“Plano de Aula Lúdico: Seres Vivos e Não Vivos para Bebês”
Este plano de aula tem como foco os seres vivos e não vivos, proporcionando às crianças uma introdução lúdica e envolvente a esses conceitos fundamentais. O objetivo é estimular a curiosidade natural dos bebês, promovendo a exploração e a interação com o ambiente que os cerca, ao mesmo tempo em que desenvolvem habilidades essenciais para essa fase da vida. Este plano é projetado para ser executado ao longo de duas semanas, permitindo que os pequenos descubram e compreendam o mundo de uma maneira acessível e estimulante.
Neste plano, as atividades incluem brincadeiras, experiências sensoriais, e interações sociais, todas adaptadas às necessidades e características da faixa etária de 0 a 1 ano e 6 meses. As sugestões foram elaboradas considerando o desenvolvimento integral das crianças, alinhadas com os objetivos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a Educação Infantil. As atividades foram planejadas para proporcionar momentos ricos em aprendizado, onde as crianças poderão explorar, manipular e aprender de maneira divertida.
Tema: Os seres vivos e não vivos
Duração: 2 semanas
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 4 meses a 1 ano e 6 meses
Objetivo Geral:
O objetivo geral deste plano de aula é proporcionar experiências de aprendizado em que as crianças possam explorar o conceito de seres vivos e não vivos, despertando a curiosidade e promovendo o desenvolvimento de habilidades motoras, sociais e cognitivas por meio de atividades lúdicas.
Objetivos Específicos:
– Promover a exploração sensorial de diferentes objetos que representam seres vivos e não vivos.
– Aos poucos, estimular a interação social entre as crianças e os adultos, encorajando a comunicação de emoções e desejos.
– Incentivar as crianças a manipular objetos e materiais, favorecendo o desenvolvimento das habilidades motoras.
Habilidades BNCC:
– (EI01EO01) Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
– (EI01EO02) Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais participa.
– (EI01CG02) Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores e desafiantes.
– (EI01TS01) Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.
– (EI01ET01) Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).
Materiais Necessários:
– Brinquedos de diferentes texturas e tamanhos (bolas, bonecos, pelúcias).
– Objetos e imagens de seres vivos (animais, plantas) e não vivos (pedras, água, papel).
– MATERIAIS SENSITIVOS (areia, água, massa de modelar).
– Instrumentos musicais leves (maracas, tambores).
– Livros ilustrados sobre seres vivos e não vivos.
Situações Problema:
Como explorar os seres vivos (animais e plantas) e os não vivos (pedras, água)? Que sons e texturas podemos descobrir juntos?
Contextualização:
As crianças estão em uma fase de descoberta, onde tudo ao seu redor é uma nova oportunidade para aprender. Neste contexto, os conceitos de seres vivos e não vivos são introduzidos de forma prática e sensorial, permitindo que as crianças compreendam as diferenças e semelhanças de maneira lúdica.
Desenvolvimento:
As atividades serão realizadas de maneira gradual e envolvente, garantindo que os bebês possam explorar e manipular os materiais disponíveis. As propostas incluem momentos de brincadeiras, contação de histórias e exploração sensorial.
Atividades sugeridas:
Semana 1:
1. Atividade de Apresentação das Texturas do Ambiente
– Objetivo: Estimular a percepção tátil.
– Descrição: Em um espaço acolhedor, disponibilizar diferentes objetos de várias texturas. As crianças devem sentir e explorar os objetos livremente.
– Materiais: Pedras, tecidos, pelúcias e brinquedos macios.
– Adaptação: Para crianças que ainda não se movimentam, os objetos podem ser apresentados próximos a elas.
2. Exploração de Sons
– Objetivo: Introduzir sons de seres vivos.
– Descrição: Utilizar instrumentos musicais leves fazendo sons que imitem animais (cantar, bater as palmas). As crianças devem imitar os sons com o corpo.
– Materiais: Maracas, tambor, objetos que fazem barulho.
