Plano de Aula: Massacre do povo indígena tikuna (Educação Infantil) – Crianças bem pequenas

O plano de aula que se segue é voltado para Crianças Bem Pequenas, especificamente para a faixa etária de 1 a 3 anos. O tema, que aborda o massacre do povo indígena Tikuna, visa introduzir de maneira lúdica e sensível a consciência sobre a diversidade cultural e a importância do respeito e da solidariedade em relação a diferentes povos. Reconhecendo a capacidade das crianças em entender e vivenciar valores desde cedo, o plano é elaborado para que as interações, brincadeiras e atividades possam gerar reflexão e empatia.

Esse plano inclui diversas atividades que exploram os campos de experiências da BNCC, assegurando que as crianças desenvolvam uma compreensão básica e respeitosa sobre a realidade dos povos indígenas. Cada atividade proposta foi cuidadosamente seleccionada para estimular o cuidado, a comunicação e a percepção das diferenças, promovendo um estado de atenção e curiosidade em relação à diversidade cultural, sempre de forma leve e adaptada para o público infantil.

Tema: Massacre do povo indígena Tikuna
Duração: 40 horas
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 1 a 3 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover um aprendizado significativo sobre a diversidade cultural, por meio da introdução reflexiva sobre o povo indígena Tikuna, estimulando empatia, cuidado e respeito nas interações sociais das crianças.

Objetivos Específicos:

– Fomentar atitudes de solidariedade e comunicação entre as crianças.
– Incentivar a expressão de sentimentos e opiniões durante as atividades.
– Estimular a percepção das características físicas e culturais distintas entre os povos.
– Desenvolver habilidades motoras por meio de brincadeiras que envolvem movimentos e sons.
– Promover o respeito às regras de convivência social e resolução de conflitos.

Habilidades BNCC:

No contexto do tema proposto, as seguintes habilidades da BNCC são relevantes:

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
(EI02EO05) Perceber que as pessoas têm características físicas diferentes, respeitando essas diferenças.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI02CG01) Apropriar-se de gestos e movimentos de sua cultura no cuidado de si e nos jogos e brincadeiras.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI02TS01) Criar sons com materiais, objetos e instrumentos musicais, para acompanhar diversos ritmos de música.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e opiniões.
(EI02EF03) Demonstrar interesse e atenção ao ouvir a leitura de histórias.

Materiais Necessários:

– Livros ilustrados sobre a cultura dos indígenas, especialmente os Tikuna.
– Materiais para artesanato (papel colorido, tintas, cola, lápis de cor).
– Instrumentos musicais simples (chocalhos, tambores caseiros).
– Objetos variados para manuseio (tecidos, texturas, brinquedos de diferentes formas).
– Espelhos grandes e pequenos.
– Materiais naturais (folhas secas, pedras, sementes).

Situações Problema:

– Como podemos mostrar carinho e cuidado uns com os outros?
– O que significa ser diferente e como podemos respeitar essas diferenças?
– Que sons diferentes conseguimos produzir com os materiais que temos?

Contextualização:

O massacre do povo indígena Tikuna é um tema delicado que pode ser discutido de forma leve e adequada ao entendimento das crianças. Neste contexto, faz-se necessário abordar a importância da diversidade cultural e humana, promovendo a empatia e o respeito através de atividades lúdicas que envolvem movimento, música e arte.

Desenvolvimento:

Durante a semana, as atividades serão organizadas para que as crianças possam explorar esses conceitos através de histórias, jogos e expressão artística. Cada atividade será orientada por um adulto, garantindo que a mensagem de respeito e cuidado seja bem transmitida.

Atividades sugeridas:

1ª Atividade: Contação de História
    Objetivo: Introduzir a cultura indígena de forma lúdica.
    Descrição: Ler uma história ilustrada sobre o povo Tikuna enfatizando aspectos culturais e de convivência em grupo.
    Instruções: Sentar as crianças em um círculo e apresentar as imagens, fazendo pausas para perguntas simples.
    Materiais: Livro ilustrado, fantoches de papel.

