Plano de Aula: máscaras africanas (Ensino Médio) – 1º Ano
A elaboração de um plano de aula sobre máscaras africanas para o 1º ano do Ensino Médio requer uma abordagem detalhada que una história e arte, além de promover a reflexão sobre a diversidade cultural. O foco no tema das máscaras africanas não só explora a riqueza das tradições artísticas, mas também propõe uma discussão crítica sobre a identidade e as expressões culturais do continente africano e sua diáspora.
Neste plano de aula, os alunos poderão explorar a significância cultural das máscaras africanas, entendendo suas funções sociais, espirituais e artísticas. A atividade de confecção de máscaras culminará em um exercício prático que integra teoria e prática, permitindo que os alunos manifestem sua criatividade enquanto aprendem sobre a cultura africana.
Tema: Máscaras Africanas
Duração: 4 horas
Etapa: Ensino Médio
Sub-etapa: 1º Ano
Faixa Etária: 15 anos
Objetivo Geral:
Promover a compreensão do papel das máscaras na cultura africana, explorando suas funções sociais, estéticas e religiosas, e estimulando a criação artística por meio da confecção de máscaras pelos alunos.
Objetivos Específicos:
– Identificar e discutir a importância das máscaras em diversas culturas africanas.
– Analisar as diferentes formas de máscaras, seus materiais, significados e contextos de uso.
– Promover a criatividade e o conhecimento prático na confecção de máscaras inspiradas nas tradições africanas.
Habilidades BNCC:
– EM13CHS104: Analisar objetos e vestígios da cultura material e imaterial de modo a identificar conhecimentos, valores, crenças e práticas que caracterizam a identidade e a diversidade cultural de diferentes sociedades inseridas no tempo e no espaço.
– EM13LGG201: Utilizar as diversas linguagens (artísticas, corporais e verbais) em diferentes contextos, valorizando-as como fenômeno social, cultural, histórico, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso.
– EM13LGG301: Participar de processos de produção individual e colaborativa em diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais), levando em conta suas formas e seus funcionamentos, para produzir sentidos em diferentes contextos.
– EM13CHS601: Identificar e analisar as demandas e os protagonismos políticos, sociais e culturais dos povos indígenas e das populações afrodescendentes no Brasil contemporâneo, considerando a história das Américas e o contexto de exclusão e inclusão precária desses grupos na ordem social e econômica atual.
Materiais Necessários:
– Papéis coloridos, cartolina, papelão e materiais recicláveis (garrafas plásticas, latas, etc.) para confecção das máscaras.
– Tintas, pincéis, tesouras, cola, lápis, canetas, enfeites (pedrinhas, penas, fitas).
– Um projetor ou computador para apresentação de slides.
– Exemplares de textos e imagens sobre máscaras africanas.
Situações Problema:
– Como as máscaras africanas refletem a identidade cultural de um povo?
– De que forma a confecção de máscaras pode ser uma forma de expressão artística e cultural?
Contextualização:
Iniciar a aula contextualizando a importância das máscaras na cultura africana, suas origens e significados. Discutir o contexto histórico e social das máscaras, sua representação em rituais e celebrações, e como estas peças são mais do que meros objetos artísticos; elas são portadoras de significados profundos sobre a sociedade que as produz.
Desenvolvimento:
1. Apresentação Teórica: Usar um projetor para apresentar uma seleção de imagens de máscaras africanas, abordando diferentes estilos e suas funções (rituais, cerimônias, festivais). Discutir a origem de algumas dessas máscaras e seu uso em diferentes regiões da África, como a África Ocidental e Central.
2. Discussão em Grupo: Dividir a turma em pequenos grupos e propor perguntas para discussão sobre a importância das máscaras na identidade cultural. Cada grupo pode compartilhar suas reflexões com a turma, promovendo um ambiente colaborativo de aprendizado.
3. Atividade Prática: Confeccionar máscaras de papel, cartolina ou material reciclável. Instruir os alunos a criar suas próprias versões de máscaras, refletindo sobre os temas discutidos nas aulas. O professor deve orientar quanto às técnicas e ao uso de materiais disponíveis.
Atividades sugeridas:
Dia 1: Introdução ao tema
– Início com uma apresentação teórica sobre a história das máscaras africanas. O professor deve exibir imagens e vídeos que exemplifiquem a diversidade cultural.
– Levantamento de questões sobre o que os alunos já sabem sobre o tema e o que gostariam de aprender.
Dia 2: Análise de Máscaras
– Análise de exemplos de máscaras e discussão sobre seu contexto e significado.
– Dinâmica em grupos, onde cada grupo estudará um tipo específico de máscara e apresentará aos colegas.
Dia 3: Planejamento da Confecção
– Ensino sobre os materiais e técnicas de confecção de máscaras.
– Cada aluno deve esboçar seu design de máscara, considerando os elementos discutidos nas aulas.
Dia 4: Confecção das Máscaras
– Execução prática da confecção das máscaras. O professor deve acompanhar, oferecendo dicas e sugestões criativas.
Dia 5: Apresentação e Reflexão
– Os alunos apresentarão suas máscaras e o significado que elas têm para eles. Reflexão conjunta sobre o que aprenderam com a elaboração e o significado de cada máscara.
Discussão em Grupo:
Propor um espaço de discussão onde os alunos compartilham suas experiências e reflexões sobre a atividade. Perguntar como se sentiram ao criar suas máscaras e o que aprenderam sobre a cultura africana através desse processo.