– Adaptação: As crianças podem apenas balbuciar ou usar os instrumentos de forma livre.
3. Contação de História sobre Animais
– Objetivo: Fomentar a imaginação com histórias.
– Descrição: Ler uma história ilustrada sobre animais, mostrando as imagens e fazendo gestos que imitem os animais.
– Materiais: Livros ilustrados sobre o mundo animal.
– Adaptação: Usar fantoches ou bonecos para tornar a contação mais interativa.
Semana 2:
4. Atividade com Água
– Objetivo: Experiências sensoriais e exploração do conceito de não vivos.
– Descrição: Em uma bacia, deixar as crianças brincar com água e objetos que flutuam ou afundam (como pedaços de papel).
– Materiais: Bacia de água, brinquedos que flutuam e que não flutuam.
– Adaptação: Para crianças que não têm acesso livre ao movimento, a atividade pode ser realizada com supervisão próxima.
5. Brincadeira com Massa de Modelar
– Objetivo: Explorar diferentes texturas e formas.
– Descrição: Propor que as crianças façam formas livres com a massa de modelar, conversando sobre os seres vivos que podem criar.
– Materiais: Massa de modelar, cortadores de forma.
– Adaptação: Para crianças com dificuldade motora, o professor pode ajudar a modelar.
6. Caminhada Ambiental
– Objetivo: Observar seres vivos e não vivos na natureza.
– Descrição: Realizar um passeio curto no ambiente escolar para observar as diferenças entre plantas e objetos não vivos.
– Materiais: Cesta para coletar pequenas coisas (folhas, pedrinhas).
– Adaptação: Pode ser feito dentro da sala com objetos já disponíveis.
Discussão em Grupo:
Após as atividades, reunir as crianças em um círculo para compartilhar as descobertas. Pergunte sobre o que mais gostaram e quais objetos tocaram ou exploraram. A ideia é favorecer a comunicação e fortalecer a interação social.
Perguntas:
– O que você sentiu quando tocou a pedra?
– Qual som você mais gostou de imitar?
– Você se lembrou de algum animal que viu?
Avaliação:
A avaliação será observacional e contínua, levando em conta a participação e a interação das crianças nas atividades propostas. O professor deverá registrar as reações e o envolvimento dos bebês nas atividades, favorecendo um olhar atento ao desenvolvimento das habilidades.
Encerramento:
Finalizar as duas semanas com um bate-papo, onde as crianças podem falar sobre as suas experiências, o que mais gostaram de aprender e o que mais lhes chamou atenção. Este momento é importante para reforçar os aprendizados e criar um vínculo com as experiências que tiveram.
Dicas:
– Incentivar a exploração livre dos objetos, permitindo que as crianças desenvolvam sua curiosidade natural.
– Garantir que o ambiente esteja adaptado para a segurança das crianças durante as atividades.
– Fazer uso de músicas e cantigas ligadas a seres vivos e não vivos para enriquecer a experiência de aprendizado.
Texto sobre o tema:
Os seres vivos e não vivos constituem uma parte essencial do nosso mundo. Seres vivos são aqueles que possuem vida, como os humanos, animais e plantas. Eles nascem, crescem, se reproduzem e, portanto, têm um ciclo de vida. Já os não vivos, como pedras, água e ar, são reminiscências da natureza que não têm vida, mas que também oferecem uma série de interações e possibilidades de aprendizagens.
Na fase da Educação Infantil, a introdução a esses conceitos deve ser feita de maneira lúdica e prática. Os bebês, por exemplo, são naturalmente curiosos e aprendem ao explorar o ambiente. Durante essa fase, as crianças estão em contato direto com o mundo à sua volta, e tudo que experimentam faz parte de sua formação. Propor atividades que envolvem a exploração de seres vivos e não vivos enriquece essa experiência, permitindo que se desenvolvam como indivíduos integrais.
