“Plano de Aula Lúdico: Números e Coordenação com Bambolês”
Este plano de aula é destinado a crianças bem pequenas, com idades entre 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses, e foca em atividades lúdicas que exploram os números de 0 a 2 e a coordenação motora ampla e fina por meio do uso dos bambolês. As atividades propostas foram cuidadosamente estruturadas para promover o desenvolvimento motor e cognitivo das crianças, alinhadas às diretrizes da BNCC. O uso de materiais lúdicos e a interação social nas brincadeiras fortalecem o aprendizado, tornando as experiências mais significativas e prazerosas.
Através do presente plano de aula, as crianças terão a oportunidade de explorar os números de forma divertida, associando-os a atividades motoras que estimulam o movimento e a colaboração. A ideia é que, ao final da aula, as crianças não só reconheçam os números 0, 1 e 2, mas também desenvolvam habilidades importantes de interação social e coordenação motora em um ambiente seguro e acolhedor.
Tema: Números 0, 1 e 2; Coordenação Motora Ampla e Fina; Brincar com Bambolê
Duração: 4 horas
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 3 anos e 11 meses
Objetivo Geral:
Desenvolver a habilidade de reconhecimento dos números 0, 1 e 2, além de estimular a coordenação motora ampla e fina das crianças por meio de atividades lúdicas com bambolês.
Objetivos Específicos:
– Fomentar a identificação dos números 0, 1 e 2.
– Promover a coordenação motora ampla através de brincadeiras com bambolês.
– Encorajar a interação social entre as crianças, estimulando o compartilhamento e a solidariedade.
Habilidades BNCC:
Campo de Experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”
– (EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
– (EI02EO03) Compartilhar os objetos e os espaços com crianças da mesma faixa etária e adultos.
Campo de Experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
– (EI02CG01) Apropriar-se de gestos e movimentos de sua cultura no cuidado de si e nos jogos e brincadeiras.
– (EI02CG02) Deslocar seu corpo no espaço, orientando-se por noções como em frente, atrás, no alto, embaixo, dentro, fora etc., ao se envolver em brincadeiras e atividades de diferentes naturezas.
Campo de Experiências “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
– (EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e opiniões.
Campo de Experiências “ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES”
– (EI02ET01) Explorar e descrever semelhanças e diferenças entre as características e propriedades dos objetos (textura, massa, tamanho).
– (EI02ET07) Contar oralmente objetos, pessoas, livros etc., em contextos diversos.
Materiais Necessários:
– Bambolês de diferentes tamanhos
– Números recortados em papel (0, 1, 2)
– Fichas coloridas ou objetos pequenos para serem contados
– Colchonetes ou tapetes macios
– Música infantil para embalar as atividades
Situações Problema:
– Como podemos brincar juntos e respeitar o espaço do outro?
– Quantos bambolês precisamos para todos brincarem?
Contextualização:
As brincadeiras lúdicas são essenciais no desenvolvimento das crianças, especialmente em relação à coordenação motora e ao reconhecimento de conceitos básicos, como os números. Utilizar o bambolê, um brinquedo tão versátil e divertido, permite à criança explorar diversas formas de movimento enquanto aprende. Esse aprendizado se torna ainda mais rico quando envolve a interação com os colegas, promovendo habilidades sociais e emocionais.
Desenvolvimento:
O plano de aula será desenvolvido em quatro etapas, cada uma com atividades específicas que promovem o aprendizado e a interação social.
1. Introdução ao Tema (1 hora)
Inicie a aula apresentando os números 0, 1 e 2. Utilize os números recortados em papel e pergunte às crianças se elas podem contar com você. Depois, organize uma roda de conversa onde cada criança pode falar um número e um objeto que representa o número (por exemplo, “Eu tenho 1 bola”). Utilize materiais visuais e táteis para tornar o reconhecimento mais palpável.
2. Exploração dos Bambolês (1 hora)
Crie estações com bambolês. Em uma estação, as crianças devem pular dentro e fora do bambolê em cima de colchonetes, na outra, devem tentar passar através do bambolê. Esta atividade estimula a coordenação motora ampla. Além disso, pode-se fazer uma versão da brincadeira em que as crianças precisam contar quantos bambolês estão na estação e quantas vezes conseguiram pular. Isso integra o conceito de contar e brincar.