2ª Atividade: Brincadeiras de Movimento
    Objetivo: Estimular movimentos e a apropriação do espaço.
    Descrição: Organizar uma pista de obstáculos que imite a natureza, onde as crianças devem pular, rastejar e se mover.
    Instruções: Criar uma trilha usando colchonetes e objetos, orientando as crianças a se deslocarem.
    Materiais: Colchonetes, cordas, almofadas.

3ª Atividade: Artesanato com Elementos Naturais
    Objetivo: Trabalhar a percepção tátil e criativa.
    Descrição: Fazer pinturas utilizando folhas, sementes e outros elementos naturais para a criação de um “painel da biodiversidade”.
    Instruções: Mostrar como usar os itens naturais para criar formas e texturas no papel.
    Materiais: Papel, tinta, folhas, sementes.

4ª Atividade: Exploração de Sons
    Objetivo: Produzir sons e ritmos como forma de comunicação.
    Descrição: Utilizar instrumentos simples para criar uma “orquestra indígena” ao som de músicas tradicionais.
    Instruções: Orientar as crianças a imitar os sons e experimentar diferentes ritmos.
    Materiais: Chocalhos, tambores, caixas de som.

5ª Atividade: Espelho e Reflexão
    Objetivo: Trabalhar a autoimagem e a diversidade.
    Descrição: Usar espelhos para que as crianças se observem e falem sobre suas características.
    Instruções: Propor que cada uma se descreva de forma positiva, enfatizando as diferenças.
    Materiais: Espelhos, cartazes para anotações.

Discussão em Grupo:

Promover uma roda de conversa utilizando perguntas que estimulem a reflexão e a interação entre as crianças sobre o que aprenderam e como se sentiram com as atividades da semana. As discussões devem ser guiadas por um adulto que incentive a expressão verbal e a escuta ativa.

Perguntas:

– O que você aprendeu sobre os Tikuna?
– Como podemos cuidar melhor uns dos outros?
– O que é ser diferente e por que isso é bom?

Avaliação:

A avaliação será contínua e observará a participação ativa, a comunicação e o envolvimento das crianças nas atividades propostas. Relatos dos educadores e registros fotográficos poderão auxiliar na documentação do aprendizado e das interações.

Encerramento:

Ao final da semana, todas as criações e reflexões serão expostas em um mural, onde as crianças poderão compartilhar suas experiências. Um momento de celebração, com música e dança, encerra a semana que foi rica em aprendizados, promovendo uma forte conexão entre as crianças e a diversidade cultural.

Dicas:

– Sempre esteja atento ao tempo de atenção das crianças, adequando as atividades conforme necessário.
– Utilize linguagem clara e visual para facilitar o entendimento.
– Promova sempre um ambiente acolhedor e respeitoso, onde as crianças se sintam seguras para se expressar.

Texto sobre o tema:

O massacre do povo indígena Tikuna é um tema que exige sensibilidade e um contexto adequado para ser abordado com crianças. Os Tikuna são um dos povos indígenas mais conhecidos da Amazônia brasileira, possuindo uma rica cultura e tradições milenares. A história de exploração e violência frente aos indígenas, como o massacre, deve ser tratada com cuidado, visando ao reconhecimento da importância dessas comunidades e suas contribuições para a sociedade.

Neste cenário, a educação para o respeito e a diversidade cultural se torna essencial. Desde pequenos, as crianças devem ser incentivadas a entender que existem diferentes modos de viver e que cada grupo é portador de saberes e vivências que merecem ser respeitados. A infância é um período crucial de formação de valores, e este plano de aula é uma oportunidade de instigar a curiosidade e a empatia em relação ao outro.

Ao longo da semana, exploraremos a tradição oral dos povos indígenas, os sons da floresta, a cor das danças e a diversidade das culturas, que vão além dos estereótipos. Quando as crianças brincam e exploram, elas não apenas se divertem, mas também aprendem sobre interações sociais respeitosas, a importância da cooperação e a construção de um ambiente onde a diversidade é valorizada. A magia da diversidade cultural começa a ser tecida desde a infância, onde cada gesto de cuidado se transforma em uma ponte para um mundo mais inclusivo.