Perguntas:
1. Quais elementos podem ser considerados essenciais para a confecção de uma máscara que represente uma cultura?
2. Como as máscaras africanas podem influenciar a sua própria identidade cultural?
3. Que outras culturas utilizam máscaras e qual a sua função?
Avaliação:
A avaliação será contínua, levando em conta a participação nas discussões, o envolvimento nas atividades práticas e a apresentação final da máscara. O professor também pode aplicar uma autoavaliação, pedindo que os alunos reflitam sobre seu próprio aprendizado.
Encerramento:
Refletir sobre a importância da arte e da identidade cultural, promovendo uma discussão final sobre como a confecção de máscaras pode ser uma forma de reconhecimento e valorização das diversas culturas existentes no mundo.
Dicas:
– Incentivar a pesquisa sobre diferentes culturas e suas tradições de confecção de máscaras.
– Propor a colaboração entre os alunos, estimulando a troca de ideias e sugestões durante a confecção.
Texto sobre o tema:
As máscaras africanas são expressões artísticas que vão além da estética; elas carregam histórias, rituais e significados profundos. Cada máscara é uma manifestação de identidade, refletindo as crenças, valores e a cultura de um povo. Seja usada em cerimônias de iniciação, rituais de dança ou festividades, a máscara se torna um canal para a comunicação entre o mundo espiritual e o terreno. A arte das máscaras africanas é reconhecida internacionalmente por sua diversidade e capacidade de contar histórias. Ao trabalharmos com a confecção de máscaras, não estamos apenas criando arte, mas também respeitando e celebrando a cultura de um dos continentes mais ricos em tradições do mundo.
A confecção de máscaras africanas também é uma oportunidade para refletirmos sobre a nossa própria identidade cultural. Ao utilizarmos materiais recicláveis, convidamos os alunos a repensar o uso de recursos e as práticas artísticas sustentáveis. Essa atividade não só estreita laços entre a geração mais jovem e a diversidade cultural africana, mas também promove a consciência socioambiental.
Na análise das máscaras, é essencial considerar não apenas o design, mas também os contextos em que elas são utilizadas. Através de debates e estudos, os alunos podem desenvolver uma compreensão crítica sobre como a arte é moldada pelas circunstâncias sociais e históricas. Isso proporciona uma base sólida para a valorização das diversas expressões culturais e para o fortalecimento da empatia e da solidariedade em um mundo plural.
Desdobramentos do plano:
Os desdobramentos desta aula podem incluir uma feira cultural onde os alunos são incentivados a expor suas máscaras e compartilhar o que aprenderam com a comunidade escolar. Além disso, a atividade pode ser estendida para incluir a pesquisa sobre outras culturas que utilizam máscaras, como as indígenas das Américas ou o teatro grego, promovendo um rico intercâmbio cultural. Os alunos podem ainda realizar um projeto de arte coletiva que envolva a criação de uma grande parede ou mural onde serão exibidas as máscaras e suas histórias.
Esse projeto permite que os estudantes integrem diferentes linguagens artísticas para a expressão de suas tradições e identidades. O uso da tecnologia também pode ser incorporado, permitindo que os alunos compartilhem suas experiências e processos criativos em blogs ou redes sociais, aumentando a conscientização sobre a cultura africana.
Por fim, incentivar debates sobre a importância da diversidade cultural e a valorização das tradições de cada grupo social pode aprofundar ainda mais a análise crítica que os alunos desenvolvem através do estudo das máscaras africanas, fomentando um ambiente respeitoso e de aprendizado contínuo.
Orientações finais sobre o plano:
É fundamental que o professor esteja preparado para coordenar as discussões e mediá-las de forma que todos os alunos tenham voz. A sensibilização para a diversidade cultural deve ser um constante, promovendo um ambiente escolar inclusivo. Criar conexões entre o aprendizado acadêmico e a vida real é essencial para a formação de cidadãos críticos e conscientes.
O planejamento deve ser flexível, permitindo que a aula se desenvolva de acordo com a dinâmica da turma e o interesse dos alunos. Durante a confecção das máscaras, incentive a criatividade individual, mas também o trabalho em equipe, para que os alunos possam aprender a compartilhar ideias e encontrar soluções juntos.
Em suma, o trabalho com máscaras africanas é mais do que uma atividade artística; é uma bela oportunidade para entender e respeitar a diversidade cultural, promover a empatia e conscientização sobre identidades culturais, enquanto se incentivam práticas artísticas criativas e sustentáveis.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Teatro de Máscaras: Realizar um teatro onde os alunos devem criar histórias ou esquetes utilizando as máscaras confeccionadas. Os alunos poderão explorar diferentes personagens e narrativas, aprofundando seu entendimento sobre a funcionalidade das máscaras.
2. Desfile Cultural: Organizar um desfile onde os alunos possam apresentar suas máscaras para o restante da escola. Cada aluno deve explicar o significado de sua máscara, promovendo um espaço de aprendizado e troca cultural.
3. Oficina de Dança: Integrar uma oficina de dança africana que utilize as máscaras como parte da performance. Isso ajudará os alunos a compreenderem ainda mais a conexão entre a dança e as máscaras na cultura africana.
4. Jogo da Memória: Criar um jogo da memória com imagens de máscaras africanas e suas descrições. Essa atividade pode ajudar no reconhecimento das diferentes culturas e seus significados.
5. Exposição Virtual: Criar uma exposição virtual com as máscaras e histórias de cada aluno. Utilizar plataformas digitais onde os alunos possam adicionar comentários e interagir, promovendo um espaço de diálogo sobre diversidade cultural.
Essas sugestões proporcionam uma rica interação com o tema abordado, permitindo que os alunos se envolvam de maneira lúdica e significativa com a cultura africana.