“Plano de Aula Lúdico: Matemática para Crianças de 5 Anos”

A elaboração deste plano de aula tem como objetivo criar um ambiente de aprendizado dinâmico e envolvente para crianças pequenas, especificamente para aquelas na faixa etária de 5 anos, dentro da temática de matemática. A intencionalidade é promover habilidades essenciais que ajudem essas crianças a reconhecer e explorar noções matemáticas de forma lúdica e integrada ao seu cotidiano. O plano busca ser abrangente, garantindo que os procedimentos e atividades estejam alinhados com as diretrizes propostas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Promover o entendimento das quantidades, relações e transformações de forma que facilite a construção do conhecimento é fundamental nesta fase do desenvolvimento infantil. As atividades propostas neste plano visam não apenas a aprendizagem matemática em si, mas também o fortalecimento das relações interpessoais, a comunicação e a cooperação, que são pilares do desenvolvimento integral das crianças nesta fase crucial de suas vidas.

Tema: Matemática
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 5 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Fomentar o conhecimento matemático das crianças pequenas através de atividades práticas que estimulem a comparação, identificação e relação entre quantidades, utilizando jogos e interações lúdicas.

Objetivos Específicos:

– Explorar conceitos básicos de quantidade e número através de histórias e jogos.
– Estimular a observação e a descrição de algumas propriedades de objetos, como forma e cor.
– Incentivar o uso da linguagem oral para a comunicação de ideias e sentimentos expressos nas atividades.
– Desenvolver o autocuidado por meio da organização e cuidado com os materiais de trabalho.

Habilidades BNCC:

– (EI03ET01) Estabelecer relações de comparação entre objetos, observando suas propriedades.
– (EI03ET07) Relacionar números às suas respectivas quantidades e identificar o antes, o depois e o entre em uma sequência.
– (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita.
– (EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções.

Materiais Necessários:

– Cartões com números de 1 a 10.
– Objetos manipulativos (blocos, contadores, tampinhas, etc.).
– Folhas de papel e lápis de cor.
– Material para colagem (papéis coloridos, tesoura e cola).
– Livros de histórias com ilustrações que abordem a temática de números e quantidades.

Situações Problema:

Como você pode contar quantas tampinhas existem na sua mesa? Se você tiver duas frutas e seu amigo tiver três, quantas frutas vocês têm juntos? Vamos descobrir.

Contextualização:

Inicialmente, será importante criar um ambiente acolhedor onde as crianças sintam-se à vontade para explorar e experimentar. As situações do cotidiano que envolvem a matemática, como dividir objetos, contar brinquedos ou até mesmo a elaboração de grupos, podem ser utilizadas como ponte para o desenvolvimento dos conceitos matemáticos.

Desenvolvimento:

Iniciar a aula com uma roda de conversa animada onde as crianças possam expressar o que sabem sobre os números. A partir daí, apresentar a situação problema e instigar a curiosidade. Em seguida, as atividades acontecerão em grupos pequenos, promovendo interação e cooperação.

Atividades sugeridas:

Atividade 1: Contagem Lúdica
Objetivo: Desenvolver a habilidade de contar e identificar quantidades.
Descrição: Distribuir objetos manipulativos e pedir que as crianças contem e classifiquem os objetos por cores ou formas.
Instruções para o professor: Orquestre a atividade perguntando quantos objetos cada grupo possui e incentive-os a se ajudarem.
Materiais: Objetos diversos, como blocos de montar.
Adaptação: Para crianças que precisam de mais suporte, utilizar objetos maiores e mais coloridos.

Atividade 2: Jogo das Cartas
Objetivo: Reconhecer números e relacioná-los a quantidades.
Descrição: As crianças vão trabalhar em duplas e usar cartões com números e imagens, devem emparelhar o número com a quantidade representada.
Instruções: Explique as regras e monitore para ajudar na identificação.
Materiais: Cartões com números e objetos representativos.
Adaptação: Para facilitar, começar com números menores e aumentar a complexidade aos poucos.

Atividade 3: Criação de Histórias
Objetivo: Incentivar a expressão oral e criatividade.
Descrição: As crianças irão criar pequenas histórias utilizando os números que aprenderam.
Instruções: Auxilie as crianças a esboçar seus pensamentos e depois apresentar para o grupo.
Materiais: Papel, lápis e objetos que representem a história.
Adaptação: Fornecer modelos de histórias como exemplo.

Discussão em Grupo:

Após as atividades, reúna as crianças para discutirem as experiências, fazendo perguntas que os incentivem a compartilhar o que aprenderam e o que refletiram sobre os jogos.

Perguntas:

– Quantos objetos vocês contaram?
– Como vocês se sentiram enquanto contavam?
– O que vocês acharam mais fácil ou mais difícil nas atividades?

Avaliação:

A avaliação será contínua, observando a participação e o envolvimento das crianças nas atividades, assim como sua capacidade de expressar ideias e compartilhar conhecimentos.

Encerramento:

Com uma roda de despedida, reflitam sobre o que aprenderam e como se divertiram. Incentive-os a continuarem observando números e quantidades no cotidiano.

Dicas:

– Utilize músicas e rimas que envolvam contagem para criar um ambiente ainda mais lúdico.
– Varie as atividades ao longo da semana, explorando sempre novos objetos e formas de interação.
– Esteja sempre atento às dinâmicas de grupo, incentivando a participação de todos.

Texto sobre o tema:

A matemática é uma parte fundamental do nosso cotidiano e suas bases começam a ser formadas nas primeiras interações da criança. Neste estágio da Educação Infantil, é importante não apenas a assimilação dos números e das operações básicas, mas também a compreensão de que a matemática se manifesta em diversas atividades, como contar objetos, dividir espaços, e até no reconhecimento de padrões nas brincadeiras. Ao estimular a curiosidade e o desejo pelo aprendizado, os educadores contribuem para que as crianças desenvolvam o pensamento lógico, a capacidade de resolver problemas e a habilidade de trabalhar em equipe.