Desdobramentos do plano:

Esse plano não se encerra na semana proposta; ele pode ser desdobrado em várias direções, sempre com o foco na educação para a diversidade e o respeito. Um desdobramento interessante seria a continuidade das atividades relacionadas ao ambiente natural e indígena. Seja através de novas histórias, canções típicas ou de artesanatos, o aprendizado pode ser ampliado, reforçando a conexão com a natureza e o valor do cuidado com o próximo.

Outra diretriz seria formarmos parcerias com comunidades indígenas locais. Isso poderia possibilitar vivências autênticas, que transcendem a interação apenas em sala de aula, e garantiriam um aprendizado significativo. Convidar representantes dessas comunidades para compartilhar suas vivências com as crianças pode enriquecer a experiência de aprendizado e proporcionar uma conexão direta e respeitosa com os saberes indígenas.

Por fim, o planejamento de futuras atividades pode se estender para as famílias. A criação de um espaço de diálogo onde elas possam compartilhar suas experiências e pontos de vista sobre diversidade cultural pode gerar um impacto ainda maior. Envolver as famílias gera continuidade nas discussões e aproveita o potencial de aprendizado em casa, permitindo que as crianças levem e compartilhem as experiências de sala de aula, promovendo um ambiente de aprendizado contínuo e colaborativo.

Orientações finais sobre o plano:

É fundamental que o educador esteja preparado para conduzir as atividades com paciência e escuta ativa. Ao lidar com crianças pequenas, é preciso ser flexível e adaptar as atividades conforme o desenvolvimento e interesse das crianças. As interações devem ser sempre mediadas de forma que elas se sintam ouvidas e valorizadas, reforçando seus sentimentos e criações.

O ambiente de aprendizado deve ser acolhedor, estimulando a curiosidade e o respeito mútuo. Frases simples, mas carinhosas, como “vamos aprender juntos”, ajudam a moldar um clima positivo e de encorajamento entre todos. O papel do educador é essencial para guiar essas trocas, mostrando que cada criança é única e que suas expressões criativas são importantes.

Por último, a reflexão periódica sobre as práticas educativas e o retorno das crianças sobre as experiências vividas podem enriquecer ainda mais o aprendizado. O feedback deve ser um elemento constante nesse processo, ajudando a aprimorar o ambiente de aprendizado e as metodologias utilizadas.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Dança das Cores: Criar uma atividade de dança onde cada criança é convidada a expressar sua emoção com movimentos, utilizando lenços coloridos que representam diferentes sentimentos. Materiais: lenços coloridos, música instrumental.
    Objetivo: Construir a expressão corporal e o entendimento de emoções.

2. Roda de Sons da Natureza: Criar uma roda de sons imitando diferentes animais da floresta, promovendo a consciência ambiental. Materiais: instrumentos de percussão simples.
    Objetivo: Desenvolver a percepção auditiva e a criatividade.

3. Ateliê de Arte Silvestre: Utilizar elementos naturais como folhas e flores para criar colagens, fomentando a expressão artística. Materiais: papel, cola, elementos naturais.
    Objetivo: Trabalhar a motricidade fina e a apreciação pela natureza.

4. Contando Histórias com Fantoches: Criar fantoches para narrar histórias sobre o cotidiano indígena, promovendo a oralidade e a escuta. Materiais: meias, tesoura, canetinha.
    Objetivo: Estimular a criatividade e o interesse por histórias.

5. Jogo do Ambiente: Criar um espaço onde as crianças podem explorar diferentes texturas e formas, utilizando caixas sensoriais. Materiais: areias, folhas secas, pedras.
    Objetivo: Desenvolver a exploração sensorial e a curiosidade sobre o meio ambiente.

Com essas propostas, o plano de aula se transforma em uma rica jornada de aprendizado, respeitando e celebrando a diversidade cultural, reconhecendo as crianças como protagonistas nesse processo.

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