3. Atividade de Contagem com Bambolês (1 hora)
Forme duplas e distribua um bambolê para cada dupla. As crianças devem colaborar para contar quantos objetos cabem dentro do bambolê, explorando também as noções de espaço (dentro e fora). Também pode-se fazer uma contagem coletiva, onde as crianças precisam dizer seus números em sequência enquanto posicionam os objetos dentro do bambolê.
4. Encerramento das Atividades (1 hora)
Para finalizar, reúna todas as crianças e faça uma dança envolvendo os bambolês enquanto canta uma música infantil. Após a dança, peça para que cada criança diga qual foi seu número favorito das atividades e uma coisa divertida que aprendeu. Esse momento é fundamental para a reflexão e o fechamento das atividades.
Atividades sugeridas:
– Atividade da Música e Dos Números: Utilize uma música que ensine os números e cante em grupo, convidando cada criança a participar ativamente.
– Brincadeira de Compartilhar: Organize um momento onde as crianças podem brincar de compartilhar bambolês e se ajudar nas atividades.
– Criação de um Painel de Números: Cada criança, com a ajuda do professor, pode contribuir para um painel com as ilustrações dos números que aprenderam e objetos que contaram.
– Desafio do Bambolê: Crie etapas onde as crianças precisam usar o bambolê para balancear enquanto contam até dois.
– Contação de Histórias: Aproveite um momento da aula para contar histórias que incluam números, estimulando a escuta e a imaginação.
Discussão em Grupo:
Encaminhe um debate sobre como foi aprender os números e brincar com os bambolês, explorando os sentimentos de cada um. Perguntas como “Qual número você mais gostou de brincar?” ou “Como você se sentiu compartilhando o bambolê?” são boas para estimular a fala e a reflexão das crianças.
Perguntas:
– Quantos bambolês conseguimos usar juntos?
– Onde você encontrou o número 2?
– Você gostou de dançar com o bambolê? Por quê?
Avaliação:
A avaliação será realizada de forma contínua, observando a participação das crianças nas atividades, a interação com os colegas, a capacidade de contar e reconhecer os números, além de sua habilidade motora. Registre os avanços e conte com feedback para ajustar as atividades futuras.
Encerramento:
Faça uma reflexão final com as crianças sobre o que aprenderam. Pergunte qual foi a atividade preferida e se conseguiram se lembrar dos números. Agradeça a participação de todos e reforce a importância de brincar e aprender juntos.
Dicas:
Mantenha o ambiente sempre seguro e acolhedor, e esteja disposto a flexibilizar as atividades com base no interesse e na energia dos alunos. Esteja atento às necessidades de cada criança, adaptando as brincadeiras para que todos possam participar de forma divertida e produtiva.
Texto sobre o tema:
No universo infantil, o brincar é fundamental para o aprendizado. As crianças, através do jogo, exploram e descobrem o mundo ao seu redor, desenvolvendo habilidades motoras, cognitivas e sociais. Nesse contexto, o uso dos bambolês não apenas traz diversão, mas também se torna uma ferramenta poderosa para o aprendizado. Ao manipular os bambolês, as crianças desenvolvem a coordenação motora ampla, ganha-se força ao pular e saltar, além de ter a oportunidade de contar e reconhecer números de modo lúdico.
Na faixa etária de 3 anos e 11 meses, a introdução de conceitos como os números 0, 1 e 2 através de práticas lúdicas é essencial para o desenvolvimento cognitivo. O contato com os números é reforçado em um contexto de brincadeira, o que ajuda a construir as bases para a alfabetização matemática. Por meio de atividades que envolvem movimento, as crianças não apenas aprendem a contar, mas também se tornam mais conscientes de seu corpo, desenvolvendo uma relação saudável consigo mesmas e com o espaço ao seu redor.
A socialização também é uma parte imprescindível da experiência lúdica. Ao interagir com amigos durante as brincadeiras, as crianças aprendem a compartilhar, a respeitar regras e a resolver conflitos com a ajuda dos adultos. Esse aspecto é vital para a construção de uma imagem positiva de si mesmos e para o desenvolvimento da solidariedade nas relações cotidianas. Assim, o plano de aula que integra números e a coordenação através de brincadeiras com bambolês proporciona um ambiente rico em aprendizados, onde cada criança é encorajada a explorar e se expressar.
