Plano de Aula: Máscara Africana com Papel Machê – 6º Ano

A proposta deste plano de aula busca explorar e valorizar a cultura africana através da confecção de máscaras africanas utilizando a técnica de papel machê. A atividade está estruturada para ser desenvolvida ao longo de quatro aulas no 6º ano do Ensino Fundamental, com o objetivo de promover um contato rico e dinâmico com as tradições e manifestações artísticas dessa cultura. Além disso, o trabalho colaborativo e a apreciação estética serão valorizados durante todo o processo.

Através do aprendizado prático e da pesquisa, os alunos não apenas desenvolverão habilidades manuais e criativas, mas também se familiarizarão com a riqueza da cultura africana, seus símbolos e significados. Este plano se insere nas diretrizes da (BNCC) ao propor atividades que buscam integrar o conhecimento histórico e cultural com a prática artística, favorecendo a formação de alunos mais críticos e conscientes.

Tema: Máscara Africana com Papel Machê
Duração: 4 aulas
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 6º Ano
Faixa Etária: 12 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover o conhecimento e a apreciação da cultura africana, explorando a confecção de máscaras através da técnica de papel machê, desenvolvendo habilidades artísticas e compreensão cultural.

Objetivos Específicos:

– Compreender o significado e a importância das máscaras na cultura africana.
– Aprender a técnica de confecção de máscaras utilizando papel machê.
– Fomentar a troca de ideias e experiências sobre a arte africana.
– Desenvolver habilidades manuais e criativas, bem como o trabalho em grupo.

Habilidades BNCC:

– (EF69AR01) Pesquisar, apreciar e analisar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, em obras de artistas brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas e culturais.
– (EF69AR05) Experimentar e analisar diferentes formas de expressão artística, como a modelagem e a escultura.
– (EF69AR06) Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em temas ou interesses artísticos, utilizando materiais e recursos convencionais.

Materiais Necessários:

– Jornal ou papel reciclado.
– Cola branca.
– Balões (para moldar as máscaras).
– Tinta acrílica e pincéis.
– Tesouras e fitas adesivas.
– Verniz para acabamento.
– Referências visuais de máscaras africanas (imagens impressas ou digitais).

Situações Problema:

– Como as máscaras africanas refletem as culturas e tradições de diversos povos?
– De que maneira podemos utilizar a técnica de papel machê para criar nossas próprias interpretações artísticas?

Contextualização:

As máscaras na cultura africana são muito mais do que objetos decorativos; elas são utilizadas em rituais e cerimônias, representando divindades, ancestrais e forças da natureza. A prática de confecção de máscaras é tradicional em muitas etnias, como os Yoruba, os Bantu, entre outros. Compreender esses aspectos possibilita uma rica discussão sobre a herança cultural africana e suas expressões artísticas.

Desenvolvimento:

A semana será dividida em quatro aulas, onde a primeira terá como foco a pesquisa e a discussão sobre a cultura africana e suas máscaras; a segunda e terceira serão dedicadas à prática de confecção das máscaras de papel machê; e a quarta aula será destinada à pintura e finalização das peças.

Atividades sugeridas:

Aula 1: Introdução à Cultura Africana e suas Máscaras
Objetivo: Compreender o significado das máscaras africanas.
Descrição: Os alunos terão acesso a referências visuais de máscaras africanas, e o professor irá conduzir uma discussão sobre a importância cultural dessas peças.
Instruções para o professor: Apresentar um breve histórico sobre a cultura africana e a função das máscaras. Estimular os alunos a expressar suas impressões e questionamentos.
Materiais a serem utilizados: Projeção de imagens, vídeos curtos e textos explicativos sobre a cultura africana.