Compreender as diferenças entre esses dois grupos de entidades não é apenas um aprendizado científico como também um passo importante para que as crianças entendam o seu próprio lugar no mundo. Isso os ajudará não apenas a conhecer as categorização de objetos, mas, de maneira mais sutil, a respeitar e valorizar a diversidade do mundo natural e artificial ao seu redor.
Desdobramentos do plano:
As atividades realizadas neste plano podem ser desdobradas em novas experiências que estimulem a curiosidade das crianças ainda mais. Por exemplo, após a exploração sensorial, as crianças podem participar de pequenas oficinas de arte utilizando materiais encontrados na natureza. Isso os ajudará a entender melhor a relação entre seres vivos e não vivos, bem como a importância da observação e do respeito ao meio ambiente.
Outro desdobramento interessante seria a criação de um jardim na escola, onde as crianças poderiam observar o crescimento das plantas. Esse projeto permitiria que elas percebessem o ciclo de vida das plantas, como também a importância dos cuidados que precisam ter com elas. O longo percurso desta educação ambiental ajudará as crianças a desenvolverem uma postura consciente e cuidadosa em relação ao mundo que as cercam.
Além disso, as atividades podem ser constantemente renovadas com a inclusão de novos elementos do cotidiano. Por exemplo, trazer novos objetos ou apresentar diferentes seres vivos em momentos de aprendizado. Assim, as crianças estarão em constante interação e aprendizado. Isso enriquecerá ainda mais as experiências vividas e facilitará a formação de um olhar atento e crítico sobre o mundo em que vivem.
Orientações finais sobre o plano:
Ao final deste plano, é fundamental refletir sobre a importância de apresentar aos bebês os conceitos de seres vivos e não vivos de forma lúdica e interativa. O aprendizado nesta fase deve ser respeitosamente adaptado para que cada criança tenha seu momento de descoberta. Os educadores devem observar como cada um se relaciona com os objetos e com os colegas, intervindo de forma sensível para potencializar as interações e as aprendizagens.
É importante também que o professor mantenha uma postura sempre aberta e flexível, permitindo que as atividades sejam adaptadas conforme as necessidades do grupo. Cada criança possui seu tempo de aprendizado e desenvolvimento, e respeitar essa diversidade proporciona um ambiente de aprendizado mais rico e acolhedor.
Por fim, o acompanhamento das crianças e a comunicação clara com os pais sobre os processos de aprendizado são essenciais. Compartilhar as experiências do dia a dia, aliadas a fotos e relatos, alimentará o ambiente de aprendizado também fora da sala de aula, incentivando um crescimento coletivo entre família e escola.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Exploração da Natureza: Levar os bebês para um passeio no parque para observar diferentes tipos de plantas e, com um adulto, coletar folhinhas e flores.
– Objetivo: Reconhecer a diferença entre seres vivos (plantas) e não vivos (pavimento, pedras).
– Materiais: Sacolinhas para coleta, lupa para observação, caso desejável.
2. Arte com Elementos Naturais: Utilizar folhas e flores coletadas para fazer uma colagem em papel.
– Objetivo: Explorar texturas e cores dos seres vivos.
– Materiais: Papéis coloridos, cola e os elementos naturais coletados.
3. Brincadeiras de Água: Em um dia quente, realizar atividades com água, como encher baldinhos e fazer pequenas “chuvas”.
– Objetivo: Explorar o estado líquido que é um objeto não vivo essencial.
– Materiais: Baldes, copos plásticos e esponjas.
4. Jogo de Som: Criar um jogo onde cada um faz barulho com objetos e os outros têm que identificar se é de um ser vivo ou não.
– Objetivo: Identificar sons e associá-los aos respectivos elementos do ambiente.
– Materiais: Diferentes objetos sonoros.
5. Dança dos Animais: As crianças podem imitar os movimentos dos animais enquanto ouvem seus sons.
– Objetivo: Movimentar-se de acordo com a imitação de seres vivos.
– Materiais: Sons de animais (podem ser tocados em um celular).