Desdobramentos do plano:
O plano de aula sobre números e coordenação motora com bambolês pode ser expandido em várias direções. Uma delas é a introdução de outros brinquedos que estimulam a contagem e a movimentação, como bolas de tênis ou fitas. Cada atividade pode ser enriquecida com exercícios que defendem a contagem de objetos na sala de aula, como brinquedos ou livros, integrando diferentes áreas do conhecimento. Além disso, preparar uma exposição dos trabalhos realizados pode ser um excelente meio de compartilhar o conhecimento construído com a comunidade escolar. Essas estratégicas valorizam o esforço das crianças, promovendo seu engajamento em futuras atividades.
Outro desdobramento importante é o envolvimento da família. Criar um dia de atividade familiar onde os pais possam participar de jogos com os bambolês e números serve para aumentar a conexão entre a escola e a casa, incentivando a formação de laços afetivos e o reforço da aprendizagem em casa. Dessa forma, os responsáveis se tornam parte ativa do processo educativo e se sentem valorizados. Além disso, através de ações desse tipo, pode-se trabalhar a importância do brincar também como forma de estreitar relacionamentos.
Por fim, a inclusão de tecnologias pode ser um caminho válido. Aplicativos educativos que estimulem a contagem e a coordenação motora também podem ser introduzidos nas atividades em sala, tornando as práticas mais integradas ao cotidiano digital das crianças. O importante é garantir que, independentemente da forma utilizada, o foco seja sempre a aprendizagem lúdica, respeitando o tempo e o desenvolvimento de cada criança.
Orientações finais sobre o plano:
Na condução deste plano, é crucial que o professor esteja atento ao clima e ao envolvimento dos alunos. Criar um ambiente lúdico e seguro é essencial para garantir que as crianças se sintam à vontade para se expressar e participar. Manter uma abordagem positiva, elogiando cada esforço e conquista, ajudará a elevar a autoestima das crianças, fazendo com que sintam-se valorizadas e incentivadas a aprender.
É importante também adaptar as atividades à realidade da turma, ajustando as dificuldades propostas para que todos consigam acompanhar. Às vezes, algumas crianças poderão ter maior dificuldade com a coordenação motora fina ou ampla, e o professor deve estar preparado para oferecer alternativas que permitam a participação de todos, sempre respeitando o desenvolvimento individual.
Por fim, não se esqueça de documentar as práticas realizadas durante a aula. Observar e registrar o progresso dos alunos em termos de reconhecimento de números e habilidades motoras é uma ótima maneira de refletir sobre o desenvolvimento da turma e melhorar as práticas educativas futuras. As crianças serão as herdeiras do conhecimento construído, e o professor, sendo um mediador desse aprendizado, deve sempre buscar novas maneiras de tornar as experiências educativas ricas, significativas e prazerosas.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Caça ao Número: Espalhe números de 0 a 2 na sala. As crianças devem encontrá-los e trazer de volta. Pode-se contar juntos quantos números foram encontrados e, no caso de variação, usar cores diferentes para ver quantos estão em cada cor.
2. Ponte do Cuidado: Crie uma “ponte” com os bambolês, onde as crianças devem passar segurando a mão de um colega. Isso estimulará a ideia de cuidado e solidariedade, além de trabalhar o conceito de “passar” de um lado para outro.
3. Corrida de Contagem: Organize uma pequena corrida em que as crianças precisam correr até um ponto, pegar um número e voltar. A atividade pode ser numa pista demarcada. As crianças vão contar os números que conseguiram levar.
4. Arte com Números: Proponha que os pequenos desenhem ou colem imagens que representem os números 0, 1 e 2, ajudando na associação semelhante.
5. Roda de Músicas e Números: Ao final das atividades, utilize músicas que lawem a contar e incentive as crianças a dançar enquanto aprendem. Elas podem se revezar em quais números cantar e representar.
Com essas atividades, espera-se que a aula seja não apenas um espaço de aprendizado, mas também um ambiente de alegria, movimento e descobertas para as crianças!