Aula 2: Confecção da Estrutura da Máscara
Objetivo: Criar a base da máscara utilizando papel machê.
Descrição: Os alunos utilizarão balões como base e aplicarão camadas de papel machê (papel reciclado e cola), criando uma forma que será a base para suas máscaras.
Instruções para o professor: Auxiliar na aplicação do papel machê e garantir que todos tenham suas máscaras bem moldadas.
Materiais a serem utilizados: Jornal, cola branca, balões, e recipientes para misturar a cola.

Aula 3: Finalização da Estrutura e Pintura das Máscaras
Objetivo: Finalizar a máscara com a pintura.
Descrição: Após a secagem da base, os alunos pintarão suas máscaras com tinta acrílica, criando as imagens e padrões que desejarem, inspirados nas máscaras africanas conhecidas.
Instruções para o professor: Orientar sobre a escolha de cores e formas, e discutir técnicas de pintura.
Materiais a serem utilizados: Tintas acrílicas, pincéis, copos com água e panos para limpeza.

Aula 4: Verniz e Apresentação das Máscaras
Objetivo: Proteger a máscara e compartilhar com os colegas.
Descrição: Aplicar verniz nas máscaras para finalizar e realizar uma exposição, onde os alunos poderão explicar a inspiração por trás de suas criações.
Instruções para o professor: Estimular a apreciação das obras dos colegas e a reflexão sobre o que aprenderam com o projeto.
Materiais a serem utilizados: Verniz e espaço para a exposição das máscaras.

Discussão em Grupo:

Ao final de cada aula, promover discussões sobre as experiências de cada aluno durante o processo de criação. Perguntas como: “O que você aprendeu sobre a cultura africana?” ou “Qual foi a parte mais desafiadora do processo de criação?” podem ser úteis.

Perguntas:

– O que as máscaras africanas representam?
– Como a técnica do papel machê pode nos ajudar a expressar nossa criatividade?
– Quais elementos culturais você decidiu incorporar em sua máscara?

Avaliação:

A avaliação será processual e contemplará a participação dos alunos nas atividades, o desenvolvimento da criatividade e a compreensão demonstrada sobre o tema apresentado nas discussões.

Encerramento:

Ao final do projeto, cada aluno poderá levar sua máscara para casa, e uma apresentação final pode ser realizada, onde os alunos compartilham o que aprenderam e criaram. A valorização das histórias por trás de cada máscara é fundamental para reforçar a conexão com a cultura que representa.

Dicas:

– Incentivar a pesquisa prévia dos alunos sobre diferentes etnias africanas e suas práticas artísticas.
– Estimular o uso de materiais recicláveis na confecção das máscaras, promovendo a sustentabilidade.

Texto sobre o tema:

As máscaras africanas são expressões artísticas carregadas de história e significados que transcendem a simples estética. Nas mais diversas culturas africanas, as máscaras desempenham um papel central em rituais religiosos e sociais. Elas estão intrinsecamente ligadas à espiritualidade, representando ancestrais, deidades e até mesmo forças da natureza. A planta que, no ocidente, é frequentemente vista como uma simples fonte de entretenimento ou decoração, é, para muitos povos africanos, uma ferramenta de comunicação e celebração. As danças realizadas com essas máscaras não envolvem apenas movimentos artísticos, mas contam histórias e perpetuam tradições, criando uma conexão profunda entre passado e presente.

A técnica do papel machê, utilizada para a confecção das máscaras, é uma excelente forma de engajar os alunos, permitindo que aprendam não apenas sobre o material, mas também sobre a importância da arte na construção da identidade cultural. A prática da modelagem com papel machê não promove apenas o desenvolvimento de habilidades manuais; ela também estimula a criatividade e a autoexpressão. Além disso, a combinação do método artesanal com a pesquisa cultural faz com que os alunos vinham a desenvolver uma apreciação mais profunda por outras culturas.

Portanto, ao extrair a riqueza da arte africana, estamos contribuindo para uma educação que transita entre conhecimento e prática. Estamos criando um espaço onde a diversidade cultural é respeitada e celebrada, promovendo o respeito e a empatia entre os alunos. A arte é uma verdade universal, e ao lhe darmos espaço em nossas aulas, ampliamos não apenas os horizontes deles, como também o entendimento de que somos parte de uma diversidade cultural rica e complexa.

