“Plano de Aula: Matemática Divertida para Crianças de 2 a 3 Anos”

O plano de aula a seguir foi elaborado com o intuito de proporcionar uma experiência enriquecedora em Matemática para crianças bem pequenas, entre 2 a 3 anos. A proposta de ensino incorpora atividades que são ao mesmo tempo lúdicas e significativas, tendo como objetivo a promoção do desenvolvimento integral dos alunos, respeitando suas especificidades e estimulando suas habilidades de forma natural e prazerosa. O combate à abstração matemática é feito através de experiências concretas, promovendo a interação e a socialização.

O Dia da Matemática é uma ótima oportunidade para introduzir conceitos básicos de quantificação e espacialidade, por meio de brincadeiras e atividades que estimulam a observação e a exploração. Neste contexto, o plano de aula vai abordar de forma dinâmica e interativa noções de quantidade, formas, e movimento, unindo aprendizagem e diversão através de jogos e atividades práticas.

Tema: Dia da Matemática
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 2 a 3 anos

Objetivo Geral:

×

Estimular o desenvolvimento das habilidades matemáticas básicas em crianças bem pequenas, por meio de atividades que promovam a exploração de quantidades, formas e movimentos.

Objetivos Específicos:

– Promover a socialização pelas interações em grupo.
– Desenvolver a noção de quantidade através de jogos e atividades práticas.
– Fomentar a exploração de formas geométricas e suas características.
– Incentivar a expressão corporal e o movimento, integrando a matemática ao cotidiano da criança.
– Estimular a capacidade de comunicação das crianças enquanto compartilham experiências e aprendizados.

Habilidades BNCC:

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
– (EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
– (EI02EO03) Compartilhar os objetos e os espaços com crianças da mesma faixa etária e adultos.
– (EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
– (EI02CG02) Deslocar seu corpo no espaço, orientando-se por noções como em frente, atrás, no alto, embaixo, dentro, fora etc., ao se envolver em brincadeiras e atividades de diferentes naturezas.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
– (EI02TS02) Utilizar materiais variados com possibilidades de manipulação (argila, massa de modelar), explorando cores, texturas, superfícies, planos, formas e volumes ao criar objetos tridimensionais.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES”
– (EI02ET01) Explorar e descrever semelhanças e diferenças entre as características e propriedades dos objetos (textura, massa, tamanho).
– (EI02ET04) Identificar relações espaciais (dentro e fora, em cima, embaixo, acima, abaixo, entre e do lado) e temporais (antes, durante e depois).
– (EI02ET07) Contar oralmente objetos, pessoas, livros etc., em contextos diversos.

Materiais Necessários:

– Formas geométricas de EVA ou papelão.
– Brinquedos de diferentes tamanhos e cores.
– Argila ou massa de modelar.
– Caixas de diferentes tamanhos para brincadeiras de encaixe.
– Materiais sonoros (tambores pequenos ou instrumentos simples).
– Fitas coloridas para definir espaços de atividades.

Situações Problema:

– Como podemos separar os brinquedos de acordo com suas formas?
– Onde encontramos objetos de diferentes tamanhos e como podemos organizá-los?
– Que sons conseguimos fazer com os objetos que encontramos?

Contextualização:

Iniciar a aula com uma roda onde as crianças possam observar as formas geométricas feitas de EVA. Perguntar se conseguem identificar o que é cada forma e como podemos usá-las na nossa brincadeira. Utilizar músicas que envolvam números e formas para aquecer as crianças e deixá-las animadas para as atividades.

Desenvolvimento:

1. Roda de Conversa (10 minutos):
Convidar as crianças para sentarem em círculo. Apresentar as formas geométricas de forma lúdica, perguntando se elas conhecem as formas e se podem nomeá-las. Incentivar os alunos a apontarem exemplos do que veem ao redor que se encaixam nessas formas.

2. Atividade de Manipulação (15 minutos):
Distribuir formas geométricas de EVA e deixar que as crianças as toquem e brincam. Em seguida, propor que, em duplas, montem um padrão com as formas. Depois, cada par pode compartilhar sua criação. Através da atividade, os alunos começam a compreender a noção de quantidade e de formas.

