relacionadas às histórias dos alunos e a cultura de Iemanjá.
– Materiais: Cartões com perguntas.
5. Caminhada exploratória
– Objetivo: Observar o ambiente ao redor e entender seu papel nele.
– Descrição: Levar as crianças para uma caminhada, observando a natureza e discutindo como tudo isso se relaciona com Iemanjá.
– Materiais: Coleta de elementos naturais.
Esse plano de aula não apenas enriquecerá o aprendizado das crianças, mas também proporcionará um envolvimento emocional significativo com o conteúdo abordado. A conexão entre história, identidade e matemática formará um alicerce valioso para o desenvolvimento de uma educação integral e culturalmente relevante.