Desdobramentos do plano:

O plano de aula sobre máscaras africanas pode se desdobrar em diversas frentes. Primeiramente, os alunos podem pesquisar sobre diferentes culturas africanas e apresentar suas descobertas em sala de aula. Essa atividade pode integrar o conhecimento de outras disciplinas, como História e Geografia, permitindo que os alunos entendam os contextos sociais e históricos por trás das manifestações artísticas. Além disso, a confecção de máscaras pode inaugurar uma série de oficinas artísticas, nas quais outras técnicas podem ser exploradas, como escultura com argila, pintura e colagem, sempre buscando ligações com culturas diversas.

Outro desdobramento interessante é a possibilidade de realizar uma exposição final, onde os alunos, com suas máscaras, expliquem seus significados e inspirações. Essa apresentação pode ser aberta à comunidade escolar, envolvendo pais e outros alunos, o que ajuda a promover um ambiente de aprendizado colaborativo e de valorização da cultura local e global. Incentivar a troca de experiências culturais ampliará também o repertório dos alunos, fazendo com que a arte se torne um meio de conexão e diálogo.

Para finalizar, é importante reconhecer e refletir sobre as diferentes maneiras de conviver e respeitar a diversidade cultural. Buscar parcerias com artistas locais ou organizações culturais que trabalham com a temática africana poderá enriquecer ainda mais as propostas a serem desenvolvidas, proporcionando aos alunos uma vivência rica e completa de arte e cultura.

Orientações finais sobre o plano:

Este plano de aula tem como objetivo principal a integração de arte, cultura e ensino através da confecção de máscaras africanas. O professor deve estar preparado para ser um facilitador, guiando os alunos e estimulando a pesquisa e a discussão em torno do tema. É necessário criar um ambiente seguro e acolhedor, onde todos possam expressar sua criatividade sem receios. As produções artísticas devem ser valorizadas, sendo cada criação uma expressão única do conhecimento e da visão de mundo de cada aluno.

Além disso, o plano pode ser adaptado em diversas situações, considerando as particularidades da turma e os recursos disponíveis. Existe a oportunidade de envolver as famílias nesse processo, promovendo uma troca de experiências dentro e fora da sala de aula. Quanto mais os alunos interagirem com o que estão estudando, mais significativo será seu aprendizado. Por fim, a conexão entre a arte e a cultura africana pode e deve ser enriquecida por diferentes vozes e experiências, refletindo assim a pluralidade e a riqueza do saber que permanece no coração da arte.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Danças e Ritmos Africanos: Os alunos podem aprender sobre a música e a dança africanas, experimentando coreografias e movimentos típicos das diversas culturas do continente. Os alunos poderão sentir como a dança está interligada às máscaras e a outros rituais.

2. Contação de Histórias: Realizar sessões de contação de histórias afro futuristas ou tradições africanas, onde os alunos poderão entender como as máscaras também são narrativas que têm histórias a contar.

3. Criação de Máscaras Digitais: Utilizar softwares de design para que os alunos possam criar suas próprias máscaras digitais, incentivando a inclusão de referências culturais em uma plataforma tecnológica.

4. Teatro de Sombras: Utilizar as máscaras criadas para realizar uma apresentação de teatro de sombras, onde os alunos poderão contar uma história que represente a cultura africana.

5. Oficina de Culinária: Comidas típicas africanas podem ser exploradas em uma oficina, conectando a experiência culinária ao aprendizado cultural, ampliando a visão sobre a diversidade e tradições africanas.

Essas sugestões visam enriquecer a experiência de aprendizagem, tornando o tema acessível e prazeroso, além de promover o respeito à rica diversidade cultural do continente africano.

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