3. Exploração de Tamanhos (10 minutos):
Usar caixas de diferentes tamanhos para incentivar a comparação e classificação. As crianças receberão brinquedos e devem colocar cada um na caixa que considerarem adequada ao seu tamanho, promovendo discussões sobre as características de cada objeto. Essa atividade facilita o entendimento de tamanhos e proporções.

4. Movimentação (15 minutos):
Criar uma “corrida das formas”, onde as crianças serão convidadas a se deslocar pelo espaço, seguindo instruções como: “Vá para longe da forma azul,” ou “Entre na forma redonda.” Isso ajuda a reforçar as noções espaciais enquanto as crianças se divertem.

Atividades sugeridas:

1. Brincadeira de Rítmo e Sons
– Objetivo: Introduzir sons e ritmos de forma simples, utilizando matérias sonoros.
– Descrição: Em círculo, as crianças batem os pés e as mãos para criar um ritmo, enquanto uma canção é tocada ao fundo.
– Instruções: Utilize instrumentos simples e incentive os alunos a reproduzirem o ritmo. Permita que participem fazendo barulhos que considerem matemáticos (por exemplo, BATIDAS, por números).

2. Caça ao Tesouro de Formas
– Objetivo: Estimular a observação e a identificação de formas no ambiente.
– Descrição: Organize uma caça ao tesouro onde as crianças devem encontrar objetos que tenham formatos semelhantes às formas apresentadas.
– Instruções: Cada participante deve trazer seu objeto e discutir em grupo sobre as semelhanças e diferenças.

3. Arte com Formas
– Objetivo: Desenvolver habilidades manuais ao criar arte com formas geométricas.
– Descrição: Fornecer formas recortadas de papel ou EVA para que as crianças colem em uma folha de papel, criando uma obra de arte.
– Instruções: Incentive a diversidade de combinações.

4. Jogo de Encaixe
– Objetivo: Promover a coordenação motora e a noção de tamanhos.
– Descrição: Disponibilizar blocos de encaixe para que as crianças organizem por tamanho e cor.
– Instruções: Monte uma tabela simples de classificação para que eles possam participar juntos.

5. Dançando com Núcleos
– Objetivo: Compreender a noção de movimento enquanto se relaciona com a matemática.
– Descrição: Criar uma dança onde cada passo represente um número, como “um passo pra frente, dois passos pra trás.”
– Instruções: Introduza conceitos como “mais” e “menos” com o movimento.

Discussão em Grupo:

Após as atividades, reunir as crianças novamente e promover uma conversa sobre o que aprenderam. Perguntar sobre as formas que encontraram, como se sentiram enquanto jogavam e que outras atividades poderiam ter feito.

Perguntas:

– Quais formas você viu hoje na brincadeira?
– Como você se sentiu ao trabalhar em grupos?
– Que tipo de som você mais gostou de fazer?

Avaliação:

A avaliação será contínua, observando a participação e o engajamento das crianças nas atividades. Notar como interagem entre si e se conseguem expressar o que aprenderam através das conversas em grupo.

Encerramento:

Finalizar a aula reunindo as crianças e relembrando as atividades realizadas, destacando os conceitos de forma, quantidade e movimento de uma maneira divertida e leve.

Dicas:

– Use sempre uma linguagem clara e simples.
– Mantenha um ambiente estimulante e seguro para a livre exploração dos objetos.
– Reforce positivamente as interações entre os alunos, estimulando a empatia e a solidariedade.

Texto sobre o tema:

O Dia da Matemática é uma celebração que nos convida a refletir sobre como os números e as formas estão presentes em nosso cotidiano, mesmo nas experiências mais simples. Para crianças na faixa etária de 2 a 3 anos, a matemática é vivida de maneira intuitiva e lúdica, sendo encarnada em brincadeiras, músicas e interações. Nesse contexto, entender que a matemática vai além do uso de números, e que ela está entrelaçada com as cores, os sons e os movimentos, é fundamental para estimular o gosto pela aprendizagem.

As atividades propostas para o Dia da Matemática promovem não apenas o conhecimento conceitual, mas também o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais. Brincadeiras em grupo, por exemplo, estimulam a solidariedade e o respeito nas relações, enquanto as atividades práticas abordam notáveis aprendizados em um ambiente seguro e acolhedor. Através das experiências proporcionadas, os pequenos têm a oportunidade de explorar e descobrir o mundo que os cerca, criando vínculos afetivos e cognitivos.