As crianças, nessa fase, compreendem o mundo ao seu redor através dos sentidos e da ludicidade. Portanto, atividades que envolvem o brincar são cruciais, pois a matemática pode (e deve) ser ensinada de maneira leve e divertida. Experiências que unem o cognitivo ao emocional proporcionam aprendizados significativos, pois além de contarem objetos, elas aprenderão a articular suas emoções e a expressá-las. Isso promove o desenvolvimento de habilidades sociocognitivas, como a empatia, que é vital para as interações sociais.

Dessa forma, ao planejar atividades lúdicas, focamos na construção do conhecimento de forma cooperativa. As crianças aprendem, por meio das interações com os colegas, a respeitar ideias diversas, a partilhar e até a resolver pequenos conflitos que podem surgir. Este processo de troca gera não só aprendizado matemático, mas também o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais que formarão cidadãos mais completos no futuro.

Desdobramentos do plano:

Podemos expandir este plano de aulas de maneira a incluir a matemática de forma interdisciplinar, associando-a a outras áreas do conhecimento, como a arte e a ciência. Ao incluir projetos que envolvam a expressão artística, como desenhos e colagens que reflitam o que foi aprendido sobre números e quantidades, as crianças poderão vivenciar esse aprendizado sob diferentes perspectivas, criando um ambiente mais rico e dinâmico. Além disso, incorporar elementos da natureza, como observar plantas e contar quantas folhas têm, pode auxiliar no entendimento das quantidades de uma forma ainda mais prática.

Outro desdobramento interessante seria a criação de um “cantinho da matemática” na sala de aula, onde as crianças podem acessar jogos interativos e manipulativos sempre que quiserem. Esse espaço estimula o aprendizado autônomo, permitindo que as crianças explorem a matemática de forma mais lúdica e natural. O espaço deve estar sempre atualizado com jogos novos e desafios que estimulem o raciocínio lógico e a socialização, tornando-o atraente e divertido.

Por fim, a realização de exposições em que as crianças apresentem suas produções pode ser uma ótima maneira de socializar o conhecimento adquirido. Essas exposições podem incluir projetos sobre materias coletados, experiências de contagem realizadas em casa ou até mesmo a apresentação de suas histórias criadas. Essa interação com a família e amigos permitirá que as crianças se sintam valorizadas e que o aprendizado matemático se expanda além dos muros da escola.

Orientações finais sobre o plano:

Um dos aspectos mais relevantes ao aplicar este plano de aula é a flexibilidade que o professor deve ter para adaptar as atividades conforme o desenvolvimento e interesse das crianças. Observar como elas reagem a cada proposta permitirá que o educador faça intervenções mais efetivas e proveitosas durante o processo de aprendizado. Além disso, é essencial que o docente crie um ambiente seguro e acolhedor, onde as crianças sintam-se confortáveis para expressar suas dúvidas e sentimentos sobre as atividades realizadas.

É também importante que o professor promova um ambiente colaborativo, incentivando o suporte mútuo entre os alunos. As crianças aprendem bastante umas com as outras, e promover discussões em grupo ou trabalhos em duplas pode fortalecer essas relações. Dessa forma, a matemática se torna uma ferramenta não apenas de ensino, mas também de ligação entre os alunos, formando laços que são essenciais para o seu desenvolvimento social e emocional.

Por último, um acompanhamento constante dos avanços de cada criança deve ser prioridade. Isso pode ser feito através de observações informais durante as atividades, permitindo que o educador veja o progresso de cada aluno. Registros de como cada criança se envolve e participa das atividades podem fornecer um panorama claro do aprendizado coletivo e individual, o que é fundamental para o planejamento de futuras aprendizagens, alinhando-se sempre ao que é necessário segundo as diretrizes da BNCC.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

Caça ao Tesouro Numérico: Organizar uma atividade onde as crianças devem encontrar objetos que têm um número específico. O objetivo é que elas reconheçam quantidades e façam a contagem na prática, desenvolvendo habilidades de observação e comparação. Os materiais seriam objetos variados espalhados pela sala, e podem ser adaptadas para diferentes faixas etárias, permitindo níveis diferentes de complexidade.

Dança dos Números: Com músicas que envolvam a contagem, as crianças podem realizar movimentos que representem cada número. Essa atividade se relaciona com a matemática e a expressão corporal, sendo uma forma divertida de reconhecimento de sequência numérica. Podem ser utilizados cards com os números e formas de expressão corporal diversas.

Jogo de Memória com Números e Quantidades: Utilizar cartões que tenham números de um lado e imagens de agrupamentos correspondentes do outro. As crianças devem encontrar os pares corretos. Este jogo desenvolve a memória e o reconhecimento de números, além de promover a interação social. Para adaptar, é possível variar a quantidade de cards disponíveis.

Arte da Comparação: Usar recortes de papel para criar obras de arte em que as crianças tenham que usar quantidades diferentes de materiais (ex: 3 círculos, 5 quadrados) e comparar. Essa atividade incentiva a classificação e a comparação, tornando a matemática uma parte da arte.

Explorando a Natureza: Fomentar passeios ao ar livre onde as crianças possam contar elementos da natureza, como folhas, flores ou pedras. Com isso, elas podem aplicar a matemática em contexto real, vendo que a quantificação está ao redor.

Essas sugestões devem ser enriquecidas a cada atividade, sempre adaptando às necessidades e interesses dos alunos, respeitando o ritmo de cada um e incentivando o aprendizado contínuo e integrado no cotidiano das crianças.

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