Ainda, é preciso ressaltar a grande importância de um educador que saiba conduzir essas experiências com sensibilidade, promovendo um espaço onde as crianças possam questionar, experimentar e se expressar. O papel do educador é crucial para alinhar a prática pedagógica com os interesses e as curiosidades dos alunos, utilizando a matemática como uma ferramenta que propicia aprendizado significativo e potencializa a criatividade e a imaginação.

Desdobramentos do plano:

Este plano de aula pode ter desdobramentos diversos, especialmente com a flexibilidade que permite adaptar as atividades a outros temas ou eventos. A exploração do Dia da Matemática pode ser expandida para incluir datas comemorativas, onde a matemática vá além do espaço da sala de aula e se torne parte da cultura e da vivência da criança. Por exemplo, ao fazer um rodízio de jogos matemáticos com diferentes formas geométricas, pode-se explorar festivais que remetam à Música e como a matemática está presente nas composições. Essa abordagem abre um leque de possibilidades, permitindo que a matemática se torne um assunto de interesse contínuo.

Ademais, as habilidades desenvolvidas podem ser levadas para o contexto familiar, onde jogos e brincadeiras podem ser incentivados em casa. Os educadores podem sugerir a criação de um “jogo da matemática” em que as crianças e suas famílias queiram participar de desafios diários. Isso não apenas reforça a aprendizagem, mas também estimula uma conexão familiar em atividades lúdicas e significativas, contribuindo para a formação de laços mais fortes.

Por fim, as atividades podem ser registradas em forma de murais ou livros ilustrativos, onde as crianças possam contribuir com suas próprias percepções e criações. Registros visuais como esses não apenas favorecem a memorização dos aprendizados, mas também tornam o ambiente escolar mais afetivo e personalizado, fazendo com que cada aluno se sinta parte integrante da construção do conhecimento coletivo.

Orientações finais sobre o plano:

Ao elaborar um plano de aula para crianças bem pequenas, é essencial que o professor tenha em mente a flexibilidade necessária diante das reações e interações dos alunos. Cada grupo possui características únicas, e as atividades devem sempre ser adaptadas de acordo com a resposta do grupo. Incentivar a participação ativa das crianças é fundamental, permitindo que elas se sintam seguras para expressar seus pensamentos e sentimentos.

Além disso, a importância de um ambiente acolhedor e estimulante não pode ser subestimada. Os espaços de trabalho devem ser organizados de forma que as crianças possam explorar livremente, sempre sob a orientação e supervisão do educador, que deve estar atento às necessidades de cada aluno, promovendo um espaço de aprendizado onde todos se sintam respeitados e valorizados.

Por último, é vital que o educador mantenha uma comunicação aberta com as famílias, compartilhando experiências e incentivando que as brincadeiras matemáticas sejam continuadas em casa. Assim, a aprendizagem se torna uma extensão da relação entre escola e família, promovendo um entendimento mais amplo do papel da matemática no cotidiano das crianças.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Slalom com Formas: Para crianças pequenas, use objetos de forma triangular, quadrada e redonda e crie um “slalom” onde elas devem passar por entre esses objetos. Essa atividade foca na mobilidade, ajudando na compreensão de relacionamentos espaciais.

2. Teatro de Sombras: Com lanternas e formas cortadas, as crianças podem criar um teatro de sombras, onde se apresenta uma história matemática. Elas podem explorar o conceito de grandeza e distância em um contexto divertido.

3. Músicas Matemáticas: Criar canções simples que incorporem números e formas nas letras. As crianças podem cantar e se mover, fazendo gestos que representem as formas mencionadas. Isso promove a identificação auditiva e visual.

4. Ateliê de Arte Sensorial: Criar um espaço com diferentes texturas e materiais permitindo a crianças experimentarem. Elas podem criar texturas que representem diferentes figuras geométricas, explorando as qualidades físicas e visuais dos objetos.

5. Caça ao Número: Esconder números de papel em diferentes lugares da sala e incentivá-los a encontrá-los e agrupá-los ou alinhá-los de acordo com o que aprenderam sobre formas e contagem. Essa atividade promove o engajamento físico e cognitivo.

Este plano de aula é uma ótima oportunidade para construir as primeiras bases do conhecimento matemático de forma fluida e divertida, capacitando as crianças a explorarem o mundo ao seu redor com um olhar analítico e curioso.